Sweet Mystery escrita por MistyMayDawn


Capítulo 5
Capitulo V


Notas iniciais do capítulo

Explicações e avisos nas notas finais.
Definitivamente, esse é o maior capitulo que eu escrevi na vida.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/515746/chapter/5

– Tudo bem, eu odeio aquela mulher, mas porque ela é uma suspeita? – Perguntei desconfiado.

Dawn apenas cruzou os braços e fez beicinho.

– Porque eu disse que é!

– E onde está o sentido nisso? Aliais como foi que você entrou aqui?

– Eu entrei pela porta dos fundos, estava aberta. E você já assistiu Death Note?

– Sim, mas o que isso tem a ver?

– Eu sou que nem o L – Pisquei algumas vezes. Ela estava falando mesmo serio? – Antes de tudo, tenho duas regras. Primeiro, eu nunca erro. Segundo, se eu errar, volte para a primeira regra.

– Tudo bem Dawn, acho que você está com sono. – Segurei em sua mão e a puxei para fora do quarto.

– A Justiça sempre vence! – Ela gritou confiante.

– Não faça barulho, você pode acordar... – Sussurrei, mas era tarde de mais.

Eu vi a porta ao lado abrindo, porém fui mais rápido. Puxei Dawn para dentro do meu quarto e fechei a porta rapidamente e impressionantemente sem fazer nenhum ruído. Ouvi os passos, a pessoa desceu as escadas e depois voltou para seu quarto. Suspirei aliviado, não sei o que Clarie faria se me visse saindo do quarto de madrugada com uma garota.

Virei-me para Dawn pronto para repreendê-la pelo grito e ela estava sentada tranquilamente na cama mexendo no meu celular. Sentei ao seu lado e tentei convence-la que aquilo não fazia o menor sentido, mas ela foi firme e permaneceu confiante. Depois de muita conversa ela decidiu que iria fazer “greve”, ou seja, ela ia ficar lá no meu quarto até eu concordar e se eu tentasse tirar ela dali ela iria gritar.

Pensei em tudo quando estava no banheiro escovando os dentes, pensei eu todas as possibilidades para me livrar dessa enrascada, mas não achei nenhuma solução viável. Bufei com tudo aquilo, eu não tenho escolha. Quando voltei, Dawn estava dormindo. Era incrível como ela era extremamente fofa. Não a acordei para contar a minha decisão, apenas tranquei a porta e a cobri com o cobertor, depois deitei ao seu lado (um pouco longe) e dormi.

No dia seguinte acordei com o barulho estridente do despertador, o desliguei (leia-se esmurrei), porem me lembrei de Dawn. Bruscamente me virei para o lado, mas não a encontrei. Emburrado, novamente me cobri. Ela deve ter saindo antes de acordar para que não acontecesse nenhum problema com os meus pais e com os dela. Todavia, senti algo pulando na cama, em cima de mim. Tirei as cobertas para ver o que ela e Dawn me encarava radiante.

– Acorda preguiçoso – Deu algumas risadinhas – Achou que eu tinha ido? Esqueceu-se de que eu não saio daqui sem um sim?

– Tudo bem, eu concordo. – Sorri de lado.

– Muito bem! Agora tenho que ir. Sabe como é! meu pai ia me matar de se descobrisse que acabei dormindo na casa de um garoto. Mas não foi por querer, tá? Eu estava com muito sono! – Se levantou e foi até a porta – Depois conversamos sobre o rumo das investigações.

Depois disso eu e Dawn passamos há ficar mais tempo juntos, tanto na escola quando fora dela. Durante duas semanas ficamos observando minha madrasta, Clarie, para descobrir algumas suspeita ou prova que comprovasse que ela era a assassina em serie. Mas só descobrimos que: Ela acorda as 6:30 da manhã, prepara o café-da-manha, espera meu pai, Reggie e eu e juntos comemos, depois que todo mundo sai ela lava a louça e passa a manhã inteira fofocando, as 10:20 ela começa a preparar o almoço e ao meio dia almoçados, 13:30 ela dorme e acorda 14:40, depois ela se arruma e sai para o cabelereiro ou as vezes para fazer compras, as 18:10 ela chega e prepara a janta, depois de comermos e tudo ela vai assistir novela (as vezes na casa de uma amiga) e dorme as 22:00. Conclusão sobre tudo isso: Nada relevante. Ela não é o assassino!

