Danilo L.

Todos comiam a mesa posta em uma sala redonda no convés abaixo.

–Antes que todos iniciem o banquete, você tem algum plano? – Questionou Mislayne.

–Não havia pensado em algum, estava tão entretido na van, que esqueci completamente da missão. – Falou Danilo.

–Então e só chegar lá, e procurar a caixa? – Perguntou Peter.

–Basicamente e isso. – Danilo atacava uma bandeja de asa de frango.

Mas o garoto viu na expressão de Peter que não havia aprovado a resposta.

–Não acho que e um bom plano. – Acrescentou Mislayne.

–Enfim alguém pensa igual a mim. – Peter levou as mãos até a nuca.

–Só acho, que enquanto nós construíamos a van-nave, vocês poderiam ter pensado em algo. – Falou Jake.

Peter se prostrou colocando os braços na mesa.

–Está querendo dizer que nós ficamos parados enquanto só vocês trabalharam?

–Se foi isso que entendeu. – Jake olhou serio para Peter, o garoto que tinha medo do grandalhão, agora se mostrava pronto para enfrenta-lo.

–-Você só pode estar de brincadeira.

–Gente. – Gritou Lays.

–Esse pirralho falando que eu não fiz nada.

–Gente! – Continuo Lays.

–Não me chame de pirralho. – Gritou Jake.

–Pessoal, se acalme.

Lays agora se levantará.

–Gente! Uma tempestade está chegando.

Alguns sons de alarmes começaram a soar. Danilo de longe viu que aquela tempestade não era comum.

Logo o garoto tomou a frente e foi até a proa do navio. Segurou no mastro e olhou atentamente, ao longe pode ver. Espíritos do vento.

–Temos que desviar essa tempestade. – Alguns pingos de chuva atingiam forte o navio, e raios de cor purpura cortavam o céu.

–Não da mais tempo, Perry não vai conseguir contornar. – Gritou Jake da sala de comandos.

–Espera o nome do barco-nave e Perry? – Gritou Victor.

–E um nome legal. – Sorriu Jake.

–Se preparem. – Danilo tinha experiências com os Ventis, não eram nada agradáveis.

Perry, o navio barco, adentrou a nuvem, e um silencio dominou todo o convés. A chuva caia fraca e a penumbra ofuscava os olhos de todos.

E como um som supersônico, um raio atingiu a boreste do barco. Perry rangeu forte. Os espíritos dos ventos dançavam entre o barco. Peter tentava atingi-los com flechas, mas elas simplesmente os atravessavam.

Jake emanou chamas com as mãos, mas elas apagaram com a chuva.

Danilo se concentrou fortemente em raios, que atingiram alguns espíritos.

–Gostei de esse poder, tem como fazer amis? – Gritou Peter.

–Desçam para o convés inferior. – Gritou Danilo com a chuva forte atingindo a todos.

–Não vamos deixar vocês sozinho. – Gritou Helena.

–Só desçam.

Danilo logo se virou, acabou com alguns espíritos dos ventos, mas foi atingido por um espirito, que passou por dentro do seu peito.

O garoto sentiu como se todo o ar fosse retirado do seu pulmão, o que deve que realmente aconteceu.

Tentava buscar ar de todo modo, mas não conseguia respirar, caiu forte contra o chão do convés. Foi aos poucos perdendo a consciência. Mas antes de apagar totalmente, viu chamas forte rodeando todo o navio, o que seria aquilo?

Davi N.

–Danilo. – Gritou Lays.

A garota de longos cabelos lisos correu para ajuda-lo, mas Peter segurou a garota.

–Se você for lá, pode ser atingida, e ficar pior do que Danilo, ele e forte, vai aguentar.

Então bum, Danilo vai ao chão. Peter fica com cara e bobo, e o barco fica rodeado de chamas em todos os lados.

Os espíritos dos ventos se distanciaram assustado com a roda de chamas.

Davi olhou para a cabine de comandos, e viu Jake sorrindo apertando serie de botões.

–Nós temos um lança chamas? – Gritou Davi.

–Agora não mais. – Respondeu Jake.

O navio parecia estar estático, algumas faíscas de cor púrpura contornavam todo o convés, mas não impediu de Lays correr para ver Danilo.

Ela abraçava o garoto desacordado. Peter carregou o garoto até o quarto dele.

Em uma instante, fotos da família dele, uma foto minha e da Mislayne que tínhamos tirado junto dele. Inúmeras fotos, Davi ficou até sem jeito por ter se distanciado do amigo.

Decoração toda em azul, um caderno de desenhos, e a cama toda desarrumada. Peter iniciou uma massagem cardíaca, até ele abrir os olhos e respirar novamente.

Danilo levou a mão ao bolso, e levantou-se em um sobressalto.

–Calmo garoto elétrico, está tudo bem. – Falou Mislayne;

–Bem, você desmaiou então eu pergunto você está bem?- Disse Jake.

Danilo levou à mão a cabeça, e fez expressão de dor.

–Preciso muito de um milk-shake.

–E pra já. – Jake correu pelo corredor, tropeçando todo nas portas.

