Even flow escrita por Miss Ann


Capítulo 6
She's a lightning bolt.


Notas iniciais do capítulo

Olá. Demorou, mas saiu. Vamos conversar lá embaixo, uh?



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Himuro conhecia Kagami bastante bem, obrigado. Então, era capaz de perceber as sutis mudanças no comportamento do ruivo. E isso incluía o fato que Kagami andava inventando várias receitas novas, uma melhor que a outra, impressionando até mesmo o paladar de Himuro. O moreno tinha a ligeira impressão que isso envolvia Yukino Sakura, a garota que aparecera há quase três semanas na padaria atrás dele. Era óbvio que, diferente do Kagami, ele reconheceria uma das estrelas da temporada passada quase imediatamente, mas ainda se portou de forma exemplar e discreta, sem perguntar
absolutamente nada para Kagami. Este, por sua vez, também nada falou.
Naquela noite de sexta feira, enquanto limpava a padaria, ligou a TV no canal de esportes. Ele olhou com pouco interesse para a entrevista e continuou a varrer o piso, empurrando as mesas para o lado, até que escutou um nome que lhe era muito familiar. Ao olhar o aparelho, suas sobrancelhas se arquearam tanto que poderia ter tocado a raiz de seus cabelos escuros. Neste momento, Kagami saíra da cozinha com duas vasilhas contendo ramen.
— Coma logo, se não vai empapar. - o ruivo fitou o amigo paralisado no meio da loja e olhou na mesma direção que ele.
A surpresa foi tanta que quase deixou as tigelas caírem. Era a tal coletiva que Sakura havia dito que iria participar. Mas não era aquilo que era chocante: era o fato que ela usava uma blusa de seda e uma saia lápis acima dos joelhos, deixando totalmente a mostra sua perna mecânica. Aquilo parecia ter sido um choque a imprensa, que agora tirava fotos compulsivas dela, enquanto subia para o local que
haviam reservado a ela e a seu antigo técnico, que deveria ser o homem de meia-idade vestido num terno e expressão desagradável. Sakura o cumprimentou com um reverência curta e se acomodou nos lugares que deveria, com um sorriso profissional no rosto.
Kagami deixou as tigelas sobre uma das mesas e correu para aumentar o volume da televisão, permanecendo bem próximo da tela, ainda estatelado com a atitude dela.

— Irei responder a todas as perguntas pertinentes. Imagino que tenham várias. - dizia ela, com um olhar compreensivo. — Mas peço calma de vocês. Não será uma entrevista adequada diante de tanta
balbúrdia. - os repórteres foram se acalmando aos poucos e Kagami percebeu que ela inspirou profundamente, antes de apontar a um dos presentes. — Sua pergunta.
— O que aconteceu com sua perna?
— Em linhas bem gerais, houve eu tive um enfarto, ou seja, um entupimento numa das principais redes vasculares da panturrilha e, até que fosse descoberto, o quadro agravou de tal modo que grande
parte do tecido deveria ser retirado. A opção mais adequada caso eu quisesse voltar a jogar seria a substituição por uma mecânica após amputação.
— E você pretende voltar a jogar? - interrompeu um outro.
— Isso é fato bastante recente. Ainda não pude pensar claramente nisso.
— E o que o técnico Toshio pensa acerca deste assunto? - o homem franziu o cenho, com visível desagrado.
— É uma grande perda para o time a saída de Yukino-kun. Todo o time deixa claro a compreensão por sua situação e deseja o melhor possível para sua carreira. - Sakura ainda mantinha o sorriso, mas este agora parecia desafiador e ligeiramente debochado.
— Agradeço a todos que agora oferecem pensamentos positivos para que eu possa continuar. - disse, num tom ríspido encarando o técnico. — Mais perguntas?
— A senhora foi vista entrando num prédio recentemente. O que... - Kagami engoliu em seco.
— Embora acredite que isso não seja um fato pertinente, eu continuo tendo amigos. - replicou Sakura, franzindo o cenho. — E eu aprecio visitá-los.E apreciaria mais se alguns abelhudos deixassem de me stalkear e fossem atrás de alguém que dependa de notícias para continuar famoso.
— O que quer dizer com isso?
— Eu não sou cantora, atriz ou algo assim. O meu talento é jogar basquete e isso não vai mudar, independente da fama ou não.
— Mas muda se você tiver uma perna ou não. - talvez a intenção do técnico fosse que saísse baixo, mas não foi bem sucedido nisso, atraindo o olhar furioso de Sakura.
— Alguma pergunta a mais? - disse, contendo a raiva na voz. Ninguém se pronunciou. — Caso queiram perguntar mais alguma coisa, falem com o técnico Toshio. Ele sabe bastante acerca do caso e pode dar os depoimentos que tanto desejam ouvir. Agradeço sinceramente a atenção. - disse, se levantando. Mas não se conteve e virou para o técnico. — Espero sinceramente que perceba o seu papel neste problema. E que os patrocinadores também. - dito isso, se curvou diante dos repórteres e saiu a passos duros, sendo seguida por uma horda de repórteres que pareciam mais atiçados que nunca.

