De Repente Grávida escrita por Dul Mikaelson Morgan


Capítulo 8
Almoço


Notas iniciais do capítulo

Olha eu ai aqui mais cedo que devia kkkk mais a verdade e que eu não vou ta em casa amanhã domingo então pra não deixar vocês na curiosidade resolvi adiantar e postar hoje o capitulo



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Por mais que tentasse se controlar, Caroline não via à hora de Klaus chegar para irem comprar as alianças e o anel de noivado. Na noite anterior combinaram que ele viria buscá-la às onze horas.

Escolheu um terninho verde, de corte folgado, mas extrema­mente elegante que ajudava a esconder a barriguinha, e uma blusa de seda creme com estampa miúda.

Seus cabelos, brilhantes de tão escovados, caíam em ondas douradas sobre seus ombros delicados, e a maquiagem suave lhe dava um ar de menina, realçando os olhos.

Poderosa, lhe diria o pai. Caroline, porém, estava começando a achar que Klaus era mais poderoso.

Ela mesma queria ter contado ao pai que Klaus era o pai de seu filho. Mas Klaus insistira em fazê-lo. Desejava um casa­mento simples, só no civil, Klaus insistira para que casassem na igreja. Não tinha sequer cogitado usar aliança e, naquele momento, estava ansiosamente esperando por Klaus, que in­sistira para que comprassem não só um par de alianças como também um anel de noivado!

Precisaria tomar cuidado, senão, no futuro Klaus tomaria todas as decisões.

Quando finalmente as onze em ponto a campainha tocou e ela, ao abrir a porta, deparou com Klaus, maravilhoso, de terno cinza, camisa impecável e gravata de seda italiana, seu coração disparou, e nem achou tão ruim a idéia de ele ser o cabeça do casal.

Klaus deu-lhe um beijo.

— Você está linda, Caroline! — disse. — Vamos. Marquei com o joalheiro às onze e meia. Pedi que separasse apenas anéis de brilhantes e safiras. Já reservei mesa no restaurante.

— Vejo que esteve muito ocupado esta manhã. Mas você não acha que deveria me consultar sobre o tipo de anel que eu gostaria?

— Pensei em safiras porque combinam com seus olhos. Se preferir outra pedra, é só dizer,

Aquela observação não passava de pura implicância de Caroline, que, no fundo, reconhecia que um anel de safiras e brilhantes para quem, até o dia anterior, não esperava nenhum, era simplesmente o máximo. Que mulher não sonhava com um anel desse quilate? Ficara irritada por ele não a ter consultado, mas reconhecia que, no fundo, era pura implicância.

— Tenho também uma ótima notícia para você — disse Klaus, tomando-a pelo braço. — Seu pai marcou nosso casamento para daqui a três semanas, num sábado, na igreja de Charrington.

— Puxa como vale ser importante, não, Klaus? A coisa mais difícil é conseguir hora naquela igreja. Um milagre! — comentou, com ironia. Estava se sentindo como uma passageira num trem expresso, sob o comando de dois motorneiros.

— Para dizer a verdade, Caroline, não quero saber como Bill realizou esse milagre — disse Klaus, abrindo a porta do carro para ela entrar. — Teremos quinze dias para preparar tudo.

— E para eu parecer mais grávida... Klaus olhou-a carinhoso.

— Não se preocupe com isso. Você é linda, você está linda e a gravidez a deixou mais linda ainda.

Caroline achou melhor parar de argumentar. Não tinha nenhu­ma objeção a fazer. Realmente, tudo estava caminhando bem. Além do mais, não queria que Klaus pensasse que estava noivo de uma mulher rabugenta.

— Tenho certeza de que tudo vai correr às mil maravilhas — afirmou afinal, baixando a guarda. — Adoro aquela igreja.

— Eu prometo a você — assegurou Klaus, pegando a mão dela e olhando-a bem fundo nos olhos —, que vou ser um marido e um pai exemplar.

Caroline não pôde evitar e deu uma boa risada.

— Isso eu quero ver — disse quando conseguiu falar nova­mente. — Niklaus Mikaelson, um dos solteirões mais cobiçados de Londres, um marido e pai exemplar?

— Se seu pai conseguiu, por que não irei conseguir? Naquele instante, todo o bom humor de Caroline desapareceu, porque em sua mente estabeleceu-se, imediatamente, o drama da comparação entre ela e Elizabeth. Seu pai conseguira porque tivera Elizabeth, a mulher que Klaus secretamente amava. Olhou desapontada pela janela do carro.

— Você ficou tão calada, Caroline... Eu disse alguma coisa que você não gostou?

