Eu me aproximei dele, coloquei minha mão em seu rosto e o beijei. Aquele momento era mágico, os seus lábios sincronizados com os meus, moviam-se como um só. Eu queria aquele beijo, eu estava negando os meus sentimentos por ele, eu estava mentindo para mim mesma, mas quando ele me disse que me amava – daquele jeito, e não dizer só por dizer. -, eu sabia a resposta se eu o amava ou não: "SIM... EU O AMO". Aquele momento era tão perfeito, tão certo, que não havia dúvidas. Seus braços me envolveram, apertando-me contra ele. Eu havia me esquecido de como respirar, estava em seus braços, o beijando e era isso que importava. Seus lábios então se distanciaram do meu e eu o fitava com os olhos.

– Eu realmente não esperava por essa reação, achei que você ainda fosse ficar com a besteira de que eu estou mentindo. – ele disse ofegante.

– Eu também não esperava que você me dissesse que me amava assim tão caloroso. – ele riu – Mas então, estamos aqui já faz um tempo, e não vi ninguém. Quem mora nesse castelo? – tentei mudar de assunto, não era muito boa em falar de sentimentos.

– Você achou que todas as vezes que eu disse que te amava, era por causa da aposta e só por dizer por dizer né?! Mas enfim, que milagre é esse a senhorita Granger não saber de algo que eu sei? - nós dois rimos.

– Tem uma primeira vez pra tudo né?!

– Ninguém mora aqui Mi, esse castelo foi abandonado há muito tempo pelas "ninfas".

– Espera, eu nasci trouxa, e já ouvi falar dessas “ninfas”. – o interrompi.

– As Ninfas eram figuras mitológicas na Grécia Antiga, um lugar trouxa. Eram espécies de deusas-espíritos da natureza. Os gregos acreditavam que elas habitavam os campos, lagos, montanhas e bosques, sendo responsáveis por levar alegria e felicidade para as pessoas. Representavam o dom de fertilidade da natureza. Muitas ninfas eram a personificação de características e qualidades de deusas e deuses gregos. Muitas ninfas eram aladas (possuíam asas). Hérmia era considerada, na mitologia grega, a deusa de todas as ninfas. Mas, chegou um tempo em que a existência delas ficaram ameaçadas, ai as ninfas aladas voaram até o céu, e construíram isso aqui...

– Como?

– Não sei, e ninguém sabe. Outra coisa interessante sobre elas, é que de acordo com o local onde habitavam, as ninfas recebiam diversas classificações: Efidríades: ninfas das águas; Epigéias: ninfas da terra; Náiades: ninfas das águas doces; Oreádes: ninfas das montanhas; Dríades: ninfas das florestas; Alseídes: ninfas das flores.

– Elas ainda existem? Por que não estão mais aqui?

– Comensais! Responde?

– Sim! Mas como você sabe de tudo isso?

– Eu me interesso pela vida trouxa, e um dia estava voando na vassoura e achei isso aqui, fiquei curioso e fui pesquisar.

– Quem diria você estudioso! – nós rimos.

– Eu te amo minha morena. – e me beijou na testa. – Elas deixaram muitas roupas no guarda roupa, se quiser, pode pegar, elas não vão sentir falta mesmo. – deu de ombros e eu ri. Entrei no quarto e fui até o guarda-roupa e ele estava certo.

– Meu Merlin, quanta coisa. – as roupas eram elegantes, havia muito cetim rosa, e seda de todas as cores.

– Quer alguma delas? – ele me olhava.

– Posso?

– Claro. Elas não vão usar mais mesmo. – eu ri com essa resposta.

Comecei a olhar roupa por roupa, e sabia o que procurava. Algo que eu pudesse vestir no baile, mas não sabia o que escolher, não sabia se ficava chamativo de mais, ou nem chamar atenção chamava. Nesse momento eu senti falta de Kim. Ah! Kim! Minha amiga, ela devia estar preocupada comigo.

– Draco, será que podemos voltar para o castelo? Nós já perdemos as aulas da manhã, não quero perder mais nenhuma, eu poucas vezes perdi aula.

– Tudo Bem! Quer voltar depois?

– Claro, mas, eu quero trazer uma amiga, a Kim.

– Como quiser. – ele deu de ombros.

Enquanto saía do castelo eu pude repará-lo melhor agora como ele era. A sala era enorme, havia vários móveis tudo decorado em cores suaves, havia uma harpa na sala, ela me parecia ser de ouro, quadros espalhados por todos os lados com retratos da natureza. Subi na vassoura voadora e dei mais uma olhada ao castelo antes de perdê-lo de vista. Pássaros voavam ao redor do castelo, aquilo era lindo, perfeito.

