A Procura do Desconhecido escrita por Sofia Forbes


Capítulo 36
Um baile estranhamente comum


Notas iniciais do capítulo

Jisuis!
Carambaa!!!!!
Eu demorei mais de um mês pra postar. Como deixei isso acontecer?
Desculpem, por favor gente.
Espero que tenha compensado dando um capítulo de 4.000 mil palavras pra vocês.
Vish, 4.000 mil palavras, é isso mesmo? O.o
Gente agora é sério. Eu estou muito sobrecarregada de lição na escola, provas, trabalhos, então fica difícil, mas eu prometo tentar tirar um tempinho dedicado a fic.
Bastante novidades... Esse capítulo ficou bem romântico, Jizzy de montão.
Alguns sentimentos não revelados vão vim a tona, vocês vão amar.
Vejo vocês lá embaixo.
P.S.: Eu coloquei algumas opções de musicas decorrente ao capitulo que eu achava que combinava, mas se vocês quiserem colocar uma que gostam e conhecem, fiquem a vontade.



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(Versão Elizabhet)

James Bay – Let It Go

John estava lindo. Não sei se conseguiria agüentar até o fim da noite.

Olhava para ele de canto de olho, e quando percebia, estava admirando cada traço do seu rosto. A luz que entrava pela janela fazia seu cabelo parecer mais preto, deixava sombras preencher metade do seu rosto, mas a outra ficava iluminada e cheia de vida. Seus olhos azuis percorriam o caminho enquanto ele guiava cuidadosamente o carro.

– Está sorrindo enquanto olha para mim. – Ele disse sem tirar o olho da estrada.

Suspirei e pisquei algumas vezes.

– Desculpe. – Devolvi desviando o olhar.

– Não disse que achava ruim. – John falou virando para me encarar – Você devia sorrir mais...

O encarei novamente, e ficamos assim por milésimos de segundos, já que ele tinha que voltar sua atenção para a rua.

Um tempo depois chegamos.

Era uma casa, que muito parecia uma mansão. Na frente tinha jogos de luzes coloridas, uma trilha de pedrinhas brancas com arbustos em volta e mais a frente um casal não muito jovem que recebia os convidados. Deduzi que seriam os pais de Edward.

Antes que pudéssemos descer do carro e deixar que o manobrista o levasse, John pegou uma caixinha aveludada no porta luvas e guardou no bolso do terno. Logo depois, ele desceu e veio abrir a porta para mim. Estendeu a mão para que me ajudasse a levantar sem pisar no vestido longo. Mas a ajuda não adiantou de muito, e quando levei meu segundo pé e segui para me levantar, a barra do vestido prendeu no meu salto e então perdi o equilíbrio.

Mas antes que pudesse cair, John já estava lá, pronto. Ele flexionou sua perna esquerda, agarrou minha cintura com sua mão direita e com o braço esquerdo ele envolveu meu pescoço. Nossos rostos, agora, estavam a centímetros de distância e eu conseguia ouvir sua respiração e o calor emanar do seu corpo rígido. Seus olhos estavam fixos nos meus, seus braços e suas pernas firmes, como se pudesse ficar nessa posição a noite inteira. Então lentamente formou-se um sorriso nos seus lábios. Ele aproximou sua cabeça mais ainda, e quando achei que ela ia me beijar, ele passou direto e enterrou sua cabeça no meu pescoço e cochichou suavemente no meu ouvido:

– Até a mais bela das princesas podem cometer deslizes, apenas se seu príncipe estiver perto para segurá-la assim.

Lentamente e tristemente, ele se afastou e me ajudou a me recompor. Quando fiquei de pé novamente, várias pessoas nos olhavam, inclusive os pais de Edward. Percebendo que estava levemente vermelha, John estendeu o braço para que entrelaçasse o meu no dele. Hesitei e olhei para ele antes de aceitar. Ele sorria, e parecia incrivelmente feliz, por mais que a noite ainda não tinha começado. Seus olhos brilhavam sob a luz da lua e pela primeira vez em muito tempo, senti vontade de que todos que estavam ali sumissem, que o mundo desabasse e existisse apenas eu e ele, em um mundo apenas nosso, pois aquele olhar era de fazer qualquer um se apaixonar enlouquecidamente.

– Lizy minha querida! Que bom vê-la. – A senhora Scott, mãe de Edward, disse sorrindo enquanto me dava um ligeiro abraço.

– Igualmente. – Devolvi sorrindo.

