Zona Obscura escrita por Katyah
Notas iniciais do capítulo
Kenji vs Supremo. Teremos aqui um verdadeiro duelo de titãs? Leiam e descobrirão tudo!
"- Boa tarde."
Aquele cumprimento pairava no ar enquanto ambos os homens continuavam imóveis como estátuas.
É Kenji quem quebra o ritual fazendo uma ligeira vénia um tanto sarcástica. O Supremo responde com um aceno de cabeça e afasta-se sentando-se na cadeira de Dan e cruzando as pernas.
– Sabes onde está o Dan? - Pergunta o Supremo. A sua voz era profunda e cristalina e deixava transparecer o seu lugar de poder.
– Saiu.
– Saiu?
– Sim.
– Nesse caso posso relaxar. - O homem recosta-se na cadeira e com um suspiro leva a mão à máscara e começa a retirá-la.
Dan aparece no momento crucial em que a cara do chefe da cidade estava quase totalmente descoberta.
– O que é que pensas que estás a fazer?! Estás doido? E se fosse outra pessoa a entrar? Queres que toda a gente saiba quem és?
"Não é como se alguém soubesse quem ele é.", pensa Kenji com a sua expressão impassível.
O braço direito do chefe supremo continuava a esbracejar e a criticar o seu patrão que bocejava desinteressado ignorando o corretivo.
Apercebendo-se que já não conseguiria mais nada dali o barman sai silenciosamente sem que dêem pela sua falta. Aquela conversa já não levaria a lado nenhum.
***
Feng interrompe a conversa entre Adam e Sam entrando no escritório.
– As minhas sinceras desculpas. Mestre, Informadora, a Suzuki acordou.
Sam corre até ao quarto onde repousava a serial killer. Ao ouvir os passos a aproximarem-se Karin olha para a porta. Segundo o que a mulher, que estava com ela quando acordara, lhe dissera encontrava-se na mansão de Orange. Parece que por milagre sobrevivera, sorte que o resto das vítimas não tiveram.
A Informadora entra no quarto com um sorriso amigável.
– Olá Karin.
– Olá. - A voz sai rouca e baixa.
– Não te esforces. Se não conseguires falar tudo bem.
– Sem problemas. Porque é que tenho esta máscara?
– Por causa do cheiro do sangue.
– Ah. Pois.
– Karin, preciso que me digas quem é que te atacou.
Nesse momento Adam aparece à entrada do quarto e encosta-se à parede. Um fraco sorriso desenha-se nos lábios da doente.
– Tenho mesmo de responder a perguntas que já sabes a resposta?
– Não. Então foi mesmo ela. O alvo é a Raven?
Karin acena afirmativamente.
– Informadora, ela está louca. Mais que louca. Ela não vai parar.
– Isso é o que vamos ver.
***
A tarde chegava ao fim e as primeiras estrelas já se viam a aparecer no céu. Raven encontrava-se sentada num banco de jardim perto do White Bar. Depois de receber um telefonema suspeito o barman mandara-a embora dizendo-lhe para ir para casa e esperar lá pela Informadora. Mas a verdade é que não lhe apetecera ir aturar Letty, a miúda bizarra, então decidira ficar por ali à espera.
As ruas estavam tranquilas e uma brisa refrescante pairava no ar.
Um odor forte capta a atenção da serial killer que se levanta do banco e leva a mão à arma.
O cheiro a sangue fresco estava cada vez mais perto e a adrenalina aumentava.
O restolhar de folhas chama a atenção para um muro de arbustos.
Uma mulher coberta de sangue sai detrás das árvores com um sorriso de pura loucura.
– O esconde-esconde acabou. En-con-trei-te!
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Uma pequena informação:
Para quem não entendeu, ou não se lembra, do porquê da Karin usar a máscara por causa do cheiro do sangue é porque o modo assassino/serial killer dela "ativa-se" ao sentir o odor do sangue.
Até à próxima!