Depois de constatar tudo, concordamos que deveríamos encontrar outro suspeito. Durante todo o processo perguntei para Dawn porque e como ela chegou à conclusão de que Clarie era o assassino. Ela inchava os pulmões e dizia com toda a confiança do mundo que era a intuição dela. Depois que ficou evidente que Clarie não era a assassinada, ela ficou um pouco triste e resmungava toda hora que a intuição dela nunca falha. Mas não continuou insistindo que era ela.

Bom, uma semana se passou depois da nossa “aventura” seguindo a Clarie. As coisas na escola estão um pouco diferentes, Candice desde o chilique que ela teve na sorveteria continua me evitando e quando eu passo perto dela ela abaixa a cabeça como se não quisesse me olhar no rosto. Barry desde então está bastante estranho, ele começou a me encarar com cara de poucos amigos, não sei exatamente o motivo, mas tenho uma suspeita: Ele gosta da Candice, mas ela gosta de mim e eu a magoei. Ash e Misty começaram a namorar, foi uma surpresa para todos, não porque era improvável - aliais todos sabíamos que eles se gostavam-, e sim porque nos surpreendemos porque não era algo esperado para agora. Bom, pelo menos para os outros, desde minha conversa com Ash sabia que iria resultar em alguma coisa. Fico feliz por ele. Lily passou a visitar mais vezes seu namorado Brow, Lily é uma mulher mais velha e já está na faculdade, por isso muitos garotos ficam parabenizando o Brow, mas sei que ele gosta realmente dela e não está fazendo isso por status (até porque eles já namoram há dois anos).

Pensando bem, isso meio que torna o Ash e o Brow cunhados, já que a Lily e a Misty são irmãs... Bem, voltando para o assunto: May e Drew estão bem, eles não estão brigando tanto quando antes. Dawn passou a andar ainda mais com Kenny e Zoey, agora só tem “DeeDee” pra cá “DeeDee” pra lá, não sei como Dawn aquenta o Kenny. Bom, isso não é da minha conta.

Agora estou no meu quarto, mas especificamente me arrumando para o baile. Sim, depois de muita luta finalmente conseguiram me convencer de participar de tamanha besteira. E adivinha quem em convidei: Candice! Na verdade, só estou indo exatamente por causa dela. Depois de vê-la tão triste resolvi dar uma “chance” e a convidei para o baile. Ela ficou tão feliz que pulou em cima de mim e eu dei uma risada sem jeito. Quando ela tentou me dar um beijo, porém eu virei o rosto.

Estou vestindo um traje de duas peças, uma camisa social e calças, já que um terno completo seria considerado exagerado para um evento semi-formal. E tênis novos e elegantes, que combinem com minhas calças. Tive que pedir ajuda do Reggie, pois não tinha a mínima ideia do que vestir. Ele disse que um toque informal adiciona um pouco de “casualidade à ocasião”.

Depois de pronto desci as escadas e esperei Reggie sentado no sofá. Ele iria me levar para o baile, assim como Mayline e Candice. Enquanto esperava tive que aturar a chatice de Clarie dizendo que nem acreditava que alguma menina tinha aceitado ir ao baile comigo, por outro lado, meu pai parecia estar orgulhoso. Quando Reggie desceu, Clarie fez questão de tirar uma foto dele, depois Reggie me empurrou e falou para tirar uma de mim também. Quando saímos Clarie gritou dizendo que quer a nossa foto com as meninas. Eu tentei esconder o rosto de tamanha vergonha que eu senti.