– Esse deve ser seu namorado? – Ela perguntou olhando para John do meu lado.

Virei a cabeça e procurei seu olhar. Ele sorriu constrangido e não consegui deixar de fazer o mesmo. Há quanto tempo não usávamos essa palavra para descrever nossa relação. Por mais que estivéssemos sem palavras, John conseguiu responder alguma coisa enquanto estendia a mão para a senhora Scott em cumprimento.

– Infelizmente não. Mas quem sabe algum dia possa corrigir meus erros com essa linda jovem.

– Aquela cena foi muito bonita, meu jovem. O jeito como a segurou, e como seu olhar era profundo. Foram poucas às vezes que presenciei uma cena assim, e essa com certeza que me deixou bem comovida. – Ela disse olhando de John para mim.

E mais uma vez não sabíamos o que dizer. Apenas nos encarávamos, como se o mundo tivesse parado para que aquele momento fosse único e muito mais que especial. Procurava seu olhar profundo e por um pequeno momento eu achei.

– Eu acho minha senhora, que você não é a única que viu aquela cena e ficou comovida. – Alguém disse atrás de nós, o que fez nosso momento se partir em mil pedaços e o tempo voltar a correr.

John e eu olhamos para trás e logo reconhecemos a dona daquela voz.

– Marie! – Exclamei feliz por vê-la – Faz muito tempo que chegou?

– O bastante para presenciar tudo. – Ela respondeu sorrindo marotamente.

– Que bom, assim tenho testemunhas pra quando for contar para Christopher. – John disse fingindo sarcasmo.

Me virei para ele e deu um leve tapinha do seu braço.

– Tenho certeza minha cara, de que não a conheço, mas fico feliz que concorde comigo. – A mãe de Edward disse, e foi quando nos lembramos que ela estava ali presenciando tudo.

– Meu nome é Marie Fray. Sou amiga de Lizy, e conheço seu filho, Edward. – Marie respondeu se aproximando enquanto a cumprimentava.

– Muito prazer Marie, meu nome é Elizabhet! Elizabhet Scott. – A mãe de Edward devolveu sorrindo para mim.

– Elizab-b... – Eu ia dizer, mas um garoto loiro caminhou para junto de nós e parou ao lado de Marie, que entrelaçou ligeiramente seu braço no do rapaz.

Todos pararam para olhá-lo. Sua pele branca, e seu cabelo extremamente loiro fizeram com que se destacasse mais ainda. Ele era lindo, porém desconhecido. Marie vendo nossos olhares, logo tratou de nos apresentar.

– Esse é Max, meu acompanhante!

(...)

– Marie quem é ele? – Perguntei tentando não parecer tão preocupada quanto estava.

– Max Lightwood. Já disse Lizy, pode confiar nele. – Marie respondeu enquanto olhava para Max alguns metros de nós. Ele estava conversando com John, e pareciam muito bem.

– Você disse que o conheceu em uma balada para emos, e mais, uma balada onde as meninas são vendidas e dançam seminuas, ou nuas, em postes! Uma rave Marie! – Disse abaixando o tom da voz para que ninguém ouvisse.

Ela suspirou enquanto revirava os olhos.

– Eu sei que ele parece estranho, mas precisa confiar em mim. Max é uma boa pessoa.

Olhei para Marie pensando se devia mesmo confiar nela. As palavras pareciam verdadeiras, e ela parecia confiar realmente nele. Procurei Max logo à frente, ele continuava a conversar com John. O encarei durante um tempo e nesse meio tempo John soltou uma gargalhada, provavelmente rindo de alguma coisa dita pelo loiro.

– Tudo bem, você venceu... Mas você ainda não me disse por que não veio com Henry!

Marie, que estava sorrindo, logo mostrou uma fraqueza que em muito tempo não via. Não parecia zangada, e sim chateada.

– Ele teve uma bela noite de amor com Julie. – Ela respondeu sorrindo tristemente.

– Espera aí! Você está dizendo que...

– Sim, eu peguei os dois juntos. – Marie me interrompeu dizendo enquanto olhava para seus próprios pés.

– Mas você disse que vocês estavam bem... Imaginei que depois daquela noite no parque, vocês tinham se acertado.

– Nós nunca nos acertamos! E eu não quero ficar pensando nele. Afinal, ele fez sua escolha, e não pareceu nem um pouco arrependido. – Marie disse não conseguindo conter a raiva que brotou nos seus olhos.

– Tudo bem, podemos voltar. Acho que certo alguém parece sentir sua falta. – Falei tentando desconversar.

