The New Caribbean - New Pirates on Seven Seas escrita por Black


Capítulo 5
Capítulo 4: O Baile de Aniversário da Princesa


Notas iniciais do capítulo

Meta atingida, então aqui estou eu com mais um capítulo!
Espero que gostem e boa leitura!
PS: Creio que ainda não coloquei, então aqui estão o número de comentários para novos capítulos de cada história:
The New Hogwarts I - The Beginning of New Legends - 3 Comentários.
The New Storybrooke I - The Fairytales are Back - 8 Comentários.
The New Caribbean - New Pirates on Seven Seas - 5 Comentários.
Frozen - A Different Story - 3 Comentários e eu conseguir escrever um capítulo para postar.



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Estava tudo devidamente organizado e bem decorado. O Salão Principal do Castelo de Arendelle estava completamente impecável e diversos casais dançavam ao som da música tocada ali, aparentando se divertirem, enquanto Anna apenas observava sem muita vontade, ou mesmo disposição por causa do espartilho, para participar.

Estava sozinha, uma vez que Rapunzel, Merida, Mirana e Alice conseguiram pares para a valsa e ela recusara o convite que recebera. O espartilho era apertado demais e sequer permitia que ela se mexesse direito.

Assim que a música acabou, Kai se aproximou de Anna, chamando a atenção de todos os convidados.

– Princesa Anna de Arendelle. – Gesticulou para a ruiva, que sorriu com um falso entusiasmo quando os convidados aplaudiram. – E agora... – Kai pareceu hesitar por um segundo antes de prosseguir sem a mesma animação de antes. – Um minuto de silêncio em memória ao Rei Charles, a Rainha Elizabeth, a Princesa Elsa e a Princesa Elena de Arendelle.

O silêncio se instalou ali e Anna se sentiu imediatamente mal, uma vez que novamente, do mesmo modo como ocorrera no escritório com os quadros, a saudade se abateu sobre a mais nova, e agora única, Princesa de Arendelle.

Ela imaginara que naquela noite em particular, na qual poderia finalmente conhecer outras pessoas além das que trabalhavam no palácio ou de suas amigas que raramente vinham lhe visitar, fosse se sentir feliz, mas tudo que lhe vinha era a tristeza por partilhar daquele momento sozinha. Não era como havia imaginado. Não sentia a felicidade que pensava que iria sentir, pois, por mais que os portões estivessem abertos e várias pessoas estivessem ali, ela continuava a se sentir sozinha.

Estar ali olhando para todos dançando a fez perceber que ela não tinha mais ninguém, afinal ela era tudo o que restara da família real de Arendelle. Mirana, Alice, Rapunzel e Merida raramente apareciam para lhe visitar, afinal cada uma era ocupada demais em seus lares, além do que, nenhuma delas a entendia. Rapunzel tinha seus pais e nunca estava sozinha. Merida tinha os pais, embora não tivesse um relacionamento tão bom com a mãe, e três irmãos, então não tinha como se queixar de solidão. Alice tinha seus pais e uma irmã, além do que estava constantemente com Mirana, de modo que jamais reclamaria por falta de companhia. Mirana era a que estava mais próxima de lhe compreender, pois perdera ambos os pais ainda mais cedo que a ruiva, a irmã mais velha jamais lhe dirigia a palavra, preferindo fingir que ela não existia, e a Rainha de Wonderland tinha apenas Alice como companhia nos dias que a loira a visitava.

Ainda assim, Anna sabia que elas jamais saberiam o que ela passava. Aos seus cinco anos, sem receber qualquer explicação, ela foi trancada naquele castelo, nunca mais vendo qualquer das irmãs mais velhas, que se trancaram no quarto com a porta branca e desenhos de flocos de neve azuis. Seus pais ficavam bastante com ela, isso tinha que admitir, mas já fazia três anos que eles haviam morrido em um naufrágio, deixando-a completamente sozinha e trancada naquele castelo. Poucos dias depois, suas irmãs simplesmente desapareceram sem deixar vestígios e, mesmo que não mais as visse ou mesmo falasse com elas, aquilo fez Anna sentir-se ainda mais solitária, por mais que tentasse demonstrar entusiasmo aos empregados do castelo, que sempre a viram como uma pessoa alegre e hiperativa.

Perdida em seus pensamentos e não mais querendo ficar naquele lugar que a trazia mais saudade de sua família do que queria naquele momento, decidiu-se por sair dali, percebendo que ninguém mais prestava atenção nela.

Distraída, acabou por ser empurrada por alguém que dançava e cairia violentamente no chão se uma mão forte não a tivesse segurado.

– Acho que a peguei. – Um rapaz de cabelos ruivos e olhos verdes, vestindo roupas brancas dignas de um príncipe, sorriu para ela, logo a puxando para perto de si e começando a dançar com ela sem que ela ao menos notasse.

– Sinto muito por isso. – Anna abaixou o olhar, fitando o chão com vergonha por ter incomodado o ruivo à sua frente.

– Tudo bem. – O ruivo respondeu com o mesmo sorriso de antes no rosto. – De qualquer forma, creio que não fomos formalmente apresentados. Sou o Príncipe Hans das Ilhas do Sul.

– E eu sou... – Anna começou, mas ele a interrompeu rapidamente.

– Princesa Anna de Arendelle. – Ele falou, fazendo-a olhá-lo com certa curiosidade. – Esta festa é sua. Em minha opinião, não há uma pessoa neste salão que não a conheça.

