O lado bom da vida escrita por Vinny Lerman


Capítulo 1
Capítulo 1




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Minha vida está tão insignificante quanto uma formiga levando folhas á seu formigueiro. Estava deprimido demais pra sair de casa, pois acabara de levar um fora da garota dos meus sonhos, foi mais ou menos assim:

- Annie eu te amo muito e queria que a gente fosse algo mais que apenas amigos. – Eu disse alegremente.

- Olha Bill, sei que você e meu melhor amigo só que, não gosto de você mais do que isso e, você é mais novo e gosto de cara mais velho e a gente também não combina. – Disse ela para minha infelicidade.

Depois desse dia ela nem me retornou minhas ligações, foi difícil ter que lidar com um fora de sua melhor amiga sozinho. Eu estava à beira de uma poça, uma poça de lagrimas feita por mim mesmo, estava chorando desde manhã e se continuasse assim, bom, o chão do meu quarto provavelmente iria mofar. Meus olhos estavam inchados e pra completar com olheiras gigantes, parecia que eu tinha saído de uma briga feia e que tinha levado um belo soco no olho. Minha manhã estava arruinada, tirando o fato de estar sol oque raramente acontecia, minha manhã estava uma verdadeira droga. Pensei em pular da janela, não ia me matar mais ia sentir dor, e acho que essa dor poderia ficar no lugar da que eu estava sentindo assim, eu esquecia uma dor e lembrava-se de outra.

Uma lição que eu aprendi na minha vida é que, nunca se devem pedir melhores amigos em namoro, principalmente se você souber quem é a pessoa que ela gosta. Bom, meu nome é Bill Richard Mark e tenho 16 anos, me mudei á duas semanas para Los Angeles e já levei um fora. Meus vizinhos são legais, até certo ponto, minha vizinha Kelly, gosta de cantar, mas no caso ela não canta, ela berra mais que um bezerro quando está com fome. Eu já a aconselhei em fazer umas aulas de canto, mas ela cisma que a voz dela e perfeita e angelical, oque não e verdade. Um dia desse ela estava gritando tanto que rachou minha janela e isso não foi brincadeira, bom, a única explicação para minha janela rachar é, ou ter um fantasma em minha casa que eu não sabia, ou ela ter gritado tanto que irritou minha janela. Às vezes eu me pego falando sozinho ou com objetos inanimados que não vão nunca entender oque estou falando, mas, eu me acho normal. Tirando o fato de ter Heterocromia (doença em que se tem um olho de cada cor) eu sou normal como qualquer adolescente passando por sua fase devastadora de levar u m fora de quem sempre amou a vida toda. Acho que todos nos temos nossos defeitos e suas manias estranhas, mas acho que a minha supera todas, tenho a mania estranha de roer as unhas dos dedos do pé e jogar as unhas arrancadas no telhado. Simplesmente eu corto minhas unhas do pé com os dentes e as jogo no telhado.

A maior bobagem e o amor platônico, você ama alguém que não faz a mínima ideia que você existe, não tem lógica! Como o ser humano e capaz de fazer isso? Que proeza é essa que Deus nos deu de nos apaixonarmos por alguém que não conhecemos? Bom o amor e complicado, sei por experiência própria, a vida não tem sentido e cabe a nos dar sentido a ela. Sinceridade e uma coisa que eu acho que todos devem aprender e ter na vida. Por mais que doa a verdade seja sincero sempre porque eu acho algo que as pessoas valorizam muito. A opinião de algumas pessoas pra mim e simplesmente muito importante pra mim, às vezes olho minha amiga e pergunto ‘’Estou bonitinho?’’ e ela me responde balançando a cabeça como se estivesse dizendo mais ou menos. Quando estou bonitinho fico feliz, e felicidade gera bom humor e bom humor, bom, bom humor não m deixava dar um muro na cara de algumas pessoas.

