Duas vida, apenas uma escolha escrita por Hayssa


Capítulo 12
O Clarão Branco


Notas iniciais do capítulo

Eu sou uma pervertida ai meu Deus, hahaha brink's :v tava com saudade de vocês



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Sai andando e deixei-o para trás, ele começou a andar atrás de mim e acho que foi por pena de que eu andasse sozinha, mas eu não deixaria ele me fazer entrar naquele carro por nada, nem que ele me pagasse, ele segurou meu braço e eu consegui me afastar, comecei a correr até que ele me puxou e eu acabei ficando de frente para ele e aquela não era uma boa situação, ele começou a me puxar até o carro, tentei me soltar e ele continuou me puxando, ele me colocou no carro e correu até o outro lado e entrou, fomos o caminho todo sem dizer nada, um pouco antes de chegar em casa ele me olhou e eu virei a cara.

–Sofia, desculpa, eu não deveria ter te beijado- ele falou e me pareceu sincero- Desculpa mesmo, eu não deveria.

–Eu não quero que você me beije, ou tente algo comigo, você entendeu?- eu perguntei- A não ser que eu peça- eu não deveria ter falado aquilo.

–Pode deixar- ele falou com um brilho no olhar estranho.

Falei merda, caralho como eu sou burra, burra e burra, desci do carro e andei até o meu quarto e quando eu cheguei apenas me deitei. Toquei a mão na minha boca e fiquei relembrando o beijo do Dan, ele era meu irmão e não podia acontecer aquilo de novo, não sem eu querer, mas e se eu quisesse? E se eu o beijasse sem pedir? Joguei o travesseiro na porta e gritei o mais o alto possível, a minha mãe correu para ver se eu estava bem, apenas sorri para ela e ela desceu com um ar de salvação, fiquei olhando para o teto e depois acabei dormindo, quando eu acordei fui diretamente tomar um bom banho e coloquei uma calça jeans e uma blusa regata preta, fiz um coque e coloquei um batom vermelho, sai de casa e fui para a escola, o Bruninho, a Aria, o Sam, o Lucas e a Julia me esperando na porta da escola, abracei eles e fomos todos para sala de aula, a Anna chegou no intervalo e eu fui atrás dela, olhei para ela que estava parecendo que tinha chorado, ela foi até o banheiro e eu fui atrás dela.

–Anna- entrei e ela me olhou- você está bem?

–Não, eu não estou bem- ela falou entrando em um crise de choro incontrolável- o babaca do Bruno me levou para um motel, e quando eu acordei ele tinha sumido.

–Ai meu Deus do céu- eu falei olhando para ela- Nunca mais chegue perto dele, ele sempre vai estar mentindo.

Ela apenas concordou e ficou ali parada encarando o chão enquanto chorava, levantei-me um pouco rápido e fui andando até a sala 28ª e sentei na quinta cadeira do lado esquerdo da sala, olhei para o meu lado e tive certa raiva o Bruninho já estava quase se beijando com outra menina, percebi que a mão dele estava embaixo da mesa dela, revirei os olhos e voltei a olhar para a professora, a minha professora era uma velha de 65 anos com os cabelos todos brancos, mas ela era bem cuidada, tinha um corpo melhor do que o meu, e usava um óculos um pouco antiquado mais que era bem legal, ela era uma velha bem cuidada, eu queria ter o corpo que ela tem quando eu chegasse na idade dela, vários pensamentos começaram a surgir e a cobrir a minha mente completamente, a maioria eram besteiras e a outra parte era como eu queria voltar ao meu outro mundo, eu quero o Lucas, eu quero ficar com o Lucas do outro mundo, coloquei os livros na mochila e comecei a andar em direção a minha casa ainda pensando em como eu queria voltar, eu não conhecia mais as pessoas desse mundo também e na verdade nem queria conhecer, em questão de segundos os meus pensamentos mudara e foram para o beijo que o Dan tinha me dado, aquele filho de mãe tinha me beijado, mas eu não sabia o motivo do beijo, aquele idiota porque ele me beijou? Eu não sabia a resposta para essa pergunta e provavelmente eu não ia saber nunca, joguei a mochila encima da cama e me joguei nela, fiquei deitada olhando para o teto ate que depois de uma longa hora decidi descer ate a sala para beber um pouco de água e quem sabe socializar com a minha “querida família”, mas por sorte não tinha ninguém em casa então eu não precisaria socializar com ninguém nesse momento tão esperado, mandei uma mensagem para a minha mãe avisando que eu estava indo até o rio, coloquei minha roupa de banho e depois coloquei uma blusa de alça e um short jeans curto, desci e caminhei lentamente até a casa da Julia, bati na porta e a Aria abriu o que realmente me surpreendeu e ao mesmo tempo me magoou, olhei para ela que estava com os cabelos presos em um rabo de cavalo, e um vestido branco realmente lindo com algumas flores lilás, ela estava sorrindo um pouco e eu tive que sorri também, o que eu estava pensando caraca ela é minha melhor amiga, o que eu estava fazendo, eu não devia ficar com raiva dela e sim do Sam, ela não tinha nada a ver com aquilo, bom talvez um pouco. Olhei e Julia estava na sala sorrindo enquanto conversava loucamente com o Sam, ele não parecia estar tão animado assim não, na verdade parecia que ele queria se matar de tão entediado que ele estava.

