Take me Back escrita por Sky Hope


Capítulo 20
Capítulo 17 - This is NOT a fairy tale


Notas iniciais do capítulo

Ooooooooooooi gente!
Me desculpem por ter demorado um pouco essa semana para postar, maaaaaaas chegueeeei dentro do prazo ein?
Quanto aos comentários, eu li todos e logo vou respondê-los. Obrigada a todas as lindas perfeitaaaas que comentam. Dedico esse capítulo a vocês.
E eu tenho a sensação que esse capítulo vai agradar vcs... Hmm...
Bom, sem mais delongas, boa leitura ae!
Nos vemos nas notas finais ;)



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P.O.V Elena

Luzes neon piscavam por toda parte, dando aos corpos que se balançavam na pista de dança reflexos brilhantes e coloridos. Estiquei o pescoço, procurando o bar mais próximo. Deus, já tinha séculos que eu não pisava naquele lugar.

Entrei na multidão usando os cotovelos para abrir caminho até o balcão do outro lado da pista. Estava quase chegando quando uma mão agarrou meu braço.

Virei-me alarmada para ver quem era o engraçadinho e me deparei com uma garota de cabelos levemente cacheados e um sorriso radiante.

– Lena! Não acredito que seja você! – A garota gritou e me envolveu num abraço eufórico.

– Tori! – agarrei-me a ela, gritando também.

Conheci Tori dois anos atrás, na Grande Apresentação. Ela era de outro acampamento, não muito longe dali, a Hollywood Arts. A grande paixão de Tori era cantar, mas para agradar os pais, ela cursava uma escola de dança e teatro.

– Venha comigo! O pessoal vai ficar louco quando ver você. – ela se separou de mim e ainda agarrando meu braço, me puxou – Espera só até Beck saber que está aqui!

Segui a garota, desviando de pessoas e garçons, pisando em alguns pés de vez em quando. Chegamos à área dos camarotes e Tori me conduziu para uma das cortinas feitas de Cds.

–Ei pessoal! Olha quem está aqui!

Uma dúzia de adolescentes, claramente bêbados, olhou na minha direção.

– Hey gente. É a sósia! – André, um garoto musculoso de pele morena, gritou.

Dei uma gargalhada e fui cumprimentar as pessoas. Eu era conhecida na turma da Hollywood Arts como sósia, pois era muito parecida com Tori.

– Hey Sósia! Vai cantar no palco hoje?

Virei-me na direção da voz, topando com Beck, namorado da Tori e sobrinho do dono daquele lugar. Joguei-me em seus braços, feliz por reencontra-lo.

– Beck! Meu Deus! Seu cabelo está maior! – dei uma risada.

– Você também está ótima. – ele apertou meu nariz, rindo também – Parece bem mais feliz do que da última vez que nos encontramos. Mas se você está aqui... Qual é o problema?

– Hey, Lena... Pode contar qualquer coisa para a gente! – Tori disse, aparecendo do meu lado.

Eu confiava em Tori e Beck, de verdade. E também sabia que se por acaso os outros ali presentes ouvissem meu relato, não se lembrariam de nada no dia seguinte. Mas não queria estragar a noite deles com meus problemas, na verdade, estava ali para esquecê-los, pelo menos por um tempo.

– Ah... Não estou bêbada o suficiente para contar. – dei uma risada, torcendo para ter soado convincente.

Tori soltou um gritinho aprovador e foi buscar mais bebida, mas Beck me olhou desconfiado.

– Está tudo bem Beck. Eu vou ficar bem. – garanti, mais para mim do que para ele.

O garoto assentiu e foi ajudar Tori com os copos.

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P.O.V Caroline

– Ele já está a caminho Aaron. Você precisa manter a calma.

Estava organizando meu guarda-roupa, a fim de deixar mais espaço para Elena e também para distrair a cabeça.

Caroline. Quem não está calma aqui é você. Eu sei que nossa amiga vai ficar bem. No máximo vai ter uma ressaca daquelas amanhã, mas mesmo assim vai estar inteira.