♦♦♦

–Como está o barco? – Danilo não ficava muito serio tomando milk-shake no canudinho.

–Toda a lateral a boreste está danificada, partes dos motores estão quase desligando, e está ouvindo isso. – Todos ficaram em silencio, uns barulhos de vazamento dava para se ouvir bem baixo. – Estamos perdendo combustível, essa garota não vai aguentar muito. – Falou Sr. Brown.

–Se não buscarmos recursos, não vamos durar uma hora.

Acabaram de sair da costa, já foram atacados, e receberam a noticia que não durariam muito. Davi queria ajudar em algo, mas não sabia como, se sentia impotente em não ser útil a missão.

Foi logo para o quarto, o local onde mais gostava. Tudo fazia lembrar o seu chalé.

Caiu em um sono profundo, sem ao menos ter ficado cansado.

Novamente sonhou com o mesmo corredor, e era como um exercito atrás dele. As paredes iam se fechando cada vez mais.

Davi ouvia a voz de seu pai. Dizendo a frase que havia lhe dito no acampamento. “Você e forte o bastante, para mudar o futuro.”

Correndo desesperado, Davi caiu em um buraco sem fundo em um escuro eterno.

Logo acordou ofegante e soado.

–Foi só um sonho, só um sonho. – Dizia a si mesmo. Para não acreditar que aquilo era real.

A noite já cairá. Estava descendo pelas nuvens, Davi se perguntou por que estavam descendo?

–Aconteceu algo? – Davi perguntou a Danilo que estava na proa.

–Encontramos uma ilha, vamos buscar alguns recursos.

–O mar está bem calmo.

–Os céus também.

Perry descia calmamente, e rangendo até a praia.

–Vamos buscar alguns recursos na ilha. – Danilo dizia a todos como um verdadeiro líder.

–Madeira, ferro, pedra, qualquer coisa, e se acharem bronze celestial, peguem como se fosse o ultimo cupcake da terra. – Falou Jake.

–Davi, fique no barco, caso precisemos sair rápido, pode ajudar com seus poderes aquáticos. – Falou Danilo.

–Vou ficar aqui contigo Aquaman. – Jake deu tapas nas costas de Davi.

Davi sorriu, mas se sentia inútil, Danilo já não contava com ele para alguma missão, o que restava era ficar sentado esperando a todos.

Mislayne W

Danilo insistirá para ir com Mislayne, quase como se quisesse falar de algo.

–Como e você e o Gomez? – Ou quisesse souber de algo. Às vezes os garotos são tão previsíveis.

–Ele legal, engraçado, bem legal.

–Hum, entendi.

Danilo deixou bem claro o incomodo.

–E você, Lays, Helena, qual e a pretendente?

–Eu... Elas? Não. – O garoto sorriu. – Estou fazendo papel de bobo.

–Está. – Mislayne ria muito.

A floresta não era muito fechada, os raios ultrapassavam pelas copas das arvores, aquecendo o solo de terra batida e bege. Mislayne podia ver alguns pássaros e animais.

Mislayne repara em Danilo. Cabelo maior, olhar mais centrado, os olhos azuis brilhavam, como a mais pura água. Estava ainda mais alto, não muito, mas não era o mesmo “Danzinho” de quando eles se conheceram. Aquele que não largava de seu pé, e era menor que ela. Agora não lembrará nada esse garoto.

–Bem legal esse local, alegre. Mas temos que pegar recursos. – Disse a garota.

Danilo não responderá.

–Ei! Terra chamando Danilo.

Danilo andava igual a um zumbi, praticamente se arrastando.

–Está começando a me assustar.

–Você está ouvindo? – Danilo sorria ao falar.

–Ouvindo o que?

–Essa voz tão linda.

–Danilo, estamos sozinhos em uma ilha, não tem ninguém.

–Está se afastando.

Danilo começou a correr em direção a um pequeno clarão que tinha no centro da ilha.

O ar do local mudou, estava mais negra, uma penumbra negra e escura. Uma nevoa fria fazia os dedos de Mislayne congelarem.

Mas Danilo continuava a caminhar com olhar vazio e vago.

Mislayne segurou na mão do garoto, mas ele retirou-a com voracidade, chegando a machuca-la.

Mislayen avistou no centro do local. Uma pedra grande, em volta, um grande lago, azul brilhante como os olhos de Danilo, e pequenas flores em volta do lago. Acima da pedra, uma mulher muito linda, escovava os longos cabelos.

Danilo andava caminhando ao encontro da mulher. Mislayne colocou todo seu peso para trás, e com as mãos segurava Danilo, mas era em vão, ele ainda caminhava em direção da mulher.

Do outro lado do lago, Mislayne pode ver Lays, se pendurando em Peter. O garoto enorme caminhava da mesma forma que Danilo. Mislayne podia não conhecer a mulher, mas saberia que ela não ia fazer algo de bom com Danilo, teria que pensar em algo, e rápido.

Fim do Capitulo.

Autor da História: Danilo Silva.

Editora da Ortografia: Mayra Bellini.

Redator: Erlan Carvalho.

Capa: Davi Ismael Amorim.

Baseado na história de Rick Riordan: Percy Jackson e os Olimpianos.