–Hey, pode chamar a Julia um pouco?- perguntei sorrindo e olhando para ela.

–Entra ai, ela ta na sala.

Entrei e andei calmamente ate a sala de estar deles, a Julia me viu primeiro e parou de falar algo com o Sam que realmente ficou envergonhado quando me viu chegando, sorri para os dois e o sorriso saiu mais verdadeiro do que eu pretendia sorrir, a Julia me olhou e retribuiu o sorriso de uma forma gentil e o Sam apenas ficou me olhando enquanto corava, aquela situação estava divertida demais para que eu desejasse sair dali, olhei novamente para a Julia.

–Hey, eu tenho um convite para te fazer- falei com um sorriso amigável.

–E qual seria esse convite?- ela perguntou sorrindo ainda mais.

–Que tal uma tarde no rio, passamos à tarde lá e vai que a gente socialize com alguém- eu falei rindo e dando ênfase em socializar.

–Oba, eu quero socializa então senta ai e espera eu voltar- ela falou e entendeu minha confusão- eu vou me trocar, senta ai e socializa com os dois.

Sentei e a Aria sentou perto do Sam e ficou sorrindo, ele estava com a mão por cima da coxa dela e estava indo e voltando rápido demais, cara eu estava enjoada já porque aquilo era nojento, ele agora parecia que ia engolir a menina de tão forte que se beijavam. Revirei os olhos.

–Porra, vão pro quarto- eu falei ironicamente para eles.

–O que foi Sofia? Nunca viu?- Sam falou devolvendo a ironia, e sorrindo- ou você nunca fez isso?- agora sim eu tinha entendido aonde ele queria chegar.

–Muito pelo contrario, eu já fiz, mas não quero ver ninguém fazendo- falei com um sorriso malicioso no rosto, e ele ficou surpreso então eu sabia que tinha ganhado aquele jogo de idas e vindas da ironia entre nós mesmo.

–Vamos minha querida- Julia falou rindo.

–Vamos logo- eu falei me levantando apressadamente e não olhando para eles, mas tive que olhar- Tchauzinho e bom proveito para vocês dois- falei mandando um beijo para eles.