Joguei os cabides que segurava no chão, nervosa com a situação. A verdade é que eu não parava de pensar no estado que Elena estava hoje de manhã. Eu nunca deveria tê-la deixado sozinha.

– Tudo bem, já chega! Vou tomar um ar. Ligo mais tarde quando Elena chegar.

Ok.

Desliguei o telefone e olhei na direção do pastor-alemão deitado na cama.

– O que acha de um passeio noturno Kota?

O cachorro latiu e saltou da cama. Peguei as chaves e sai, trancando a porta atrás de mim.

A noite estava linda, com uma temperatura agradável e o céu cheio de estrelas. Atravessei a primeira ala de chalés, correndo sem ritmo, esperando que ar gelado batendo no rosto servisse para desanuviar os pensamentos.

Estava passando pelos chalés dos professores, com o pensamento em Klaus, quando ouvi Kota rosnar. Parei olhando para o animal. Seus pelos estavam eriçados e os olhos amarelos e brilhantes estavam fixos em um ponto atrás de mim.

Girei devagar, com o coração martelando no peito. Apertei os olhos, tentando enxergar através da escuridão. Foi então que eu vi a silhueta de um homem se aproximando.

– Kota. – sussurrei, tremendo – Vamos sair daqui está bem? Juntos. Eu sei que você é medroso mas, por favor, não saia correndo sem mim.

O cachorro me ignorou e continuou estacado no lugar, rosnando com a cabeça baixa. Dei passos hesitantes para trás, esperando que ele me seguisse, mas continuou imóvel.

– Kota. Por favor. Não é a hora de bancar o cão de guarda. – eu estava começando a me desesperar. A sombra estava chegando perto, e apesar de estar escuro demais para que eu distinguir o rosto, pude perceber, para meu horror, que segurava uma faca mais ou menos do tamanho do meu antebraço.

Então Kota finalmente se mexeu. Parou de rosnar e grudou o corpo na lateral da minha perna, acompanhando meus movimentos para trás e latindo desesperadamente. Espantei-me com aquilo. Aquele cachorro era... treinado? E desde quando Kota protegia alguém além de si mesmo?

As luzes das casas começaram a se acender e cabeças apontaram pelas janelas, provavelmente querendo checar o motivo do escândalo.

A silhueta do homem deu meia volta e saiu correndo, fazendo Kota se calar.

– Controle seu cachorro, Caroline!

Olhei para a janela acima de mim, ainda tremendo, e balbuciei um pedido de desculpas.

– Vamos sair daqui, Kota.

Quase que imediatamente, o cachorro começou a correr, comigo em seu encalço.

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P.O.V Elena

André não parava de falar.

Não sabia quanto tempo tinha ficado sentada ali, mas tinha certeza que não fora pouco, contando que tinha conseguido esvaziar três garrafas de cerveja sozinha. E agora eu segurava outro copo, cheio de uma bebida rosa, que não fazia ideia do que era. E André continuava falando, como se alguém estivesse no mínimo ouvindo suas palavras sem nexo.

– Não! Esperem! Essa é a melhor parte! – André soltou uma gargalhada.

Soltei um gemido, obrigando meu cérebro a prestar atenção em outra coisa. Qualquer coisa.

Voltei o olhar para o grande palco localizado atrás da pista de dança. Uma banda barulhenta de Heavy Metal tocava enlouquecida, os integrantes sacudindo as cabeças freneticamente e gritando ao microfone.

Num canto mais afastado do palco, consegui enxergar Tori e Beck. Estavam conversando abraçados, parecendo totalmente alheios ao pandemônio atrás deles. Sorri com a visão. Meus amigos podiam até não ser o exemplo de adolescentes perfeitos, mas com certeza eram o exemplo de casal perfeito.

Meus pensamentos foram interrompidos por uma gargalhada escandalosa. Bufei, farta e virei meu copo, experimentando a sensação de ardência descer pelo estômago. Levantei-me, ignorando a sensação de tontura e segui na direção das escadas que separavam os camarotes da pista de dança.

