P.O.V. Christopher.

– Tem certeza de que vai querer fazer isso mesmo? – Silvia perguntou novamente. Ela não havia gostado que meu encontro com as Selecionadas seria com todas elas juntas, isto é, no mesmo local e com todas elas. Estava completamente exausto de ter que ficar respondendo a mesma coisa.

– Sim – Respondi revirando os olhos. Ela suspirou e anotou algo em sua prancheta.

– Quanto ao seu aniversário… - Ela me olhou e eu assenti depressa.

– Você quem vai decidir tudo, porém não abro mão de uma cascata de chocolate – Ela riu e se retirou fazendo uma reverência.

Meu aniversário seria um dia depois de conhecer as Selecionadas. Estava nervoso quanto a isso, e se elas não gostarem de mim? Faz algum tempo desde que eu não faço contato com alguma garota – ao não ser minha Mãe e Amberly – e eu não sabia como começar a puxar um assunto.

– Quais são suas cores favoritas? – Perguntei de frente à um espelho. Meu pai quem me ensinou a preparar algum discurso de frente ao espelho, o que eu achei estranho e muito eficaz. – O que gostam de fazer?

Suspirei. Não daria certo fazer isso, ao não ser que eu conversasse com uma mulher de verdade e que não fosse um objeto. Sai de meu quarto e caminhei depressa até o quarto de Amber. Bati na porta esperando ouvir seu sinal.

– Quem é? – Ouvi sua voz que parecia com um sino.

– Sou eu – Respondi depressa.

– Não vou abrir se não disser aquilo que combinamos! – Ela avisou. Bufei e olhei para os lados para ver se não tinha alguém. Os guardas costumam fazer muitos passeios por aqui.

– Sou o Príncipe de cavalos brancos que está em busca de sua querida e eficaz irmã – Disse como um sussurro. Ela pigarreou para eu terminar – que é uma Princesa muito linda e fofa.

Amberly abriu a porta exibindo um sorriso entre dentes. Entrei e ela fechou a porta.

– Sente-se caro irmão – Ela disse de nariz empinado. Me sentei em sua poltrona que não fosse rosa.

Quanto a sua formalidade… É bem normal ela fazer isso, mesmo que tenha só seis anos de idade. Ela consegue ser muito mais formal do que eu.

– Preciso de sua ajuda para treinar meu dialogo – Eu lhe disse e ela riu.

– Achei que nunca fosse dizer isso – Revirei os olhos.

– Qual é sua cor favorita? – Perguntei fazendo um jogo com ela. Amber se sentou em sua poltrona rosa de frente a minha.

– Rosa, e a sua? – Ela perguntou piscando para mim. Eu gostaria de rir naquele momento, mas só faria com que ela me expulsasse.

– Cinza – Respondi formando um sorriso e logo fazendo a segunda pergunta. – O que gosta de fazer?

– Calma irmão! Não apresse tanto assim, acha que elas vão querer ser assediadas com em um interrogatório? – Ela perguntou e eu assenti me conformando. Como não pensei nisso? Elas se assustariam se o fizesse.

– Certo, o que acha que devo fazer então? – Perguntei curioso e ela revirou os olhos mexendo em sua orelha pensando.

– Proponha um dialogo formal em que consiga dar atenção a todas, sendo que depois poderia leva-lás para praticar algo – Ela respondeu. Arregalei um pouco os olhos, minha irmã era realmente inteligente. Isso é muito vergonhoso, e pensar que eu iria propor assistirmos à um de meus filmes favoritos.

– Obrigada vossa alteza – Me curvei para ela com a ideia em mente. Só teria que avisar Silvia.

– Disponha – Ela riu e eu não consegui aguentar e também comecei a rir. – Você poderia rir assim para elas… Seu sorriso é muito bonito.

Fui até ela e me ajoelhei em sua frente. Depois dei um beijo em sua testa.

– Obrigada – Disse sorrindo. Ela sorriu também formando covinhas em sua bochecha.

Sai de seu quarto e caminhei por entre os corredores em busca de alguém que conhecesse.

– Christopher! – A voz era de Philipe, filho de Marlee e Carter. Ele era um pouco mais velho, era Guarda e meu melhor amigo. - E então?

– Não sei oque fazer – Admiti e ele riu um pouco.

– Já tentou ouvir as ideias de sua irmã? – Ele quis saber.

– Acabei de sair de lá – Lhe disse.

– Bem, tente não se intimidar, é você é oque elas querem – Philipe disse rindo. – Pense bem, vinte e cinco garotos e um único Príncipe.

Sorri de canto e ele continuou:

– Se for eliminar morenas, me diga antes o.k? – Ele alertou e eu ri. – Isso não têm graça.

– O.k, eu lhe digo – Disse para ele e ele pareceu se aliviar.

– Agora preciso fazer ronda, nós vemos mais tarde – Philipe acenou se retirando e entrando em um corredor.

Suspirei firmemente e tentei encontrar Silvia. Acabaria de ter uma ideia.