Fomos o caminho rindo e conversando enquanto avaliávamos os garotos que passavam por nós, então víamos se era pegavel, se era gostoso e principalmente se era bonito, então nos divertimos muito no caminho, logo que chegamos no rio, ela se sentou na beira e ficou ali molhando os pés, eu entrei e andei até o meio da correnteza, sorri por que aquilo era o meu calmante natural, mergulhei e depois subi e a Julia ainda estava na beira, olhei um pouco atrás dela e vi que tinha dois garotos sentados conversando com ela, ela estava bebendo algo e sinceramente eu sorri e depois mergulhei, tentei enxergar algo e vi que tinha um colar no fundo, tentei nadar ate lá e consegui, peguei o colar e subi até a margem e quando procurei a Julia estava sozinha, já tinha mandado os meninos embora e estava sozinha novamente olhando para a margem, sai do rio e sentei do lado dela, olhei novamente o colar e percebi que era uma corrente de prata com um pequeno pingente com uma linda corujinha com um laço no pescoço e uma pequena coroinha nos pés, era lindo e eu coloquei em mim com a ajuda da Julia. Quando estávamos voltando para casa eu vi que tinha uma menina que deveria ter seus no mínimo dez anos sorrindo para mim, a menina tinha cabelos rosas que estavam presos em dois pitos e um franja que ficava caindo um pouco acima dos olhos dela, ela usava um óculos vermelho que realmente combinava com ela, tinha um olho verde e um outro azul, ela parecia uma miragem, acho que na verdade ela parecia um pouco sonho, pisquei e ela não estava mais lá, eu não fiquei tão surpresa porque em um mundo que eu poderia alternar entre duas vidas nada mais me surpreendia, ou quase nada, sorri para mim mesma e fiquei olhando para a frente. Quando cheguei em casa subi até o meu quarto sorrindo, o dia tinha sido legal e o colar combinava comigo, escutei risos na parte de baixo da casa e os risos eram de uma criança, aquilo só podia ser brincadeira, desci e não tinha ninguém ali, ouvi a porta se abrindo e era o meu padrasto, a Anna e o Dan, minha mãe entrou logo depois sorrindo muito o que era estranho para mim, eles tinham ido para o medico e voltavam assim, subi e fui tomar um banho, a minha musica estava tocando alto demais para mim, quando eu sai do Box do banheiro para a minha sorte estava enrolada na toalha, o Dan estava no espelho do banheiro acho que fazendo a barba,gritei quando vi ele e ele acabou se cortando o que eu achei um bom castigo, ele ficou xingando e eu apenas sai do banheiro andando devagar, olhei para trás e ele continuava me olhando de um jeito estranho, corri para o meu quarto e vesti uma roupa leve para que eu pudesse fazer alguma coisa nesse meio tempinho que eu ficaria em casa, desci e fui até a cozinha para pegar um copo de água e depois subi novamente para o meu quarto e fiquei sentada na ponta da janela olhando para a rua, e eu vi novamente a garotinha sentada lá na frente da casa do Sam, ninguém via ela então ela só podia ser um fantasma de alguém, olhei novamente e ela não estava mais lá, bebi o copo de água e me deitei na cama, nunca mais eu tinha lido um livro, então peguei o livro do John Green, O Teorema Katherine, era um livro interessante para se ler enquanto a sua vida está um caos completo, acabei dormindo com o livro ao meu lado aberto na pagina 50, quando acordei o livro não estava mais ali, ele estava na prateleira ao lado dos outros em uma ordem de favoritismo, sim eu era louca por livros, mas tinha um pouco de tempo que eu não lia, levante e tive que descer até a sala, a minha mãe estava com a Anna deitada no colo dela, o meu padrasto na poltrona e o Dan não estava ali, sentei no sofá que estava vazio e fiquei assistindo o filme de Percy Jackson e o Ladrão de Raios, sim a minha estranha família gostava de mitologia grega o que era realmente bom para mim, fiquei ali vendo e na verdade eu estava um pouco desanimada, estava passando o momento em que o Percy quase beija a Annabeth e sinceramente eu odiei essa parte porque não tinha isso no livro, não tinha mesmo, o Dan não pareceu em momento algum da noite, na hora do jantar a minha mãe me mandou ir chamar ele, o que na verdade era um castigo completo, eu não queria ter que ir ao quarto dele, eu nunca tinha ido lá, bati duas vezes e ele gritou avisando que a porta estava aberta, o quarto dele tinha uma cama de soltei debaixo da janela, uma cômoda ao lado com um livro e um abajur, um guarda-roupa preto, e uma pequena estante suspensa ao lado do guarda-roupa, tinha algumas fotos e me surpreendi ao ver uma foto minha ali, ele estava deitado com o notebook dele no colo acho que vendo algo na internet, ou escrevendo alguma merda, ele me olhou curioso e eu revirei os olhos.

