Inesquecível escrita por sthefany Dubrinsky


Capítulo 5
capítulo 5 § África


Notas iniciais do capítulo

a historia retoma toda a abordagem da áfrica numa viagem cheio de humor e aventura.



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Capítulo cinco

África

Existe uma beleza rara na África dizia Henry no seu modo alegre me impulsionando algo que não desejava, mas o que eu estava fazendo aonde eu iria parar, meu mundo estava louco e agora me entregaria à savana para mais loucura.

– quando estiver na África do Sul lembre-se bem de fechar as janelas, a África é que nem Nova York agora invés de ser assaltado na madruga e possivelmente morto, você tem chances de enfrentar cara a cara um felino de 200 kg que necessariamente vai te comer vivo enquanto você grita de dor.

– porque você tem um jeito único de me dizer tome cuidado e me fazer tremer de medo por isso.

Eu estava arrumando as malas não sabia bem o que eu levaria e nem quanto tempo eu ficaria, com sorte o mais breve possível, Henry andava pelo meu quarto mexendo em tudo parecia uma criança bisbilhoteira.

– você vai me deixar com a chave?

– não, espero voltar com tudo intacto e sem nenhuma macha no carpete, vou deixar a chave com a minha vizinha e ela vai dar uma olhada nas coisas para mim.

– sinto-me profundamente magoado com a sua desconfiança.

Ele se sentou na cadeira meio sem jeito e quase caia maldita cadeira nem sei a finalidade dela, mal se consegue sentar e mesmo quando se senta dói demais ás costas, tudo isso porque a Dayanne achou bonita com seu designer italiano. E pensar que isso custou 500 dólares sem utilidade.

A companhia tocou e ele desceu para atender, fiquei dobrando uma camisa de cachemira que só tinha o cheiro dela, alias tudo ali tinha o cheiro dela se eu pudesse jogaria tudo no lixo e compraria novas, olhei ao redor do quarto parecia que tudo isso agora simbolizava uma vida antiga um rumo sem mais serventia um traço antigo de dor e angustia, mas aquela imagem da Torre Eiffel me despertava o mais solene dos sentimentos a esperança.

– Mark a chave já dei à senhora do lado e o taxi já chegou para irmos ao aeroporto, vamos!

As malas eram pesadas parecia que tudo na minha vida estava sendo a minha adorável vizinha foi se despedir mostrando-me que realmente estava com a chave, não deixaria de modo algum com Henry. O coro artificial do estofado do taxi era macio, respirava pausadamente estava à beira de um ataque em um novo lugar desconhecido e para fazer um serviço que mal compreendia. Estudar e alcançar um rico magnata que resolveu gastar uma fortuna em dias comprometendo o juízo da Wall Street, o transito como esperado estava lento e o barulho das buzinas ensurdecedor.

– sabe o que vai fazer né?

– encontrar Karther saber o motivo de seus súbitos gastos fazer um balanço e mandar todas as informações para nossos chefes.

– e é claro parar com tudo isso se não.

– vamos perder os empregos ser chutado da Wall Street e voltar ao Brooklyn para uma vida simples e monótona.

– entendeu o serviço certo Clarck Kent, chegamos ao aeroporto.

O frio da cidade amenizou meu receio estava saindo do outono e entrando no inverno e o clima todo se tornava mais meu lar e todas àquelas lembranças de brincar na neve trazia a ideia de estar ficando longe demais de casa. Passamos pela porta e andamos até o saguão toda a ideia de vindo das atendentes falando boa viagem era quase um choque de adeus.

– vamos não faça essa cara afinal vai estar na terra do Waka Waka daqui a pouco.

– porque entrei nessa loucura, afinal que droga esta tudo piorando.

Ele apertou meu ombro. – você ainda vai me agradecer por isso.

– ou possivelmente mata-lo.

Nos caixas de som se ouvia “ultima chamada para a África do Sul.”.

– vai lá e amostre todo seu, Indiana Jones.

– se você continuar com piadinhas, acho que vou mostra-lo a caveira de cristal.

– é isso aí já esta se tornando selvagem.

Era inevitável não ir, passei pelos portões de embarque e entreguei os documentos para a aeromoça, o coração acelerava dês do momento que despacharam as malas ao estante de sentar na poltrona a classe econômica não era tão ruim, tirando o garoto gordo ao meu lado que comia uma barra de chocolate acompanhando um refrigerante.

– quer um pouco? Ele me ofereceu.

– não, obrigado!

– acho melhor comer as suas ultimas coisas gostosas aqui lá vai ser um horror.

Todas as suas bochechonas rosadas enquanto falava e comia me fizeram pensar que seria um horror para ele, mas os leões adorariam inclui-lo no cardápio. Acomodei-me no acento e a aeromoça gentilmente perguntou se gostaria de alguma coisa, agradeci e não pedir nada toda aquela ânsia me deixava de estomago virado, contudo o garoto pediu mais algumas barras e refrigerantes.

