O Preço de Uma Guerra escrita por Maya


Capítulo 12
Normalidade




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Sabe aquele sentimento que se tem quando se acorda e você pensa “ê mais um dia!”? Digamos que eu não andava tendo esse sentimento naqueles últimos tempos, mas aquele dia era diferente. Eu teria a chance de trabalhar pela primeira vez em um hospital de verdade. Incrível. Já fazia um ano que não via o Finn, claro que sofri muito no começo mas o tempo ajudou um pouco, lógico que sentia saudades dele e o queria comigo toda vez que acordava de manhã mas sabia que em breve ele estaria de volta e eu o teria todo pra mim. Todo pra mim. Meu Deus! Olhe no que eu estava pensando! Uma risada gostosa tomou conta de mim.
Eu já tinha tratado de quatro doentes e estava me sentindo o máximo por conseguir ajudar, foi então que ouvi uma voz extremamente conhecida.
–Rachel Berry! Que bom vê-la novamente!- me virei meio que não acreditando que ouvi aquela voz
–Puck!- eu o abracei- É ótimo ver você!
–É bom te ver também. Eu tinha ido à sua casa e sua mãe me disse que você estava aqui. Quis fazer uma surpresa.
–E você fez! Meu turno acaba em meia hora. Vamos tomar um sorvete ou algo do tipo. Colocar o papo em dia.
Meia hora mais tarde, eu Puck e Kurt (que estava com Puck do lado de fora quando eu sai) fomos até uma sorveteria que ficava no centro da cidade.
Foi estranho. Nós éramos cinco. Agora somos apenas três.
–Fiquei sabendo que Finn está na Inglaterra- Puck comentou depois de nos sentarmos- foi difícil pra você?
–Muito- comecei- mas acabei me sentindo melhor com o tempo, sei que ele vai voltar.
–Pelo menos sabe que ele voltará- só aí percebi o que eu tinha falado. Santana nunca voltaria.
–Não foi o que eu quis dizer. Sinto muito- me desculpei
–Está tudo bem. Sabe que mais cedo ou mais tarde falaremos disso. A culpa foi minha. Ela morreu por minha causa Rachel. Você sabe disso melhor do que qualquer pessoa. Se não fosse por mim ela teria embarcado naquele cruzeiro.
–Não fique se torturando- Kurt (que até então estava calado) o repreendeu
–Tento não fazer isso, mas não dá... Acho que nunca terei a chance de me redimir com ela. Eu perdi duas pessoas naquele dia. Minha namorada e futura esposa... e a minha filha
–Puck para!- eu gritei- para de fazer isso com você mesmo! Já passou! O que está feito não pode ser desfeito! O mundo não é uma fábrica de desejos.
–Eu sei...
Depois da sorveteria eu e Kurt voltamos para casa a pé. Não falamos uma palavra.
Assim que cheguei em casa corri para o meu quarto e fui até a varanda. Pode parecer loucura, mas todas as noites depois de Finn ter ido embora eu conversei com a estrela como se ela fosse ele e pudesse me ouvir.
–Puck fica se culpando Finn. Eu sei que em parte ele foi culpado... Mas quem esperaria pelo ataque?! Me sinto mal por ele. Queria que você estivesse aqui para dar um conselho. Aliás queria que você em vários outros momentos e situações se é que me entende... Finn do céu! Não acredito que estou dizendo isso pra uma estrela e nem acredito que ando pensando tanto nisso. Meu Deus!- dei uma risada escandalosa
–O que ta acontecendo aqui?!- Kurt entrou no quarto
–To sendo louca Kurt! Falo com uma estrela que não me ouve!- eu ri ainda mais... Meu deus! Qual é a graça disso? Enfim, não consegui parar de rir por uns cinco minutos.
–Rach, acho que você está ficando louca!- ele brincou
–Também acho Kurt! Lembra daqueles momentos irmã/irmão que a gente tinha?-ele acenou que sim com a cabeça- podemos ter um?
–Claro Rach!-ele se sentou na minha cama e deu palmadinhas na mesma, me convidando para sentar ao lado dele. Assim que me sentei ele meio que me deitou no colo dele e começou a acariciar meus cabelos delicadamente
–Sei que muita gente te pergunta isso. Mas como você está? Tipo: de verdade.
–Acho que estou bem Kurt. Só sinto saudades do Finn mas quanto à minha vida, ela está perfeita. A vida é boa. Ela só tem altos e baixos. E você? Como está?
–Apaixonado!- eu me levantei e olhei nos olhos- Isso mesmo! A-PAI-XO-NA-DO!
–Ai meu Deus! Como você não me contou isso antes? Por quem? Me cooonta!!
–Tá. Não te contei porque achei que você não tinha clima pra isso. Blaine Anderson- não fiquei surpresa por se tratar de um menino. Kurt já havia me contado que não sentia atração por mulheres. Nossos pais nem sonhavam com uma coisa dessas.
–Que fofo! E ele sabe?- perguntei
–Ainda não. Mas em breve saberá.


~~*~~


–Racheeeeeeeel!!!!- minha mãe entrou no quarto berrando igual louca
–Mãe! Hoje é domingo! Me. Deixa. Dormir.
–Não quer mesmo ler a carta do Finn?- admito. Assim que ouvi o nome dele uma energia louca invadiu o meu corpo e eu despertei na hora.
Tomei a carta das mãos dela e ela saiu do quarto com um sorriso encantador. Minha mãe era linda. Abri a carta de forma desesperada.


Querida Rachel,
Como está? Sei que fiquei um ano sem escrever mas aqui nós não temos permissão para alar com as nossas famílias sem uma autorização direta do governo.
As coisas são muito corridas aqui na Inglaterra. Sinto saudade de tudo em relação aos EUA. Especialmente você. Sei que não sabe, mas peguei um vidro de perfume seu e trouxe pra cá. Sinto o seu cheiro e é como se estivesse com você do meu lado.
Preciso te contar isso: todos os dias converso com a estrela o que pra mim não az sentido porque a estrela tem o meu nome, enfim, acho que falo com ela porque sei que você a observa. Também passo horas tendo pensamentos a seu respeito, se é que me entende. Não sei o que está acontecendo comigo ultimamente. Preciso ir...
Te amo no presente do indicativo.
Com amor...
Finn Hudson.


ELE TAMBÉM PENSA COISAS ABSURDAS! Uma risada louca tomou conta de mim e eu abracei a carta com força. Por alguns instantes o senti comigo.


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