(PDVE)

01 Mês Depois...

Minha vida nesse mês que passou apenas se resume em ajudar Tânia e sofrer. A dor não cessou, quando eu me via sozinho em meu quarto, ou submerso em pensamentos, eu sentia a dor de mil facas penetrando em meu coração. Passei a maior parte do tempo calado, apenas me tornando presente quando necessário. Hoje a madrinha de Tânia e David chegaria. Esme, Rosalie e Alice estão ansiosas para conhecê-la.

Eu estava sentado na poltrona perto da janela de meu quarto, olhando a chuva. E então eu escuto o barulho de uma Ferrari F50 entrando com tudo na rua de nossa casa, ela estacionou em frente à casa de B. Do carro saiu uma mulher vestida toda de preto, com uma calça jeans preta bem justa, uma regata preta, uma jaqueta de couro preta, salto agulha preto, uma maxi-bolsa preta e prata, com um óculos escuros pretos também. Ela estava com os cabelos presos em um coque bem alto, brincos de argola. Ela pegou sua mala de couro marrom do porta -malas e entrou na casa. Havia algo nela que me pareceu tão familiar. Passados alguns minutos a mesma mulher saiu da casa e foi em direção à de Tânia.

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“Edward?” – Jasper pensou.

- Entre.

- A madrinha chegou. Alice quer ir lá conhecê-la. E ela exige a sua presença.

- Não quero ir.

“Você também não pode ficar nesse quarto o tempo todo. Alice e Esme também estão sofrendo, mas elas sabem que Bella não iria querer isso para elas. Nem para você.”

- Eu sei, mas a dor é insuportável. Dói muito.

- Edward. Tente pelo menos.

Ele posou a mão em meu ombro, me passando um pouco de calma. Decidi ir à casa de Tânia conhecer B. Desci e todos estavam apenas nos esperando. Uma sensação em mim dizia-me que essa visita me surpreenderia. Chegamos e Carlisle tocou a campainha. Tânia atendeu cheia de papéis na mão.

- Entrem, por favor.

Acenamos com a cabeça e nos dirigimos até a sala de jantar. Vazia.

- Esperem um pouco, B. está lá em cima vendo alguns detalhes do Buffet.

“Não quero saber, eu pedi esse salmão faz mais de um mês!”

“Vocês é que não estão entendendo!”

“O quê?”

“Muito obrigada”

- Estamos com alguns problemas em relação ao Buffet. – Tânia explicou.

A voz dela me era muito familiar. Lembrava-me alguém especial, apenas não sei quem era. Ouvi os saltos dela batendo com força, raiva, no piso e se dirigindo até as escadas.

- Agora só falta ligar para a floricultura e pronto. Tudo resolvido. – B. disse enquanto descia as escadas lendo um papel em sua mão.

Eu não acreditava no que via, não era possível. Era ela. Era a minha...

- BELLA?! – Alice gritou.

B. parou no pé da escada, olhou para Alice e sua expressão de preocupada foi para choque.

- A-Alice?

- BELLA!

Alice saiu correndo em direção à Bella, mas do nada ela voou para o outro lado, como se tivesse se chocado contra uma parede de vidro. Bella continua parada, como uma estátua, olhando fixamente para onde Alice estava, que agora se levantava.

- B.! Você está bem? B! – Tânia começou a ir em direção a Bella.

- O que eles fazem aqui? – Bella disse.

- Eles vieram me ajudar enquanto você estava em Volterra. Eles são meus amigos. O que houve?

- Eu preciso ir para minha casa. Desculpe-me. Eu preciso ir.

- O quê? Por quê? Não! O que aconteceu? – Tânia estava muito confusa.

Então o olhar de Bella se voltou para mim, nele eu via angústia, dor, raiva, desprezo, amor, mas acima de tudo: dor.

- Bella, como você me explica estar viva? Você não tinha morrido em um acidente de carro? – Alice disse as perguntas uma atrás da outra.

- Eu não devo explicações a vocês. – Ela disse olhando furiosamente para Alice. – Vocês me abandonaram, afinal, eu “não era boa demais” para vocês.

A última frase ela disse com escárnio na minha direção.

- Foram... Foram eles? – Tânia perguntou

Bella afirmou com a cabeça sutilmente. Tânia olhou para nós chocada, com um pouco de desprezo, mas principalmente choque.

- Eu não acredito. Eu não consigo acreditar. – ela disse.

- Desculpe-me Tânia, mas eu preciso ir para casa. – Bella disse.

Ela se dirigiu para a porta, mas Emmett a interceptou.

- NÃO, você nos deve explicações. Eu vi o seu túmulo. Eu vi a notícia da sua morte. Eu sofri Bella.

Emmett pegou em seu braço, puxando-a. Bella rosnou e empurrou Emmett com força, este voou contra uma parede.

- Não devo nada. NADA!

E saiu. Eu não consegui proferir nenhuma palavra, estava em choque. O amor de minha existência estava vivo! Tecnicamente, morta, mas viva! Mas ela mudou muito, estava rancorosa e com dor. Eu percebi isso em seu olhar. Mas eu não desistirei, agora que eu descobri que ela não morreu, eu lutarei por ela. E então, eu saí da casa de Tânia, seguindo Bella. Ela seria minha de novo!