Dinner escrita por Ruki-chan


Capítulo 5
Cozinhando — Parte I


Notas iniciais do capítulo

Oi galeraaa! /o/
Tudo legal com vocês? ;D

Acharam que eu não voltava mais? Se enganaram! 8D
E vim com mais um capítulo desta fic que vocês já devem estar cansados de ler! xD

Estou contente em ver que vocês estão acompanhando, favoritando e comentando. Obrigada pessoal, vocês são demais! ♥

E os agradecimentos da semana vão para: Akira Nishimura, KiraKozato e FranMary! O capítulo da vez é dedicado a vocês! ♥♥

Bem, peço desculpas caso tenham achado o capítulo meio brisado [tentei me conter] e boa leitura!



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CAPÍTULO 5: Cozinhando — Parte I

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O relógio da cozinha marcava uma da tarde quando o último dos sete entrou pela porta dos fundos e a fechou. Os amigos colocavam toda a mercadoria em cima da bancada central da cozinha enquanto Akashi deixava sua carteira em outro lugar.

— Aquela caminhada não foi nada... Isso sim que foi treinamento! — Aomine se alongava após ajudar os outros com as compras.

— Correr pra fugir daqueles caras, correr pra pegar o ônibus... Agora só falta a gente correr pra preparar tudo até a hora do jantar. — Queixava-se Kise escorregando o corpo pela parede. Estava exausto, assim como todos ali.

— Precisava mesmo de tanta carne? — Perguntava Murasakibara colocando o, como eles mesmos já estavam se referindo, boi moído na pia.

— Pelo menos você está bem! — Midorima levantou seu amuleto da sorte para verificar se havia acontecido alguma coisa a ele.

— Alguém pode me explicar o que aconteceu com vocês dois naquela hora? — O semblante de Kuroko denunciava o quão esgotado e irritado estava.

— Esse idiota que arranjou confusão! — Midorima apontou para Aomine.

— Você queria seu urso de volta, não?!

— Mas, não precisava ter tirado à força daquela garotinha!

— Então, vocês estavam fugindo de uma garotinha? — Momoi estranhou.

— Não! Dos pais dela! — Corrigiu Aomine.

— Inacreditável... — Kuroko bateu na própria testa.

— Chega de conversa. — Exigiu Akashi assim que voltou para a cozinha. — Vamos começar! — O ruivo havia trazido alguns pedaços de tecido em uma das mãos e uma caixa na outra.

— O que é isso Aka-chin? — Perguntou Murasakibara.

— Isso? — Levantou as mãos mostrando o que carregava. — São aventais. Vistam. — E entregou uma peça para cada um deles.

— Que lindo! — Gritou Momoi vestindo o seu avental: branco com borboletas vermelhas e amarelas bordadas em toda a extensão do tecido.

— Ficou lindo, Momoicchi. Combina com você. — Elogiou Kise. Mas, foi ignorado.

— O que acha, Testu-kun?! — Rodopiou em frente ao azulado esperando uma resposta.

— Bonito, Momoi-san. — Disse ele desviando o olhar para o lado. Momoi saltitou feliz e Kise o fitou com desdém.

— Mas, nem a pau. — Aomine negou de braços cruzados. Akashi oferecia a ele um avental rosa cheio de babados e bordados coloridos.

— Vai começar, Dai-chan? — Protestou Momoi.

— Eu não vou vestir esse avental rosa! É mais afeminado que o teu! — Bateu o pé.

— Não tem outro. — Explicou o capitão pacientemente... Até demais.

— E o preto? Por que não me dá o preto?

— Esse é o meu e não vai servir em você.

— Eu dou um jeito de caber.

— Meu Deus, Aomine! Vista logo o avental que ele tá te dando! — Implorou Midorima.

— Fica na tua, imbecil.

— O que disse?! — Midorima correu até ele o erguendo pela gola da roupa.

— Por que tá tão irritado? — Perguntou Aomine sem mudar a expressão tediosa.

— Já chega! — Vociferou o ruivo fazendo com que Midorima o soltasse. — Daiki! Você vai vestir essa merda de avental ou eu juro que cumpro minha promessa em te jogar para os cachorros!