Anna assentiu com um gesto mínimo da cabeça e os dois continuaram a dançar pelo salão como todos os outros convidados. A ruiva tinha que admitir que até estava gostando da companhia do Príncipe das Ilhas do Sul, que lhe parecia um rapaz gentil e agradável.

Assim que a música terminou, se separaram como os demais fizeram e aplaudiram, seguindo o exemplo dos outros convidados. Logo em seguida, Anna guiou o ruivo para a sacada mais próxima dali, que dava vista para toda Arendelle.

Os dois conversaram pelo que lhes pareceu um longo tempo e Hans até conseguiu fazer com que Anna esquecesse completamente o que a afligia momentos atrás.

– Está brincando? – A Princesa de Arendelle soltou um riso baixo e incrédulo. – Doze irmãos mais velhos? – Arqueou uma sobrancelha e seus olhos pareceram brilhar.

– Sim. – Ele concordou com um gesto mínimo da cabeça, sorrindo para ela. – Três deles fingiam que eu não existia e fizeram isso por dois anos inteiros. – Falou em um tom brincalhão.

– Isso parece horrível. – Anna respondeu um tanto quanto surpresa e reprovadora.

– Acho que sim, mas os irmãos não assim, você não concorda? – Hans deu de ombros, parecendo não mais se importar com a atitude de seus irmãos.

– E irmãs. – Anna adicionou, parecendo presa em uma lembrança distante e dolorosa, trazendo um pouco de tristeza no rosto. – Eu tinha duas irmãs, Elsa e Elena. Antes de elas... – A palavra pareceu presa em sua garganta, então ela prosseguiu. – Nós costumávamos ser muito próximas quanto eu era pequena, mas um dia elas simplesmente se trancaram no quarto da Elsa e nunca mais eu as vi. Elas me abandonaram e eu nunca soube o porquê.

– Anna, eu jamais abandonaria você. – Hans de repente declarou, fazendo a ruiva olhá-lo com certa confusão, mas parecendo feliz com o que o Príncipe havia dito. – Eu... Eu... – Ele pareceu sem graça. – Posso dizer uma coisa louca? – Perguntou com um brilho nos olhos que Anna nunca havia visto em ninguém.

– Claro. – A ruiva concordou, curiosa para saber o que poderia deixá-lo tão envergonhado.

– Você casa comigo? – Hans se ajoelhou e pegou a mão dela, olhando-a nos olhos.

Por um momento, o choque percorreu o corpo da ruiva, deixando-a absolutamente quieta. Ela havia passado tanto tempo sozinha naquele castelo que até perdera as esperanças de que algum dia alguém lhe apareceria para fazer companhia. Ainda mais Hans, que parecia ser tudo o que ela sempre sonhara quando seus pais lhe diziam que algum dia ela iria achar o amor de sua vida.

– Posso dizer uma coisa mais louca ainda? – Anna sorriu com uma felicidade incontida, vendo-o afirmar com a cabeça ansiosamente. – Sim!

Hans se levantou e a abraçou com força, levantando-a e girando-a no ar, aparentando a mesma felicidade que ela sentia.

Logo depois, os dois se separaram, uma vez que ele dissera que precisava arrumar os detalhes do casamento com seu pai e voltaria para vê-la depois. Anna voltou ao salão, procurando por qualquer uma das amigas, mas não as encontrava em lugar algum.

A ruiva então sentiu uma imensa vontade sair do castelo e aproveitar a bela noite e o céu estrelado sobre Arendelle. Sem que ninguém percebesse, ela saiu pelas portas principais do castelo e passou despercebida pelo pátio, que também estava lotado de pessoas, até finalmente estar fora dos terrenos do castelo.

Não teve qualquer problema em passar pelos guardas que faziam a segurança do castelo, uma vez que estes pareciam estar aproveitando a festa tanto quanto os convidados.

As ruas de Arendelle estavam absolutamente vazias e até um pouco escuras, estando iluminadas apenas por alguns poucos lampiões acesos nos postes e nas casas. O céu estrelado sem dúvida parecia mais belo naquela noite do que em todas as que ela o observara da janela de seu quarto e, depois de tanto tempo, ela finalmente estava realmente feliz. Não ficaria mais sozinha no castelo e parecia ter encontrado o Amor Verdadeiro no Príncipe das Ilhas do Sul. A ruiva não conseguia melhores motivos para comemorar que não estes.

Porém, seus pensamentos foram interrompidos por alguns ruídos que se sobrepunham ao silêncio que se fazia pelas ruas. Prestando mais atenção, ela finalmente conseguiu ver alguns vultos passando de um lado para o outro e alguns escondidos nas sombras das casas.

Mas o que mais lhe chamou a atenção foi um brilho vermelho-escarlate vindo do porto, que ela logo percebeu serem as velas de um navio ali atracado. Não eram velas normais, uma vez que navio algum tinha velas vermelhas. A ruiva ainda lembrava-se vagamente de algumas conversas entre Kai e a governanta do castelo, Guerda, sobre um navio pirata de velas vermelhas. Vingança dos Sete Mares, se ela não estava enganada.

Um tremor percorreu seu corpo enquanto o medo aos poucos se instalava em seu coração. Um navio pirata estava atracado em Arendelle.

Deu alguns passos para traz, fazendo menção de voltar ao castelo, uma vez que precisava avisar a Guarda do Reino o mais rápido possível, mas os vultos que vira antes começaram a se mover mais uma vez, desta vez perseguindo-a, passando por ela e impedindo-a de prosseguir.

Ela estava sozinha ali.

E pior, encurralada por piratas.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Entenderam os motivos da Anna para aceitar o pedido?
Só lembrando: 5 Comentários para o Próximo Capítulo!