– Elena! Está perdendo a piada!

Revirei os olhos e gritei sem olhar para trás:

– Preciso de uma bebida mais forte para aguentar isso, André.

Mais gargalhadas.

Continuei meu caminho com passos hesitantes. A escada não possuía corrimão ou nada que eu pudesse me apoiar. Se você olhasse para o lado, podia ver o chão três metros abaixo e nada o separava dele, nem mesmo uma muretinha ou algo do tipo. Desci o primeiro degrau, concentrada em não cair.

Já tinha vencido quase metade dos degraus quando cometi o erro de olhar para frente. O movimento das luzes piorou minha tontura e eu vacilei para o lado.

Tudo que aconteceu em seguida foi um borrão.

Em um instante eu estava caindo e no outro...

Estava novamente nos braços de Damon Salvatore. O motivo das minhas brigas com Klaus e também meu salvador de plantão.

Ele arqueou as sobrancelhas, os olhos azuis faiscando, frios como gelo.

– Você me pegou... Outra vez. – sussurrei, os olhos grudados naquela boca maravilhosa, que agora se curvava num pequeno sorriso. Talvez fosse o álcool, talvez não, mas o fato era que eu queria muito beijar Damon naquele instante.

– Preciso te levar para casa.

Damon me soltou de uma vez, o que acabou com meu torpor e também com meu equilíbrio.

– Caroline te mandou aqui, não foi? – segurei em seu braço, estabilizando-me.

– Estão preocupados com você.

– Não preciso disso. Posso me virar sozinha.

Rumei o bar pouca distância atrás de Damon, esperando que meus passos estivessem mais firmes do que pareciam. Mas um aperto forte do braço me impediu de continuar.

– Me solta, Damon. Eu estou bem.

– Não, não está. Você caiu de uma escada. Poderia ter morrido!

– Mas eu não morri!

– Por minha causa! – soltou um suspiro nervoso – Você precisa entender que para tudo existem limites Elena. Isso aqui não é um conto de fadas e eu não sou seu príncipe encantado. Não vou estar lá para te segurar toda vez que você cair!

– E por que não?!

Eu não sabia como aquelas palavras saíram da minha boca, mas desejei muito poder engoli-las novamente. A verdade era que eu estava assustada com o efeito que Damon tinha sobre mim. Nos conhecíamos havia pouquíssimo tempo, mas me parecia anos. Aqueles olhos azuis me faziam questionar tudo, desde as minhas ações até meus sentimentos. Era aterrorizante e muito, muito confuso.

Damon me encarou, em choque, por alguns instantes. Sua postura confiante vacilou e pode ter sido impressão, mas enxerguei uma linha de sofrimento em seu rosto.

Mas tudo foi por apenas um segundo e logo Damon havia voltado ao normal.

– Elena, você está bêbada. Caroline está quase morta de preocupação e vai acabar recorrendo ao seu tio se não formos logo. É isso que você quer?

Suas palavras me atingiram como um tapa e lágrimas tomaram meus olhos.

– Damon... Me desculpa! Eu não sei o que eu quero, eu... – segurei a cabeça com as mãos e apertei os olhos – Droga! Eu não sei o que estou fazendo aqui!

Braços fortes me envolveram e me conduziram até a saída. As lágrimas dificultavam a minha visão, mas Damon era um bom guia e não permitiu que eu batesse em nada ou ninguém.

Quando finalmente alcançamos a rua, o ar frio e o silêncio fez com que minha cabeça parasse de rodar tanto. Mas a vontade de chorar continuava ali, apesar das lágrimas terem cessado um pouco.

Continuamos caminhando pela calçada escura, passando por alguns mendigos.

– O-onde e-est-tá o c-carro? – perguntei em meio aos soluços.

Antes que minha pergunta pudesse ser respondida, ouvi uma sirene alta, que me lembrava bombeiros. Damon xingou uma série de palavrões e me puxou para as sombras.

O que me deixou confusa.

– Damon! São só bombeiros! Eles são tão legais...

