Cientos de KM escrita por Louca dos ships


Capítulo 1
Cientos de KM


Notas iniciais do capítulo

A One não me pertence, é uma adaptação da época em que ainda se falava web novela.

Pê, ou Cuera, porque tem parte de adaptações suas aqui também, eu duvido que alguma das duas vão me ler algum dia, mas as agradeço de todo o coração por disporem das melhores histórias que eu e as outras leitoras poderiam ter acesso. O trabalho das duas é incrível, então obrigada por deixar esse presente.



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Já era tarde quando ela finalmente conseguira entrar no apartamento que mantinha em Houston. O clima na cidade estava seco, era o tipo de coisa que a fazia desejar ainda mais voltar para sua casa na Flórida. Para junto de Brett. Para junto de Rachel. Mas a sede da empresa ali, no Arizona, sempre exigia sua presença para o fechamento de contas importantes como a de Flinchway, o que a fazia deixar a família por alguns dias e viajar para longe.


Retirando o blazer, atirou a pasta sobre a poltrona, antes de avistar a luz vermelha da secretária eletrônica acusando a existência de mensagens. Acionando o botão, jogou-se sobre a poltrona, cerrando os olhos para escutar os recados.

Você tem cinco novas mensagens...– Um sorriso nasceu em seus lábios. Ela sabia o que viria.

Olá meu amor! Talvez seja tarde por aí... Ou talvez seja cedo. Não sei, essa coisa de fuso horário me confunde, você sabe que nunca prestei atenção nesse tipo de coisa.– Com um riso baixo ela lembrou que Rachel, na verdade, nunca entendera de fusos horários. –Estou ligando para dizer que estamos com saudades...

– Olá mamãe!

– Brett! Se comporte, espere eu terminar de falar! – Quinn imaginou como o pequeno garotinho de olhos cor de âmbar e cabelos muito negros deveria estar se jogando sobre a mãe, na grande cama de casal e sentiu um aperto no peito de saudades. –Como eu disse, est – O apito de sinalizando o fim de uma mensagem e o início de outra a preveniram do que estava por vir. – Merda! Ou, droga, Brett, tampe os ouvidos...

– Eu já escutei mamãe...

– Então finja que não ouviu. Quinn? Ainda está me escutando? Oh que ideia, é claro que deve estar, de qualquer forma estamos sentindo sua falta e queremos que volte logo...

– A casa fica muito chata sem você mamãe!

– Brett tem razão e, bem, a verdade é que tod –

Novamente a mensagem mudara, fazendo-a gargalhar. Conhecia Rachel o suficiente para saber que naquele momento ela estaria equilibrando o telefone entre o ombro e a orelha, enquanto usava as duas mãos para tampar os ouvidos do filho. – Essas merdas de secretária tem o tempo muito curto, já disse isso?! A propósito, Brett quebrou o braço. Você precisa dizer ao seu filho para ele desistir dessa idéia de escalar os móveis, poderia ter sido algo pior...

– Eles colocaram gesso em mim, mamãe! Meus amigos assinaram, você também pode assinar quando voltar! – Adorava o modo como Rachel dizia “seu filho” quando Brett fazia alguma besteira, porque sabia que o garoto vivia deixando a mãe maluca quando resolvia subir pelos móveis da casa. Novamente a mensagem mudara, partindo para o início da seguinte.

Dessa vez fui mais esperta! Acho que já falamos tudo o que tínhamos pra falar, certo alpinista?

– Certo, mamãe... Volte logo para casa, mamãe! Amo você!

– Também amo você Q. – Quando a mensagem mudara para seguinte, a voz que ouvira, dessa vez, fora de Brett.

Mamãe, pode me trazer um boneco daqueles de índio apache? Amo você, volte logo...

Já devia ser madrugada na costa Leste, mas isso não a impediu de se levantar para pegar o telefone e discar o número de casa. Sorriu ao ouvir a voz sonolenta da mulher ao outro lado da linha.

Minha mulher é uma policial e tem uma 38 que vai estourar seus miolos. – Gargalhando, Quinn ainda tentava entender porque Rachel achava que aquilo impediria um trote telefônico.

– Mas está a quilômetros de você, doçura. – Após um resmungo de Rachel, ela voltou a falar. – Como estão as coisas por aí?

As mesmas coisas de sempre. Creio que você ouviu as mensagens. – Um muxoxo de assentimento fora dado por ela. – Estou com saudades de você. Acho que estou ficando repetitiva... Esquece.

– Ei, não... Eu gosto de saber que sente minha falta.

Claro, é uma convencida... – Bocejou cansada. Desde os tempos de colégio.– Uma curta e baixa risada fora compartilhada. –Quando volta?

– Não sei. Talvez Amanhã, ou depois, mas já estou decidida a tornar Clyde meu sócio e deixá-lo por conta dessas viagens.

Essa foi a melhor notícia que você me deu essa noite. Então também tenho uma notícia para você, mas prefiro dá-la pessoalmente.

– Rach... – Insistiu. Ela deveria estar sorrindo, pois sabia como a mulher era ansiosa. – Fale de uma vez.

De forma alguma. Mas posso adiantar algo... Se Clyde não aceitar a sociedade, será mais um, além de mim e Brett, a sentir sua falta. – Um grande sorriso surgiu em seus lábios, mas antes que pudesse responder algo, Rachel fora mais rápida. –Fabray, não sei que horas são aí, na Costa Oeste, mas aqui é madrugada. Vá dormir! Amo você. Ah! Brett pediu para avisar que ele também quer um pistoleiro, para fazer companhia ao índio Apache.

Então ouvira o bip que sinalizava o fim da ligação. Com um sorriso, perdeu alguns minutos fitando o aparelho em suas mãos. Com sorte arrumaria sua mala em pouco mais de vinte minutos e conseguiria um vôo de imediato, o que ela não pretendia era passar mais um minuto ali, sozinha.

– Querida, estou voltando.


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Notas finais do capítulo

É cutinha, é água com açúcar, mas ultimamente tenho motivos pra me identificar com esse tipo de história. Reviews? Por favor?

Vou escrever a Coffee agora e eu não devo demorar a atualizar. Espero que tenham gostado



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