– vai fazer o que na África? Perguntou ele.

– vou a trabalho e você?

– a passeio pelo menos foi isso que instruiu meus pais, minha irmã mais nova esta adorando, entretanto eu e minha irmã não. Sabe ela é adolescente e esta irritada em se manter longe do namorado.

Pensei comigo que sempre a consolo na solidão, mas moderei e pensei que se estivesse no mesmo lugar estaria muito irritado. O avião decolou e me encostei à cadeira para cochilar, o garoto ao meu lado era uma péssima companhia e já estava entendendo porque seus pais o colocaram tão longe deles, a todo o momento se levantava para ir o banheiro passando por mim, colocava um fone tão alto que me fazia desejar que estourasse sua cabeça, porém tudo piorou no fim quase ao fim do trajeto, ele ficou enjoado e entrou em pânico me acordando de um cochilo rápido.

– senhor, preciso passar.

Abrir os olhos devagar e me virei para ele que estava mais pálido que já era, me afundei na poltrona e ele se levantou, um homem passou no corredor entre nós impedindo a sua passagem, o garoto arrotou e tentei sair imediatamente do meu lugar, contudo foi ineficaz em menos de segundos o garoto vomitou entre as minhas pernas sujando a minha calça e meus sapatos, que inferno eu realmente estava adorando a África, quase vomitei em seguida corri para o banheiro tendo todos olhando para mim, me tranquei e limpei com o papel higiênico a calça e o sapato sujo me esforçando para não vomitar.

A aeromoça deu o comando para que todos voltassem aos seus acentos, pois já íamos descer, voltei relutante, mas pode ver que pelo menos o chão estava limpo, o cheiro de vomito era horrível e mesmo com os milhares de desculpas do menino, minha vontade era de joga-lo aos leões. Tudo estava dando errado e todos aqueles chocolates pretos agora tomavam forma entre minha calça e meu sapato quase dizia que defequei, foi essa a imagem que passei no aeroporto internacional da África do Sul, atraindo olhares zombeteiros, se abrisse uma cratera no chão eu seria o primeiro a pular.

Fui recebido por um angolano chamado Naadir era simpático e se esforçou para não rir enquanto me recebia e tratei de justificar em minha defesa.

– um garoto vomitou em mim e havia comido muito chocolate, agora estou com cara de quem defequei, mas não defequei.

– entendo senhor Phend, mas o medo é comum ainda mais de metais que voam.

Seria inútil mudar sem pensamento o melhor seria ir embora logo, pegamos as malas e entramos no Jipe.

– senhor Phend, ponha isso antes de se sentar.

O papelão foi entregue a minha mão antes que protestasse.

– mas eu não defequei.

– isso é para todo o caso.

Fiz o que ele me mandou, envergonhado seguir para uma hospedagem rustica, todos pareciam conhecê-lo e mesmo não falando a sua língua compreendia com seus olhares que eu era uma piada engraçada, Naadir me mostrou meu quarto que era pequeno e quente, mas bem cômodo e antes de me sentar em qualquer lugar me mostrou o banheiro, compreendendo bem o recado fui me lavar e me arrumar para o dia que se seguia. A conexão era até boa e me atualizei contando ao Henry a viagem e recebendo todos os seus risos, dormir o fuso horário matava qualquer um.

Fui acordado por volta das quatro horas e cinquenta minutos o sol já tomava caminho e iluminava o quarto à noite o frio era refrescante de dia era como andar no inferno, para economizar escolhe um péssimo lugar ar-condicionado era tudo que precisava e tudo que não tinha.

Fomos até o mercado ao ar livre a loucura de cultural e cores enchiam os olhos o cheiro e os sabores também, era tanto idioma que não diria de onde vinha, Naadir me guiou, mas enquanto ele negociava com um açougueiro carne moído para a famosa Bobotie, uma comida típica da região. Fui atraído pelos tambores e a dança era tão cheio de vida e alegria quase como um mantra sendo exposto elo corpo.

– bonito, toda essa forma e essa vida, alguns estrangeiros acham apenas belo, mas a muito mais na beleza.

– então o que significa essa dança? Perguntei a Naadir quando se aproximava.

– algo não precisa ter significado, ele só basta ser sentido como uma musica que pode expressar melancolia ou felicidade a dança é a forma do corpo dizer o que a mente esconde.

Voltamos no carro de novo, essa vez fui ao seu lado e sem papelão, precisava começar o trabalho então precisei perguntar sobre áreas demarcadas de terra para a preservação, foi fácil para ele que sabia de tudo e mesmo assim passamos horas na estrada sentindo a poeira no rosto.

– é tão complicado assim achar esse lugar?

– a África é grandiosa tenha calma.

Passei as mãos sobre o papel e observei que em outro país uma reserva de diamante era mantida pelo grupo Karther e ainda preocupados com o dinheiro. Chegamos a uma reserva cheia de arvores e vegetação rasteira típica da África se podia ver algumas zebras pastando.

