A Procura do Desconhecido escrita por Sofia Forbes


Capítulo 5
Horas Vagas


Notas iniciais do capítulo

Gente estou muito feliz!!! Amei fazer esse capitulo. Espero que tenham gostado do beijo de Lizy com John, pois eu amei fazer essa parte. Nesse capitulo vamos falar um pouco do nosso futuro casal Allan e Belle. Eles são muitos fofos. Mas tem também o nosso fofo casal Lizy e John. Espero que gostem. Bjs meu docinhos de coco.
Links nas notas finais.



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(Versão Belle)

Depois de passar o intervalo com as meninas e o bando de garotos, peguei a direção que me levava até a próxima aula.

— Aula de Artes? – Perguntou Allan que acabara de aparecer na minha frente.

Normalmente as aulas de artes são no último andar, num galpão muito grande, com tintas, telas, argila, massinha de modelar, etc.

— Vou sim.

— Posso te acompanhar? – Allan perguntou enquanto andava ao meu lado.

Olhei para ele, que por sinal estava sorrindo para mim, igual aquelas caras que cachorros sem dono fazem quando querem alguma coisa.

— Pode. – Respondi achando graça da cena.

— Então... Nosso encontro ainda está de pé? – Ele perguntou parecendo ansioso.

— Só se você tiver desistido.

— Claro que não. Então, você quer que eu passe na sua casa pra te pegar?

— Não precisa, tenho carro. – Respondi num tom seco. Eu ia sair com Allan, mas não ia deixar tão fácil assim pra ele.

— Ok então. Você me encontra naquele parque que tem perto do Shopping às 18hs?

— Sim. – Respondi entrando na sala e sentando num banquinho.

A professora chegou. Nossa tarefa de hoje, era pintar as maças que ela tinha colado no centro da sala para servir de modelo. Odiei, já que sou péssima em Artes.

(...)

— Nossa isso está parecendo uma bola. – Falou Allan num tom de sarcasmo olhando para minha tela.

— Ah não vem falar da minha. A sua está parecendo uma pera! – Devolvi rindo do desenho terrível que ele estava fazendo.

(...)

— Você pintou sua maça de verde? Você é daltônico? – Perguntei rindo.

— Claro que não! Você que está fazendo errado.

(...)

— Nossa até que enfim, não aguentava mais pintar! – Ele falou assim que a aula terminou.

Olhei para ele e revirei os olhos pensando como ele era exagerado. 

Comecei a andar o deixando para trás.

— Belle!? – Ele me chamou. Me virei e respondi:

— Pra você é Isabelle. O que você quer?

— Você tem aula agora?

— Não, tenho um tempo livre. Por quê? 

— Vou ver Luke e Toni treinarem futebol agora, quer vim comigo? - Allan perguntou todo esperançoso.

Aceitei. Não porque queria ficar perto dele e sim porque não tinha nada para fazer agora.

(...)

— Eaí. Oi tudo bem Isabelle? – Perguntou Toni assim que chegamos no campo.

— Oi tudo sim. – Respondi.

Então Allan e eu nos sentamos na arquibancada enquanto Toni se levantava e dirigia-se ao campo.

— Então, você gosta de futebol? – Ele perguntou pra mim.

— Sério?! - Soltei olhando atônita para ele. 

— O que?! - Allan não havia entendido a minha reação, por isso me olhou confuso.

Ficamos olhando um para o outro até que começamos a rir.

Allan tinha olhos lindos, que só havia reparado nesse momento. Na verdade, nunca havia notado como ele era realmente incrível. Sim, por mais que não parecesse, comecei a reparar nele, percebendo que estava fazendo uma burrice. "Belle não seja boba, é isso que ele quer, te deixar caidinha por ele e depois te jogar fora". Mas como nem tudo são flores, chegou minha consciência para me alertar.

(...)

— Isso GOL! – Gritou Allan do meu lado se levantando e acenando para Luke e Toni.

(...)

— Vamos lá. Não deixa barato! – Ele falava num tom de desaprovação.

Eles levam tudo tão a sério. É só o treino. Pensava enquanto olhava Allan passar a mão no seu cabelo de tanta ansiedade e raiva.

(...)

Sim eu estava cansada de ficar ali. Então me levantei e comecei a andar.