Marie sorriu e caminhamos até onde John e Max estavam.

– Isso foi muito bom! – Max disse entre risos.

– O que foi muito bom? – Marie perguntou parando ao lado do acompanhante.

– John estava me contando... – Max se interrompeu olhando para o moreno do meu lado – Não sei se devo...

– Claro! – John exclamou – Estava falando para ele sobre a minha tática para conhecer garotas em festas. – Ele respondeu sorrindo.

– Ah sim! Não sei porque tive esperanças que poderia ser um assunto mais interessante. – Marie devolveu revirando os olhos.

Bufei e balancei a cabeça freneticamente.

– Marie, minha querida, gostaria de dançar? – Max perguntou estendendo a mão para que ela aceitasse.

– John, se isso for uma de suas táticas, irei de te matar mais tarde!

– E estragar todas as chances de Henry? – John perguntou fingido indignação.

Max sorriu enquanto Marie aceitava e os dois logo em seguida iam para a pista.

Foi então que percebi que John estava me encarando. Ele percorria cada traço do meu rosto, tentando ler cada expressão, cada gesto, cada piscada de olhar.

Aquilo era intenso, e mais uma vez eu queria que todos sumissem. Queria poder tocá-lo, abraçá-lo e até mesmo tocar meus lábios nos seus novamente.

– Eu gostaria muito que você me desse o prazer dessa dança. – Ele disse me tirando dos meus pensamentos.

O encarei por um instante e vi que sua mão esquerda estava estendida. Ele esperava a resposta.

Sorri e aceitei sua mão.

Deixei que ele me levasse até a pista.

(Versão John)

Ella Henderson - Yours

Aquilo me matava.

Aquela sensação te tocá-la, mas não sentir que ela me pertencia.

Nossas mãos entrelaçadas. O calor do seu corpo preenchendo minha saudade.

A música começou lenta e perfeita.

Paramos no meio de vários outros casais. Lizy colocou sua mão esquerda no meu ombro, e eu cuidadosamente segurei sua cintura e a puxei para perto de mim. E então nossos corpos entraram em sintonia com a música. Tudo estava perfeito, nenhum passo errado. Sua respiração no meu pescoço, seu perfume preenchendo meu pulmão, o toque macio e suave nas mãos direitas.

– Se isso for uma de suas táticas, posso dizer que está funcionando. – Lizy cochichou no meu ouvido.

Ri e então disse:

– Pode ser... Não tinha pensado nisso.

– Obrigado. – Ela disse por fim encostando sua cabeça no meu ombro.

– Obrigado pelo o que? – Perguntei me afastando para olhar em seus olhos. Ela fez o mesmo.

– Por tudo. Por ter aceitado estar aqui John. – Ela respondeu percorrendo cada traço do meu rosto.

Soltei minha mão de sua cintura, coloquei seu cabelo atrás da orelha, e depois desci passando minha mão pelo seu rosto.

– Eu nunca deixaria de dizer sim por causa dos seus pais.

– Mas não digo totalmente por causa dos meus pais, e sim por tudo que aconteceu... Edward, Rebheka.

– Faz um tempo mesmo que estou querendo conversar sobre isso com você Lizy... Sabe, foi idiota, eu fui idiota. Como pude achar que você estava namorando aquele cabeludo do Edward? – Perguntei fingindo ironia – Como realmente nós chegamos a esse ponto?

– Olha se você tem culpa nessa história, então a minha porcentagem é bem maior. – Ela falou e então recomeçamos a dançar – Você não tem ideia do quanto pensei naquele assunto de ser armação da Rebheka. Mas não via lógica, não fazia sentido.

– Você ainda não confia totalmente em mim não é mesmo?

– Eu não sei John. Rebheka é famosa, bonita e podia dar uma boa...

– Namorada? – Perguntei a interrompendo.

Ela não respondeu, apenas se aproximou mais de mim e afundou sua cabeça no meu pescoço.

– Nunca vou querer uma namorada como ela... Rebheka é fria, oferecida e é o oposto de você.

Com essas palavras, Lizy me puxou contra seu peito. Agora não havia nenhuma distância entre a gente. Estávamos preenchendo um ao outro.

– Você tem razão. Não acho que você realmente a queira dessa maneira.

– Me diga o que posso fazer... – Então paralisei. Não saiu mais nenhuma palavra da minha boca. Meu corpo não obedeceu mais nenhum movimento, a única coisa que ainda me prendia era Lizy.

– O que houve? – Ela perguntou se afastando para me olhar.

