Meus irmãos e eu já estamos prontos. Nossas roupas são básicas, estilo os anos 50. Não sou muito fã de ir a festas, por isso não tenho muita roupa bonita, só as antigas.

Eu estou usando um conjunto gótico bem descolado, bom nos anos 50 eram descolados, mais eu não consigo jogar eles fora então vai ser esta roupa mesmo. Os rapazes estão de ternos.

Pedi pra eles se misturarem, sabe usar roupas deste ano e me dei muito mal ao falar isso pro Richard quando eu tava me trocando, foi bem assim:

–Ah, por favor. Coloca uma roupa deste ano, pra gente se misturar, Rick!-Peço, educadamente.

–Não enche o saco, Ana. E olha quem falo, eu vi você usando este conjunto no baile do rei Arthur. Então não me amola. -Responde.

–Ora seu, quer saber. Vai com o que quiser pelo menos eu não vou ser zoado!-Grito, brava.

–Quando você for mais velha, vai entender o que falei, queira sim ou não!-Diz ele.

–Taaa, depois não diga que não avisei viu!-Grito, da garagem.

Era mais fácil eu ter pedido pra uma pedra se vestir melhor do que com ele, iria dar no mesmo resultado: Eu sendo ignorada tão facilmente. Viu, por isso não trocamos de roupa, e sim eu tomo banho.

Nós podemos parecer normais, mas vamos para esta festa com muito estilo e muita velocidade. Tiramos os carros da garagem e apostamos corrida até a casa da garota.

Estou vencendo os três com uma marcha nas costas, adoro carros velozes e bem furiosos, mais sou obrigada a fazer aquela parada brutal. Stiles está bem no meio da rua e eu quase o atropelo.

Desço do carro e dou um ataque de raiva.

–Você é um maluco, sem noção, um idiota. Eu quase te matei!-Explodo.

–Desculpe e, ainda bem que essa coisa tem freio. -Fala.

–É um camaro negro. Stiles me explica porque você tava no meio da rua antes de eu lhe matar!-Peço, carinhosamente.

–Err... Meu jipe quebrou e eu tava pedindo carona. Aí eu vi você, será que poderia me dar carona ate a casa da lydia?-Explica-se.

–Grrr-Rosno- Tudo bem, mas não toque em nada ouviu, ou eu lhe arrancarei a cabeça, com os dentes!-Digo, entrando no carro.

Eu quase o matei, que desgraçado. Devia ter passado por cima de seu corpo e deixado ai, para que todos vissem o que ele virou. Que ódio, pelo menos ganhei a corrida, pelo menos isso.

Ele não cala a boca nunca, penso eu. Não sei como o pai dele o agüenta, parece o meu avô, quando dá chilique. Bom, chegamos à casa da tal lydia e pelo que ouvi do Stiles, ele a ama.

A casa da lydia é bem bonita, pra variar um pouco. Desço do carro, coloco o alarme, porque não confio muito no pessoal desta cidade. Dou a volta e dou-lhe um tapa bem forte no Stiles.

–Ai! Por que fez isso?-Pergunta, massageando a nuca.

–E ainda tem coragem de perguntar isso!-Ironizo.

–Mais o que foi que eu fiz. Nossa mais que força viu, aiai minha cabeça!-Diz.

–Grrr... Dá próxima vez, eu passo por cima, ouviu?-Pergunto.

–Ouvi, não sou surdo e também não sou de ferro. Seu tapa ainda ta doendo!-Diz indo aperta a campainha.

–Ok vamos-Digo ameaçando.

Ele se encolhe. Batemos na porta, já que ela não ouviu a campainha. Depois de 20 minutos a porta se abre e uma garota de cabelo ruiva e meio baixinha nos atende. Ela ta com uma taça na mão.

–Ahh... Stiles pensei que vinha com o Scott?-Pergunta.

–Eu vinha só que chamou a Allison pra vim e a mãe dele emprestou o carro. -Explica.

–Ok! E você quem é?-Pergunta, pra mim.

–Sou Ana Blood Wolf!-Digo.

–Ah, a aluna nova, que entro junto com a Allison. -Diz ela.

–Sim, e então podemos entrar?-Pergunto.

–Claro, vamos ta todo mundo La no fundo!-Diz fechando a porta atrás de nos.

Entramos na casa. E eu acabo esbarrando no Jackson, ele se vira e faz aquela cara de “perdeu algo”. Minha vontade, pular no pescoço dele e arrancar sua cabeça com os dentes.

Me desvio dele e vou andando até o quintal. Está lotado, como a lydia falou mesmo. Todos estão se embebedando. E dançando uma musica bem lenta, eca. Acabou de chegar meus irmãos. Lydia os deixa entrar, pelo menos a casa dela ta segura agora.

Percebo meus outros irmãos rondando a casa e fazendo relatórios em minha mente. Vejo o Scott dançando com a Allison. Aquela garota Argent, eu não vou com a cara dela de jeito nenhum.

O Brian chega perto de mim e começamos a conversar, sobre a lua cheia e tais. Ótimo, à noite está indo bem, por enquanto penso eu. Até que eu escuto o meu celular tocar a musica psicose.

Por que foi que eu falei mesmo hein. Atendo, o telefone, já me arrependendo do que esta por vir, ou não.

– Alô? Richard, o que foi?-Pergunto.

–Temos um problema... Os novatos... Escaparam pra floresta!-Fala, sem fôlego.

