No Limite do Desejo - Segunda Temporada escrita por MariBelas


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, aleluia, finalmente, aleluia, podem falar, sei que demorei muuuuito ))): Eu queria ter dado esse capítulo de presente de final de ano pra vocês, mas os preparativos pro fim de ano da minha tia são corridos e cheios de coisa pra fazer u.u Mas está aí o capítulo, eu gostei muito de escrever esse, principalmente uma cena em específico *-* hahahaha


Espero que vocês gostem e não deixem de comentar por favor, é muito importante!!! Pra quem ainda não tem meu twitter e quer trocar ideias: @paivadorigon

Beijos e divirtam-se !!!



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Ainda no dia da monografia...

Bruno chegou em casa no fim da tarde com as crianças adormecidas em seu colo. Depois de coloca-las no berço ele foi para o quarto e passou o resto da noite lá. Quando deu 22:00 ele desceu as escadas arrumado e encontrou a loira brincando com os filhos no tapete da sala. Alice e Gustavo se penduravam no colar da mãe, batiam com os brinquedos nela, aprontavam. O moreno passou um tempo observando a cena, mas o barulho do seu celular avisando que uma msg havia chegado despertou ele e a loira do que estavam fazendo. Era um amigo dele avisando que havia chegado no bar.

Bruno: Tchau filhotes – ele se abaixa e dá um beijo na cabeça dos filhos – Papai ama vocês – Alice segura na camisa do pai sem deixar ele levantar – Papai precisa sair amor, mas eu volto – ele olha nos olhos da menina que já estava fazendo um bico de choro.

A loira que até então apenas observava a cena, resolveu intervir,

Fat: Filha, vem cá, vamos brincar com a mamãe – ela puxa a menina devagar que permanece agarrada a blusa do pai – Vem filha, papai tem que sair meu amor, é rapidinho.

Bruno: Na verdade não vai ser muito rapidinho – ele encara a loira que desvia o olhar – Quer dizer, eu vou para o bar beber com o pessoal da faculdade, comemorar sabe.

Fat: Você não precisa me dar satisfação de nada – ela puxa a filha com um pouco mais de força e quando a menina ameaça a chorar ela avisa que vai colocar Frozen – vamos ver Frozen com a mamãe e o Guga também – sorri e pega os filhos no colo os enchendo de beijo. Bruno revira os olhos para o fora que ela deu nele.

Antes que eles começassem a discutir o moreno resolveu ir embora, mas antes avisou que qualquer coisa para ela ligar no celular dele. A loira só confirmou com a cabeça e desejou boa comemoração pra ele, mas sem olhá-lo. Depois que ele saiu ela abriu o sofá, colocou o filme e se aconchegou com os filhos. Alice interagia com o filme em diversas partes, gritando, batendo palmas e isso fazia a loira sorrir tirando um pouco o ar de apreensão que pairava sobre ela. Afinal, ela tinha medo de perder Bruno. E já tinha dado mais uma bola fora com ele hoje sendo ríspida. Ela decidiu focar a atenção em seus filhos. Cantou pra Alice, amamentou Gustavo, brincou com os dois depois do filme e lá pra 00:00 as crianças dormiram. A loira os colocou no berço do quarto dela e foi tomar banho, depois resolveu entrar no wpp e viu que várias pessoas falaram com ela perguntando se ela faria algo no aniversário.

Fatinha sorriu com as ideias mirabolantes de algumas pessoas e ficou um tempo pensando e olhando as ideias mais sensatas que seus amigos postavam na conversa. Tinha o grupo da faculdade, do estágio e Lia que tagarelava sem parar. Ela se perdeu em pensamentos, mas não na sua festa e sim no Bruno e no que ele estaria fazendo/com quem ele estaria. Ela pensou em ligar e implorar pra ele voltar pra casa, mas seria muita falta de amor próprio, então ela apenas respirou fundo e ligou pra Lia.

INICIO DA LIGAÇÃO

Lia: Você quer me dizer pra que você tem wpp se não responde?

Fat: Seus afilhados dão trabalho você sabia?

Lia: Não coloque a culpa neles, meus bebês são uns amores

Fat: Exausta de você

Lia: Então ok, vou desligar, beijo.

Fat: Desliga só que eu fico sem te contar minha ideia pra festa de amanhã.