Meu humor estava mudando mais rápido que previsão do tempo de canais desconhecidos que a só 25% da população conhece, eu estava quase ficando bipolar, sem amigos, cidade nova, escola nova, vizinhos novos, coração partido e sozinho. Quando eu achei que as coisas iam melhorar elas pioram, e vão do péssimo pra ruim e de ruim pra pior e assim por diante. Minha vida estava caindo mais rápido que uma jaca madura e, então, resolvi sair de casa pra respirar um pouco de ar livre. Mas como minha vida estava toda ferrada, ela resolveu zoar comigo, quando eu saio de casa, ela, justo ela, estava passando e me viu. Ela começou a vir em minha direção e eu não queria falar com ela:

- Oi Bill, tudo bom? – Disse Annie como se não estivesse acontecido nada.

- Claro, olha como estou ótimo, estou tão bem que da vontade de gritar e sair correndo. –Respondi grosseiramente.

- Nossa! Que mau humor! – Respondeu ela com ar de deboche.

Nesse momento me segurei pra não arrancar um tufo daquele cabelo ruim vermelho:

- Ah que nada, nunca estive melhor! – Respondi ironicamente.

- Bom tenho que ir, beijinhos. – Respondeu ela com um sorriso no rosto.

Eu nunca soube realmente oque era falsidade, até conhecer essa garota, e um dia eu ainda fui amigo ‘’disso’’ ai. Vou descrevê-la com poucas palavras, ‘’V-A-C-A’’ e ‘’A-P-R-O-V-E-I-T-A-D-O-R-A’’. Ela é uma morena, dos olhos claros e cabelos vermelhos, oque fica ridículo com o tom de pele dela. Não é que eu seja racista, mas, não ficou bom, está escroto e ridículo.

Sou um adolescente detalhista e eu sempre reparo os mínimos detalhes, e nesse caso estava ridiculamente ridículo o cabelo dela. Eu no meu caso a aconselharia pintar de castanho e fazer uma bela hidratação naquele cabelo, ou melhor, naquela palha de aço.

Ela se virou indo embora e eu fiquei pensando comigo mesmo, oque a vida tem contra mim? Porque sorte não é, azar não é, seria algo muito pior que azar porque, não sei se a vida quer fazer eu me matar ou simplesmente, fizer eu me jogar da janela do meu quarto. Resolvi que voltar pra casa e não sair de lá seria a melhor maneira de esquecer a dor, mas, antes vou dar uma passada no mercado, vou sair totalmente da dieta hoje e comer oque tiver direito.

Fui andando e encontrei Lisa (patricinha da escola), ela fingiu que não me viu como faz com qualquer novato ou ‘’não popular’’ da escola. O mercado estava a cinco passos de distancia e eu estava morrendo de fome, queria salgadinhos, bolos, sucos, refrigerantes, chocolate e entre outras besteiras que adolescentes comem quando estão em seus momentos difíceis. Assim que entrei me surpreendi, nunca vi um mercado tão grande, e maior que o quarteirão onde eu moro. Embora as coisas forem um pouco, digamos baratas demais eu não podia abusar, tive sorte que minha mãe me liberou o cartão de crédito pra eu comprar alguns tênis que eu queria e ele esta limitado a 950 reais, esse e o máximo que minha mãe liberou. Comprei tudo oque eu queria comer e sai dali, aquele lugar me deixava com calafrios, pode ser o ar condicionado, mas não sei.