–O quê? Quem é que tava vigiando eles, onde você esta?-Pergunto brava.

–O Zack, que tava vigiando. Eu estou bem atrás de você!-Diz.

Viro-me pra trás e quase morro do coração. Era ele, eu nem percebi. Dou-lhe um tapa e começo a andar em direção a porta, até que sou barrada pelo Stiles, filho da mãe.

–Saia da minha frente, Stiles!-Falo brava.

–Já vai embora? Mas você acabou de chegar!-Diz ele.

–E daí agora vou embora. Não estou me sentindo bem, saia da frente logo!-O empurro.

–Quer que eu vá junto? Talvez precise ir ao médico?-Pergunta, preocupado.

–Não! Quer dizer meus irmãos vão comigo. Mas obrigado, Stiles!-Passo por ele e saio.

Bato no Scott bem no meio da escada. Parece que não sou a única que vai embora, Scott esta saindo e pegando seu carro e indo embora. Allison vai atrás, mas não alcança.

Vejo um homem se aproximar de Allison e lhe oferecer carona. É o cara do camaro preto. É bonito pelo jeito hein. Gostei concentra-se Ana, novatos primeiro. Pego meu carro e ligo o motor.

Saindo em disparada pela rua, até que passado alguns minutos, paro em um sinal. Parece que a lua esta fazendo efeito em mim. Dirijo mais rápido ainda, até chegar ao começo da floresta.

Desligo o motor e desço do carro. Agora é a pé. Espero meus irmãos desligarem seus carros e vamos juntos. Transformo-me e eles também. Meu pêlo é negro com mechas prateadas e meus olhos são vermelho sangue.

Sinto o vento soprar em minha direção e as folhas e galhos estralarem sobre minhas patas. Essa sensação é ótima. Adoro essa liberdade. Sei que posso fazer tudo e que tudo pode ser feito.

Eu uivo bem alto e em resposta ouço outros uivos, sabendo deste jeito a localização dos novatos. Volto ao normal, dentro de uma clareira. Vejo os novatos e chego bem perto, já rosnando em desaprovação, pela fuga.

Eles se encolhem e voltam ao normal, os mando com meus irmãos de volta pra casa. Ouço um barulho, começo a correr em direção a ele. E vejo que é o Scott, sem camisa e preso a uma árvore por uma flecha.

Vejo três figuras e vejo também quem são: Caçadores Argent. Algo acerta os caçadores e liberta o Scott. Que pena, eu queria matá-los. Vejo quem o libertou é o homem do camaro.

Eles correm, mas Scott para, sem fôlego. Eles começam a conversar e eu acabo ouvindo.

–Pare... Por favor!-Diz Scott.

–Não... Temos que continuar se ainda quiser viver!-Diz o cara.

–Quem eram eles?-Pergunta Scott, cansado.

–Caçadores. –Diz, ele.

–Derek! Por favor, o que eles querem comigo?-Pergunta Scott, com medo.

–Nos matar! É isso que fazem, vem exterminando nossa raça há séculos. O que faz de você meu irmão de raça. Vamos!-Explica Derek.

“Derek Hale” penso eu. Faz anos que não o vejo. Quando o vi pela primeira vez, ele era só um garoto. Que amava uma confusão, adorava ir sua casa e lhe encher o saco, igual ao tio Peter.

Eles vão embora e eu sigo o meu caminho. Então, Scott também é um de nós. Ótimo, não terei pena se me atacar, agora que sei de seu segredo, mas se quiserem ajuda, basto pedir.

Vai ser bom ter mais gente para nos ajudar. Chego até o meu carro e o ligo, saindo assim, cantando pneu. Chego em casa e conto a conversa para a minha família.

Eles gostam da parte dos lobisomens, que ainda existem nesta cidade. Mas odeiam a parte dos caçadores Argent, bom nem tudo são mares de rosas, não é mesmo.

Pelo visto, beacon Hills tem muito a oferecer, mais do que eu imaginava encontrar por aqui. Primeiro, vou ver como estão os novatos e se não se mataram ainda.

Os novatos foram mordidos há uns três dias, mais ainda não sabem se controlar. Por isso estou ajudando-lhes a conviverem entre si e com a gente também.

Começo a andar em direção a porta do porão. A porta é toda entalhada e com enfeites de mata-lobo. Uma erva muito poderosa, contra lobisomens, além de me encher o saco.

Desço as escadas.

–Como vocês estão depois desta fuga surpresa?-Pergunto.

–Bem. Isso é diferente pra nós, garota!-Dizem.

–Vocês se acostumam, com os séculos. Podem me chamar de Ana. E bem vindos à família - Digo, abrindo os braços.

–Obrigado. -Dizem.

–Qual é o nome de vocês?-Pergunto.

–O meu nome é Viktor!-Diz o moreno de olhos azuis.

– Bom, o meu nome é Lúcio!-Diz o branquelo de olhos verdes.

– E qual é o seu nome, você ai atrás?-Pergunto, pro último.

–Grrr... Eu sou Markos!-Diz o alto de cabelos pretos.

–Bom! Vamos subir agora vocês tem uma família e uma casa! Podem subir e escolher seus quartos!-Digo, subindo a escada.

Subimos para nossos quartos e ficamos por lá, por assim se dizer. Eu ligo o som, com a música “Glory, da nightcore”. Ela me lembra muito o meu avô. Adormeço ouvindo ela.