Virgin Suicides escrita por Sachie


Capítulo 15
Capítulo XV


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas, outro capítulo >3
Nem demorei né ? :D
Espero que gostem. Capítulo curto, mas eu tento compensar depois :3
Aaa o Nyah! está dando problemas para exibir minhas capas :( 'chateada
Capa do capítulo: https://scontent-b-gru.xx.fbcdn.net/hphotos-xpf1/v/t1.0-9/1240386_753776351370863_5842231227276914651_n.jpg?oh=0350a34cb1ccccd3d7bec7283c2a2d57&oe=5548968A



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Hospitais são sem dúvida lugares tristes de se visitar, não da para negar a presença da morte dentro deles. Corredores claros e sem vida, odores adocicados e enjoativos... A fragrância da doença. Perpetual Light era um desses hospitais, mas havia uma coisa que o diferenciava dos outros, apesar do típico clima mórbido, a depressão não era algo que pairava naquele lugar. Os médicos e profissionais da saúde tinham de ter certeza que seus pacientes lutassem contra suas doenças com um sorriso na face, por isso sempre havia voluntários perambulando pelos corredores vestidos com roupas extravagantes e coloridas.

“O riso e a esperança são os melhores remédios". Esse era o lema conhecido por todos os hospedes daqueles quartos esbranquiçados. E em um desses repousava ela, Tohoku Zunko. Estava viva, nem ela podia acreditar, e por alguns segundos teve problemas em aceitar tal realidade. Mas cá se encontrava, repousando sob os lençóis com estampas divertidas -"Parte do tratamento", como diriam os médicos- e fora a lesão no tornozelo, Zunko estava bem. Pelo menos fisicamente bem.

— Flower... - Zunko sussurrou com os olhos se enchendo de lágrimas.

Uma batida suave na porta despertou-a de sua melancolia. Uma bela moça de longos cabelos rosados adentrou o quarto, as mãos enfiadas nos bolsos de um sobretudo negro, ela possuía um olhar sério por baixo dos óculos escuros, certamente não estava ali para brincadeiras.

— Tohoku Zunko? - A rosada indagou.

— Si-sim? - Zunko respondeu meio sem jeito.

— Sou a comandante Megurine Luka do departamento de elite da policia. E essa... - Luka disse apresentando a garota amuada que só agora fora notada por Zunko. - Essa é Teto Kasane. Bem, com certeza a senhorita já deve saber por que estamos aqui.

Zunko não respondeu. Ao invés disso, sua mente resolveu pregar-lhe outra peça, forçando-a a lembrar-se das cenas horríveis que vivera momentos atrás.

— Flower está bem? - Ela indagou ainda negando a realidade.

— Sua amiga faleceu. Eu sinto muito. - Luka falou sem sentir realmente. - E é sobre isso que gostaríamos de falar. Se não se incomoda, gostaríamos de fazer algumas perguntas.

Zunko concordou com a cabeça.

— Muito bem, agora me diga, que relações você mantinha com Flower?

— Ela... Ela era minha melhor amiga. - Zunko murmurou ainda perturbada.

— Acreditamos que sua amiga se envolveu com um perigoso Serial Killer. A senhorita sabe algo sobre isso? Talvez alguém que aparecera de repente e que Flower se envolveu em um nível, digamos, amoroso?

"Kagamine Len." Zunko pensara e estava pronta para dizer quando aqueles flashes vieram-lhe a mente.

— Por que ele me deixou viva?- Zunko sussurrou para si mesma.

— Senhorita Zunko, por favor, responda a pergunta. - Luka pediu após um suspiro.

— Bem, havia um... er, bom...- " Apenas diga, diga à ela." Zunko pensava mas sua boca murmurava apenas coisas desconexas. “Diga logo."

Luka e Teto aguardavam pacientemente.

— Eu, não me lembro muito bem... - “Qual o problema comigo?" A garota soltou pensando em Flower e repreendendo-se por sua covardia. Flower... Len... Sangue. Não podia fazer isso.

Luka observou-a por algum tempo. Zunko estava desviando muito o olhar, como se esperasse por algo ou alguém, ela nem mesmo conseguia encarar Luka. Certamente estava mentindo.

— Senhorita Zunko, por favor, se estiver escondendo alguma coisa...