*

Kagami ficou mais um tempo na padaria conversando com Himuro sobre o assunto, mas assim que este se esgotou, se despediu do amigo, ajeitou suas coisas e foi para casa, com os headphones pretos tocando músicas americanas que havia se habituado a ouvir. Quando se aproximou do seu prédio, percebeu um carro estacionado, mas ele não deu muita importância até ver Aomine sair dele.
— BaKagami. - comentou ele, aproximando-se a passos largos. — Quase criei raízes te esperando.
— Já ouviu falar de celular, Ahomine? É muito útil, apesar de uma tecnologia recente. - apertaram as mãos, trocando sorrisos. — Como conseguiu esse endereço?
— Isso não importa. Você foi convocado para uma missão essa noite e eu fui obrigado a vir te buscar, então vá se trocar e colocar uma roupa mais bonitinha. - Kagami arqueou as sobrancelhas, mas deu os ombros e se virou. Sentiu o braço de Aomine pesar sobre seus ombros. — E é claro que eu vou acompanhá-lo porque deve haver algo na sua casa para comer.
— Você é um aproveitador. - resmungou, mas subiram as escadas juntos e, depois de deixar o moreno devorando a geladeira dele, foi tomar um banho rápido. — O que eu tenho que vestir, Aomine? - questionou do quarto, enquanto secava os fios ruivos.
— Estamos indo para uma boate de primeira linha porque você lembra que eu sou famoso para caralho e não quero ninguém me perturbando. - Kagami revirou os olhos, ignorando Aomine e vestiu um jeans escuros de bom caimento e uma blusa de botão clara, além de calçar um par de sapatos sociais. Ajeitou o cabelo, pegou um relógio de pulso e a carteira; logo estava pronto e dentro do carro do moreno, enquanto conversavam sobre a temporada de basquete.
Ao chegarem ao local, Kagami se surpreendeu com a fachada discreta e elegante e mais ainda quando entrou e descobriu o largo ambiente enfeitado com decoro e minimalismo. Várias pessoas conversavam em seus grupos, todos tão bem vestidos de tal modo que Taiga se sentiu um pouco enrubescido. Aomine falou rapidamente ao celular assim que entraram e não muito tempo depois, o olhar rubro se prendeu num grupo que se aproximava.
— Kagami. - comentou Midorima, com um gesto discreto da cabeça e a sempre expressão séria. Takao o acompanhava. — Quanto tempo.
— Midorima. - replicou, na mesma expressão. Imayoshi também estava no grupo — e o ar de deboche que o cercava, claro. — Como está a vida?
— Movimentada. Medicina é uma carreira bastante agitada. - ajeitou os óculos da mesma maneira que fazia anos atrás e Kagami se viu impressionado, já que as pessoas não pareciam ter mudado tanto.
Se acomodaram numa mesa comprida e começaram a conversar e a beber. Vinte minutos depois, duas pessoas ligaram para Aomine, que trocou diálogos rápidos e na segunda ligação, ele se afastou da
mesa.
— Midocchin! - a voz melódica invadiu os ouvidos de Kagami, mesmo com todo o barulho da música, e ele se virou a tempo de contemplar Yukino Sakura se aproximar da mesa em passos altivos e um
sorriso esbajando alegria. — Takao-kun, você veio! - cumprimentou o rapaz de sorriso maroto com um aperto de mãos. Com Imayoshi, houve menos decoro, onde depositou um beijo na bochecha dele. — Kagami-kun! - mesmo tendo sido relegado ao último dos cumprimentados, ele se viu sob o abraço rápido dela e pôde vislumbrar o sorriso que ela lhe oferecia com tanto calor. Ela estava muito bonita com uma calça de cintura alta e uma blusa de seda lilás por dentro, além do blazer de cintura demarcada. Seus cabelos prateados caíam esvoaçantes por suas costas e aparentemente, ela havia dispensado os óculos pelas lentes de contato, deixando que suas enormes orbes violetas brilhassem sob as luzes da balada. — Cadê o Kise-kun, Ahomine? Você prometeu!
— Ele está fora da cidade e não pôde vir, Sakura. - a garota fez bico, mas Aomine rapidamente o desfez, roubando um selinho da garota, que gargalhou.
— Ahomine, você não presta! - aquilo fez o ruivo fraquejar na cadeira. Porém era só o início.

