Like Ghosts In Snow escrita por Drunk Senpai


Capítulo 12
Are You a Believer?


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, desculpa a demora!
As aulas voltaram e agora tá tudo uma loucura!
Mas enfim, boa leitura!



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– Bom, eu tenho que perguntar... o que houve? - Ichigo lhe solicitou enquanto olhava em seus olhos, ele queria a verdade, ela sabia, mas como podia contá-la? Como podia contar algo assim tão facilmente? Mesmo que pra ele.

–Do que... Do que está falando?- Ela fez-se de desentendida.

–Olha, eu já fui atacado e debilitado, não acha que tá na hora de me contar o que tá acontecendo? Eu te vi com uma espada, isso não pode ter sido uma alucinação... Apenas me diz a verdade. - Ele sabia então. Ele a havia visto, isso era catastrófico, mas irremediável agora, não tinha outra saída.

–Nunca deveria ter chegado tão longe...- Ela deu-se por vencido. - O que você viu hoje... aquilo é só parte da minha rotina. Bom, não adianta mais esconder de você, não depois do que houve. Exterminar aquelas coisas é minha obrigação. É por isso que estou aqui, pra falar a verdade. Manter a ordem, manter as pessoas a salvo, custe o que custar... E mesmo assim, eu falhei. - Rukia começou a se lembrar do que acontecera á apenas uma noite.

~~~

Rukia saíra naquela noite como em todas as outras. Era hora de caçar. Caçar aqueles malditos monstros que colocavam as vidas de tantas pessoas em risco, o tempo todo. A noite estava fria, o céu limpo. Muito em breve nas ruas de Karakura estariam apenas os corajosos, desavisados e eles.

Lembrava-se das coordenadas contidas no ultimo relatório que recebera da Seireitei. Haviam dados de mais aparições na região norte de Karakura, próximo às linhas de metrô e áreas de construção abandonadas. Era pra lá que ela iria esta noite.

Cautela. Atenção. Ao aproximar-se precisava ser discreta, passar despercebida. Foi o que fez. De um ponto mais alto, num dos prédios inacabados, Rukia observava silenciosamente. Não parecia ter ninguém por perto, mas isso não era motivo para relaxar. Eles podiam ser tão traiçoeiros quanto se podia esperar.

Foi então que finalmente os viu. Estavam em grupo, haviam quatro deles, uma mulher, três homens. Estavam distraídos, conversando e rindo com suas grandes presas à amostra. Rukia respirou fundo, precisava de um plano rápido e limpo.

Precisaria ser rápida e precisa, só teria uma chance de pegá-los com a guarda baixa. Desembainhou sua espada silenciosamente. Respirou fundo outra vez. Contou até três em preparação, e então pulou e com precisão e concentrando sua força no ataque, antes mesmo de chegar ao chão, já havia decapitado o primeiro deles.

Os outros três não pareciam entender o que estava acontecendo, e Rukia não os daria tempo para que o fizessem. Tão logo seus pés tocaram o chão, estava pronta para atacar uma outra vez. Usou a confusão à seu favor, enquanto tão rápida quanto habilidosa, desferiu o golpe contra o segundo. Um golpe meticuloso em seu peito, e tão logo retirou sua lamina, preparou-se para o próximo.

Contudo, também ágil era o terceiro. Ele a atingiu com um soco no estomago no momento em que ela se voltara para ele, e logo veio a outra. A mulher tinha verdadeiras garras, tão afiadas quanto laminas e em seu momento de fúria, usou-as contra Rukia, que se talvez não estivesse atenta o suficiente para lançar seu corpo para trás, teria saído com mais do que um simples arranhão em seu rosto.

Antes que pudesse voltar a reagir, foi atacada outra vez e jogada para longe, sobre os entulhos. Uma vez que voltou para procurá-los, já haviam desaparecido.

Era terrível, como pudera deixá-los escapar daquela forma? Não estava acabado ainda, ela sabia. Começou a procurar por eles pelo resto da noite, nenhum sinal de sua presença. A noite foi passando, estava tão cansada e já era tão tarde... precisava voltar para casa.

Ao chegar tudo parecia tranqüilo e normal. Entrou. Apesar de já ser tão tarde, sabia que sua irmã estaria acordada, ela sempre lhe esperava voltar. Estava tudo muito quieto, contudo. Começou a procurá-la. Ouviu um som vindo da cozinha. Mesmo sentindo um estranho receio, foi até lá.

Seus instintos estavam certos. Entrar naquela cozinha não lhe fez nenhum bem. Encontrou sua irmã, no chão. Ele estava sobre ela, e havia tanto sangue... como se fosse atacada por um animal. Rukia sabia o que eles faziam, como atacavam... mas nunca tinha visto uma vitima ser atacada, e jamais imaginou que quando o fizesse, essa pessoa seria alguém que ela amasse.

Queria agir, pegar sua espada e matar aquele maldito naquele momento. Mas seu corpo não parecia lhe obedecer. Simplesmente não conseguia mexer suas pernas. Seu estomago se revirava e sentia cada extremidade de seu corpo gelar. Estava em choque.

Foi então que ele apareceu. E tão logo surgiu, a coisa estava morta sem que sequer notasse. Era assim que ele agia. Byakuya Kuchiki. Ela sempre o admirou tanto. Agora contudo, quando seu próprio corpo desabou sobre os joelhos, já livrando-se do estado de choque de antes, ela sabia o quão o havia desapontado. Ele a olhou e mostrou tudo com esse gesto. Voltou-se para sua esposa e lhe deu os primeiros socorros.