— Não — respondeu ela, segurando-o de leve pelo braço, tentando afastar seus receios. Não havia razão nenhuma para que seu casamento não desse certo. Havia empenho por parte de Klaus e muito amor da parte dela. Acabaria por conquistar o coração de Klaus. Tinha certeza de que conseguiria fazê-lo esquecer Elizabeth.

A escolha das alianças e do anel de noivado foi bem mais divertida do que Caroline imaginava. Klaus fez questão de que ela experimentasse todos os anéis que quisesse e que escolhesse o que mais a agradasse.

Nenhum dos anéis trazia etiqueta indicativa de preço, o que, em outras palavras, significava que, segundo a experiência da joalheria, quem queria saber o preço não tinha dinheiro para adquirir a jóia.

O anel que ela finalmente escolheu condizia com seu bom gosto discreto. Era uma safira puríssima, rodeada de pe­quenos brilhantes.

— Temos alianças que fazem par com esse anel — sugeriu o solícito vendedor, levantando-se para pegar o mostruário.

Voltou com uma bandeja de alianças que combinavam per­feitamente com o anel de noivado.

Ela acabou escolhendo um modelo de aro fino, que ficou mui­to bem na mão de Klaus.

Quando chegaram ao restaurante, uma surpresa a aguarda­va. Klaus havia convidado Niel, Bill, Meredith e Antony para o almoço.

Não tinha certeza de ter agido bem, mas a alegria estampada no rosto de Caroline não deixou dúvidas quanto ao acerto de seu convite.

Na noite anterior, deitado na cama, Klaus pensava que as coisas entre eles haviam começado mal, mas acabariam bem. E o almoço de comemoração do noivado seria o começo de tudo.

— Ora, viva! — exclamou Meredith, saudando-os. Beijou a irmã e depois deu um abraço apertado em Klaus, dizendo: — Você há muito tempo já é um membro honorário de nossa família. Só faltava mesmo oficializar.

Klaus, olhando para Caroline, viu que estava muito comovida, prestes a chorar, e procurou distraí-la.

— Mostre o anel a Meredith, Caroline, enquanto nós, os homens, decidam o que iremos comer.

O almoço foi um sucesso, Caroline, em companhia da família, estava completamente relaxada, risonha, e deu-se o direito de tomar um gole de champanhe que Klaus pediu para brindar.

Dali em diante, o que Klaus mais desejava na vida era ter Caroline a seu lado, assim, descontraída e feliz.

Havia conseguido beijá-la no rosto, na joalheria e durante o almoço. Aguardava o retorno daquela cumplicidade amistosa que os unira no passado.

Porém, amigo de Caroline era a última coisa que ele desejava ser. A gravidez, conforme observara ultimamente, a deixara mais bonita. Passado o desconforto inicial, enjôos e dúvidas, ela estava radiante e desejável como nunca. Achava que teria gran­de dificuldade para se controlar e esperar as três semanas que faltavam para o casamento.

Terminado o almoço, após as despedidas, Klaus e Caroline fo­ram buscar o carro que ele estacionara diante do parque e re­solveram se sentar à sombra de um velho e frondoso carvalho.

— Não tive oportunidade de contar a você que já marquei consulta com Damon.

— Nossa, sua manhã foi mesmo agitada e proveitosa! — exclamou Caroline, sorrindo, tendo aparentemente vencido a ten­são que a dominava quando estavam juntos.

— É não perdi tempo. Quando tenho uma coisa a fazer, faço. Não deixo para depois. Falei com uma pessoa chamada Dorothy.

— Dorothy é a secretária de Damon e também seu fiel cão de guarda. Elena jura que se Dorothy não a tivesse aprovado, te­riam que enfrentar uma briga de foice para casar-se. E brinca­deira, claro, puro exagero, sobretudo porque Damon adora Elena.

Pelo comentário de Caroline, Klaus percebeu que ela gostaria de ser amada e feliz como suas irmãs. E a ele caberia conven­cê-la de que isso era possível. Quantos casais não haviam co­meçado a vida com muito menos que eles? Para uni-los, já ti­nham um bebê a caminho.

— Vamos ao consultório na segunda-feira.

Caroline ergueu as sobrancelhas.

— A influência Mikaelson... — comentou.

— Não. Desta vez foi à influência Forbes. Como irmã de Elena, você tem prioridade. Às duas horas, na segunda, não esqueça, Caroline. Às segundas-feiras, ele não costuma ir ao con­sultório, mas abriu uma exceção para você.

— Eu sei uma vez por semana ele atende mães carentes numa clínica da periferia.

— Podemos almoçar juntos na segunda e depois ir para o médico. Que acha?

Caroline concordou.