— Não estou, está bem? - Zunko gritou. Isso mesmo, Flower estava morta. Não havia nada a fazer, se contasse, certamente morreria.

— Policial Luka, acho que está estressando minha paciente. Ela tem que repousar, ainda mais agora que passara por aquela experiência no mínimo traumática. - Alertou um médico que aparecera subitamente na porta.

— Entendo. - Luka disse, um suspiro escapando por seus lábios. - Muito bem, nós retornaremos mais tarde.

[...]

— Isso não faz sentido algum! - Rin Kagamine exclamou irritada, remexendo em uma pilha de papéis.

— O quê não faz sentindo? - Akita Neru indagou dando um gole em seu café.

— A colegial que sobreviveu. - A loira respondeu. - Porque ele não a matou?

— Ué, não está feliz por ela estar viva?

— Claro que sim, é só que, ele fora tão cauteloso... Porque deixaria testemunhas logo agora? E quase como se...

— Como se?

— Como se quisesse ser pego. - Rin sussurrou enquanto matutava.

— Você tem razão Rin. - Megurine Luka ressaltou sem anunciar sua presença.

— Comandante? Como foi? - A loira indagou.

— Inútil. A garota só respondeu a uma pergunta.

— Talvez ela esteja com medo. - Neru comentou remexendo o café com creme. - Só temos essa testemunha? O que aconteceu com as outras pessoas?

— As freiras estavam em outra ala, a maioria das garotas haviam saído para uma excursão, as que restaram deviam estar repousando em seus dormitórios ou estudando para algum teste. De qualquer forma, Tohoku Zunko era nossa chance de avançar nessa investigação. - Luka explicou apoiando o rosto nas mãos. - Qual a sua opinião nesse caso, detetive Rin?

— Bem, a forma como a sexta vítima morreu não combina com o estilo do assassino. Não do nosso assassino. Se eu não soubesse, diria que foi obra do segundo Serial Killer. - A loira respondeu.

— E não acha que foi? - A comandante indagou com um sorriso meio orgulhoso.

— Existem duas opções para este caso. A primeira, é que os dois assassinos já tenham se encontrado, ou até mesmo tenham certo conhecimento sobre as ações um do outro. Mas não acho que isso se encaixe bem na história.

— Muito bom. - Luka elogiou ligeiramente impressionada. - E quanto à segunda opção?

— Que ele esteja brincando com a gente. O fato de mudar seu estilo de matar e o fato de Tohoku Zunko ainda estar viva... Tudo não passa de um grande jogo para ele, e nós somos seus peões.

[...]

Miki murmurava uma canção infantil enquanto ajeitava os cabelos ruivos em frente ao grande espelho que havia no hospital Perpetual Light. A ruiva estava empolgada, ela iria matar pela primeira vez. Sim, Miki se livrara de cadáveres, seu trabalho era um tanto quanto sujo, mas nunca matara alguém. Não estava nervosa, não, nem um pouco, estava ali para acabar um trabalho. "É por alguém".

A ruiva caminhou calmamente pelos corredores frios do hospital, o perfume de fragrância âmbar infestando todos os cantos daquele lugar pálido enquanto os sons dos pequenos saltos ecoavam infindamente. Em suas mãos um belo buquê de rosas vermelhas.

Miki adentrou em um dos quartos através de um caminho quase que trilhado, havia uma garota de cabelos negro-esverdeados dormindo tranquilamente sob as cobertas. A ruiva repousou calmamente o buquê sobre uma escrivaninha ao lado da cama da paciente e logo após fechou a porta. Não queria interrupções.

A garota envolveu gentilmente um dos travesseiros reservas em seus braços e caminhou até a cama de Zunko. E sem mais delongas Miki pressionou o objeto contra o rosto da Tohoku. De repente a morena começara a debater-se, mas Miki não demonstrava sinais de hesitação ou desistência.

O processo durou pouco tempo, Zunko tentava de todo o jeito se livrar da pessoa sobre si. Miki estava impaciente, mas aproveitou cada segundo da experiência. Subitamente, a garota parou de mexer-se, a respiração inexistente e um som irritante provindo do monitor de frequência cardíaca. Miki largou o travesseiro.

— Desculpe. - A ruiva murmurou dirigindo-se a saída.

E sobre a escrivaninha, rosas vermelhas começavam a murchar.


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Notas finais do capítulo

Jaaa neee!!