Chegamos em Hogwarts, a tempo para a segunda aula da tarde. Draco e eu corremos o máximo que podíamos, mas as nossas aulas não eram juntas, então ele me beijou para ir pra sua aula e eu pra minha. Assim que cheguei à sala, vi que não estava tão atrasada, me apressei a sentar do lado de Kim.

– Onde você estava? O que aconteceu com você? – ela sussurrou preocupada.

– É uma longa história, depois te conto tudo. – ela não pareceu gostar muito de minha resposta, mas ela não podia fazer mais nada o professor já havia chegado à sala de aula.

O restante das aulas da tarde passaram rápido sem eu perceber, nem prestei muita atenção. – estava concentrada demais no que acabara de acontecer comigo e com o Malfoy – Já estávamos no refeitório, procuramos por Harry, Rony e Gina, e como sempre estavam no mesmo lugar. Seguimos até eles, e ao passar pela mesa da Sonserina olhei para o lado a tempo de ver Draco sorrir pra mim e piscar, mas ninguém parecia ter percebido. Kim me olhou desconfiada pelo canto do olho, ela havia visto.

– É sobre isso que quero falar com você, não faça nenhum escândalo, e não fale sobre isso com os outros. – sussurrei e ela assentiu.

– Oi gente. – Nós duas dissemos ao mesmo tempo em que sentamos.

– Oi Kim... Oi Mi. Onde estava? – Todos disseram a mesma coisa.

– Hum...Eu me machuquei e fiquei na enfermaria a manhã toda.

– Você está bem? – Rony me perguntou e começou a me examinar e pela primeira vez ver a minha mão enfaixada.

– Estou sim. Não se preocupem.

Eu ainda não queria contar nada a eles. Não sabia como reagiriam, além do mais, Draco e eu não estávamos namorando, tecnicamente, ele ainda não havia me perguntado oficialmente se eu queria namorar com ele, e eu também nem sei se esse namoro vai durar. Então é melhor ficar de boca fechada.

Kim estava agoniada querendo saber o que estava acontecendo. Assim que saímos do refeitório fomos para meu quarto, para que eu pudesse contar tudo a ela.

– Kim! Não surta. Ok?

– Ai Mi, é tão sério assim? Vai, me conta.

– Ta! Eu e o Draco, bem, estamos namorando.

– Vocês o que? – ela dera um grito que me deixou surda – no sentido figurado.

– Calma Kim!

– Desculpa Mi, mas você e o Draco? Isso é... diferente.

– Bem, é eu contei que sabia da aposta e conversei com Haniel, que no começo não sabia que era ele, ai ele falou que Draco gosta mesmo de mim e bláblá... Mas a gente não está namorando, oficialmente, ele ainda não me pediu em namoro, mas ele me levou num lugar lindo disse que me amava de uma maneira diferente e nos beijamos. – suspirei com a lembrança.

– Hum... E você o ama?

– Acho que sim, me sinto feliz com ele!

– Bom, se você o ama, isso que é o importante. Apesar de eu achar ele um pouco arrogante, mas tudo bem!

– Desculpe a interrupção. – Draco entrou no quarto, interrompendo-a – Mas é que preciso conversar com a Hermione!

– Tudo bem, vou deixá-los a sós! – e saiu pela porta.

– Oi meu amor! – Disse beijando-me o rosto.

– Oi meu bem! O que quer conversar comigo?

– Bom, não sei se irá gostar do que vou te perguntar...

–Diga! – mordi os lábios com medo do que seria.

– Hermione, você quer ser minha namorada? – ele foi direto, o que me deixou mais nervosa ainda.

– Cla- a- ro. – Gaguejei. Joguei mais uma vez os braços em seu pescoço e o beijei.

Caímos deitados na cama, e o beijo começou tranquilo, mas ao mesmo tempo desesperado, depois foi ficando ardente e sufocante, parecia que só aquele beijo não saciava nosso amor. Draco começou a passar a mão por cada centímetro do meu corpo, e eu fazia o mesmo com ele. Ele girou na cama para que eu pudesse ficar sobre ele, meu corpo pesando contra o dele, não havia nenhum espaço entre nossos corpos. Ele passou a mão pelas minhas costas e colocou a mão por baixo da blusa, acariciando minha pele. Eu puxava seu cabelo freneticamente. Draco começou a descer a mão pela minha blusa até chegar na minha bunda, e tentar tirar minha saia.

– Espera, isso não! – disse parando de beijá-lo e olhando em seu rosto.

– Por que? Você não quer?

– Não, é que não estou preparada para isso. Ok?

– Tudo bem meu amor, tudo no seu tempo. – e voltou a me beijar.

Após um longo tempo de carícias, ele foi para seu quarto, e nós dormimos.