– Aqueles não são os bombeiros, são a poli... Ei! Elena volte aqui!

Desvencilhei-me de Damon, gargalhando. Que garoto bobo! Eu iria mostrar a ele que não era necessário temer os bombeiros.

– Ei! Aqui! Eu estou aqui, bombeirinhooooos! – A sirene estava cada vez mais perto e eu já podia enxergar as luzes. Elas deviam ser azuis e vermelhas? Eu não me lembrava. – Eu estou aqui!

Damon veio por trás e me segurou pela cintura, me arrastando de volta até a calçada.

– Não! Me solta! Eu quero ver os bombeiros!

– Fique quieta Elena! Por favor! Ai!

Eu gritava e chutava as canelas de Damon. Ele era mais forte do que eu imaginava.

– Me larga! Socorro!

Damon xingou mais uma vez e girou, jogando-me contra o muro pichado e prensando o corpo contra o meu.

Eu estava dividida. Gostava da proximidade em que Damon se encontrava de mim, mas... E os bombeiros?

– Damon, me solta, por favor! Os bombeiros são legais, você vai ver!

– Eu sei, Elena. Eu também amo os bombeiros. Mas o carro que está vindo é o da polícia e se você continuar fazendo esse escândalo eles vão perceber que você está tonta!

Abri a boca, ofendida.

– Você acabou de me chamar de tonta?

Ele fechou os olhos, claramente rogando por paciência.

– Elena, me escuta. Não foi isso que eu quis...

– Eu não estou tonta! Socorro! Bombeiros! – recomecei a gritar, satisfeita ao ver que o carro estava cada vez mais perto.

Damon olhou para trás em pânico. Então me segurou com mais força e colou a boca na minha, silenciando-me imediatamente.

Uma explosão de sentimentos e sensações tomou conta de mim, mas foi muito rápido.

O carro com luzes passou voando por nós e Damon me soltou, ofegante.

– Desculpe, mas eu tive que...

Não deixei que ele terminasse. De algum modo, soltei as mãos do seu aperto e puxei-o para mim, cobrindo sua boca com a minha mais uma vez.

Eu já havia tido muitas experiências maravilhosas na vida. Nadar em um dia quente de verão, acordar tarde nas férias, tomar sorvete de morango, dormir abraçada com meu cachorro... Entre várias outras. Mas nenhuma se comparava a beijar Damon Salvatore.

O mundo inteiro desapareceu no momento em que dei espaço para ele aprofundar o beijo. Ali, naquele momento, só havia nós dois. O resto podia esperar.

Meu coração batia em um compasso desgovernado e meu cérebro só conseguia processar uma frase: “Elena Gilbert, você nasceu para beijar esse garoto”.

Quando o ar foi necessário, Damon me agarrou pelas coxas e me ergueu. Entrelacei as pernas em volta da sua cintura em busca de alguma estabilidade enquanto o garoto trilhava um caminho de beijos pelo meu pescoço, fazendo-me arrepiar da cabeça aos pés.

As coisas podiam ter ficado ainda mais interessantes, mas de repente Damon parou, deixando-me confusa e muito, muito frustrada.

Ele me fez escorregar suavemente até o chão e depois encostou a testa na minha.

– Eu não deveria ter feito isso.

Passei a mão pelo seu rosto devagar.

– E por que não?

Ele sorriu um pouco.

– É a segunda vez que me pergunta isso hoje.

– Você não me deu uma resposta em nenhuma das duas.

Ele suspirou e fitou meus olhos.

– Não posso ser seu príncipe encantado Elena. Você merece coisa muito melhor.


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Notas finais do capítulo

Geeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeente!
Delena kiss FINALLY!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! kkkkk
Não liguem para minha empolgação, é que depois que eu assisti o episódio de Tvd que saiu na semana passada... Meu coração de Delena shipper ficou cheio de inspiração!
Espero que tenham gostado. Semana que vem tem mais!
Comente, favoritem e recomendem! Isso é muito importante para mim, ok amores? ;*
Xoxo
Sky Hope



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