A Busca escrita por Lola


Capítulo 1
Prólogo,


Notas iniciais do capítulo

Ebaaa, primeiríssimo capítulo! Espero que gostem! Esta é uma introdução, um prólogo. Ps> comentários são bem vindos!



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Eu andava pelas ruas sem realmente ver nada á minha frente. Minha mochila estava dependurada em meus ombros e o Sol iluminava minhas pernas desnudas. Minha irmã Liz estava em algum lugar com Tyler, seu namorado incrivelmente estúpido, Emma deveria estar ajudando algum velhinho indefeso,enquanto eu perambulava por aí, como sempre fazia. Gostava de ver as pessoas agindo em suas vidinhas isoladas, sem que eu possa as tocar. Gosto de vê-las alheias a tudo ao seu redor.

Uso um óculos de sol Ray Ban, saia jeans e botas de caubói. Roupa típicas de uma cidadezinha do interior. Meu celular vibra em algum lugar no fundo da minha bolsa, e o ignoro. Não quero falar com ninguém.

Penso em Liz e Emma, minhas irmãs. Elas são mais populares que eu, com certeza. Não populares, mas mais sociáveis. Sou conhecida por ser encrenqueira e calada, enquanto elas são gentil e estão sempre cheia de gente ao seu redor. Minha única amiga se chama Louise, e no momento, deve estar me ligando. Sempre está preocupada se vou fazer besteira.

Ando alguns minutos, e percebo as pessoas na rua me observando. Elas viram suas cabeças, como sempre fazem. Já moramos nesta cidade há dez anos, desde que meus pais morreram e viemos morar com nossa avó e tia. Ainda não se acostumaram com as diferenças entre mim e minhas irmãs. Seus cabelos loiros reluzem, enquanto os meus são negros. Suas peles são pálidas e a minha levemente morena. Meus olhos são azuis escuros e os delas são verdes. E as diferenças continuam, apesar de sermos gêmeas.

Meu Jeep está estacionado numa rua a poucos passos, sua traseira cheia de bebidas e salgadinhos.

Paro ao me deparar com uma garotinha sentada no chão. Ela deve ter uns dois anos, e tem um picolé na mão. Ela chora, e suas bochechas estão vermelhas. Sua mãe está dentro do salão de beleza a nossa frente, e parece alheia a sua filha.

Quero a ajudar se levantar.

"Não vai a machucar." tento me convencer.

Me inclino e toco as mãos da menina levemente, enquanto ela me encara com seus olhos chorosos. Algumas pessoas na rua nos observam.

Vejo os olhos da criança se apagar levemente, a íris desaparecendo e ficando totalmente branca. Salto para trás, assustada.

Começo a andar para longe, e percebo que a garota agora está em um silêncio ensurdecedor.

Eu sabia que não devia ter a tocado.

Porque tudo em que eu toco, morre lentamente.

Porque somos descendentes das deusas gregas Parcas, e eu, por má sorte, nasci com o "dom" da morte.


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