Lia: Caraca, feliz aniversário vaca loira, você me atazanou tanto que eu esqueci de falar.

As duas riem.

Fat: Eu te desculpo, se... – a loira podia ver Lia revira os olhos – você vier me ajudar amanhã com a festa que quero dar.

Lia: Ui, você vai dar na festa? Pra quem? Me conta – Lia já estava rindo

Fat: Idiota, me respeita. Vai vir ou não?

Lia: Claro que vou, mas se tiver que ir ao mercado tu me avisa logo que vou pedir pro Dinho ir comigo para carregar as sacolas. – elas riem. Fatinha às vezes tinha pena de Dinho.

Fat: Tá, eu vou encomendar uns salgadinhos, você compra frios e... – elas combinam mais alguns detalhes da comemoração, decidem a hora e jogam tudo no grupo do wpp.

Como a loira era bem querida, a maioria estava confirmando que ia, mesmo ela avisando em cima da hora. A loira e a marrentinha continuaram conversando sobre outros assuntos e acabou chegando em Bruno e as duas concordaram que Fatinha precisava primeiro voltar a falar direito com ele. Eles precisavam se tornar amigos novamente para se tornarem namorados, marido e mulher, amantes e enfim. Lá pras duas a loira desligou o telefone pois Gustavo estava chorando, ela amamentou o filho e os dois acabaram dormindo agarradinhos depois que ela colocou ele pra arrotar.

11 de dezembro – Sexta-feira – Aniversário de Fatinha – 21 anos

Fatinha acorda cedo, coloca Gustavo no berço e desce as escadas para tomar café. Depois ela sobe pra colocar uma roupa mais confortável, um short de ginástica preto curto e uma regata justa azul, prende o cabelo num coque e vai limpar o primeiro andar da casa. Quando deu umas 10:00 ela já tinha limpado a sala, o banheiro, a área externa e estava lavando a cozinha. Ela estava de costas cantarolando uma música e não escutou quando a pessoa entrou na cozinha molhada, ela só percebeu que alguém tinha entrado quando ouviu o barulho da pessoa caindo. Ela se virou e não conseguiu segurar o riso, mas se aproximou pra ajudar Bruno, que estava caído no chão com uma cara de dor e os cabelos bagunçados.

Fat: Desculpa Bruno – ela fala rindo e estende a mão pra ajudar ele a levantar. Ela estava quase conseguindo quando é surpreendida por ele que a puxa e ela acaba caindo em cima dele. Os corpos se encaixando completamente, porque era assim e sempre seria assim, corpos feitos um para o outro. Moldes que se encaixam perfeitamente.

Os dois acabaram rindo da situação até porque estavam molhados e cheios de sabão.

Fat: Você é um idiota Bruno, olha o que você fez comigo – ela faz bico e dá um tapa no peitoral dele. Só agora ela tinha reparado como estavam e principalmente em como ele estava vestido. De cueca boxer preta e sem camisa. Ela não conseguia desviar os olhos.

Bruno: Se você continuar me olhando assim vou ser obrigado a tomar providências. – ele a tira de seus pensamentos e ela o encara séria.

Fat: E você não deveria andar pela casa assim. Chega a ser pecado de tão tentador – ela fala sem pensar e morde o lábio. Em resposta ele sorri de lado apertando a cintura dela. Ela já estava entregue, fato, não era preciso muito quando se tratava de Bruno.

O moreno então leva as mãos até o cabelo dela tirando algumas mechas que caíam de seu coque. A loira fecha os olhos com a carícia então leva as mãos ao peitoral dele e o moreno arfa ao sentir os dedos leves e macios dela acariciarem o local. Em um impulso Bruno puxa a nuca dela e aproxima os lábios, a loira aproveitou o momento e mordeu o queixo dele de leve. Sem aguentar mais Bruno encosta os lábios no dela, mas só roçando os lábios, quando ele resolveu que aprofundaria o beijo o telefone começou a tocar.

Bruno: O telefone – ele fala ofegante com os lábios ainda colados no dela.

Fat: Deve ser minha mãe pra me dar parabéns – ele a olhou confuso e depois lembrou que era aniversário dela. Então ele sorriu e se levantou a levantando junto. Ela segurou um suspiro frustrado e foi atender ao telefone.