Com medo da ameaça do imperador, Aomine optou por vestir o avental rosa. E cá entre nós, ficou uma gracinha nele.

Akashi sorriu triunfante ao ver Daiki vestir o acessório. Obviamente, aquela provocação era proposital.

— É a sua cara, Aomine-kun. — Gracejou Kuroko fazendo com que Momoi e Kise gargalhassem sem parar.

— Cala a boca, Tetsu. — Pediu ele controlando o tom de voz para não ser repreendido novamente.

— O que é isso? — Momoi conteve o riso e perguntou.

— Luvas de látex. — Respondeu Akashi colocando a caixa sobre a bancada.

Todos pegaram um par e vestiram rapidamente.

— Ah, é. E vocês dois — Apontou para Murasakibara e Momoi. — Prendam o cabelo.

Okey. — Assentiu a rosada.

— Não quero. — Recusou Murasakibara.

— Vai começar, Atsushi? — Akashi estava ficando farto. Não aguentava mais tanta desobediência.

— Eu não gosto de prender o cabelo. — Retrucou ele.

— Prefere que eu jogue você para os cães junto com aquele imbecil?

— Eu to quieto agora, porra! — Defendeu-se o azulado ao fundo.

— Mas, você fica tão bem de cabelo preso, Muk-kun. — Momoi argumentou.

— Você acha?

— Claro. — Sorriu amavelmente para o maior.

— Então eu prendo. — Também sorriu. Parecia até que os dois haviam se esquecido do ocorrido no mercado.

Akashi o fuzilou com seus olhos em chamas. Desde quando era tão fácil assim convencer aquele bastardo? Murasakibara pegou um elástico com a rosada e prendeu suas madeixas de modo desleixado, mas suficiente para que não enchesse a comida de cabelo.

— Está bom assim? — Virou-se para que Momoi analisasse se estava bem preso.

— Ótimo! — E logo após, amarrou seu próprio cabelo num coque alto.

— Certo... — Bufou o capitão. — Vamos começar.

— O que faremos primeiro? — Perguntou Kuroko vestindo as luvas.

— Podemos dividir as tarefas? — Propôs Kise.

— Sem dúvida. — Concordou Akashi.

A partir daí, o capitão tomou as rédeas da situação. Com o livro de receitas em mãos, averiguou os ingredientes e pensou com muita calma que tarefa daria para cada um deles. Tinha medo de errar. Difícil imaginar um Akashi receoso, mas é verdade.

— Tetsuya. — Chamou. — Você fica encarregado de cozinhar o macarrão, por enquanto.

— Certo.

— Momoi. — A rosada olhou para ele. — Você fica responsável pelo molho.

Yes, sir! — Respondeu entusiasmada.

— Daiki, Ryouta. Vocês dois farão as almôndegas.

— Tudo bem. — O loiro sorriu.

— Ok... — Respondeu Aomine alisando o avental no corpo. Parecia até que tinha pulgas, pois ele não parava de passar a mão no tecido cor-de-rosa.

— Hm. Shintaro. — Chamou Midorima, que até então estava guardando o sorvete no congelador. — Você e o Atsushi farão o bolo para o petit gateau. — Ao ouvir as ordens, Murasakibara sorriu singelamente. Até que não seria ruim ajudar com isso, pensou ele.

— E o senhor, capitão? — Indagou Aomine em tom provocativo.

— Vou supervisionar cada um de vocês e ajudar no que puder. — Respondeu colocando um ponto final no assunto ao mesmo tempo que fitava com certa autoridade cada um dos presentes.

— Não sabia que estávamos aqui para te servir enquanto você fica olhando. — Comentou Aomine percebendo o abuso que estavam sofrendo de Akashi.

— E do jeito que fala, até parece que vamos atear fogo na casa. — Kise disse.

— Não acho difícil... — Observou o imperador.

(...)

Kuroko cortava pacientemente a embalagem da massa com medo de que qualquer erro a derrubasse no chão, Momoi pegava uma panela grande para o molho junto a Akashi, Midorima lia no livro como fazer o bolo, Kise e Aomine abriam o saco do ‘boi moído’ em cima da bancada e Murasakibara esperava sentado num cantinho.

