~ Hello Hoshi!!! Minha fã número um! ;D ♥ ~

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Eu não sei como, mas essa semana passou tão rápida. Não acredito que hoje é finalmente sexta-feira.

– Como está indo? – perguntou Sophia.

– O que?

– Oras, a competição.

– Eu não vi mais ele desde o primeiro dia. Por quê?

– Como assim por quê? As garotas estão eufóricas para realizarem as tarefas e você ainda não fez nada? – ela me perguntou com uma expressão assustada.

– O que eu faria? Ninguém me disse nada – dei de ombros.

– É obvio que não, né – disse Clara – você acha que eles vão dar tudo na sua mão? Você que tem que correr atrás.

– Mas eu nem sei o que estão fazendo.

– Isso é porque você fugiu no primeiro dia – exclamou Sophia.

– Ai gente, pára de pegar no meu pé, eu nem quero essa porcaria de prêmio – me defendi. Odiava quando as duas eram contra mim.

– A senhorita mais que ninguém aqui merece e precisa desse prêmio – disse Clara atenciosa.

– Eu sei que preciso do dinheiro, não precisa me lembrar disso. Mas eu não quero ganhá-lo sob essas condições, ok? Será que dá para serem mais compreensivas comigo?

Por algum motivo minha voz soou manhosa e meus olhos se encheram de lágrimas.

– Sá, nós queremos o seu bem. Por favor, amiga, seja mais competitiva – disse Clara me abraçando.

– Tudo bem.

Eu sabia que não iria vencer aquela discussão. Se algo tinha que ser dito, já foi. Mas sinto em dizer que foram meras palavras. Eu nunca iria me humilhar diante de um riquinho esnobe por causa de dinheiro, nem se eu estivesse passando fome e a beira da morte. Nunca. Nunca. Nunca.

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– Com licença, eu posso entrar? – perguntei à porta.

– Claro senhorita Sabrina. Entre – disse a diretora.

– Eu só gostaria de saber por que não estou participando das ultimas reuniões com o Lucas – disse tudo sem enrolar.

– Porque sua presença é desnecessária, ele mesmo quem disse – ela afirmou com um sorriso no rosto.

– Entendi. Obrigada, era só isso – disse e já ia me retirar.

– Só mais um momento – pediu- Quando sua presença for necessária nós a comunicaremos, não se preocupe. E, segundo ordens do próprio Lucas, é melhor a senhorita não o importunar.

– Compreendo. Com licença – disse e sai dali rápido até demais.

Que ódio! E eu boba e ingênua querendo saber. Antes eu não soubesse. Que raiva!!! Como ele pode me ignorar tanto assim? Quem ele acha que é para me rebaixar diante das outras? Eu vou mostrar quem sou eu. Ele não vai gostar de saber quem sou. Pode apostar.

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– Ele é um filho da puta, idiota do caralho. Eu odeio ele com todas as minhas forças. Se ele queria me humilhar conseguiu.

– Calma, vai ver que a diretora quem inventou essas coisas – tentava me acalmar Sophia.

– Duvido muito.

– Vamos pra sala. Vê-se se acalma, por favor – pediu Clara.

– Tá. Mas vocês disseram que as outras garotas estavam fazendo seus deveres. O que são?

– Na verdade, elas não podem dizer o que é. Nós só sabemos que é algo grande e que todo mundo vai ver na televisão.

– Faz quanto tempo isso?

– Uns quatro dias. Elas dizem que é o primeiro projeto para eliminação.

– Nossa, que legal. Já está tão na cara que eu não vou conseguir ganhar, que me deixaram de fora. Filhos da puta do caralho.

– Olha, calma.

– Não me peça pra ficar calma – disse irritada e sai dali.

Com elas não ia me acalmar nunca. Fui até o vestiário e troquei minhas roupas. Sinto muito geografia, mas correr é essencial nesse momento.

Fui até o campo e comecei a correr. Eu, infelizmente, não era a única a estar correndo. Havia mais algumas garotas correndo em grupo. Eu estava dentro da minha raia, mas elas insistiam em me dar cotoveladas quando passavam. Não foi uma, nem duas, mas quase todas. Que inferno! O que eu fiz pra merecer isso? Que porra!

– Oi – disse um homem me assustando – desculpa, não foi minha intenção te assustar.

Olhei para ele.

– Ah, é você – disse com raiva.

Como o destino é bom. Eu queria bater nele e ele aparece na minha frente. Que sorte.

– Nossa. Desapontada? – perguntou me olhando com aqueles olhos lindos.

– Sim, muito – afirmei.

– Ai – ele disse como se tivesse sido machucado. Idiota.

– Olha, eu só quero correr sozinha. Será que posso?

– Desculpa, não quis te atrapalhar – ele disse meio triste e acelerou.

Eu parei para beber água e me sentei na arquibancada. Olhei ele correndo ao longe e atrás e dos lados as garotas de mais cedo. Então era isso! Elas não estavam correndo em grupo e sim correndo atrás dele. Que ridículo. Como podem ansiar tanto por atenção?

Percebi que nem correr iria me fazer relaxar, por isso fui até o vestiário e tomei um banho. Eu ainda teria mais duas aulas. Por sorte eram de educação física.

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– Com licença professor – pedi na porta da sala.

– Entre senhorita.

Sentei na minha mesa e fiz a lição que tinha sido dada. Depois nós fomos para a piscina.

– Muito bem, eu quero todo mundo na água – gritou nosso professor. Ele era um pouco rígido demais às vezes.

Todos nós pulamos para a piscina enorme. Eu devo confessar, sou uma ótima nadadora. Nós fizemos as atividades que ele pediu e logo depois começou a competição.

Cinco alunos se posicionavam nas raias e então começávamos a nadar. Era mais um treinamento para a competição de fim de ano. Devo dizer que sou a melhor nadadora da sala e fiz meu percurso em primeiro lugar. Logo começariam a me treinar com os melhores da escola. Pelo menos em alguma coisa eu era boa e útil para aquele colégio.

– Ótimo, senhorita Sabrina – parabenizou-me o professor.

Dei um leve sorriso e fui para o chuveiro, minhas mãos já estavam enrugadas.

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– Oi mãe – disse quando ela chegou.

– Oi. Como foi seu dia? – perguntou, me dando um beijo.

– Ótimo – menti – eu te contei que me entrevistaram para o concurso?

– Não, quando foi? – ela parecia entusiasmada.

– Terça.

– Ah, e como foi?

– Foi bom. Foi mais retórico, meu estilo de música e essas coisas. Foi o pai do Lucas quem me entrevistou, ele parece ser muito simpático.

– Ele gostou de você? – perguntou curiosa.

– Acho que sim, fiz o meu melhor – a tranqüilizei.

– Com certeza fez.

– Eu fiz lasanha para o jantar – disse querendo mudar de assunto.

– Hum, eu estou mesmo morrendo de fome – ela disse passando a mão na barriga.

Eu dei risada e logo nós comemos sozinhas e com um pranto vazio na mesa, como sempre.