De fato era Vilma, que ficou meia hora no telefone com ela, depois foi Olavo e por último Lavínia. Eles queriam saber da comemoração e ela contou sua ideia, e Vilma não gostou nada da ideia.

Vilma: Você não vai receber esse tanto de gente aí, rolando bebida e músicas de sacanagem com os meus netos na casa não senhora.

Fat: Mãe, você acha que sua filha é o que? Uma depravada? Meus amigos são comportados – ela fala sentada no sofá e virada pra cozinha observando Bruno secando o local ainda de cueca, Ela arfou ao ver a cena, ele estava de costas pra ela. – É muito gostoso mesmo, nossa. – ela fala alto sem perceber.

Vilma: Como é que é Maria de Fátima? Você está ouvindo o que eu estou falando? – a loira segura o riso e se engasga ao perceber que tinha falado alto demais.

Fat: O pão que eu to olhando, quer dizer, comendo aqui tá muito gostoso mãe – ela segura o riso mais uma vez, se Lia soubesse disso a zuaria pro resto da vida – Mãe, se você está tentando arrumar uma desculpa pra ficar com seus netos, não precisa, venha busca-los e fique com eles enquanto a festa rola.

Vilma: Isso não é nenhuma desculpa, e eu vou realmente busca-los, vou passar aí na hora do almoço, você tem que entender que não é mais nenhuma adolescente, as festas precisam ser mais responsáveis agora... – ela ouvia sua mãe falar ao longe pois seus olhos estavam concentrados demais em outra pessoa, quer dizer na parte do corpo de outra pessoa. Ela estava tão perdida em pensamentos que não percebeu quando Bruno se virou e ficou de frente pra ela a encarando do balcão da cozinha.

Bruno: A visão daí estava boa?

Fat: Desculpa, minha mãe fala demais, precisava me distrair de alguma forma.

Vilma: O que você disse Maria de Fátima?

Fat: Que os bebês estão chorando mãe, preciso desligar, te amo, até o almoço. – e desliga o telefone.

A loira levanta indo colocar o telefone na base e sente o olhar de Bruno a acompanhando. Ela já sabia que o desejo dele por ela ainda existia, isso era nítido, agora precisava saber se o amor ainda estava ali.

Fat: Bruno, eu queria falar com você, sério – ele a encara e a incentiva a continuar a falar.

Ela fica em silêncio por alguns segundos encarando o peitoral dele.

Bruno: Pode falar Fatinha.

Fat: Tá difícil com você vestido dessa forma, não tem como te levar a sério assim. – ela ri e ele acaba a acompanhando.

Bruno: Vou colocar uma bermuda então, tarada – ele ri e sobe as escadas.

Ela aproveita o momento pra respirar fundo mil vezes e se abanar. O calor que estava passando pelo corpo dela parecia que ia fazer com que ela entrasse em combustão a qualquer momento.

Fat: Se concentra Fatinha, se concentra, respira fundo – ela repete isso várias vezes até que ouve passos na escada e vê Bruno descendo com Alice e Gustavo no colo.

Bruno: Acho que a conversa vai ter que ficar pra depois, olha quem estavam em pé no berço pulando?! – ela sorri e pega Guga que se inclinava pra ir para o colo dela.

Fat: Tudo bem, teremos bastante tempo ainda – ela sorri e ele pisca pra ela como se concordasse.

Bruno: Agora quem tá com fome e quer papar? – ele sacode Alice nos braços e a menina cai na gargalhada. Fatinha sorri e faz o mesmo com Gustavo que gargalha.

Então o casal, acho que já posso voltar a chama-los assim né?!, bem não vamos com pressa porque a vida é uma caixa de surpresas e um segundo pode mudar tudo, então, continuemos com Bruno e Fatinha foram dar papinha de frutas para os filhos. E aproveitaram o momento para conversar sobre os últimos acontecimentos de suas vidas. É, o clima estava tranquilo, como há muito não se via naquela casa. Eles estavam até rindo um com o outro e de repente Bruno aproveitou que a loira estava distraída lavando o prato de Gustavo e passou papinha na bochecha dela.

Fat: Você não fez isso?!! – ela falou chocada meio perguntando meio afirmando e ele começou a rir. Ela então o encarou fuzilando ele com o olhar e jogou toda água que estava em suas mãos nele. – Para de rir seu idiota.

Bruno: Água? Jura? Isso é o melhor que você consegue?