Então ela virou a cabeça e seguiu meu olhar até a entrada, e vimos a mesma cena.

Edward entrando de mão dada com Katrina.

– O que foi John? – Lizy perguntou mais uma vez, dessa vez se soltando e afastando completamente.

– O que eles fazem juntos? – Perguntei com olhos fixos nos dois.

Katrina não podia estar aqui, muito menos com Edward.

– Eu não sei John, mas não precisa ficar encarando. Não tem nada de mais nisso. Ta tudo bem? – Ela estava procurando meus olhos, mas alguma coisa, um tipo de imã, me prendia naquela cena.

Edward estava sorrindo, enquanto Katrina o acompanhava pelo salão. Pessoas os cumprimentavam, e eles andavam agarrados.

– Por que eles estão assim?

– Assim como John? – Percebi um certo estresse em sua voz.

– Agarrados!

– John olha pra mim, agora! – Ela exclamou com raiva.

Lentamente, desviei o olhar dos dois, e foquei na morena a minha frente.

– Desculpe. – Fui o primeiro a falar, já que o silêncio se estendia.

– O que aconteceu? – Ela perguntou com os olhos fixos nos meus – Eu não sei desde quando eles se conhecem, mas não tem importância isso. Ou tem? Porque eu não sei. O jeito como estava olhando para os dois dizia o quanto estava... Com ciúmes dela.

– Me desculpe Lizy, mas ela é minha amiga, e é muito importante. Queria muito saber por que ela veio aqui.

– É óbvio isso. Ela veio para a festa.

– É mas... Eu preciso falar com ela, Lizy. Fique aqui, já volto. – Disse já começando a andar na direção em que tinha visto os dois pela última vez.

– Não acredito que vai me deixar aqui! – Ela disse atrás de mim.

Parei onde estava e olhei para ela.

– Isso vai levar apenas um minuto. – Respondi como se pedisse desculpas.

Depois disso, só me lembro de sair correndo atrás de Edward e Katrina, e ver uma Marie com raiva correndo até Elizabhet.

(Versão Lizy)

Não dava pra acreditar que ele tinha feito isso.

Era como se todas aquelas coisas que ele tinha me dito fosse mentira.

Não via motivo algum para que ele deixasse sozinha para ir atrás de Katrina.

– ... houve? – Foi o que me lembro de ter ouvido.

– Oi?

Marie estava parada na minha frente, e vendo meu estado de choque constante, ela pegou meu braço e me puxou até um canto próximo onde ninguém nos atrapalharia.

– O que foi aquilo?

– Está perguntando do John?

– De quem mais poderia estar me referindo? Depois que ele saiu você ficou lá parada olhando para um universo alternativo. – Marie disse se jogando o peso do corpo em uma perna apenas.

– Ele viu Katrina entrar com Edward... Ficou possesso de ciúmes e saiu atrás dela pra ver o que ela está fazendo aqui com ele.

– Mas como isso pode ser... Possível?

– Eu não sei, eles devem se conhecer de algum lugar... – Respondi enquanto revirava os olhos.

– Não, não falo disso... Como assim ele sentiu ciúmes? Elizabhet... – Ela se interrompeu pensando em como podia falar sobre isso.

Sabia o que ela estava pensando, porque foi assim que me senti quando ele me deixou.

– Isso não faz sentido algum Marie! – Explodi, e percebi surpresa no olhar dela. – Como ele ousa fazer isso de novo? Nem parece a mesma pessoa que estava jurando melhorar, jurando que tudo aquilo foi armação de Rebheka! Como fui burra a ponto de acreditar nele!

– Você não tem culpa Liz. Da pra ver que você ainda o ama, e acreditar nele era sua melhor opção para acabar com essa sua tristeza sem fim. E ele ainda te ama, claro, da pra ver isso claramente quando John te olha. Mas ele realmente precisa se decidir. Katrina se tornou importante pra ele desde quando?

– O que foi que eu perdi? – Max apareceu.

– Problemas com o garanhão dos truques das mulheres. – Marie respondeu sem olhar para o loiro.

Busquei John no meio da multidão.

Ele estava conversando com ela, e percebi alguém se aproximando.

Edward.

– Posso falar com você? – Ele perguntou parando na minha frente.

– Olá! Quem é você? – Max perguntou com um sorriso enquanto estendia a mão para um cumprimento.

Marie olhou para o loiro, revirou os olhos e sorriu.