— Tudo bem. Não tenho mesmo nenhum compromisso na segunda-feira, nem em qualquer outro dia. Meu compromisso agora é só com meu bebê.

— Não se esqueça de que temos um compromisso muito sério daqui a três semanas — Klaus falou rindo, em tom de advertência.

— Vou tentar...

Ela também riu, descontraída, devido ao sucesso do almoço, em que todo mundo estava feliz, fazendo brincadeiras a respeito de duas senhoras casadas, Meredith e Elena, que seriam damas de honra. Klaus estava muito satisfeito. Depois de anos de ce­libato, não via a hora de figurar no rol dos homens casados, coisa que jamais supusera que pudesse acontecer, a menos que se tratasse de Caroline. Não pensava em outra mulher para casar e essa certeza vinha de muito tempo. Desde o dia em que ela completara dezoito anos.

Quando deixou Caroline em casa, surpreendeu-se com o convite que ela fez.

— Quer jantar comigo esta noite?

— Você quer dizer que também sabe cozinhar? — Klaus per­guntou, mostrando-se surpreso.

— Também? O que quer dizer com isso?

— Se você cozinha como faz amor, o jantar vai ser muito gostoso, porque você faz amor muito bem — Klaus explicou com ar maroto.

Caroline ficou vermelha até a raiz dos cabelos e desviou o olhar.

— Não caçoe de mim, Klaus. Fui desajeitada. Inexperiente.

— Caroline, você não é desajeitada em nada que faz. — Segurou-a gentilmente pelo queixo e obrigou-a a olhar para ele. — Você foi maravilhosa em sua inexperiência. E queria que soubesse...

— Tenho que ir, Klaus — Caroline disse, abrindo a porta do carro. — Venha jantar comigo. Espero você às sete e meia.

Rumo ao escritório, Klaus refletia que Caroline não gostava de comentar o que acontecera entre eles três meses atrás, embora trouxesse dentro de si a prova concreta, irrefutável, daquela noite de amor. O fato de Caroline não tê-lo deixado terminar de falar impediu-o de deixar bem claro que para ele aquela noite também fora como uma primeira noite, porque, pela primeira vez, fizera amor com a mulher amada.

Chegando ao escritório, uma visita desagradável tornou o efeito dos bons momentos que passara com Caroline e sua família. Aquela mulher era a última pessoa que desejava ver.

— Não ficou contente de me ver, Klaus? Contente? Ele queria morrer, isso sim.

— Não vai me convidar para entrar?

Ela sabia que Klaus não gostava que os vissem juntos e muito menos na porta de seu escritório.

— É melhor entrar — Klaus falou ríspido, abrindo a porta e fazendo um sinal à secretária de que não atenderia ninguém enquanto aquela mulher estivesse ali.

Ela o seguiu e ele percebeu a respiração arfante e a fragrân­cia do perfume dela, perfume que, mesmo a distância, durante anos não saíra de sua lembrança, de dia, de noite, até que o perfume de Caroline fez com que esquecesse, ou pelo menos, tivesse condições de suportar melhor aquele verdadeiro castigo.

Klaus sentou-se à mesa, encarando-a com olhos frios como aço, totalmente indiferente à beleza decadente que havia se tornado.

— O que quer? — perguntou seco, abordando diretamente o assunto,

Ela não respondeu de imediato. Virou ligeiramente a cabeça, observando-o com atenção.

— Você me parece diferente... — comentou.

Klaus sentiu os músculos do corpo ficaram rígidos. Como ela percebera? Será que o mero pensamento de que Caroline seria em breve sua esposa o deixava diferente? Porque, se assim fosse, faria tudo, tudo que estivesse ao seu alcance, para esconder essa diferença daquela mulher, para que ela não pudesse dizer ou fazer nada que viesse a estragar sua felicidade.


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Notas finais do capítulo

Bom e isso e espero os reviews >< e até quarta no máximo e no proximo capitulo voc~es vão saber da mulher misteriosa, quem será? =] bjs e inté.
—_________

Próximo capitulo
— Bem, isso não é nada diante do que teremos pela frente. Vamos ter que nos adaptar... Então, você já está pensando onde vamos morar?
— Em uma casa, claro. Quero que nossos filhos tenham espaço para brincar e ar puro para respirar. Vamos procurar uma casa com jardim e árvores, num bairro afastado, pouco movimentado, onde mais tarde eles possam andar de bicicleta sem perigo de ser atropelados. Ah, e vamos comprar um cachorro!
Caroline ficou espantada. Como um homem que detestava o campo podia mudar assim?
— Quero que meus filhos tenham tudo que eu não tive — disse Klaus.