Fat: Bruno, você não me provoca que eu jogo esse prato na sua cabeça – ela o encara e ele continua rindo. Quando ela percebeu que não teria jeito ela levantou o prato e ia jogar nele, mas como sempre ele foi mais rápido e segurou seu braço o prendendo atrás do corpo dela. – Me solta seu babaca – ela arfa quando sente os lábios dele próximos demais.

Bruno: Por que é tão difícil resistir a você hein?!

Fat: Porque eu sou gostosa demais – ele ri com os lábios já roçando nos dela e isso causa um arrepio no corpo dos dois, que por sinal já estavam colados e mais uma vez o clima foi cortado pelo som da campainha. – Me diz que isso não é real? Que não é a campainha? – ela fecha os olhos e ele ri soltando o braço dela.

A loira suspira e vai em direção a porta. E adivinha quem era? Dona Vilma empata love, mas vamos perdoá-la porque ela trouxe Olavo, Lavínia e Miranda com ela.

Vilma: Por que você está com papinha no rosto filha? – a loira sorri sem graça.

Fat: Você sabe como a Alice é difícil pra comer. Mas você não ia vir só na hora do almoço?

Vilma: Vai dar meio dia minha querida, é almoço.

Lavínia: Você sabe como mamãe é pontual, ainda mais quando ela que marcou as coisas – ela revira os olhos e volta a mexer no seu iphone.

Fat: Peraí, quando foi que essa pirralha ganhou um iphone?

Lavínia: Hello, eu faço aniversário quatro dias depois de você?!!! – ela encara Fatinha que estava boquiaberta em como sua irmã, agora com praticamente oito anos estava tão mocinha.

Fat: Hello, você podia era parar de crescer – ela pega a irmã no colo e a enche de beijos e aquela marra de adulta da menina cai e ela começa a rir com as cócegas da irmã.

Eles a cumprimentam pelo aniversário, e entram na casa indo logo mimar as crianças que estavam brincando com o pai. A loira vai pra cozinha com Miranda e Lavínia.

Lavínia: Você e Bruno já voltaram maninha? – ela fala senmtando no balcão. A loira olha pra Miranda.

Miranda: Não fui eu que contei. – fala colocando a comida que trouxe para esquentar.

Lavínia: Hello, vocês passaram três meses eu acho estranhos, afastados, sendo que antes viviam grudados, eu deduzi né?! – revira os olhos – e antes que você pergunte, porque sei que vai, deduzi que vocês voltaram pela cara de felicidade de vocês dois.

Fat: Cadê a Lia hein?

Lavínia: Não creio que essa louca tá vindo aí – revira os olhos.

Lia: Já estão me amando? – ela entra na cozinha rindo e Dinho atrás com várias sacolas na mão.

Miranda: Ô dona Lia ajude seu namorado, deixe de ser folgada – ela encara a menina que a obedece prontamente.

Dinho: Miranda que incrível, vou te levar pra sempre comigo, porque Lia não obedece ninguém – a menina faz uma careta.

Eles ficaram conversando na cozinha enquanto Fatinha ia tomar banho. Quando ela desceu eles já estavam na mesa conversando e rindo. Os filhos de banho tomado e arrumadinhos, obra de Vilma, ela apostava. Ela escolheu um vestido meio hippie soltinho e isso atraiu o olhar de um certo moreno. Ela estava adorando vê-lo interessado novamente. Eles comeram, conversaram, cantaram parabéns pra ela e as crianças gritavam e batiam palminhas. Tiraram fotos, muitas fotos e estava tudo correndo bem até tocarem no assunto da festa que Bruno ainda não sabia.

Bruno: Como é? Que história de festa é essa? – ele a encara.

Vilma: Ué, você decidiu isso tudo sem comunicar ao seu marido?

Fat: Mãe, não piora as coisas por favor – ela encara a mulher e depois se vira pra Bruno – A gente pode conversar? – ele confirma com a cabeça e os dois vão pra varanda da casa.

Bruno: Quando você pretendia me contar da festa? Ou você não ia contar e esperar que eu visse as pessoas chegando e aí me desse conta da festa? – ela precisou respirar fundo várias vezes para não devolver a grosseria dele.