– Vamos deixar os dois conversarem. – Ela disse o puxando pelo braço. – Pelo jeito o assunto é sério.

(Versão John)

– O que você faz aqui?

– Acho que é óbvio não é John?

– Então eu te faço outra pergunta, por que está aqui com ele? – Perguntei apontando Edward com queixo.

– Qual o problema?

– Katrina... Como assim? De onde vocês se conhecem?

– Acho melhor você não ficar sabendo. – Ela respondeu desviando do meu olhar.

Segurei seu braço e a puxei para mais perto.

– Você não deve decidir isso por mim...

– Por que você torna as coisas mais difíceis? Por favor, me solta. – Katrina pediu com os olhos cheios de lágrimas.

– O que está havendo? Por que está chorando? – Perguntei a soltando.

Ela bufou, revirou os olhos e depois me olhou novamente.

– Você nunca percebeu não é? Ficar perto de você esses últimos dias tem sido uma tortura, como me matar aos poucos – Ela viu que eu continuava sem entender, então continuou – John, por quê? Por que você acha que eu conheço Edward? Não suportávamos mais vocês dois, você e Lizy com essa história mal resolvida, então armamos tudo isso. Mas...

– Vocês armaram tudo isso? – Perguntei espantando – Mas então por que... Espera!

– John... Eu aprendi a... A te amar! – Ela completou aos prantos.

Não sabia o que dizer. Todo esse tempo ela me amou e nunca disse.

Mesmo assim ele preferiu armar esse plano, mesmo me amando.

– Eu... Eu sinto muito, mas Lizy é a pessoa que amo...

– Eu sei... – Ela disse limpando as lágrimas – E agora isso explica por que estou aqui com ele? Achei realmente que merecia me dar uma chance, porque sei que nunca poderíamos ficar juntos. Você a ama, John! Isso sempre esteve claro. Quando você chegava na loja chorando por causa daquela garota, eu ficava mal, eu sabia que meu sentimento nunca poderia ser... Correspondido.

– Por isso todos os conselhos? – Por isso... – Tudo começava a fazer sentido na minha cabeça agora.

– Sim, e eu fico feliz que tenha dado certo, John. Agora por favor, faça um favor a si mesmo, vai se resolver com ela. Porque só assim você estará se fazendo um bem, mas... O bem será para eu também. – Ela disse enquanto acariciava meu rosto.

Me aproximei e ficamos muito próximos. Seus olhos lagrimejaram novamente.

Levei minha mão até seu rosto, e me aproximando lentamente, lhe dei um beijo na bochecha.

– Pode ter certeza que vai ser isso que vou fazer. Obrigado, não sem nem como te agradecer.

– Agradeça depois, quando tudo estiver bem. – Ela devolveu com um sorriso.

Sem pensar muito, corri para fazer o que queria fazer a muito tempo.

(Versão Elizabhet)

– Você precisa. Elizabhet, nós fizemos isso pra você, porque não suportava mais, então faça a coisa certa. – Edward disse depois de me contar toda a história.

– Se eu não fizesse isso, nunca me perdoaria. Edward, eu não suporto mais ficar sem ele. John me faz falta, eu preciso dele.

Ele sorriu.

– Então se lembre do nosso sacrifício. – Com essas palavras, ele saiu me deixando sozinha.

Aquela ideia me deixava louca de felicidade.

Marie estava dançando com Max quando John se aproximou com um sorriso.

– Eu posso te mostrar um lugar? – Ele perguntou estendendo a mão.

Assenti e entrelacei minha mão na dele.

Deixei que John me guiasse. Aquilo era incrível, poder estar segurando a mão dele assim novamente.

Uma felicidade tomou conta de mim. Meus melhores momentos com John preencheu minha cabeça.

Não consegui evitar que meus pensamentos se dirigissem à noite em que ele me pediu em namoro.

Estávamos na casa de Henry, e ele disse que precisava me falar um coisa, mas não sabia como começar. Meu primeiro pensamento foi que seus sentimentos por mim não existiam mais, que tudo aquilo que tínhamos vivido não passou de teatro, mas quando comecei a tagarelar nervosa, ele me beijou. Senti como se nada pudesse ser melhor do que aquilo. Suas mãos envoltas no meu corpo fizeram-me com que eu me sentisse completamente segura. Quando nos afastamos, ele sorriu como se minha ideia sobre seus sentimentos fosse idiota. Em seguida ele fez o pedido...

– Está tudo bem? – John perguntou ao meu lado.

– Ah... Sim, eu só estava pensando no dia... Ah deixa para lá.