Passamos primeiro na casa da Mayline, ela vestia um vestido rosa rendado até o joelho. Por causa dos pais dela (que estavam muito animados) Reggie teve que tirar uma foto com ela, depois à atenção deles se voltou pra mim e eu acabei tendo de tirar uma com os dois também. Ai que idiotice! Sei que isso não acontece muito, mas isso é constrangedor. Depois entramos no carro (Reggie e Mayline na frente e eu atrás) e fomos buscar Candice. Ela me recebeu com um abraço apertado, e quando olhei seu pai ao lado com uma cara de poucos amigos engoli em seco (o pai dela era, no mínimo, enorme). Candice estava com o cabelo solto e cacheado e vestindo um vestido tomara que caia azul e um pequeno laço preto na cintura. Tiramos fotos também, uma de nos dois sozinhos e outra com cada um dos pais dela. Só entramos no carro depois da mãe dela me dar um beijo na bochecha!

– Paul, vamos tirar uma foto? – Pediu Candice já com a câmera frontal aberta.

Nos aproximamos mais, para que coubesse nos dois na foto, ela saiu sorrindo e eu com minha típica expressão seria. A foto saiu um pouco escura, mas Candice adorou tanto que até colocou na tela de bloqueio. Durante toda a viajem Candice e Mayline conversaram, o que evitou que a viajem fosse silenciosa e constrangedora. Ao chegarmos, Reggie encontrou um pouco de dificuldade para estacionar no carro, só conseguiu uma vaga em um local bem longe da escola. Fomos antando, Candice agarrou o meu braço e Reggie e Mayline deixaram a gente pra trás.

Passamos pela entrada lotada de gente e entramos, o som estava ensurdecedoramente alto, varias pessoas dançando sem pudor na pista de dança enquanto estavam sendo iluminados pelas luzes multicoloridas e florescentes que vinham de todos os lados. Atrás da pista de dança tinha um conjunto de mesas cuidadosamente decoradas e abarrotadas pelo buffet, que tinha sanduích, salgadinhos, canapés, ponche, refrigerantes, uma cascata de chocolate, bolinhos, docinhos e mini-sonhos. E era logico que lá iria estar Ash e May, eles comiam os salgadinhos como se fosse dois esfomeados que não viam comida há um mês, mas já era de se esperar dos dois. Ao lado deles estavam Misty e Drew tomando ponche e conversando enquanto seus namorados comiam. Quando me viram acenaram e fui até lá com Candice sorrindo bobamente e agarrada ao meu braço.

– Olha! Ele veio mesmo! – Comentou May com Ash.

– Eu disse que ele vinha – Respondeu e limpou os farelos de comida do seu rosto.

– Eu e Ash conseguimos convencer ele – Disse Misty. – Ah, finalmente ele te convidou Candice. O Paul é um idiota mesmo. Como vai?

– Bem obrigada – Deu uma risada.

– Adorei o seu vestido! – Disse May comendo um sanduiche.

Candice ia responder alguma coisa, porem foi interrompida por uma rosa vermelha que apareceu de repente perto do seu rosto. Drew é claro.

– Uma rosa para uma bela flor – Disse ele.

Candice aceitou a rosa e murmurou um obrigada enquanto ia ficando gradativamente mais corada, May olhava para Drew mortalmente, eu revirei os olhos, Ash continuava comento alheio ao que estava acontecendo e Misty ria. Drew percebendo que May estava zangada (o que não era difícil) tirou da manga da camisa uma tulipa vermelha e lhe entregou.

– Pra minha namorada só tulipas, que significam o amor verdadeiro e eterno.

May, feliz com a resposta, colocou cuidadosamente a flor em seu cabelo e sorriu. Porem quando viu And atacando os doces de chocolate recém-chegados na mesa ao lado se irritou e foi até ele.

– Não coma tudo Ash! Deixe pra mim também!

– E o que significam as rosas vermelhas? – Perguntou Candice para Drew.

– Paixão, amor ardente, respeito, coragem e admiração – Respondeu ajeitando seu cabelo.

– Ah, sim.

– Vamos ao banheiro Candice? – Perguntou Misty.

– Vamos. Volto logo Paul – Depois de eu dar um aceno de cabeça para ela as duas saíram e desapareceram entre a multidão.