– uma pergunta há leões aqui?

– aonde a carne a caça, senhor Phend.

O Jipe se perdeu na imensidão levantando poeira e como estava agoniado para voltar para casa, caminhei até a casa da reserva, entrei provocando barulho na porta.

– olá para que podemos ser útil safari.

– não andar entre leões é a ultima coisa que procuro.

– e o que procura então?

– Karther, por a caso o viu, ele esteve aqui recentemente.

– ele?

– sim, o recente dono desse lugar que anda investindo milhões.

A porta se abriu novamente e uma mulher bronzeada e de cabelos levemente dourado do sol surgiu a recepcionista abriu um largo sorriso e gritou “Barbara, olhe quem esta procurando Karther.”. Ela parou ao meu lado e fitou com seus olhos castanhos.

– eu conheço você. Disse tentando me recordar de algo.

– pode ser senhor...

– Phend, eu analiso a contabilidade e preciso encontrar Karther.

– há, que tal um passeio.

– ficar lá fora não.

– vamos quem sabe te levo ao Karther.

Seguir, entrando no Jipe ao seu lado e ouvindo uma musica leve. Ela se dirigiu a mim ao falar.

– que tal verificarmos o lado oeste.

– oeste, ótimo.

O carro acelerou e afugentamos algumas zebras no caminho.

– como vai à vida senhor Phend?

– perdido na África a busca de um magnata enlouquecido.

Revirei os papeis e ela me fitou, afugentei os papeis de seus olhos até que fosse levado pelo vento.

– mas que droga, pode parar, por favor.

Sair do carro e comecei a apanhar os papeis pedindo para que ela viesse a minha ajuda, porém ela ignorou que ótimo, ouvir um barulho como um grunhido. Fiquei imóvel e falei para a mulher mais a frente.

– você ouviu?

– ouviu o que?

– leões.

Ela olhou para os lados e certificou o meu temor.

– acho melhor entrar no carro.

Caminhei devagar e o carro seguiu um pouco a frente, seguir o ritmo ao lado tentando abrir a porta que estava trancada.

– o que esta fazendo?

– o que você veio fazer aqui?

– por deus, mulher... Preciso verificar a estripulia financeira de um magnata.

– e pra que?

– pra que meu chefe não me demita e pra que a Wall Street não entre em catástrofe.

Meus passos se tornaram longos e ouvir outro barulho se seguir, olhei para o lado e perceber que a grama se movia, meu coração disparou e minha respiração se tornou pesada.

– pra que esses papéis?

– pra registo e verificação, ai meu deus, abra a porta.

Bate ofegante a janela e ela me olhava cética, se não estivesse tão desesperado a amaldiçoaria.

– me passe os papeis!

– o que?

– os papeis... Ou a vida.

Com esse argumento a janela se abriu um pouco e pode passar a ela, que fechou mesmo com a minha tentativa de entrar e parou o carro para verificar os papeis.

– isso é particular sabia.

– calado, estou verificando.

Olhei para a estrada e algo marrom se movia com passos arrastado.

– por tudo que é sagrado abra essa porta o leão esta aqui.

– não seja medroso e fique quieto.

– abre a porta.

– e perder a oportunidade de ler tudo isso, sem chance.

Comecei a mexer na maçaneta e percebia a movimentação se acentuar ao meu encontro.

– por favor, abra essa porta!

Ela abriu e me afundei dentro respirando fundo e pondo a mão sobre o peito, ela riu se gabando de o quanto eu era medroso. Fechei os olhos e ela me chamou.

– olhe para a janela.

Olhei temeroso e um veado assustado se esgueirava próximo.

– olhe ai seu leão, o lado oeste só tem veado e hipopótamos, frangote.

– e os grunhidos?

– sua imaginação fértil ou o barulho do vento na grama ou algum animal ferido.

Olhei de volta e uma leoa pulou sobre o veado, fazendo com que todos gritassem e ela pisasse fundo no acelerador, aquela louca quase nos matou ou pior provocou isso. Após o pânico podemos rir da situação, mesmo que um lado meu quisesse estrangulara. Ela me levou até onde estava hospedado, quando a minha mente começou a tomar o real conhecimento da situação sem o anseio da morte em vista.

– boa noite, medroso.

– boa noite, boa noite, você quase nos matou.

– vai brigar comigo.

– não, preciso encontrar o Karther e não é você.

– na verdade é Barbara Karther ao seu dispor.

– então acabou o meu serviço, você é definitivamente louca.

Bate a porta e entrei na pousada ouvindo suas risadas, agora era oficial eu iria embora ao amanhecer, o trabalho e o emprego que fossem ao inferno, eu já estava nele mesmo.


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Notas finais do capítulo

após toda o impressionante passeio na savana será que Mark vai continuar seu trabalho, veja tudo no próximo capítulo.



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