– No dia em que te pedi em namoro? – Ele perguntou enquanto um lado da sua boa se levantava lentamente.

Assenti enquanto abaixava a cabeça.

– Não tem ideia do quanto penso naquela noite. – Ele falou enquanto levantava meu queixo com sua mão.

O encarei, seus olhos azuis fazendo o mesmo. Não tinha a menor intenção de interromper aquilo, não queria, pois me senti como naquela noite novamente, e aquilo era o melhor sentimento que tinha sentido em meses.

– Estamos quase chegando. – Foi ele quem disse. Em seguida John segurou em minha mão novamente e continuamos o caminho.

Era uma trilha de pedrinhas brancas que brilhavam ao luar. Um jardim lindo se enguia dos dois lados. Luzes brancas iluminavam o caminho e quando chegamos no final da trilha, fomos parar em uma clareira. Tinham bancos de mármore, o chão cheio de grama e mini flores brancas faziam um tapete natural e macio. Desejei que estivesse sem salto, mas John me ajudou a andar sem que caísse. Mais luzes aqui e ali, flores trepadeiras desciam da estrutura de metal, fazendo com que uma cortinha se formasse por todos os lados.

– Eu conversei com Katrina, e queria pedir desculpa mais uma vez.

– Não precisa – Respondi enquanto nos sentávamos em um banco – Edward me explicou tudo. Não dá para acreditar que foi tudo armação deles.

– Katrina me ama. – Ele soltou.

– E ela fez tudo isso por você? – Perguntei espantada.

– Sim... Liz entenda uma coisa, quando se ama alguém, você é capaz de fazer qualquer coisa por ela, inclusive perdê-la.

– Então se for assim, eu não te amo... Porque não seria capaz de perdê-lo, não de novo. – Disse enquanto negava com a cabeça.

Ele sorriu me encarando.

– Eu ia dizer, mas... Enfim, eu preciso falar tudo, tudo que está tirando meu sono – John se aproximou mais de mim – Lizy, aquele dia foi o pior de todos. Rebheka me beijou para me separar de você, e ela conseguiu, ela arruinou minha vida. Eu tentei de todos os jeitos me explicar, mas quando te olhava, via apenas raiva nos seus olhos, e então pensei que tudo estava perdido. Aquilo foi pior que enfiar uma faca em mim mesmo, aquilo machucava como uma ferida aberta, uma ferida que nunca poderia se cicatrizar sozinha.

– Por favor, não faça isso com você. – Pedi acariciando seu rosto.

– Eu preciso... Quando te vi com Edward, não suportei. Senti raiva, me senti substituído, mas nada disso valia, porque não estávamos mais juntos, eu tinha feito você passar uma humilhação. Fui egoísta.

– Por favor. – Disse colocando meu dedo na frente de sua boca.

Ele não disse mais nada. Só o que existia era nós, dessa vez não tinha mais ninguém, mas mesmo assim desejei novamente que o mundo parasse para que eu aproveitasse cada momento com o meu John.

Percorria cada traço do seu rosto, guardava aquela cena como se nunca mais pudesse vê-lo novamente, com medo de esquecer sua beleza. E então sorri, e ele fez o mesmo.

John pegou minha mão, levou-a até sua boca e a beijou. Em seguida, deslizou sua mão até minha cabeça e me puxou para frente me beijando calmamente e suavemente. Me beijou tão delicadamente como se estivesse com medo que aquele momento se despedaçasse como um vidro, mas não, eu estava ali e continuaria por muito mais tempo.

Nosso beijo foi se intensificando, nos aproximamos mais ainda, até que não sobrasse nenhum espaço nos separando. Sua mão na minha cintura me puxava cada vez mais para si. Acariciava seu cabelo, e depois descia para seu rosto. Poder senti-lo assim mais uma vez era maravilhoso.

Se não fosse o ar, teríamos continuado assim por um bom tempo.

– Lizy eu te amo!

Nos encaramos por mais um tempo, e um sorriso se formou no rosto de cada um.

Se não fosse pelos gritos, teria sido perfeito.

Nosso John Maison


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Notas finais do capítulo

James Bay: https://www.youtube.com/watch?v=GsPq9mzFNGY
Ella Henderson: https://www.youtube.com/watch?v=CAjKZJarlwk
É isso... Espero que tenham gostado.
O que acharam da reconciliação do John e da Lizy? Fofa :3
Quero muito comentários!
E esse suspense no final, palpitem.
Beijos e até o próximo!



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