Um final de papel escrita por Gabriela Macedo


Capítulo 1
Um final de papel


Notas iniciais do capítulo

Vou deixar a babozeira para as notas finais.
Apenas leiam as notas finais e mandem reviews. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/514073/chapter/1

Para: Quentin Jacobsen

Q, desculpe ter demorado tanto tempo para lhe escrever, sei que você me enviou vários e vários e-mails – totalizando 3.189 E-mails, Em menos de um ano –, e Também sei que prometi escrever logo. Não mantive minha Promessa. nem com você, nem com Ruthie e nem com nenhuma outra pessoa. Eu não entrei em Contato com os meus pais. não Entrei em contato com Ruthie, nem com Lacey, nem com qualquer outra pessoa de papel que Venha ter me conhecido. tudo que eu fiz foi migrar por cada Estado De papel Desse maldito país De Papel, habitado por pessoas de papel que vivem Suas vidas de Papel e que não fazem nenhuma Questão de impedir que elas se rasguem. Durante todo esse tempo, eu pensei em você. Eu pensei em Ruthie. Eu pensei em Lacey. Eu Pensei em meus pais. E, sabe, durante todos Esses anos, nós poderíamos ter sido amigos. Eu poderia ter evitado Ter sido traída por um namorado de papel e uma suposta amiga de papel. Eu poderia ter vivido Aventuras concretas com a Melhor pessoa de papel que eu já conheci. Mas eu simplesmente Pedi para que você fechasse a Janela. E nunca mais pedi que a abrisse. passei anos de minha vida tentando encontrar Algum motivo para viver. Não simplesmente existir, Mas Viver. eu, Sinceramente, não Mudei meu Jeito de ser. Não mudei o Jeito de escrever, Defendendo as palavras que Se localizam No meio das frases. Não mudei O modo de Enxergar o mundo. Mas percebi que Não importa Onde eu For, vou encontrar Pessoas de Papel. vou Encontrar lugares de papel. E vou Continuar sendo de Papel. Vou continuar tendo essa mesma vida, Contudo, Longe das pessoas que eu mais Amo. Em todos Esses anos, Fiz meus pais sentirem Raiva de mim. Eles não Me querem mais na Casa deles, e talvez, Eles tenham razão – ou Não. Mas minha irmãzinha, ruthie, é inocente. ela Me ama! E eu não Posso fazê-la sofrer. Não Posso fazer com que ela Seja castigada por Vivermos em uma Cidade de papel e Termos pais de Papel. Eu vou voltar. Vou Alugar uma casa. Vou alugar Um Trailer. Vou Morar na entrada do Sea World, se Preciso. Mas eu Não posso continuar Sem ter contato com tudo isso. Ou Dizendo melhor, com Vocês.

quentin Jacobsen, Independente do que aconteça, talvez eu ainda fuja. Talvez eu Ainda viaje. talvez eu ainda queira ter surtos Anticidadesdepapelepessoasdepapel, Mas mesmo que isso aconteça, quero Estar junto Com você. Porque, Definitivamente, Q, eu descobri uma Coisa terrível. sabe aquele Garoto de nove anos Que encontrou Um cara morto junto comigo Em uma praça? Eu Amo Ele. e Quero que ele Esteja comigo. Quero jogar videogame com ele. Quero Me vestir de Ninja e fazer aventuras com Ele. Quero competir com ele. Quero Ser Feliz com ele. Mesmo que a Felicidade dele seja tediante e Rotineira, porque Se não for com ele, Talvez eu não ache a Felicidade em mais Ninguém. Ou melhor, Talvez eu ache. Mas não estou Afim de procurar. sabe Por Quê? Porque eu Sou margo Roth spiegelman e eu Digo que Quero viver ao lado de Quentin jacobsen. Sendo sua melhor Amiga ou qualquer outra coisa, Para o Resto de nossas Idiotas vidas de Papel. portanto, Abra essa maldita Janela.