Quando cheguei em casa minha mãe estava na cozinha, seu nome é Kindly Nie Mark mas as pessoas a conhecem como Senhora Mark. Ela estava em frente ao fogão, preparando o jantar, o jantar que eu não ia comer já que não estava com fome de ‘’comida’’ e sim de ‘’porcarias’’. Meus planos era madrugar e comer chocolate a madrugada inteira, mas, minha mãe não iria deixar. Então resolvi apenas me trancar, comer tudo oque eu tenho direito de comer e ficar acordado até o sono chegar. Meu celular vibrou no meu bolso, uma mensagem de Paulo meu antigo melhor amigo. Estava escrita ‘’Eae manow, tudo beleza? Tenho novidades que te alegraram! Vou pra Los Angeles também! Não é irado?’’, minha primeira reação ‘’ALELUIA FINALMENTE ALGUEM QUE EU CONHEÇA POR AQUI!’’, mas, lembrei que Los Angeles é gigante e que ele poderia morar cinco quarteirões depois do meu. Eu respondi a mensagem de volta assim ‘’Que maneiro cara! Quando você vem? Vai ficar em que parte de Los Angeles?’’ e esperei ele me responder. Fui pro meu quarto, mas antes peguei alguns biscoitos na cozinha pra comer com pasta de amendoim e geleia de blueberry e sugeri a minha mãe pra pedir uma pizza, mas ela não deixou pra variar. Como sou um filho rebelde peguei o telefone e liguei pro ‘’Disque pizza’’ e pedi uma pizza de presunto e queijo, minha preferida. A pizza não demorou muito pra chegar, alias demorou apenas 15 minutos pra minha sorte, peguei a pizza e paguei o mais rápido possível porque minha mãe não podia saber que comprei a pizza, peguei a pizza e fui direto pro meu quarto. Deitei em minha cama e peguei meu celular, Paulo tinha respondido a mensagem assim ‘’Vou pra ai daqui a três dias e vou ser seu vizinho, a casa que estava a venda do lado da sua casa vai ser minha, só minha, não e irado?’’, respondi um sim e botei meus fones de ouvido. No fundo fiquei com inveja, queria ter 18 anos e me mudar pra uma casa, sozinho, ia ser legal morar sozinho sem ninguém pra me atrapalhar, quer dizer, minha mãe não atrapalha, ela só e um pouco, digamos, chata.

No fundo eu estava com sono, mas não dormiria sem comer aquela pizza inteira, tirando meus biscoitos, chocolate, salgadinhos e entre outras ‘’besteiras’’ que eu comprei. Eu fiquei com vontade de experimentar chocolate com batata frita ou com espinafre, e estranho isso né, mas eu queria experimentar coisas novas já que minha vida já esta uma merda, o máximo que poderia acontecer era eu sofrer uma intoxicação alimentar ou ter caganeira.

Estava entrando em uma mini depressão, pois comecei a chorar ouvindo rock, oque não e comum na maioria dos adolescentes, alias, acho que nenhum adolescente chora ouvindo rock. Digamos que você e um palito de dente, usam e depois te quebram e jogam fora, ou uma criancinha de dez anos faz uma fogueirinha de palitos de dente e você é um dos palitos da fogueira, bom é mais ou menos assim que eu me sinto agora. Minha melhor amiga me chamava de amorzinho, me dava abraços apertados, nós saímos e íamos ao cinema, shopping, passeava e entre outras coisas que ‘’namorados’’ fazem, um dia ela me deu um beijo, mas disse que foi apenas uma recaída e que não aconteceria de novo, e como eu ou qualquer um no meu lugar ficou iludido achando que ela gostava de mim, gostava mais que amigo, e no fim vê ela beijando outro na sua frente, te da um fora, e ainda aparece na sua frente dizendo ‘’Oi, como vai?’’, a pessoa e iludida, humilhada, magoada e ela vê isso e ainda pergunta se estou bem? Me diz que tipo de pessoa sem coração faz isso, e eu ainda gostei dela um dia.

Minha vida estava completamente sem sentindo, chorando ouvindo rock, vontade de comer chocolate com comidas que não tem nada haver e que o gosto provavelmente seria horrível, ver sua melhor amiga beijando outro na sua frente e depois leva um fora dela, engordando comendo biscoito com geleia de blueberry e ouvindo minha vizinha Kelly cantar Story of my Life sem afinação nenhuma. Traduzindo minha vida não tinha como piorar, okay, eu estava errado, minha vida estava mais caída que os peitos de mulheres de 60 anos. Cansei de ouvir rock então resolvi procurar um livro pra ler, não achei nenhum, como ainda eram 22h30 resolvi sair pra comprar um livro, as lojas aqui só fechavam as 23h20 mesmo.

Quando cheguei à loja, tinha infinitas opções pra escolher. Peguei uma cestinha e fui pra sessão de romances, indo pra sessão dei de cara com uma pilha de livros famosos, no meio deles estava ‘’A culpa é das estrelas’’ e já peguei porque me disseram que o grande amor da vida da personagem principal morre no final. Peguei cinco livros, dois de drama e três de romance. Os livros em Los Angeles não eram caros, chegava ao máximo R$ 25,00 reais, comprei todos e deu R$ 150,00 reais, sai da loja e não fui pra casa, vi uma pracinha com uma arvore boa pra leitura, normalmente adolescentes normais sentam debaixo da arvore pra ler de dia, mas ninguém disse que eu sou normal.

