Nightmare Called Life escrita por RedMoonProductions


Capítulo 11
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Notas iniciais do capítulo

YEYYY desta vez demorou muito menos tempo e é o último desta temporada por isso....



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Samantha Jones (Silver)

– Allison... Dá-me esse papel. - pedi, certa de que ela tê-lo nas mãos era um perigo para todos nós.
Ally perscrutou a sala calmamente, focando-se em Near. Ao fazê-lo, um sorriso de escárnio formou-se-lhe no rosto.
– Lamento, Silver, mas não. - afirmou, acertiva, continuando a observar Nate. - Vou ficar com o papel até o Near ajoelhar-se aos meus pés, implorar e pedir desculpa por tudo o que me fez.
O olhar de N mudou ligeiramente, embora fosse imperséptivel pela maior parte das pessoas. Parecia irritado, franzindo ligeiramente as sobrancelhas. Provavelmente considerava tudo aquilo desnecessário e, ainda por cima, de certeza que não se queria rebaixar perante Allison.

Olhei Ally nos olhos, pedindo-lhe indiretamente que não o obrigasse a fazer tal coisa, porque provavelmente recusar-se-ia. No entanto, reparei que Allison também parecia ligeiramente ansiona e nervosa, o que mostrava que também ela queria trazer L à vida. Achei tal estranho, acreditando que secalhar estava a perceber mal as suas intenções.
– Desculpa. - sussurrou Near, apenas alto o suficiente para que todos ouvissemos, enquanto olhava para o chão. Era nitido que ele não se sentia minimamente arrependido por provocar ou criticar Ally, sendo assim um pedido de desculpas falso e forçado. Mesmo assim, Allison pareceu feliz por ouvir aquelas palavras.
– Vou ser eu a apagar o nome, visto que fui eu quem encontrou o papel. - informou Ally, séria, observando todos os presentes para ver se alguém se atrevia a contraria-la.
Como ninguém se opôs, sorriu ligeiramente, o que era raro vindo dela, que passava grande parte do tempo com uma expressão destemida e, por vezes, até mesmo assustadora.
– Já me ia esquecendo.. Só apago o nome se prometerem não lhe contar o meu “pequeno” segredo. - falou, referindo-se aos olhos shinigami com que nascera.
Se L descobrisse tal segredo, provavelmente prende-la-ia, o que apenas nos iria prejudicar. Allison sabia resolver rapidamente problemas dificis, principalmente quando era necessária força ou, simplesmente, encontros corpo-a-corpo. Para além disso, era minha amiga, e a última coisa que queria era vê-la aprisionada por algo de que ela não tinha culpa, pois já nascera com os olhos assim.

– Ninguém tencionava fazer isso. - ripostei, sorrindo ligeiramente. Todos os presentes acentiram com a cabeça, concordando comigo, menos Near, que me observou sem qualquer emoção. Obviamente, se dependesse dele, Ally já estaria na prisão.

Ally sorriu, sentando-se no sofá, feliz por ver que todos a haviam defendido, ou pelo menos, se mantido calados, como Nate.
– Convem trazer o caixão dele... - murmurei, olhando Near.
Nate levantou-se, chamando um dos seus agentes, Gevanni, e pedindo-lhe que trouxesse o caixão de L para a SPK, não lhe dando pormenores sobre o que se passava nem sobre a razão pela qual ele era preciso.

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No dia seguinte, ao chegar à sala, encontrei os agentes de Nate, que levavam o caixão de L para um dos quartos.
Near estava sentado no chão, observando o puzzle incompleto à sua frente sem o completar. Sentando-me ao seu lado, coloquei uma das peças no seu devido lugar, beijando-lhe levemente a bochecha.
– Bom dia. - cumprimentei, sorrindo-lhe.
– Silver.... Achas que estavamos a fazer o correto? Ao trazer L novamente à vida.
Percebi rapidamente a razão pela qual Near estava tão quieto. Ele estava nervoso, e deixou-me feliz vê-lo demonstrar as suas emoções tão livremente.
– Sim, acho. Ele vai ajudar a melhorar a SPK, certo?

Near olhou para o chão, murmurando um pequeno “sim” no mesmo momento em que Allison entrou na sala com o papel na mao, sentando-se no sofá.
O facto de estarmos a “ressuscitar” uma pessoa deixava a SPK com um ambiente um pouco assustador, visto que tal, supostamente, é impossivel.
Entreguei a borracha a Ally, que apagou com cuidado o nome verdadeiro de L. Quando terminou, pousou o papel e a borracha ao seu lado.
– Agora apenas temos de esperar...

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Alguns minutos depois, L apareceu na sala, confuso e atordoado, examinando cuidadosamente o espaço à sua volta. Focou-se em nós, parecendo chocado com a nossa presença.
L permanecia com a mesma postura estranha e o seu hábito de estar descalso, tal como da primeira vez que o vira. No entanto, o cabelo esta ligeiramente mais comprido e as olheiras pareciam maiores, provavelmente devido ao trabalho no caso de Kira.
Near levantou-se, aproximando-se do detetive, que o reconheceu rapidamente, Examinando N de alto a baixo, pareceu ficar assustado, uma vez que Near estava provavelmente muito mais crescido do que da última vez k o vira.
– L.... - cumprimentou Near, estendendo a sua mão para o génio. Tanto Near como L pareciam inseguros, hesitando ao apertar as mãos.