— Acha que esta aqui vai servir? — Momoi segurava o utensílio que Akashi escolhera.

— Sim. Vamos ter que fazer muito molho.

— Certo. — Respondeu ela ajudando Akashi a descer da escadinha. A mesma que antes fora motivo de piadas e grandes irritações.

— Guarde isso, Atsushi. — Exigiu para o maior, que até ali estava sem fazer nada.

Murasakibara se levantou e atendeu o amigo. Momoi foi para o lado de Kuroko e começou a conversar com ele algo que o ruivo não pôde ouvir.

— Akashi. — Chamou Midorima apoiando o livro sobre uma das bancadas. — Você tem aquelas fôrmas pequenas para fazer os bolinhos?

— Minha mãe tem. — Lembrou-se de que ela guardava todo equipamento para fazer doces num armário da despensa.

— Não vai ter problema em usar? — Midorima indagou receoso.

— Será que seu pai não vai se incomodar com isso também? — Aomine adorava cutucar a onça, digo, leão com a vara curta.

— Por que você não se concentra na tua tarefa, Daiki? — Sugeriu o ruivo com semblante provocativo. Aomine riu baixo e voltou seu olhar para a carne. — Não acho que eles se importem se guardarmos tudo depois de usar. Eu vou buscar. — E saiu deixando que todos fizessem o combinado.

(...)

Akashi procurou em cada canto do depósito. Sua mãe havia mesmo escondido bem aquelas pecinhas. Lembrou-se que a última vez que ela as usou fora para fazer alguns cupcakes que seu pai havia pedido. Era difícil ele pedir algo assim para a mulher, mesmo sabendo o quanto ela adorava cozinhar. Era talentosa e quase nunca fazia algo que não agradasse o paladar do marido. Aptidão esta que Akashi não herdou... Ainda que tivesse feito diversos cursos pagos pelo pai, culinária definitivamente não era o forte do ruivo.

Quando voltou para a cozinha com as fôrmas, Akashi se deparou com algo inusitado.

— O que vocês dois estão fazendo? — Perguntou ele.

— Almôndegas! — Respondeu o loiro animadamente.

— Sério? — O sarcasmo se fez necessário.

— Não foi o que pediu, Akashicchi? ­— Fez biquinho diante da ironia apontada pelo capitão.

— E você pode me dizer por que cargas d’água vocês fizeram apenas sete bolas com toda aquela carne?! — O ruivo apontava para a carne moída já misturada com a farinha e enrolada em cima da bancada.

— Somos em sete. — Justificou Aomine.

— Sete? E vocês, por um acaso, se esqueceram dos meus pais e avós?!

Kise deu um tapa na própria testa e Aomine o fitou com cara de dedo.

— Ah, é... Foi por isso que fomos chamados aqui. Por causa das visitas. — Refletiu Ryouta com o indicador nos lábios.

— Então, é melhor comprarmos mais carne. — Sugeriu Daiki.

— Mais carne?! — Pronto. Era o que faltava para ele explodir. — Não se faça de idiota! Tem dez quilos de carne aí! Tratem de desmanchar essas bolas de basquete e fazerem direito! — Bradou chamando a atenção dos outros.

— Mas, estamos fazendo direito! Estamos seguindo direitinho a receita do livro! — Kise choramingava enquanto retirava o livro de receitas das mãos de Midorima para mostrar ao ruivo. — Viu só?!

— Bolinhas, Ryouta! Bolinhas! — Corrigiu impaciente. — Vocês fizeram bolas de boliche, porra! Como espera fritar esses monstros?! Com uma panela industrial?!

— Será que cabem? — Questionou Aomine a Kise, e este parou para imaginar tal possibilidade.

— Escutem aqui... Façam o que pedi se não, eu-!

— Vai nos jogar para os cães. — Completaram ambos em uníssono.

— Agora que vocês já estão com isso bem fixo na mente, — Gesticulou forçando um sorriso. — façam logo o que eu mandei! — O brado retumbante e intimidador do imperador fez com que os dois levassem um susto. Mais do que depressa, começaram a desmanchar as bolas de carne para reiniciarem a tarefa.

— Difícil, né? — Midorima perguntou ajeitando os óculos na face.