– Então Shinji, você acha que é melhor irmos tirar eles dali? – Perguntou se referindo a Ash e May.

– Não – Dei de ombros – Deixa eles se divertirem, Drew.

Lembro-me que Drew disse alguma coisa, porem não consegui ouvir mais nada quando vi por cima de seus ombros Dawn deslumbrantemente linda. Senti que naquele momento ela fez jus ao seu sobrenome: Dawn estava luminosa e brilhante, ali ela parecia à própria luz, nascida de um sonho. Vestia um vestido preto, rendado e colado que definia bem suas curvas e que ia até a metade das coxas grossas, mas não era vulgar. Tudo estava na medida certa. Os cabelos azulados e brilhantes balançaram com seu andar e caiam sobre seus ombros como uma cascata corrente. Os fios eram longos, batendo na metade de suas costas pequenas, com uma franja proeminente em sua testa, quase cobrindo os olhos. Suas bochechas estavam rosadas, pareciam marcas de maquiagem na pele delicada, mas quem a conhecia sabia que era algo natural. Seus lábios rosados e carnudos contrastavam com a pele pálida. A única coisa que estragava tudo era a pessoa que estava ao seu lado: Kenny Kengo.

– Shinji! Shinji! PAUL!

Voltei a “realidade” com o grito de Drew, ele balançava para cima e para baixo a mão perto do meu rosto, quando me viu “voltar” ele parou e ajeitou seu cabelo. Olhei ao redor e Ash, May, Brock e Lily olhavam pra mim com curiosidade. O que foi que eu perdi?

– Paul. Você ficou quase cinco minutos olhando para o nada com um olhar estranho de peixe morto – Comentou Ash dando risada.

– Você estava olhando para onde? – Perguntou curiosa Lily.

– Nada.

May olhou para Dawn e Kenny que conversavam com Barry e Zoey, e acenou pra lá como se fosse normal.

– Olá nada!

– Você estava olhando para a Dawn? – Falou Brock com um meio sorriso como se já esperasse aquilo.

– Porque não vai falar com ela? – Perguntou gentilmente Lily sorrindo meigo.

– Você ficou assim por causa de uma garota?

– Você é realmente o Shinji que eu conheço ou foi abduzido por algum ET?

– Eu preciso de uma bebida! – E saí antes que me fizessem mais perguntas.

Fui até a mesa mais distante e me servi com ponche de frutas, encostei-me a mesa e bebi. A pista de dança estava lotada de estudantes da escola Bom Bosco e de outras pessoas nas quais nunca tinha visto na vida. No meio dela identifiquei Reggie e Mayline, os dois dançavam de uma forma que era inadequada para um baile de escola, se é que vocês me entendem. Mais atrás, Dawn e Kenny entravam no aglomerado de adolescentes e arriscamos alguns passos, desajeitados da parte de Kenny. Após tropeçar pela segunda vez o vi se inclinar e falar no ouvido de Dawn, ela sorriu, moveu a cabeça para o lado e jogou seus cabelos azulados para trás. O contraste de cor entre os cabelos azulados e as luzes multicoloridas era belíssimo.

– Paul! – Candice surgiu na minha frente com um sorriso enorme – Demorei muito? Foi mal, você sumiu e eu tive que te procurar por todo lugar.

– Não, você não demorou. Ponche? – Ofereci o meu copo que mal tinha bebido.

– Está batizado?

– Não. Além disso, eu não sou esse tipo de cara.

– Então eu aceito! – Pegou o copo de minhas mãos e deu um gole – Depois podemos dançar?

– Vamos, mesmo eu não sendo bom nisso.

– Olha só! Quando quer você se torna muito legal – Deu um ultimo gole e colocou o copo vazio na mesa.

Ela tirou uma trufa de chocolate de uma montanha de doces que um dia foi uma pirâmide e molhou-a no pequeno chafariz de chocolate ao lado. Mordeu o doce com vontade e eu apenas observava. Nunca gostei muito de doces, então não faço questão. Assim que terminou de comer, Candice segurou minha mão forte e me puxou para um abraço. Não entendi o porquê daquele comportamento esquisito dela e nem tive tempo de reclamar ou dizer alguma coisa, pois quando dei por mim já estávamos no meio da pista de dança recebendo alguns empurrões de adolescentes animados.