Sentei-me debaixo da arvore e comecei a ler ‘’A culpa é das estrelas’’, em menos de 5 minutos estava na página quinze, enquanto lia o livro uma garota ruiva sentou ao meu lado, eu não a conhecia, mas ela sentou ao meu lado:

- Lindo esse livro, já li e é muito emocionante. – Disse ela sorrindo.

- Ah sério? Bom pra você. – Respondi com um ar ignorante.

- Nossa que mau humor, gosto de pessoas mau moradas. Qual seu nome? – Disse ela me olhando nos olhos como se estivesse tentando ler minha mente.

- Desculpe a grosseria, meu nome é Bill, e o seu? – Respondi envergonhado.

- Meu nome é Nica, pelo oque pude perceber você estava um pouco, er, depressivo. – Ela me respondeu simpaticamente.

- Como sabe? – Respondi espantado.

- É que um jovem normal não vem às dez horas da noite ler um livro debaixo de uma arvore numa pracinha onde geralmente as pessoas usam pra fazer sexo ou fumar maconha. – Respondeu ela rindo.

- Ah, o Augustus Waters morre no final né? – Respondi duvidosamente.

- Sim, o câncer para o coração dele. Não sou muito de dar spoiler de livros, mas, por você estar depressivo eu já te adianto um balde de lagrimas. – Respondeu ela.

- Não entendo como o câncer pode ser tão maligno com as pessoas, existe a possibilidade de um câncer pegar câncer? – Respondi a olhando nos olhos.

- É provável que não. Mas, eu acho que sei como te ajudar, eu estou indo ao cinema quer vir comigo? – Respondeu ela se levantando.

- Claro, estou de bobeira mesmo. – Respondi esticando minha mão para ela me ajudar a me levantar.

Enquanto estávamos andando olhei pra ela e perguntei:

- Que filme iremos assistir?

- Vamos assistir Frozen uma aventura congelante em 3D. – Respondeu ela alegremente.

Eu abaixei a cabeça me perguntando se Frozen ainda estaria nos cinemas, fomos caminhando e do nada ela me agarrou:

- Estou com frio. – Disse ela tremendo.

- Tudo bem, eu te aqueço. – Respondi.

Seguimos caminho para o cinema agarrados, como se fossemos dois namorados, eu não me importei com isso já que ela era bonita, e ela tinha um sorriso lindo, olhos castanhos claros e uma boca meio carnuda. Ela era menor que eu, da altura do meu ombro. Enquanto íamos a gente começou a conversar:

- Quantos anos você tem Nica? – Perguntei.

- Tenho 15, e você? – Respondeu sorrindo.

- Tenho 16. – Respondi feliz por ser um ano mais velho que ela.

- Oque gosta de fazer em seu tempo livre Bill? – Perguntou ela.

- Gosto de ler, tocar, comer, ouvir rock e cantar um pouco. – Respondi suavemente.

- Ah que legal! Você toca oque? – Perguntou com voz rouca.

- Guitarra, mas eu não tenho uma em casa, a vendi pra um amigo meu, ela não me trazia boas lembranças já que foi a Annie que me deu. – Respondi com tom triste.

- Quem é Annie? – Perguntou ela.

- Uma pessoa que devemos esquecer, ela e passado. – Respondi friamente.

Quando chegamos ao cinema não tinha muita gente, tinha apenas três pessoas na fila, uma garota e dois rapazes, olhei pra ela e disse:

- Quem vai comprar a pipoca e os refrigerantes?

- Seja cavalheiro e pague. – Disse ela rindo.

- Ah, só porque sou legal. – Respondi sorrindo.

- Obrigada. – Ela disse com uma voz tranquila.

- Mas, você compra os ingressos. – Eu disse com um olhar desafiador.

- Nosso grande cavalheiro você! – Respondeu ela rouca de tanto tossir.