— Onde você vai? – Ele perguntou se levantando e correndo até mim.

— Sair daqui. Não aguento mais ver um bando de homens correndo atrás de uma bola. – Respondi sem olhar pra trás.

— A gente conversa depois? - Allan parou no caminho, desistindo de tentar me fazer ficar.

— Quem sabe. – Respondi. Queria fazer um certo mistério.

Olhei pra trás e lhe dei um sorriso.

(...)

O que ia fazer? Ainda tinha mais um tempo livre. Biblioteca não porque odeio ler, ficar no campo de futebol com Allan já me cansou. Então decidi ficar um tempo no jardim, quem sabe encontro alguém lá.

Fui andando enquanto mexia no celular. No meio do caminho, me esbarro com alguém. John.

— Desculpa. Belle?

— Isabelle pra você. O que quer?

— Você viu a Lizy?

John a tinha beijado, e ela em troca lhe dera um tapa na cara.

— Não. Mas se ela não estiver na aula, está na biblioteca. – Respondi friamente.

— Não, ela não está em aula agora. Vou procurá-la na biblioteca. Obrigado.

Não respondi. Comecei a andar, ainda olhando no celular sem fazer o favor de olhar para cara dele.

— Ah espera! – Ele falou entrando no meu caminho. – Quero falar com você. Vamos até o jardim.

— Ta.

(...)

— Ela falou alguma coisa pra você sobre mim, ou o que aconteceu hoje mais cedo? – Ele perguntou se sentando no banco.

— Ah se você está falando do beijo e do tapa, sim ela contou tudo. – Respondi naturalmente olhando pra ele.

— Ah... é... então... ela está... chateada comigo? – Ele perguntou parecendo sem graça com o momento.

— Olha eu achei um pouco demais o beijo. Faz dois dias que vocês se conhecem. Além do mais, você, junto com seus amiguinhos anos passado, só sabiam nos zombar e agora você vem se aproximando dela, e fazendo o que fez?!

— É mas você aceitou sair com o Allan. E ele também te zombava ano passado! – Ele devolveu me encarando.

— É! Mas é diferente. Eu aceitei sair com ele, nada de mais nisso. – Respondi começando a me irritar.

— Se eu fosse você, contava com algumas segundas intenções nesse encontro! – John falou sorrindo.

— Se essa for a ideia dele, já aviso que ele perdeu muitas chances comigo!

— Então ele tinha chances com você? – Ele perguntou num tom provocador.

— Não... quer dizer, não se mete na minha vida! Agora vai procurar a Lizy e esclarecer tudo com ela. – Falei com cara de brava, mas com um sorriso de canto.

— Pode deixar. – Ele falou fazendo continência.

— Ah, e se você a magoar, ou fazer alguma coisa com a minha amiga, vai se ver comigo!!

— Ok, não precisa me ameaçar. – Ele respondeu dando risada enquanto saia em direção a biblioteca.

Revirei os olhos, e ri de mim mesma. Não acredito, será que ele é mesmo uma boa pessoa pra Lizy?!

(...)

— Como você ficou assim?! – Perguntou uma voz que estava se aproximando. James Colin.

— Do mesmo jeito que você ficou ignorante! – Respondi sem fazer o favor de olhar na cara dele.

— Olha! Ao contrário da sua amiguinha Lizy, você tem sempre uma resposta na ponta da língua. 

— Por que você está coloncando a Lizy no meio? – Perguntei num tom mais alto enquanto olhava bem nos seus olhos.

— Ah calma! Uma menina bobinha como ela não vale uma ruga de preocupação no seu lindo rostinho. – James falou passando a mão na minha bochecha.

— Nunca fale dela assim na minha presença! – Gritei me levantando e apontando o dedo pra cara dele.

— Olha como fala comigo! – Ele falou levantando a voz e pegando com força meu dedo.

Antes que ele pudesse fazer alguma coisa, deu um soco na cara dele.

— Ficou loca?!

— Não, quem ta louco aqui é você. Acha que sou qualquer uma para ficar me tratando de desse jeito? Está muito enganado. Mais respeito quando for falar de uma amiga minha ou fazer alguma coisa comigo. – Falei pegando minha mochila, e saindo dali sem olhar pra trás.

(...)