Nate explicou-lhe tudo o que acontecera na investigação com o máximo de pormenores possível. Primeiramente, tentou explicar-lhe que tinha morrido, tentando informá-lo de maneira a que L não ficasse ainda mais chocado, e que tinha sido obra de Kira, que fora confirmado como Light Yagami.

L pareceu ligeiramente ressentido, pois, no fundo, sempre quis acreditar que Light, o seu único amigo, não era o assassino criminoso que o atormentava. Infelizmente, Yagami era-lo e não hesitara quando chegou a altura de matar L.
De seguida, Nate explicou resumidamente o caso da sucessão e da formação da SPK, que tentara capturar Light durante toda a investigação com a ajuda de Ally, Mello e Matt. Rapidamente, contou ainda o decorrer de toda a investigação, evitando contar pormenores sobre a morte de Light, visto que tal iria afetar L e, mais tarde ou mais cedo, o detetive iria descobrir por si mesmo.
Quando terminou de explicar, Near afastou-se ligeiramente de L, regressando para perto de mim.

– Muito obrigado... - agradeceu L, sorrindo ligeiramente.
– De nada, foi um prazer ajuda-lo. - respondera Ally, esboçando um sorriso doce, exatamente o oposto da sua forma habitual de sorrir. Ainda mais estranho foi o facto de o ter tratado por “você”, uma vez que nem os mais velhos tratava desta forma.
L olhou momentaniamente para as suas mãos, como que a confirmar que estava realmente vivo, e, de seguida, olhou novamente Nate, uma vez que o mesmo se autotitulara como líder da SPK.

– Disseste que continuaste com o pseudónimo de “L”, certo? - perguntou, sorrindo ligeiramente.
Nate limitou-se a ficar calado, acentindo com a cabeça e olhando discretamente para mim. Senti-me burra por não ter entendido que trazer L à vida causaria um problema tão grave. Tecnicamente, Near era o líder da SPK, mas por devoção e respeito a L achara que o mais correto era manter o pseudónimo, tal como Kira fizera, e assim evitar que o mundo soubesse da morte do verdadeiro L. Infelizmente, fora Near quem resolvera o caso de Kira e outros pequenos casos em que nos envolveramos, mas, ao trazer o grande detetive L à vida, tudo isso seria considerado sua obra e N provavelmente teria de ceder do cargo de sucessor.
Engoli em seco, já entendendo a razão pela qual Near estava tão nervoso. Ele estava em risco de perder o mérito por tudo o que tinha feito e, ainda por cima, de deixar de ser “L”.

Allison continuava a falar calmamente e muito educadamente com L, explicando-lhe mais alguns pormenores. Ela estava a ser demasiado educada, e isso era algo que ela nunca era, deixando-me ainda mais irritada e com a sensação de que ela tinha algo planeado por detrás da sua nova farça de anjo.

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A noite chegou e, finalmente, já explicáramos a L tudo o que precisava de saber. O detetive rapidamente percebeu que Light tinha morrido, o que evitou que tivessemos de falar nesse assunto. Expliquei a L o novo caso em que trabalhávamos, para prender o assassino dos meus pais, e ele pareceu agradado por me poder ajudar.
Cansada, decidi que era melhor me ir deitar. Despedi-me de todos e, de seguida, comecei a caminhar a passos lentos na direção do meu quarto.

Quando me aproximei do corredor, reparei que a porta estava aberta, o que era muito estranho uma vez que trancava sempre a porta do meu quarto. Apressando o passo, corri até lá, entrando no meu quarto. Mal entrei, os meus olhos arregalaram-se em pânico.
As janelas estavam completamente abertas, as cortinas esvoaçando devido à brisa da noite. A cama, antes com cobertores completamente brancos, estava agora manchada com salpicos de vermelho carmesim, cor de sangue recente.
Assustada, gritei de pavor ou observar a única palavra que, a sangue, estava escrita na minha parede:

“Encontrei-te”

Allison Taylor (Ally)

Quando L regressou à vida, tratei-o com o máximo de respeito que podia. Não propriamente porque o idolatrava ou gostava dele, mas sim porque tinha interesses. Precisava dele para outras coisas...

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Já era tarde, e preparei-me para ir dormir. Quando estava quase a fazê-lo, um grito de pavor de Silver chamou-me a atenção.

Rapidamente, preocupada, peguei na minha faca, que estava em cima da mesa de cabeceira, e corri até ao quarto de Silver.

A meio do caminho quase choquei com uma rapariga, que passou por mim a correr. Numa situação normal teria a parado, mas devido à preocupação e pânico que sentia, nem liguei importância, continuando a correr o mais rápido que conseguia até ao local onde estava Samantha.

A porta, para meu espanto, estava completamente aberta, o que me deixou mais preocupada. Entrando, notei que a janela não estava fechada e Silver estava no chão, a tremer levemente devido ao medo, observando com os olhos arregalados a palavra escrita a sangue na parede.

Tentando ignorar o estado do quarto, ajoelhei-me ao lado de Silver, preocupada, tocando-lhe no ombro.
– O que se passou?
Ainda a tremer, Samantha desviou o olhar da parede, encarando-me com os olhos verdes a refletir todo o medo que sentia.
– Allison... E-ele encontrou-me.


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Notas finais do capítulo

Se tiverem gostado desta temporada , deveriam de depois vera outra
Vai demorar mais um bocado a vir mas não muito , espero eu : p
Bye, A



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