Chegou a nossa vez de comprar os ingressos na fila:

- Duas meias para Frozen em 3D, por favor. – Disse ela ao vendedor.

- Aqui está senhorita. – Respondeu o vendedor lhe entregando os ingressos. – São oito dólares.

- Aqui senhor. – Respondeu ela lhe entregando o dinheiro. – Vamos? – Disse ela olhando pra mim.

- Vamos. – Respondi alegre.

Compramos as pipocas e os refrigerantes e seguimos para a sala do filme, isso tudo ainda agarrados. Pegamos um lugar no fundo, bem no fundo mesmo, sentamos e ela disse:

- Posso encostar minha cabeça no seu ombro?

- Pode. – Respondi feliz.

Ela encostou a cabeça dela no meu ombro e senti seus cabelos no meu ouvido:

- Coloca seus cabelos no outro lado, me incomoda eles ficarem nos meus ouvidos. – Eu disse tentando ser menos grosseiro possível.

- Claro. – Ela disse sorrindo.

- Já imaginou se não existisse o espaço? – Perguntei.

- Não, séria estranho. – Ela respondeu.

- É, ia ser estranho não ver estrelas brilhando no céu, e se não tivesse espaço onde elas ficariam? – Perguntei.

- Em nossas mentes, em nossas lembranças e guardadas dentro dos nossos corações porque , eu acredito que cada estrela que existe no céu foi um ato de amor. – Respondeu ela.

- Nossa, que poética, gosto de pessoas poéticas. – Respondi sorrindo.

O filme começou e assistimos em silencio, apenas ouvindo o barulho do filme e da pipoca sendo mastigada. Quando acabou saímos da sala e seguimos direto para a saída do cinema. Olhei meu relógio e já eram 00h23, já devia estar em casa. Quando chegamos na saída ela me olhou, ficou na pontinha do pé e me deu um beijo na bochecha, senti meu rosto ficando rosa avermelhado:

- Obrigada, foi uma ótima noite, a gente pode sair de novo qualquer dia desses. – Ela tirou um pedaço de papel e uma caneta e começou a escrever. – Este e meu telefone e meu endereço. – Ela disse sorrindo.

- Okay, o prazer foi meu, eu estava tendo um dia péssimo, obrigado por animar minha noite e pode deixar, eu te ligo. – Respondi alegremente. – Tchau. – Eu disse.

- Tchau, até mais. – Respondeu ela me dando ou beijo na bochecha, mas esse foi no canto da boca e se virando para ir embora.

- Até. – Respondi dando a deixa.

Fui pra casa com um sentimento estranho, não era amor, mas e como se ela tivesse me dado oque eu estava precisando, atenção, amor, carinho e eu queria aquilo de novo. Quando cheguei em casa minha mãe já estava dormindo, fui para a cozinha e lá tinha metade de um bolo e uma cartinha escrita ‘’Feliz aniversario filho!’’, puxa como eu pude esquecer, ontem era meu aniversario. Peguei meu celular e o papel que Nica tinha me dado e liguei para ela:

- Alo Nica? –Eu disse com o celular no ouvido.

- Oi, Bill e você? – Respondeu ela.

- Sim, Nica ontem foi meu aniversario então corrigindo eu tenho 17 anos. – Eu disse.

- Ah, okay, era só isso? – Ela perguntou.

- Sim e também, gostei do seu beijo na minha bochecha, espero ganhar mais. – Eu disse.

- Séria um prazer, até mais, beijos e boa noite. – Ela me respondeu desligando a ligação.

Virei de frente pra mesa e enfiei minha cara no bolo, eu sempre quis fazer isso e finalmente eu fiz. Levantei minha cara do bolo e comecei a passar os dedos a onde ficaram bolo e chantilly e comecei a lamber os dedos, o que sobrou no rosto eu lavei. Peguei o bolo, quer dizer, oque restou do bolo e levei comigo pro meu quarto, eu ainda não estava com sono e estava com fome ainda, lembrei que tinha deixado minhas ‘’besteiras’’ em cima da cômoda. Peguei um biscoito, passei um pouco de geleia de blueberry e comi.