Fui pra lanchonete. Comecei a andar igual barata tonta de tanta raiva. Alguém apareceu na porta. Henry.

Ele viu o meu estado e veio falar comigo.

— O que aconteceu? Está pálida – Henry perguntou me puxando para me sentar na mesa mais próxima. Em seguida ele pegou um copo de água para mim e se sentou ao meu lado.

Estava bebendo a água, e minhas mãos tremendo de raiva. Até que me acalmei e comecei a falar.

— James! Aquele idiota. Veio insultar Lizy na minha frente.

— Nossa ele não cansa de falar mal daquela garota!? – Perguntou indignado. – Ele fez alguma coisa com você?

— Não. Mas ele não saiu ileso dessa. Dei um soco na cara dele.

— Uau! Quem diria? – Ele falou fazendo cara de espanto.

— Não sou qualquer uma pra fazer o que quiser comigo! 

(...)

Passamos uns dez minutos ali conversando, até que ele perguntou:

— Você está melhor?

— Estou sim, obrigada por ficar comigo.

— De nada. Tenho que ir para aula agora.

— Ok pode ir, não quero mais tomar seu tempo.

— Se acontecer qualquer coisa, é só gritar que eu venho. – Disse Henry rindo pra mim.

— Pode deixar – Devolvi sorrindo.

Aula?! Ele falou aula? Meu Deus, estava atrasada!!

Sai correndo em direção ao 3° andar.

(...)

(Versão John)

Queria me encontrar com a Lizy pra conversar. Perguntar por que ela me deu um tapa em troca do meu beijo. Se ela está brava comigo, se a amizade acabou. Enfim me esclarecer com ela.

Estava andando em direção a biblioteca até que me encontrei com Chris. Ele estava indo para próxima aula com a pessoa que virou sua sombra de uns tempos pra cá. Caroline Peterson.

Não parece que ele gosta dela. Como eu sei? Pelo seu olhar. Ele não está apaixonado. Pelo menos não por ela.

— Oi Chris. Care. Como vão?

— Bem – Respondeu Chris e Care juntos.

— Caroline você sabe se a Lizy está na biblioteca?

— Olha saber, eu não sei não. Mas ela costuma passar muito tempo lá. Então você tem 50% de chances de acertar! – Caroline respondeu.

— Vou procura por ela então.

— Ah espera! – Ela falou puxando meu braço e me levando a um campo fora de audição de Chris. – Já vou avisando. Se você fizer qualquer coisa que a magoe ou que ela não goste, vai se ver comigo.

— Parece que vai ter que entrar na fila. – Terminei dando-lhe um sorriso de canto e voltando a andar.

(...)

Cheguei até a biblioteca. Conheço muito bem aquele lugar, pois eu passo muito tempo aqui. Além do mais, me traz uma lembrança boa que aconteceu aqui. O meu encontro com a Lizy. Foi a partir do nosso esbarrão que conversamos e ficamos amigos. Aí vem a parte em que eu estraguei tudo a beijando. Mas estou determinado de encontrá-la e conversar.

Comecei a andar por todas as fileiras a sua procura. Nada. Até que me lembrei de um lugar que fica bem escondido. Ela só podia estar lá.

Musica.

— Lizy! - Chamei-a, tentando não gritar muito, afinal estava em uma biblioteca.

Não houve resposta.

— Lizy tenho que falar com você.

Ela saiu de trás de uma fileira, bem no lugar onde imaginava que estava.

— O que você quer? – Ela perguntou parando na minha frente e cruzando os braços.

— Quero esclarecer tudo com você! – Respondi segurando em seus ombros. – Me desculpe pelo beijo. É que você queria saber porque te protegi naquele dia com o James, e não vi melhor jeito de explicar além de te beijar.

— O que você quer dizer com isso? – Elizabeth perguntou descruzando os braços.

— Quero dizer que não escolhi melhor pessoa para me apaixonar. – Respondi enquanto procurava seus olhos. Foi ali que encontrei uma coisa pela qual me havia deixado assim, um bobo que não parava de pensar em Lizy. Seus olhos haviam um brilho único, e por isso encontrei conforto. 

Não acredito que tive coragem de fazer isso. Imagina quando todo mundo descobrir. Vão falar. Mas pra mim não importa. Não importa, se eu estiver ao lado dela pra podermos passar por tudo isso juntos.