–Minha mãe mandou te chamar para jantar, ou você desce ou ela não vai me deixar em paz- eu falei saindo dali e descendo as escadas, com ele vindo logo atrás de mim.

O jantar foi calmo, quando terminei fui até a varanda da casa e fiquei sentada olhando o tempo passar literalmente, escutei risos e olhei para frente, a Aria estava indo embora da casa do Sam, como uma viagem seria bom, mas não era para mim, e sim para ela e o Sam, eles aproveitariam muito essa viagem. Olhei para o outro lado e vi o Lucas, ele estava com uma blusa preta e uma calça jeans normal, ele me olhou e sorriu, ele devia ter vindo ver a Anna, caraca agora eu lembrei que ela estava com o Lucas, retribui o sorriso e ele ficou parado me olhando, depois entrou e me deixou sozinha com os meus pensamentos malucos, então eu percebi algo simples que eu já tinha percebido, mas tinha fingido que não, e a informação era muito simples e ate mesmo importante.

Eu não posso esperar que o que aconteceu lá no outro mundo venha a acontecer nesse, isso era errado e eu não deveria querer o Lucas, ele era da Anna, e eu não podia nada naquela pior fase: a realidade.

Levantei-me e acabei cambaleando um pouco tonta, quando eu estava prestes a cairalguém me segurou e eu tinha pensado que era o Lucas, mas me assustei ao ver que era o Dan, ele me soltou logo assim que eu voltei a ficar parada sem cambalear nem nada.

Uma semana já tinha se passado e eu agora eu conseguia ver constantemente a mesma garotinha de cabelos rosa, e óculos vermelhos que vivia a me seguir, em todo lugar que eu ia lá estava ela me olhando, a Aria tinha conseguido uma viagem, mas só ela poderia ir, eu não tinha gostado da idéia, se fosse era para ir os dois e não somente um. Eu tinha que ir para a escola, porque tinha ficado na detenção mensal, estávamos eu, o Lucas e a Anna, bom eles se pegavam todos os dias na detenção, eles foram á frente para casa, entrei em casa e fui correndo para o meu quarto, ao abrir a porta, a menininha estava sentada na minha cama sorrindo muito e parecendo se divertir olhando para o teto, sentei ao lado dela e fiquei olhando ela que pareceu não se importar comigo estando ali ou não.

–Está bem quem e você?- eu perguntei e ela ficou me olhando enquanto sorria e mostrava a fileira de dentes brancos- posso saber o nome da menina que anda me seguindo?

–Meu nome é Yuno Gasai- ela falou baixando a cabeça e depois levantando rapidamente sorrindo- eu estou te incomodando?

–Não, não está incomodando não, só que é um pouco estranho ter uma garotinha de 10 anos te seguindo.

A menina sorriu e no rosto dela começaram a aparecer algumas marcas e sangue caia de um corte na barriga, ela desapareceu do nada, esta bem eu estava com medo, aquilo era assustador demais para mim, ela era uma menina linda e ao mesmo tempo era um fantasma, eu não liguei para o tempo que fiquei no quarto, fiquei revirando o colar e pensando em algo bom para fazer, mas não tinha nada que eu quisesse fazer. Acabei dormindo, e tive a sensação de estar andando como um sonâmbulo, e juro que aquilo era real, quando abri os meus olhos uma claridade estava ofuscando a minha visão então eu escutei uma buzina e percebi que aquilo era um caminhão, eu não podia morrer, não agora, e não ali, não depois de tudo o que eu passei e conquistei, mas sim eu iria morrer atropelada, e seria agora, naquelas circunstancias, seria ali, não tinha ninguém para me salvar, então era isso eu iria morrer sem fazer nada da minha vida, ou antes, de dizer adeus aos meus amigos, dizem que um filme passa na sua mente, mas não é verdade, não aconteceu comigo, eu apenas senti um forte impulso de beijar o Lucas, e bem aquele foi meu ultimo pensamento.


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Notas finais do capítulo

Gente eu disse para não me odiarem, eu avisei que ia ter reviravoltas na historia, calma. Favoritem, divulguem, comentem, e me desculpe pelos erros de português, me ajudem comentando e divulgando. Beijos e até o proximo capitulo jujubas da minha vida



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