Tea escrita por Ophelia


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Oia eu aqui de novo kkk Dessa vez eu dedico essa mini fic a uma autora que conheci recentemente, chamada Ninna Contos XD Ela escreve fics lindas de The Mentalist (e curtinhas pra torturar o coração das pessoas -q) E essa fic veio de uma resposta de um comentário XD Espero que gostem ♥



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Nada parecia mais estranho e de certa maneira repulsivo do que café. Não tinha um gosto bom, às vezes era amargo demais e outras vezes, muito doce. E quando estava frio... Deus o livre. Tornava-se uma espécie de água escura com um gosto esquisito que deixava as pessoas fazendo caretas por mais que o apreciassem.

Patrick não compreendia aquele apreço mundial pelo café, e por anos tentou entendê-lo, mas não chegou a conclusão nenhuma e por essa razão, decidira não questionar a preferência de todos por aquela bebida escura e sem graça, sempre se mantendo fiel ao seu chá.

O chá, independente do sabor, o acalmava. Ele nunca soube explicar o porquê até perder Angela e Charlotte. Sua esposa tinha aversão ao café e era raro encontrar o pó escuro na despensa, mas em compensação... Os chás eram abundantes e nos mais variados sabores, nacionalidades e estilos...

Sem contar as xícaras.

Angela adorava porcelana e às vezes ficava bons minutos observando o jogo de chá que ganhara da mãe. Era composto por quatro xícaras, quatro pires, um bule gorducho branco com detalhes em dourado e com um desenho de lírio rosado na louça, além do açucareiro igualmente rechonchudo.

Charlotte, por sua vez, sempre dizia que aquele jogo de chá iria criar vida a qualquer momento como o jogo de chá da Bela e a Fera, o que sempre os fazia rir independente da situação.

Patrick riu naquele instante por aquela memória suave, sentindo um nó em sua garganta que fora desfeito no momento que o chá descera suavemente. As lágrimas que desejavam escapar de seus olhos foram afastadas por uma piscada enquanto ele observava a janela, ouvindo o som agradável, tanto dos colegas de trabalho quanto da rua movimentada.

Ele não conseguia ficar muito tempo num local silencioso. Precisava de barulho, de vozes... Pessoas ao redor... O barulho era seu chá.

Constante, irritante... Que deixava seus demônios quietos e sua mente trabalhando. Era apenas disso que precisava todos os dias para que não cedesse.

De seu chá e de seus amigos barulhentos.

Patrick piscou, sorrindo de leve antes de beber o último gole de seu chá, deixando a xícara simples em cima da pia.


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