A Hora mais Sombria - Paul escrita por L1m4


Capítulo 15
Capítulo 15 - final




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/51464/chapter/15

Estava exausto, minha cabeça estava doendo muito, assim como todo o resto do meu corpo.

Preciso me lembra de nunca mais passar tanto tempo na terra dos mortos, já sabia que isso iria me causar serias conseqüências com o tempo, mas situações desesperadas requerem ações desesperadas não é?

Sem perceber acabei dormindo um pouco, já se era de esperar que eu dormisse caísse no sono depois de todos esses acontecimentos, quando acordei, podia ver que estava bem iluminado. Eu deveria ter dormido bastante.

Fui ate a sala onde se encontrava meus pais, e Jack, que deveria ter voltado enquanto eu dormia. Eles estavam escrevendo, o que parecia ser cartas. Me aproximei um pouco mais e perguntei o que estavam fazendo. Eu ainda estava tão cansado que minha voz saiu um pouco rouca e sonolenta.

- o que vocês estão fazendo? – perguntei um pouco sem interesse.

- estamos escrevendo cartas de despedida para a Suze, já que nos estamos indo embora mais cedo. – respondeu Jack. Percebi que ele, ou não se lembra muito bem do que aconteceu noite passada, ou começou a virar um garoto inteligente e não vai comentar nada com ninguém... O que é bem improvável.

- legal. Acho que eu vou fazer uma também... – falei pegando um dos papeis que estavam encima da mesa, com uma caneta.

- meu filho, você não precisa escrever uma carta já que você vai ficar aqui. – minha mão falou numa voz calma e desinteressada.

- eu sei, mas quero fazer uma surpresa para ela, alem disso, tem uma coisa que eu me esqueci de dizer quando ela esteve aqui. – falei indo na direção do quarto para escrever lá. Não podia escrever aqui com o risco de alguém olhar sobre um ombro e ver o que eu estava escrevendo.

“Querida Suze,

Comecei a escrever ainda sem ter certeza do que por no papel. Vieram varias coisas em minha mente, como “Suze, eu te amo, eu realmente gosto muito de você, e quero que você saiba que eu sou exatamente o canalha que você pensa que eu sou!”  também pensei em escrever algo do tipo “Suze, eu queria te dizer que tudo o que eu fiz foi para te proteger, que eu, indiretamente, exorcizei seu namorado, ajudei a fantasma que queria te matar, e escondi a verdade de você todo esse tempo, não porque eu sou um cafajeste que não merece nem o pão que o diabo amassou, e sem porque eu te amo e queria te proteger!”  bem, essa seria uma meia verdade comparada a outra, mas eu acho que não seria uma boa idéia colocar isso no papel.

No fim de tudo, acabei resolvendo que eu não diria nada para ela. Que eu falaria muito, mas não diria nada. Dara uma coisa quase sem valor verdadeiro para ela. Diria, com outras palavras é claro, como eu me sentia quando eu descobri que ela era uma deslocadora.

Apaguei o que eu já havia escrito, as minhas duas palavras, e recomecei:

“Suze,

 

“Sei que você tem perguntas. Também sei que tem coragem. O que me pergunto é se tem a coragem para fazer a pergunta mais difícil para alguém da nossa ... facção.

Enquanto isso, lembre-se: se você der um peixe a um homem, ele comera por um dia. Mas se ensiná-lo a pescar ele comera todo o peixe que você poderia ter apanhado para si mesma.

E só uma coisinha para ter em mente, Suze.

 Paul”

Quando acabei de escrever, dobrei a carta e voltei para a sala, aparentemente todos já haviam terminado de escrever suas cartas e estavam colocando-as em um envelope.

Minha mãe, superficial como sempre, colocou 200 dólares junto com a carta dela. Isso deveria ser uma forma de agradecimento, ou algo assim, pelo que ela fez com o Jack, tornando-o uma pessoa a mais sociável, ou como eu digo “normal”.

Jack também colocou uma coisa junto com a sua carta, parecia ser um quadro pequeno ou algo assim... nesse momento eu percebi o que aquilo era realmente, era aquele retrato que Maria lhe deu para exorcizar o tal “Jesse” como a Suze o chamava.

Sabia que ele não iria usar aquilo para nada, e que talvez Suzannah gostasse de ter uma foto de seu quase namorado.

Coloquei a minha carta também dentro do envelope, que já estava quase completamente cheio, e voltei para o meu quarto terminar de arrumar minhas malas.

Quando cheguei lá, tive uma surpresa, minhas malas já estavam arrumadas, assim como as do Jack. Provavelmente tinha sido ele quem arrumou as malas, já que eles iriam partir mais cedo, teriam que se apressar.

Vesti uma roupa mais decente e fui levar as malas que estavam no quarto para a sala, tanto as minhas quanto as do Jack.

Eu iria com todos até o aeroporto e de lá, eu iria sozinho com o caro para a casa do meu avô.

Bem, pelo menos lá eu teria um quarto bem espaçoso, paz, tranqüilidade, e a ausência do meu irmão.

Eu serei muito feliz lá...

(...)

No aeroporto tinha sido uma despedida curta, alguns abraços e uns “sentirei muitas saudades”, e por fim uns “se cuida” enquanto eles entravam no salão de embarque.

Eu já estava no carro com minhas malas no porta-malas, em direção a casa do meu avô.

Não foi uma viagem tão longa, até porque a casa era um pouco próxima do aeroporto. Quando cheguei, peguei minhas malas do porta-malas, uma em cada mão, (eram poucas malas porque era para nos passarmos pouco tempo aqui, então não trouxemos tantas roupas assim, mas minha mão disse que iria enviar o resto das minhas roupas, ou parte delas, pelo correio.) fui até a porta e, desocupando uma das mãos, toquei a campainha.

O medico atendeu, e quando me viu com as malas falou:

- bem, vindo! – disse ele alegremente. Achava que era pelo fato dele não precisar arcar com o fardo do meu avô sozinho.

- estou em casa. – falei simplesmente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

obrigada por todos os leitores que acompanharam minha fic. espero que tenham gostado. agradeço principalmente Mayara_15; sininhobaby; Yes; e akasha; que deixaram reviews me apoiando durante a fic.
muito obrigada a todos e espero que tenham gostado do ultimo cap!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Hora mais Sombria - Paul" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.