Fat: Claro que eu ia te contar, é que eu realmente esqueci. A festa vai ser só pros amigos, e eu chamei até os seus amigos. E também chamei a sua chefe e a Ana – ele a encara confuso - Ai não quero mais brigar com você Bruno, to cansada desse clima ruim, não quero que meus filhos cresçam vendo esse exemplo: um casal ciumento e desestruturado que só briga. – ela olha pra baixo.

Bruno: Fatinha – ele suspira e ela suspira ao mesmo tempo que olha devagar pra ele já esperando uma nova briga, ela estava exausta disso – Ter ciúmes faz parte de toda relação, só precisamos medir isso e tenho certeza que o exemplo que estamos dando aos nossos filhos é de pais maduros que amam os filhos acima de tudo – ele acaricia o rosto dela e ela fecha os olhos esperando que ele complemente com a frase que ela esperava tanto ouvir. Só faltava isso pra ela se jogar nos braços dele sem culpa. Mas depois de alguns segundos e dele tirar a mão do rosto dela, ela viu que a frase “ e pais que se amam muito” não viria. Ela abriu os olhos e o encarou.

Fat: Desculpa por ter desconfiado de você, eu estraguei tudo – ele a encarou.

Bruno: Você tem certeza que quer ter essa conversa hoje? No dia do seu aniversário?

Fat: Se for preciso isso pra ficarmos bem, pelo menos como amigos, sim, eu quero. – ela o encara e ele se aproxima segurando o rosto dela com as duas mãos e a fazendo olhar nos olhos dele.

Bruno: Nós estamos bem, a mágoa já passou, não se prenda ao que já foi, aproveite o dia de hoje porque é o seu dia. E eu estou muito feliz de ver o quanto você mudou, como você está mais madura, mais crescida, fora que está mais irresistível do que nunca. – a loira sorri – A gente pode brigar, ficar sem se falar, mas o que nós vivemos e construímos nos liga pro resto de nossas vidas. Então parabéns loira e eu espero fazer parte da sua vida e ver você crescer por muitos e muitos anos ainda – uma lágrima escapa dos olhos da loira e Bruno a enxuga com um beijo e a abraça em seguida.

Um abraço forte, apertado, com muita saudade e amor envolvido. Eles se separam depois de um tempo. A loira respira fundo.

Fat: Acabou que mudamos completamente o assunto que realmente viemos falar né?! – ela faz uma careta e ele ri – Olha a festa vai ser a noite e minha mãe quer levar as crianças pra ficar com ela, se você tiver de acordo claro.

Bruno: Tudo bem, contanto que ela não dê doces a eles e mude nossa educação com eles durante um dia – ele dá de ombros e aloira ri.

Fat: Acho melhor pedirmos pra minha avó ir junto né?! – ele confirma com a cabeça desesperado e eles riem em seguida. E assim entram em casa, sorrindo e conversando como grandes amigos.

O clima na casa estava mais leve do que nunca e a tarde passou assim em meio a conversas, risos, e muitas gracinhas vindo dos bebês. Mas o coração dos pais apertou assim que Vilma anunciou que ia embora, eram 18:00, a festa da loira estava marcado pras 20:00.

Fat: Acho que não quero mais fazer a festa Lia, vamos desmarcar tudo – ela segura os filhos no colo.

Lia: Eu até concordaria se desse tempo, faltam o que? Duas horas pra festa – ela olha o relógio – É sacanagem com o pessoal que vai se despencar lá de longe pra Laranjeiras que é esse fim de mundo que você mora – revira os olhos.

Fat: Falou a que mora do meu lado praticamente – ela encara a mãe – Tem certeza que não é uma boa eles ficarem?

Vilma: De jeito nenhum, música alta e depravada não dá pros meus netos, passa eles pra cá – ela estende os braços.

Lavínia: Pode ficar tranquila maninha, eu vu ficar de olho nos dois e na dona Vilma pra ela não mexer na alimentação e muito menos na educação deles – ela encara a mãe com um sorriso angelical e depois olha pra irmã – E além do mais, é uma noite só, amanhã de manhã estamos aqui de novo.

Fat: A pirralha me consolando, mereço. Vamos ver o que o pai acha – ela encara Bruno que estava sentado conversando com Olavo – Bruno, dê sua opinião.

Bruno: Meu coração tá na mãe também, mas acho que você merece essa festa e amanhã de manhã eu busco eles, sem problema.

