A Busca escrita por Lexie White


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Então, postei essa história há um tempo, mas a tirei para melhorar.Já pedi para beta-la para não ter nenhum erro, porém ainda não tive resposta.Espero que gostem!Não se esqueçam de comentar após ler o capitulo, okay?Boa Leitura!!



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Um castelo de gelo pegando fogo, com chamas tão grandes que irradiam o céu escuro com a lua enorme brilhando. Eu sorria de felicidade, sangue escorria de meu rosto e dos meus companheiros, estava cercada do que parecia um exército. Todos estavam com a alegria estampada em seus rostos. Até que...

A parede frontal do castelo quase todo consumido pelas chamas foi derrubada a força de uma grande criatura, todos ficam assustados e começam a correr.

O monstro vem em minha direção e como sempre, eu acordo.

~*~

Os gritos de pavor ecoavam pela vila, o que soava apavorante para todos, mas eu já tinha me acostumado, há três semanas isso se repetia. Acordava meu irmão apressadamente e apenas saio de nosso quarto quando vejo seus olhos verdes se abrirem. Nicholas já sabe o que fazer, ir para o porão e esperar-me lá.

Vou até a nossa pequena despensa e pego nosso pequeno café da manhã, pão e dois copos de leite. Desço até onde meu irmão esperava-me e fecho a porta do porão, que jaz de baixo da mesa de jantar, colocando cuidadosamente um tapete por cima.Se os guardas entrassem não iriam ver. Os soldados do reino de Falanger são burros, apenas procuram onde seus olhos alcançam.

O porão já estava equipado, cobertores e travesseiros, lanternas a óleos para nos manter aquecidos e outras coisas. Todos deveriam ter um desses esconderijos, se tornaram muito uteis a partir do começo da guerra entre Falanger e Henderit, onde eu moro, na vila de Horson.

Cubro meu irmão com uma coberta e eu com outra, ficamos um perto do outro para nos manter aquecidos. O porão era úmido, escuro e fedia madeira podre. Nossa casa não recebia mais cuidados desde a morte de nosso pai, que morreu na primeira guerra entre Falanger e Henderit. Nossa mãe desde da morte dele vive bêbada no bar em que trabalho, nunca sai de lá e eu agradeço por isso, assim Nicholas não a vê nesse estado.

Ouço a respiração profunda de Nicholas e caio no sono a ouvindo.

~*~

Acordo com Nicholas cutucando meu braço, fios de seu cabelo preto tampavam seu rosto, ele parecia cansado.

–Quero sair, não aguento mais ficar aqui – Ele diz quando percebe que estou acordada.

–Vou lá fora ver se os soldados já foram. – Respondo ajeitando meu vestido para poder sair.

Os soldados já tinham ido embora deixando a vila com a metade da população original. Ainda me pergunto porque eles pegam pessoas aleatórias e a escravizam. Um dia apenas mulheres, no outro apenas homens de meia idade, e assim por diante, sem nenhum padrão. O chão de terra estava cheio de marcas de sangue perto de um tronco, chicotadas. Ao imaginar a cena, calafrios percorrem o meu corpo.

A vila estava vazia, volto para casa e abro a escotilha de madeira, Nicholas sorri com meu concedimento.

–Apenas, fique perto de Isabel, certo? – Falo pegando minha capa antes de sair de casa.

Ele concorda com a cabeça e parte para o lar de minha amiga, ela sempre cuida de Nicholas enquanto estou trabalhando no bar.

Entro no bar, que fede a álcool e suor, vejo minha mãe caída no fundo do estabelecimento, mas nem vou até ela. É incrível como as pessoas conseguem beber de manhã. Três, cinco, seis cervejas apenas nos dez minutos de trabalho.

–Olá, princesinha – Bobby diz pedindo um copo de bebida.

Ele sempre vinha no mesmo horário com a mesma alegria dos bêbados escondendo a tristeza.

–Oi, Bobby – Falo entregando sua cerveja.

–Três semanas, eles ainda não me levaram – A voz rouca e mole mostra o tamanho de sua bebedice.

–Haha, quem sabe chega as quatro semanas?

–Eu vou chegar as seis semanas, anote o que eu estou falando! – Ele bate com força o copo na bancada de madeira.

–Você não acha estranho o rei não estar fazendo nada? – Pergunto servindo outros homens.

–Ele está numa guerra, porque se preocupar com uma pequena vila quando tem um reino inteiro em perigo?

–Não sei...bom, somos o seu povo, o Doryan é nosso rei, quando assumiu o trono jurou cuidar até dos mais humildes camponeses, deveria cumprir esse juramento.

–Bom, não temos escolha, é impossível mudarmos de rei até o atual morrer.

–Ainda bem que estamos numa guerra – Falo rindo, porém nossa conversa é intrometida por uma garota entrando loucamente no bar.

–Anna! Anna! – A garota era Isabel, ela estava desesperada.

Eu acabei ficando desesperada e quando minha amiga me vê, as palavras que saíram de sua boca não melhoraram a minha situação.

–Os soldados voltaram de repente...Nicholas deveria estar dentro de casa....não fora....

–Isabel, calma – O desespero passou dela para mim, meu corpo tremia de medo.

–Eles pegaram Nicholas – Suas palavras finalmente saíram e meu corpo desmorona.

Sem nem ligar para ninguém, eu saio correndo do bar em direção a casa de Isabel. Corria até meu corpo não aguentar mais. O mundo pareceu ficar em silêncio e tudo que podia ouvir era meu coração batendo, o sangue circulando pelo meu corpo, minha respiração ofegante. As pessoas me encaravam com cara de compaixão, como se eu não tivesse nenhuma chance de salva-lo.

Lágrimas escorriam pelo meu rosto.

O desespero tomou meu corpo como uma doença.

O medo estava estampado no meu rosto.

E, então, eu o vi.

~*~

Nicholas estava numa carroça junto com várias crianças, soldados negros com faixas vermelhas estavam os levando embora, ele estava partindo.

–Nicholas! – Grito com todo a minha força e volto a correr em direção dele.

Podia ver o desespero em seu rosto, ele estende sua mãe. Quase podia toca-la, acelero e finalmente o puxo para fora da carroça. Caímos com força no chão e percebo que a carroça parou.

–Nicholas, corra. – Falo para ele e eu me levanto.

O soldado vem em minha direção e outro na de Nicholas. Eu, ainda no chão, me arrasto para trás até ver uma pedra, a jogo fortemente na cabeça do homem. Ele fica irritado e puxa minhas pernas com raiva:

–Ele é propriedade do Rei Hugo agora – O soldado diz me chutando – Fique no chão, se não quiser ser também.

Vejo Nicholas sendo levado até a carroça a força, lagrimas correm pelo meu rosto. Ele se debate, porém é fraco, apenas treze anos. Meu irmão tenta se livrar desse destino cruel, mas tudo é em vão.

–Seu maldito! – Grito e puxo a perna do homem que meu puxou, fazendo-o cair.

Me aproximo para socar o seu rosto, mas ouço um estalar e uma onda de dor percorre o meu corpo, uma dor que eu nunca senti. E isso se repetiu mais duas vezes e eu pude sentir cada uma delas, pude senti o sangue escorrendo, pude sentir a dor exorbitante. O soldado se levanta e chicoteia-me mais três vezes, tentava gritar por socorro, mas nada saia. O homem ri de meu estado e diz:

–Permaneça no chão, onde você pertence.

–E onde você morrerá – Falo enquanto o vejo ir embora.


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Notas finais do capítulo

Quando estiver em itálico quer dizer que é a Anna quem narra.
Se não, é o narrador.



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