Ele havia acordado e estava a observando. Era algo que ele não se cansava de fazer. Ficou em silencio para não desperta-la, ela era tão linda, seu rosto delicado, seus lábios, os olhos verdes tão intrigantes e desafiadores, amava a forma com que ele mudava de tonalidade, passando de um castanho esverdeado até um verde maravilhoso, e amava quando eles se tornavam escuros e cheios de prazer, por ele. Sorriu ao lembrar da primeira vez que se viram, sim ele fez menção aos olhos dela, algo que ele sempre amou. Mas naquela época tinha um significado diferente, antes era apenas uma atração sexual, ele sentia uma necessidade carnal de estar com ela a qualquer custo, tanto que foi atrás do prefeito e conseguiu o que queria, segui-la. Mas isso logo mudou, não foram precisos muitos dias perto dela para que ele visse que ela era diferente, ela era tão maravilhosamente linda e misteriosa... sim, o desejo sempre esteve presente, ainda está, ele deseja ficar com ela para sempre, mas não é mais igual. Esse é um desejo de quem ama, e um desejo recíproco.

Mal sabia ele que seu pensamento estava em sincronia com o dela, como em muitas vezes esteve.

Ela olhava o bebe que acabara de mamar e que sorria para a mãe, os olhinhos abertos, aquela imensidão azul. Carinhosamente ela acariciou o rostinho liso e macio do filho, ele era a mistura perfeita dos dois. Beijou a cabecinha do menino e começou a nina-lo, cantarolando uma musica baixinho. Aos poucos os olhos despertos foram se fechando, a respiração ficando mais regular. Ela continuou a niná-lo, admirando seu bebe, sua mente divagou para a trajetória de sua vida até aqui. Sim, ela teve perdas nesse caminho, uma perda em especial que nunca será suprida, mas ele foi sua salvação, e ele lhe deu seu bem mais precioso, seu bebe. Sorriu lembrando de como se conheceram e de como o relacionamento deles era. Ele sempre a seguindo e a tirando do serio, mas aos poucos ele foi a conquistando, sua confiança, sua amizade, seu amor. Lembrou também de todo o tempo em que demorou para admitir seus sentimentos por medo, medo de que toda aquela magia que eles tinham acabasse na primeira noite em que passassem juntos. Mas ela estava enganada, apesar de tantos anos depois a magia ainda continuava, eles estavam mesmo cumprindo a promessa de nunca deixar o casamento entrar no tédio.

Um barulho fez Kate virar a cabeça lentamente e encontrar um Castle abaixado juntando um brinquedo de Alex. Ele o colocou em cima da cômoda e foi até Kate.

- Me desculpe, ele não acordou certo?

- Não – ela falou.

Ambos ficaram observando o bebe que continuava a dormir tranquilamente com a boca em um pequeno sorriso.

- Deve estar sonhando com algo bom – Kate sussurrou.

- Deitado nesse colo eu não duvido – Castle falou.

Ela sorriu para o marido e beijou sua bochecha. Levantou-se cuidadosamente e colocou Alex no seu bercinho, o menino resmungou um pouquinho, mas batidinhas de leve em seu bumbum foram suficientes para ele ficar calmo. Ficaram um tempinho observando o sono do menino até Castle entrelaçar sua mão na de sua esposa e silenciosamente saem do quarto do menino.

- Porque está acordado há essa hora? – Kate pergunta descendo as escadas e indo até a geladeira pegar um copo da água – amamentar da sede – ela fala.

- E fome – Castle brinca e recebe um olhar feio da mulher – estou brincando querida.

- Você não me respondeu – ela diz colocando o copo na pia e indo até o marido.

- Senti sua falta na cama, então fui atrás de você – ele passou um braço pela cintura dela.

- Sentiu minha falta é? – ela sorriu e deu um selinho nele.

- Você não faz ideia – ele sussurra no ouvido dela, fazendo-a se arrepiar.

Ele a beijou com ternura, seus lábios se acariciando, suas línguas em sincronia, seus corpos se moldando perfeitamente. Ele estava apenas com uma calça de moletom, o que fez Kate arfar quando sentiu seu peito descoberto, ela desce uma mão pelas costas dele, fazendo-o se arrepiar, passa o cós da calça dele e dá uma leve apalpada no bumbum do marido.

- Safada – ele sorri nos lábios dela.

- Não estava com saudades? – ela sussurrou mordendo o lóbulo da orelha dele.

- Não estou reclamando meu bem – ele diz e desfaz o nós do hobby dela, o deslizando pelo seu corpo até encontrar o chão, ela estava apenas de roupas intimas.

- Bom – ela diz e entrelaça sua mão a dele.

De mãos dadas eles seguem para o quarto deles, Castle segue beijando o pescoço da mulher e ela vira-se para ele com as mãos em suas calças, a fim de livrar-se dela, porém ela para quando essas atingem a coxa dele.

- Algum problema amor?

- Ouça – Kate sussurra.

Então o choro que começou baixinho logo irrompe pela casa.

- Ouch, sério Alex? – Castle resmunga.

Kate sorri para o marido e lhe da um selinho para em seguida ir em direção ao quarto do filho. Castle sobe sua calça e respira fundo, tentando se recompor.

Enquanto isso no quarto de Alex, Kate pega o menino que para de chorar na hora e sorri para a mãe, ele solta uns gritinhos e umas gargalhadas quando Kate morde delicadamente o pezinho dele.

- Lindinho da mãe – ela toca seu narizcom o dele.

- O que o meu meninão quer? – Castle entra no quarto do menino

Ao ver o pai, Alex se agita no colo de Kate e começa a fazer caminhãozinho.

- Eu quem ensinei – Castle diz orgulhoso enquanto o menino fazia o barulho com a boca – vem com o papai? – ele estendeu os braços para o menino, que foi todo faceiro – mais uma noite em branco brincando? É isso que você quer?

Em resposta Alex sorriu para o pai.

- Muito bem, lá vamos nós.

Os dois brincavam com o filho que dava gargalhadas, ele parecia não se cansar nunca, enquanto Kate e Castle rezavam para que ele dormisse, mas quem dormiu antes foi Kate, ela estava exausta e dormiu ali mesmo, nas cobertas no chão e com a cabeça apoiada numa perna de Castle.

Para a sorte dele, Alex começou a bocejar, ele então aconchegou o menino em seu colo e o ninou, até que ele dormiu. Cuidadosamente, para não acordar nem seu filho e nem Kate, ele levanta-se e coloca o menino no berço, da um beijinho nele e então vira-se para ver sua esposa no chão com os olhos minimamente abertos, ela levanta-se e juntos voltam para o quarto.

- Rick? – ela chamou quando se deitou – obrigada – sorriu.

- Always – ele deitou-se ao lado dela, puxando-a mais para si – tenha uma boa noite meu amor.

- Prometo te compensar amanha – ela falou já de olhos fechados.

- Mal vejo a hora – ele falou sorrindo e beijou o topo da cabeça dela – agora descanse amor.

- Boa noite babe.

Ela logo pegou no sono, ele não demorou a dormir também. Alex era uma fofura e os pais amavam ficar horas junto dele, porém dava uma canseira nos pais, acordando durante a noite ou então interrompendo a noite dos pais. Porém eles não reclamavam, o sorriso do filho era suficiente para que qualquer coisa que pudesse ser um incomodo, fosse esquecida.Todos os dias, todos essespequenos detalhes deixava a vida deles ainda mais alegre e mostrava a eles a verdadeira felicidade.