Meu coração acelerou. Não havia recebido nenhum e-mail de Margo desde a última vez que a vira, e, agoraelaestánaminhajaneladepoisdetersedeclaradopramim. Olhei para a janela e ela estava com cara de brava. E ao mesmo instante, eu me levantei e abri a janela.

A única coisa que eu estava pensando era: Aqueles olhos. Esses olhos. Os olhos dela. Os grandes olhos azuis de Margo Roth Spiegelman novamente em minha janela.

- Eunãoacreditoquevocêestáaqui.

- Sei que não. – os olhos dela estavam lacrimejando. Sabe o que é ver Margo Roth Spiegelman chorar??? Anote isso na lista de pessoas improváveis de chorar em cima do pedestal da janela de Quentin Jacobsen. – Me perdoe, Q. Me perdoe por não ter sido sua amiga durante todos aqueles anos. Me perdoe por não ter dado notícias durante mais um ano. Eu só...

- Shhhh. – coloquei o dedo em seus lábios, calando-a. – Olhe pra mim, Margo. Você não pode se desculpar. Eu sou uma pessoa de papel. Vivo em uma casa de papel. Tenho dois pais surtados de papel. Tenho dois melhores amigos de papel, e um deles tem os pais mais malucos de papel do mundo, que possuem a maior coleção de papai-noéis negros do mundo, que também é da droga de papel. Não precisa se desculpar por ter tentado achar um lugar que não seja mero papel. E, me perdoe por você não ter encontrado. Se eu pudesse, acharia um lugar de verdade pra você, e levaria você pra ele. Mas eu não consigo nem ao menos me encaixar aqui, quanto mais sair a procura de outro lugar.

Ao olhar novamente em seus olhos, percebi que agora ela não se preocupava em segurar as lágrimas. Seu rosto estava completamente molhado, e suas roupas manchadas de lágrimas. Então me dou conta de que também estava chorando. Estava chorando porque estava às 22h30 da noite com a pessoa que eu amo na minha frente. Ainda mais ela sendo a pessoa mais imprevisível da face da terra.

Margo Roth Spiegelman, é, sem dúvidas, a garota mais incrível que eu já conheci. Ela não era magra, mas também não era gorda. Tinha olhos azuis hipnotizantes, e seu cabelo, agora já um pouco mais comprido do que da última vez que eu vira, combinava perfeitamente com ela. Ela era complicada. Mas eu não meço esforços para tentar compreendê-la e decifrá-la. Mesmo que eu morra tentando fazê-lo.

- Q? – percebi que havia deixado Margo esperando na minha frente, enquanto seus intensos olhos realmente me hipnotizavam.

- Desculpe. – Margo soltou uma risada e pulou para dentro do meu quarto, indo em direção à minha cama e dando um pulo nela, caindo deitada.

- Q, larga de ser bobo. – seu sorriso é tão simétrico com o seu rosto. Combinam perfeitamente... – Q, PARE DE FICAR COM CARA DE BOBO E FALE ALGUMA COISA!

-Medesculpemaseunãotenhoculpaseseusperfeitosolhosazuisestãomehipnotizando.

O silêncio reinou no quarto durante o minuto seguinte, me fazendo quase entrar em transe novamente, olhando para a perfeição em papel. Quer dizer, em pessoa. Eu simplesmente não acreditava que tudo isso estava acontecendo, e tinha medo de estar em um sonho. Porque se eu estivesse, não estava nem um pouco afim de acordar.

- Eu te amo, Margo. – continuei a olhar para ela, sorrindo.

- Eu também, e você sabe disso.

* silêncio *

- Q?

- Oi?

- Você está me deixando com medo. Pare de me encarar.

- Desculpe.

- Agora feche a janela, e venha dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado deste final alternativo de Paper Towns. Nem todas as pessoas se sentem tocadas por este livro, mas por coincidência do acaso eu faço parte do pequeno grupo de pessoas que sentiram. Mesmo já tendo lido e relido este livro, não me canso nem um pouco dele, e depois de ter lido outras fanfics sobre ele, resolvi escrever minha One Shot para demonstrar meu amor por esta obra. Yay! Espero que tenham gostado. Por favor, mandem reviews.