– Vamos dançar! Quero ver do que você é capaz – Disse animada e desafiadora, me deu uma piscadela e seus olhos âmbar e depois corou.

Assim que estamos prontos para nos juntar a multidão dançante a musica é trocada para uma mais lenta. Rapidamente as pessoas, que antes estavam pulando e rebolando, se juntaram aos seus respectivos pares. Candice se aproximou de mim e entrelaçou seus braços ao meu pescoço e eu levei minhas mãos a sua cintura e então nos movimentamos no ritmo da musica. Seu rosto estava levemente vermelho, mas ela continuava olhando diretamente para mim, seus olhos âmbares brilhavam. Aos poucos ela aproximava mais o seu rosto do meu, os lábios pintados de rosa estava umedecidos e os pequenos olhos iam se fechando lentamente. Naquele momento eu estava certo que iria beijar Candice Suzuna, se não fosse pelo grito agudo e o puxão que tirou Candice de perto de mim.

Barry e Zoey riam do susto que deram em nos dois e o tombo que devam em Candice feito dois retardados, ela levantou atordoada e assim que se recompôs pude ser uma veia saltar de sua testa de tamanha raiva que ela sentia. Virou-se pronta para gritar com os infelizes, mas assim que reconheceu que eram os seus amigos começou a rir de se mesma junto com eles.

Os adolescentes ao nosso redor pararam de dançar para nos observar. Eu olhava para o trio com uma cara enorme de poker face e eles continuavam rindo, até que assim como as outras pessoas ao redor eu resisti e fui fazer algo mais interessante. Foi quando algo pequeno se chocou contra mim, um delicado copo feminino de lindos cabelos e olhos igualmente azuis. Dawn.

– Paul! – Disse animada – Eu achei que você não viria.

– Mas eu vim por, bom, digamos que uma boa causa.

– Você é um cara legal por fazer isso. – Kenny disse sorrindo ao lado de Dawn. – Dawn, vou pegar alguma bebida, quer alguma coisa?

– Eu quero mais desse ponche maravilhoso de melancia e também quero muitos doces, se não for muito incomodo.

– Claro que não é incomodo. Volto já! Não vá dançar sem mim. – Falou e então se distanciou e desapareceu entre as pessoas.

– Você realmente gosta muito de doces – Comentei.

– Tá brincando?! Doces são o paraíso! A melhor coisa inventada pelo ser humano! – Gritou animada, ela esbarrava um pouco nas palavras, trocando algumas letras às vezes.

– Você está mais animada hoje. – Dei um pequeno sorriso da forma estranha que ela estava falando.

– Claro que eu estou!

Rapidamente, as luzes se acenderam e a musica parou de tocar. Todos os alunos se dirigiram ao palco onde, me pé, estava à temida Diretora Mildred juntamente com todos os professores. Dawn e eu também nos dirigimos até lá também, enquanto andávamos algo me dizia que Dawn não estava em seu melhor estado. Seu rosto vermelho, o jeito de falar e a forma como se movimentava e andava só me fazia ter ainda mais certeza de que ela não esta bem.

– Caros alunos – Começou a diretora Mildred falando – Sei que aconteceram coisas horríveis nessa pequena cidade por causa desse assassino em serie, eu mesmo sofri muito e ainda estou sofrendo com a morte prematura do meu filho mais velho. Felizmente eu ainda tenho o meu caçula, Barry Jun, que está me ajudando bastante a superar isso. Vim aqui junto com os professores para informar que mesmo com esse assassino solto por nossa cidade não vamos deixar que ser submissos. – Ela enxugou um uma pequena lagrima do olho esquerdo e sorriu – E vamos anunciar o Rei e Rainha do primeiro Baile da escola Bom Bosco elegidos por vocês!

– Era se eu consigo ganhar? – Não perguntou animada, dando pequenos pulinhos.

– Claro que consegue!