— Nem me fale. Tome. — Akashi entregou as fôrmas para Midorima e perguntou:

— Não é melhor tirar isso aí da bancada? — Apontou para o coelho rosa.

— Ah, não. Melhor deixar ele aí. Vai trazer sorte. — Sorriu para Akashi, mas o capitão ainda achava que aquilo não era uma boa ideia, e que mais cedo ou mais tarde, ia dar merda.

— Vou ver como estão o Tetsuya e a Momoi. Não deixe aquele traste parado por muito tempo, se não ele dorme! — Voltou-se para Murasakibara que estava quase cerrando os olhos por completo no canto em que havia se sentado antes.

— O macarrão já está no ponto, Tetsu-kun? — Perguntou a rosada.

— Ainda não. — Respondeu ele analisando a massa.

— Conseguiram fazer alguma coisa? — Perguntou Akashi assim que se aproximou.

— Eu ainda estou cozinhando o macarrão.

— E eu estou terminando o molho. — Sorriu satisfeita.

— Mesmo? — Estava surpreso. Finalmente uma dupla competente. — Posso ver?

— Claro! — Afirmou a garota tirando a tampa da panela. — O que acha?

— Mas, o que você...? — Akashi não podia acreditar no que via.

— Oh, Momoi-san. Eu disse que era para cortar os tomates. — Lamentou Kuroko.

— Mas, eles derretem depois, não? — Fitou o azulado confusa.

— Não, Momoi. Eles não derretem. — Afirmou Akashi com a voz arrastada.

O imperador bufou antes de continuar.

— Desse jeito isso aí nunca vai virar um molho decente! Vou pegar algo pra que você possa amassar os tomates. — Disse o capitão antes de se retirar.

— Assim não, Murasakibara! Você não pode comer o chocolate! — Esbravejou Midorima para o mais alto. — Põe logo essa porcaria para derreter na panela!

— Não seja mau, Mido-chin. Vou comer só um-

— Não se atreva, Atsushi! — Akashi repreendeu com o mesmo tom de Midorima ao mesmo tempo em que procurava o utensílio ideal para entregar à rosada.

— Vocês me irritam. — Reclamou o mais alto.

— Quem me irrita é você! Dá logo essa coisa! — Midorima retirou a peça das mãos do amigo e caminhou até o fogão colocando-a ao lado da panela de molho.

— Aqui está, Momoi. — Akashi entregou à garota o que parecia ser um martelo de carne de madeira. — Mas, faça isso direito.

— Ok... — Suspirou triste.

Akashi voltou para a bancada e leu mais um tanto do livro de receitas.

— Você já colocou a manteiga e o chocolate na panela, Shintaro?

— Já sim, estou derretendo. — Respondeu mexendo o conteúdo na panela ao lado de Momoi, que se atrapalhava muito para amassar os tomates sem derramar tudo no chão, ou na panela vizinha.

— Atsushi! — Chamou o capitão a atenção do gigante. — Pegue alguns ovos e açúcar.

— Quantos ovos?

— Quatro. E pegue o açúcar no armário à sua esquerda.

— O que eu faço com eles?

— Bata-os.

— Com o que?

— Com a testa. — Satirizou. — Com a batedeira, idiota! Espere aí que eu vou pegar. — Lidar com Murasakibara estava ficando cada vez mais difícil.

Akashi se movimentou pela cozinha em busca do eletrodoméstico. Murasakibara pegou os itens solicitados e esperou, bastante puto, que Akashi lhe entregasse a batedeira. Depois do feito, o capitão voltou sua atenção para Kuroko:

— Cozinhou o macarrão? — Perguntou desesperançoso.

— Sim. Peguei o escorredor em baixo da pia e a massa já está sequinha.

Akashi sorriu para ele. Kuroko parecia estar no auge de sua eficiência. Nem tudo estava perdido, afinal.

Mas, ainda faltava muito para que terminassem.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Vão comentar? *-*
Digam que siiim! *ç*

Estarei esperando os comentários, hein, povo! Não se esqueçam da autora aqui se não eu desisto de toda essa bagaça! Sou bem capaz de fazer isso, mesmo a fic já estando em sua reta final. 8(

Huahsuahs... Até o próximo capítulo!


Beijos. ;***



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