Ela ficou um tempo paralisada. Me olhando com cara de surpresa. Então tive que interromper o silêncio:

— Me fala alguma coisa. Esta chateada comigo? Fiz alguma coisa que você não gostou? Por que se tiver feito, já aviso que vou chegar amanhã na escola todo roxo. Suas amigas, a Care e Belle já me avisaram, se eu fizer alguma coisa com você, que a magoe ou que você não goste...

— Por que todo mundo acha que sou frágil e que não consigo me defender sozinha?! Já estou cansada disso. Vim para a biblioteca porque foi o único lugar onde sabia que ninguém ia vim pra me encher com piadinha de mal gosto. – Ela me interrompeu antes que pudesse terminar de dizer.

— Eu só fiz o que fiz, porque já estava, de alguma maneira, apaixonado. Então quando a gente está apaixonado faz loucuras pela pessoa que gosta, faz qualquer coisa, mesmo sabendo que a pessoa pode se defender sozinha. Tinha que tomar uma atitude em relação aquele momento. – Disse colocando minhas mãos em seu rosto.

— Então eu só tenho que te agradecer. Nada mais. – Ela terminou, tirando minhas mãos do seu rosto e virando de costas para mim.

(Versão Lizy)

Por que essas coisas acontecem comigo?! O que eu faço? Não quero deixar ele aqui sem uma resposta. Sei que ele está esperando eu dizer o que sinto por ele.

Então me virei e o beijei. Ele colocou suas mãos em minha cintura, me puxando para mais perto, enquanto eu colocava minhas mãos na sua nuca, acariciando seus cabelos. Aquele momento parecia mágico, surreal para dizer a verdade. 

Foi quando me dei conta de que Rebheka estava gravando nosso beijo.

Nesse momento empurrei John pra longe de mim, e falei:

— O que você fez?! 

— O que você está pensando. Gravei tudo e mandei para todos da escola – Ela respondeu com certa alegria na voz.

— Você fez o quê? – John perguntou. – Exclui agora!!

— Não dá, já foi!

John me puxou pelo braço, enquanto saiamos correndo para fora da biblioteca. Quando saímos, fomos direto pro jardim. Por sorte não encontramos ninguém nos corredores ou até mesmo nos lugares em que passamos.

(...)

Sentamos no banco. Encostei minha cabeça no peito de John enquanto ele acariciava meus cabelos. Não conversamos durante um tempo, até que ele falou:

— Ninguém vai te magoar ou te ofender por causa desse vídeo, eu não vou deixar. – Ele falou puxando meu rosto para olhá-lo. Em seguida ele me deu um selinho.

Como eu queria ficar ali com ele pra sempre. Envolvida nos seus braços, me sentindo protegida, mas não podia. O sinal bateu. Tinha aula. E infelizmente ele não estava comigo.

Me levantei, ele em seguida.

— Não dê bola para o que eles te falarem. Você é muito mais do que tudo isso. – John falou. Em seguida me abraçou e me beijou.

— Pode deixar. – Respondi com um sorriso.

Fui pra aula. Sim, muita gente me olhava, ou zombava. Falavam que eu era bobinha, ingênua, que ele ia me usar e depois jogar fora. Mas alguma coisa dentro de mim, não acreditava em nada do que eles falavam.

Me encontrei com Marie no final do corredor. Fui correndo ao seu encontro. Me envolvi nos seus braços e comecei a chorar.

— O que eu faço? Eu estou apaixonada. Será que não vou poder ficar com ele sem que essas coisas fiquem acontecendo? – Perguntei ainda chorando.

— Esse é o preço da paixão – Marie falou acariciando minha cabeça. – Agora vamos no banheiro. Não pode deixar ninguém te ver chorar. Tem que ser mais forte do que tudo isso. Levanta sua cabeça e mostra para todo mundo sua beleza, mostra que você não é fraca e vai encarar qualquer situação de cabeça erguida.


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Notas finais do capítulo

Ah gente o que acharam? Meigo né? E essa Rebheka!? Não esqueçam de comentar, please!!! Espero que tenham gostado. Bjs!!!
Links:
Musica: http://www.kboing.com.br/pink/1-1063067/



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