– É DeeDee, você é um máximo! – Surgiu Kenny atrás de nos segurando vários doces e dois copos de ponche.

Dawn rapidamente agarrou o ponche e os doces. Tem alguma coisa estranha do jeito dela, isso eu tenho certeza.

– E o Rei e Rainha do 1° Baile são... – A Direita estava com um envelope em mãos, abri-o lentamente para fazer drama – Drew D’Angeli e May Santos!

– Own, eu não ganhei. – Lamentou-se Dawn.

Drew e May subiram no palco onde foram coroados e receberam os aplausos dos alunos animados.

– Dawn, volto já! Preciso ir ao banheiro. – Anunciou Kenny.

Dawn observava com os olhos brilhando Drew e May se preparando para a valsa, todas as pessoas se reuniram em uma roda para verem o Rei e a Rainha do baile. Dawn se movimentava de um jeito estranho, dava pulos e bebia o ponche como se sua vida dependesse disso.

– Dawn, posso beber um pouco do seu ponche? – Perguntei, intrigado.

– Pode – Relutante ela me entregou o copo.

Foi então que eu entendi o que estava acontecendo com ela, porque ela estava tão estranha. O ponche estava batizado, foi anunciado a todos que não haveria nenhuma bebida alcoólica no baile, então os malditos batizaram.

– Não, vamos lá pra fora. Você precisa de um pouco de ar.

– Ahhh, mas está tão legal o Rei e Rainha dançando. Tão romântico! – Ela falava parecendo uma criança.

Depois de muito esforço, consegui convence-la de que era melhor pra ela ir lá pra fora. Nos sentamos em um banco em frente a entrada do ginásio.

– Aqui está tão fresco! – Comentou se espreguiçando – Boa ideia Paul. Daqui da pra ouvir a musica tocando... Paul! Vamos dançar?

– O que?

– É! Vamos dançar! Por favor! Favorzinho!

– Tudo bem.

Ela ajeitou-se lentamente, se apoiando em meu corpo. Deu um sorriso devastadoramente sexy e envolveu meu pescoço com seus braços e começou a dançar colada de mim. Meu fôlego se perdeu enquanto meu corpo sentia cada roçar daquele quadril como se fosse um verdadeiro choque delicioso. Okey, se existia alguma duvida, não existe mais: Definitivamente ela estava bêbada.

Quando aqueles olhos azuis me encararam, percebi o quão perto realmente estávamos. Minha respiração ficou pesada e se misturou a dela, eu não resisti e levei uma mão até o rosto dela e acariciei as bochechas rosadas e macias, um friozinho surgiu em minha barriga e o suspiro delicado que escapou dos lábios rosados e tocou meu rosto me deu a certeza que eu não podia resistir mais. Inclinei meu rosto e selei os lábios, apenas um selinho que estava sendo mais intenso do que qualquer outro beijo. Senti as mãos de Dawn em meus ombros e uma forte pressão, fechei meus olhos esperando que fosse ser empurrado ou que levasse um tapa no rosto, mas aconteceu o contrário! Dawn me puxou para mais perto de si colando ainda mais nossos corpos. Aquilo era demais para a minha fraca resistência! Ainda de olhos fechados e com toda a calma do mundo, comecei a mover meus lábios sobre os dela, experimentando aquela textura tão deliciosa e verdadeiramente gostosa. Deus, o beijo poderia ser o mais simples que já havia dado, mas mexia comigo mais do que qualquer outro!

– Paul... – Escutei uma voz chorosa bem perto.

Aquilo foi o suficiente para que eu acordasse do meu sonho. Me afastei com a respiração rápida, como se tivesse dado um beijo selvagem. Dawn estava mais vermelha que nunca, parecendo finalmente perceber o que tinha acontecido. Afastei-me com medo do que tinha feito, enquanto minha mente entrava em um furioso conflito. A culpa de tê-la beijado rivalizava com o forte desejo de fazer isso novamente.

– Paul... – Candice estava a alguns centímetros de nos, as lagrimas em seus olhos estavam piores do que da ultima vez.

– Candice!