Vilma: Não senhor, nós vamos vir deixa-los, vocês devem estar de ressaca, menos minha filha, é claro, que não pode beber porque ainda amamenta – encara a loira séria. – Agora me dá eles vai – a loira aperta os filhos que começam a espernear pra ir pro chão.

Miranda: Escutem a voz da experiência – fala descendo as escadas com as bolsas dos bisnetos. Se aproxima da loira e a encara – Amor de vó, eu sei que você tá sentindo como se fosse uma péssima mãe por deixar seus filhos com quase dois anos para fazer uma festa, mas deixa eu te lembrar aqui que você é uma mãe maravilhosa e hoje precisa se sentir uma mulher incrível porque todos nós vimos como você mudoue o quanto você trabalhou nesses últimos meses. Além de mãe, você é mulher também amor de vó, precisa se divertir. Liberte hoje todo seu lado Fatinha adolescente que sei que está aí guardado e vá se divertir – ela beija a testa da neta – E tem mais, eu vou ficar de olho neles e na senhora Vilma e se ela perturbar muito, eu carrego eles pra minha casa, sem problema – sorri pra neta que respira aliviada sorrindo de volta.

Era incrível como sua avó lia seus pensamentos como ninguém e conseguia acalmá-la de uma forma toda especial. Ela nunca ia saber viver sem dona Miranda. A loira beija os filhos sussurra vários eu te amo e entrega eles pra mãe. Depois ela vira pra avó e a abraça.

Fat: Eu te amo muito amor de neta – ela sorri encarando a avó que beija sua testa.

Lavínia: Tá bom, tá bom, agora chega, devolve minha avó – ela puxa avó pelo braço.

A loira ri e agarra a irmã a enchendo de beijos. Bruno se despede dos filhos também e ajuda os “sogros” a coloca-los na cadeirinha no carro. Enquanto isso a loira ajuda Lia a arrumar as coisas na cozinha.

Fat: Senhor Bruno e senhor Dinho se vocês quiserem cerveja vão comprar, aqui só tem refrigerante e batida, estão avisados. – ela passa por eles subindo as escadas com Lia atrás.

Os dois se olham e dão de ombros indo buscar a cerveja, afinal festa sem cerveja pra eles não existia. E o moreno ia aproveitar que a dona Fatinha estava o liberando pra isso. As meninas foram tomar banho e se arrumar. Lia ajudou a amiga a secar o cabelo e a prender num coque desfiado, a maquiagem marcando os olhos e um batom vermelho nos lábios. O vestido era preto ia até mais um pouco da metade das coxas e as costas nua em decote em V com umas pedras fazendo o contorno desse decote. Nos pés uma sandália meio gladiadora preta sem salto. Ela decidiu em cima da hora que não usaria salto porque ia dançar até seus pés não aguentarem mais. Lia optou por um vestido preto tomara que caia e nos pés uma sapatilha preta pra poder acompanhar a amiga. A make era bem marcante nos olhos e nos lábios um batom nude. E assim as duas desceram as escadas conversando e rindo.

E quando Bruno bateu os olhos em Fatinha sentiu que aquela noite ia pedir dele muito auto controle por causa do ciúmes e por causa do desejo de ter o corpo dela junto ao seu. Mal sabia ele que o fato do vestido ser curto e frente única era apenas um detalhe, Fatinha não estava de brincadeira aquela noite, ela realmente ia dançar até seus pés cansarem, e com certeza ia atrair vários olhares masculinos e isso foi comprovado assim que os primeiros convidados começaram a chegar. Rasta e Nélio foram os primeiros a elogiá-la , depois chegou alguns amigos dela da faculdade e logo a festa estava com todos os convidados presentes, bebendo, comendo e dançando.

Quando começou a tocar funk Bruno sabia que a loira perderia a linha, mais do que já estava perdendo e olha que ela estava sem bebida alcoólica, era animação toda dela mesmo. Ele foi despertado dos seus pensamentos quando ouviu alguns gritos vindo da sala e foi com os amigos ver o que estava acontecendo de tão animado. Era Fatinha dançando com um amigo da faculdade, eles estavam com os corpos colados rebolando até o chão. O moreno não gostou do que viu, não gostou nenhum pouco do que viu.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado e agora Brunito? Vai dar ataque ou vai se controlar? hahahahaha Beijos e tentarei postar outro hoje, vamos ver :*



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