Não irei começar pelo princípio de tudo, pois esta é a parte que desejo esquecer. Infelizmente as cenas deste lugar não irão sair da minha mente tão fácil assim. A medida que o tempo passava mais raiva sentia dessa Bellut, mesmo que a culpa não foi toda de Alyssa, cada uma de nós duas sentíamos arrependimento, de tudo. Ouvem-se sons no corredor, Alyssa cheia de curiosidade foi logo ver o que se passava, como eu não iria ficar por fora do ocorrido fui logo atrás, quando chegamos lá, a multidão já havia tomado de conta de tudo, apenas escutávamos muitas pessoas gritando ao mesmo tempo em um só som, tipo como: FIGHT, FIGHT, FIGHT !!! Briga.
Logo captei e Alyssa também. As vezes as piores coisas vem em momento certo, só assim fez Alyssa ir direto para casa e esquecer de vez essa Bellut.
* * * *
Voltamos da Bellut para casa, em silencio. Alyssa me olhava, me olhava e não dizia nada, sem dúvida ela queria que no caso eu começasse a reclamar para ela terminar (entendeu?!), infelizmente isso não iria acontecer pois eu estava sem saco para brigas, fomos almoçar e ainda continuava o silencio (na moral, parecia que alguém havia falecido), depois que acabou o almoço Alyssa perambulava pela casa a tarde toda, não muito tempo depois começou um perfeito momento ao som do Skrillex na T-saf. A T-saf é uma casa de eventos próximo a minha casa, é um lugar onde há diversão 24 horas, é um prédio grande e só é permitida a entrada para maiores de 16 anos, pois nem tudo de lá pode-se compartilhar. E dificilmente eu e Alyssa vamos lá, mas como eu amo o Skrillex, eu olhei logo para ela, ela com certeza percebeu o que eu havia pensando quando aquela música começou, por que ela foi logo correndo fazer o seu banho. E eu, estava na sala pulando que nem uma maluca, dançando. Passaram-se muitos minutos e Alyssa já estava prontinha, com uma camisa do Guns com uma jacketa por cima (Por causa do frio), com uma calça e um sneacker, ela estava realmente bonitinha (Feia arrumada).
Já era o cair da noite e eu ainda não havia nem triscado na agua, Alyssa estava muito inquieta, eu já estava percebendo, não só por conta dela ficar me encarando e sim por causa de seus longos suspiros, então fui ao banheiro, e...
* * * *
Chegando na T-saf, todos ficaram olhando para mim e para Alyssa, isso bem no fundo nos deixou sem graça, nós combinamos que cada uma fosse para o seu canto, mas quando desse 11 horas nós nos encontraríamos na pracinha seguinte, assim daria mais tempo para aproveitar, sozinha. Fiquei sozinha por um bom tempo, fui ao balcão e tomei um pouco de vodka com limão (uma verdadeira delicia), é a única bebida que bebo depois da agua e do refrigerante, sentada em uma cadeira perto ao balcão fiquei analisando a festa e logo chegou uma garoto muito estranho com sangue nos olhos e sentou ao meu lado, tentei logo de dar um jeitinho de sair de lá, mas quando eu me levantei, ele já estava em pé também, dei uns passos para frente e ele continuou atrás de mim, olhei para ele e ele sorriu sarcasticamente, ele já estava me irritando, sai de perto dele quase que correndo e fui para o meio da multidão, dancei demais, mas não passara dois minutos e lá vem o carinha idiota, fiquei com mais ódio. (Afe!!!!), sai de lá mais uma vez. Fiquei em um lugar muito picante, havia vários casais e... (Ah! Você já sabe). Saí de lá e sei lá... a noite estava tediosa. Sentei no chão, fiquei parecendo uma mendiga, fiquei apenas olhando o movimento até as 11. Do nada começou uma confusão, eu nem quis saber o que estava acontecendo, porque de confusão eu saio logo fora, fui portão a fora e fiquei esperando Alyssa na pracinha.
10:50. Realmente o horário passou rápido e em poucos segundo Alyssa chegou.
– Mana, foi muito bom. Alyssa falou. Deixando o cheirinho de bebida no ar.
– Só para você. Falei, não muito feliz. Ela ficou me olhando, me levantei e saímos andando a caminho de casa, no caminho Alyssa vinha falando o tempo todo de um carinha que ela conheceu lá, ela falava muito empolgada, eu dava uns sorrisos de vez em quando para fingir que a escutava, porque as vezes a gente quer um tempo para viajarmos no nosso interior, e isso que eu queria agora, só que Alyssa contava histórias e o jeito foi disfarçar. Chegando em casa, ela foi direto ao banheiro e tomou banho, ela estava bêbada porque dificilmente ela toma banho esse horário, ela saiu de lá, indo direto para o seu quarto, ela passou por mim, desejando boa noite, e fez um sinal falando que não era para eu esquecer de algo, fiquei sem entender o que ela quis falar, mas eu concordei, fui ao banheiro tomei banho também, nem jantei e fui para o meu quarto, vesti meu pijama e fiquei deitada na cama, não passou muitos minutos, escuto Alyssa falando com alguém, certamente ela estaria no telefone (Ou, ela estava muito bêbada), ela sorria, sorria e conversava... Passou uns 30 minutos e Alyssa ainda conversava, já estava incomodada, mas não falei nada, pois a casa era dela também. Só escutei ela falando e aceitando um encontro e tals, e quando ela terminou de falar, já estava pronta para dormir, ela dá um grito. Saí desesperada da cama, abrindo o seu quarto e quando chego, ela está encolhida no chão. (Outra crise por causa da bebida).
– O que foi dessa vez? perguntei.
– Nada não, eu só estou admirando aquele morcego. Morcego era o que mais tinha na nossa casa por causa da Biblioteca ao lado.
– E porque você gritou, sua coisinha?
– Porque ele disse que queria me dar um beijo.
(Idiota!)