Ela saiu correndo pela calçada, se afastando ainda mais e nos e da escola. Droga! Vim pra essa draga de baile pra fazê-la se sentir melhor e acabei piorando a situação. Me voltei pra Dawn e decidimos voltar para dentro. O rosto dela ainda estava corado e isso continuou até Kenny aparecer com Barry e Zoey.

– Eu vou nessa. Kenny, você quer ir em casa e jogar aquele jogo novo que comprei? Você também quer vir Paul?

– Não vai dar, tenho que chegar cedo pra ainda estudar para a prova de Química amanhã.

Era logico que eu não iria.

– E você Kenny? – Perguntou Barry.

– Ah, também não vai dar... – ele disse, lançando um olhar significativo para Dawn e depois voltando para Barry. Então, chegou mais perto para poder sussurrar. Fiquei um pouco atento para escutar – A Dawn vai em casa, sabe como é. Demorei um tempão para convencê-la e é melhor aproveitar que meus pais estão passando a noite fora.

Foi uma tarefa muito difícil, mas eu consegui esboçar um sorriso.

– Nesse caso, divirtam-se – falei para manter as aparências, quando na verdade estava querendo estrangula-lo por dentro.

– Eu pretendo – ele piscou um olho para mim e segurou a mão de Dawn.

Os dois se despediram e eu fiquei encarando a saída por onde passaram.

***

Eu escutava a linha do telefone chamar.

– Alô, aqui é da Polícia Local de Sinnoh, algum problema?

– Alô, boa noite. Bom, er, bem, eu... Gostaria de denunciar anonimamente um roubo que está acontecendo. – Tossi um pouco, me esforçando para deixar a voz mais grossa.

– Um roubo?

– Aham, quer dizer, estão invadindo a casa de um vizinho meu.

– Por acaso isso é um trote? Olha, garoto, da última vez que nos enganaram, quatro dos meus melhores policiais passaram dois meses no hospital e...

– Não é a porra de um trote, merda! – Suspirei fundo, e retomei o tom de seriedade. – Mas afinal, será que podem vir checar?

– Onde é a ocorrência?

– Na residência dos Kengo – Tossi novamente. – É melhor correrem, acho que estou ouvindo muitos gritos! Ah meu Deus! – Gritei – aquilo é uma metralhadora!? Venham logo!

– Estamos a caminho!

Coloquei o telefone de volta no orelhão ainda não acreditando que eu tinha feito aquilo. Meu Deus, eu não deveria me sentir tão bem o quanto estou me sentindo. Eu detesto usar esses telefones públicos tarde da noite e passar trote pro trabalho do meu pai, mas é por uma boa causa. Afinal, Kenny é um babaca patético e Dawn merece alguém melhor.

Virei-me para voltar ao Baile, levei um susto quando vi. Um homem, vestindo uma roupa estranha e uma mascara apontava uma faca relativamente grande para mim. Dei alguns passos para trás, então a coisa falou um uma voz grossa:

– Mudança de planos.

Por favor, leem as notas finais, é importante!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Você já tem alguma ideia ou suspeita de quem seja o assassino? Conte-me. A boa noticia é que eu já sei como a fanfic vai acabar e tudo! A má noticia é que eu estou de castigo porque fiquei com nota baixa no segundo bimestre, isso mesmo! Não posso mexer no computador, nem no meu celular. Por isso não respondi o comentário de vocês, porque não tem como! Eu só consegui escrever esse capitulo e postar agora porque eu sou NINJA! Mas o próximo só irei postar quando acabar o castigo, que é mês que vem (se eu ficar com nota boa). Também tenho outra noticia muito importante para dar a vocês: como eu disse lá em cima eu já sei como vai ser o final da fanfic e tal e eu acabei imaginando uma cena hentai entre nossos protagonistas. Eu nunca escrevi hentai na vida e nem classifiquei essa fanfic nessa categoria, mas na minha imaginação ficou tão fofo! Seria um hentai singelo, romântico e verdadeiro. Então é vocês que decidem se querem que eu coloque o hentai.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sweet Mystery" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.