Peguei meu livro e continuei a ler, estava interessante, mas meio chato, um romance muito enjoativo e que não acabou tento um final feliz, mas o jeito que o autor escreveu foi diferente, um diferente bom. Quando cheguei a pagina 152 eu estava com sono, mais ou menos na pagina 178 eu cai no sono e o livro caiu em meu rosto.

Sonhei com Nica, mas ou sonho um tanto que estranho, ela estava de pé me ajudando a sair de uma lixeira, quando finalmente eu consegui sair ela me empurrou de volta e me ajudou a sair novamente, e assim continuou varias e varias vezes. Não teve o mínimo sentido, mas foi oque tive pra sonhar esta noite. Quando acordei minha mãe já tinha acordado, tirei o livro do meu rosto e o coloquei na cômoda, peguei mais um biscoito e comi só que sem geleia. Levante da cama e a arrumei, fui para o banheiro escovar os dentes e tomar uma ducha. Eu sempre escovo os dentes no banho por costume mesmo, assim gasto menos agua e menos tempo, posso me lavar e escovar os dentes ao mesmo tempo. Quando terminei o banho peguei minha roupa e me troquei, enquanto ia descendo as escadas para a cozinha meu celular vibrou, era Nica ligando:

- Oi Nica, tudo bom? – Perguntei.

- Tudo e você? – Ela respondeu.

- Tudo ótimo! – Respondi alegremente.

- Bom você topa sair comigo hoje? – Perguntou ela.

- Claro! – Respondi entusiasmado.

- Okay, me encontre na pracinha de baixo da arvore as duas. – Respondeu ela desligando a ligação.

Quando olhei o relógio já eram 13h45, peguei um pão doce na cozinha e fui colocar um short, depois de por o short sai de casa para ir me encontrar com Nica. Quando cheguei eram 14h10:

- Chegou dez minutos atrasado. – Disse Nica sorrindo.

- Desculpe, sai atrasado. – Eu disse rindo.

Ela me abraçou e me deu um selinho, eu fiquei vermelho.

- Bill estes são meus amigos, Erica e Josh. – Disse Nica me apresentando aos amigos dela.

- Prazer Bill. – Disse Erica fazendo um gesto de comprimento.

- Eae Bill, tranquilo? – Disse Josh sorrindo.

- Tudo beleza. –Respondi.

Chamei Nica para conversar em particular:

- Nica, eles vão achar que somos namorados. – Eu disse envergonhado.

- Não vão não! Eles acham que somos ficantes apenas. – Ela disse com o rosto rosa.

- Então somos ficantes? – Perguntei sorrindo.

- Acho que sim. – Ela me respondeu envergonhada.

Eu a agarrei e a olhei nos olhos e coloquei minha mão em suas bochechas e a beijei, um beijo de língua, longo e suave, ela ficou na pontinha do pé e pelo que eu vi a peguei de surpresa, ela não esperava por esse beijo. Assim que acabou o beijo ela me deu um selinho longo e demorado:

- Me pegou de surpresa. – Disse ela me olhando nos olhos e me dando mais selinhos.

- Eu... Sei... Gostou? – Tentei falar, mas ela ainda continuava a me dar selinhos.

- Sim, você beija bem. – Respondeu ela me beijando novamente.

Enquanto nos beijávamos eu pensei que era muito cedo para um beijo, nos conhecemos faz apenas 1 dia ou 2 e eu não sabia direito quem ela era ou oque ela fazia da vida. Ela não tinha cara de quem beijava um menino que conhecia apenas 1 dia e ficava com ele, ela tinha cara de inteligente, fofa, legal, extrovertida, bacana e uma namorada legal. Enquanto nos beijávamos também ela passou a mão na minha bunda e eu fiquei com mais vergonha ainda.

- Olha lá os dois pombinhos. – Gritou Erica sorrindo.

Eu e Nica olhamos para Erica no mesmo momento:

- ERICA! – Gritou Nica envergonhada.

- Desculpe. – Disse Erica rindo.

Olhei meu relógio e vi que já eram 14h50 eu já deveria estar em casa, minha mãe me disse que teria curso às 15h15. Beijei Nica de novo e disse:

- Tenho que ir, lembrei que tenho curso de informática hoje, até mais gente. – Eu disse já indo embora.


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