~~~

–Como assim?- Ichigo parecia confuso enquanto esperava que ela lhe explicasse.

–Falhei com você... - ela tomou folego só lembrar dessas coisas já lhe deixava arrasada.- Falhei com minha irmã.

–Quer dizer que...

–Ela se feriu por minha causa... Como você! - Ela disse voltando a olhar para ele.- E talvez, se não fosse o Byakuya-nii-sama, ela estaria morta! Eu fui incompetente o suficiente para deixar que um deles, ou melhor, dois aparentemente, escapassem e me seguissem sem que eu percebesse. E então, ele a atacou. E antes que eu pudesse fazer alguma coisa, ela já estava tão machucada... eu congelei. Foi quando o Byakuya-nii-sama apareceu e conseguiu pôr um fim naquilo tudo.

–Byakuya? Deve ser o cara que eu vi falando com você...- Ichigo disse de forma reflexiva. - Me diz...- Ele parecia receoso. - Você vai embora? - Como ele sabia disso? Não importava mais de qualquer forma. Ela sequer lembrava mais disso, tanto tinha acontecido.

–Não... Pelo menos não agora.

–Como assim?

–O Nii-sama levou minha irmã daqui. Foi provado que eu não podia protegê-la, por isso...- Voltou a lembrar-se disso, estava tão magoada com tudo que acontecera, e ao mesmo tempo já não podia fazer nada para mudar.- Mas eu ainda tenho minha missão para terminar. Não posso partir antes disso. - Ela disse tentando soar forte, sem olhar em seus olhos, pois sabia que se o fizesse ele seria capaz de saber tudo o que estava sentindo. Foi quando o viu sentar-se na cama.- Ei, você não deveria se mexer, seus ferimentos vão.. - Ele a havia silenciado com um abraço, e de repente, toda a força que ela fingia durante todo esse tempo, parecia se desmoronar.

Uma vez que as coisas haviam se acalmado, Rukia começou a colocar um novo curativo em Ichigo, que outra vez parecia pronto para lhe fazer perguntas.

–Rukia...- Ele começou.- O que, exatamente são eles? - Dessa vez foi Rukia que precisou respirar fundo antes de responder, ela sabia que seria como uma bomba na mente de alguém comum, e não podia culpa-lo. Ela sentou-se outra vez na cadeira e olhou-o nos olhos, séria.

–Ichigo, você acredita em vampiros?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Até o próximo!
Beijos ;*



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