As bebidas iam chegando e os rapazes e a garota bebiam continuamente, enquanto conversavam principalmente sobre o tema que mais tinham em comum. Depois de gastarem todos seus conhecimentos esportistas, passaram a falar sobre sua carreira e vida pessoal. Kagami prestava pouca atenção a conversa, observando Sakura e Aomine conversarem com mais intimidade, trocando risos baixos e carinhos e tapas. Volta e meia, seu olhar vermelho se cruzava com os violetas dela e ele sentia-se enrubescer, só que continuava ali, olhando-a, vendo o brilho em seu olhar e um sorriso que parecia dar nós em seu estômago. Kagami estava arrasado com a perspectiva dos dois amigos estarem saindo juntos porque Sakura parecia tão certa ali... Ele balançou a cabeça de um lado ao outro e
resolveu ir ao banheiro.
Na volta, esbarrou em alguém e, depois de se desculpar, ingressou numa conversa com a tal pessoa — uma mulher com mais de trinta anos num vestido justo e batom vermelho-paixão. Ela se interessou logo pelo rapaz ruivo e educado, passando a puxar assunto com ele e não houve outra alternativa a não ser o ruivo permanecer ali, continuando a falar. Kagami riu das piadas dela, mas se esquivou de seus toques com cortesia. Sustentou o sorriso durante toda a conversa e até se sentiu lisonjeado com os elogios que a outra lhe oferecia. Por fim, ela disse estar tarde e tinha que ir, contudo deixou o telefone dela com Kagami, antes de se despedir com um cumprimento mais íntimo e se afastar. Rindo da situação, Kagami retornou a mesa e avistou apenas Sakura. Os outros tinham ido para ao bar, banheiro e pista de dança (apenas Takao querendo arrastar Midorima para situações vergonhosas).
— Era uma bela mulher ali. - disse Sakura, cruzando as pernas longas com fineza e bebericando um gole de uma bebida laranja. — Quantos anos?
— Trinta e cinco. - ela assoviou e sorriu, mordiscando o lábio.
— Uma mulher bastante madura. Costuma ser assediado assim? - ele meio que assentiu, depois de sentar a mesa e olhá-la. — Bom, deve ser engraçado ao menos. - mexeu a bebida com o canudinho e não falou mais nada. Maior parte da mesa voltou e Sakura foi dançar com Aomine, deixando Kagami desolado no seu canto, acompanhado apenas de sua cerveja. Ficaram até as duas da manhã dentro do local, quando resolveram ir para casa.
— Antes de irmos, um brinde!- disse Sakura, erguendo sua long-neck. — Ao segredo de Yukino Sakura revelado nas TVs de todo o Japão! Kanpai! - brindaram com vaias e elogios pela coragem dela.
Kagami não disse nada. Apenas ergueu sua garrafa e depois virou o conteúdo. Observou Aomine ir para o lado da mulher e abraçá-la pela cintura, só que vê-la se pendurando no pescoço dele foi demais para o ruivo, que deixou a boate por um instante, apenas para pegar um ar fresco.
A brisa noturna batia em seu rosto e o fazia formigar de um jeito engraçado. Ele olhou para o céu estrelado e se perguntou como Sakura tinha conseguido conquistá-lo tão rápido. Talvez fosse seu rosto, suas roupas e seu corpo esbelto ou então apenas seu jeito espontâneo de agir e a maneira como falava das coisas que amava com tanta devoção que era capaz de fazê-lo sentir amor por aquilo.
— Ia embora sem se despedir? - ele olhou para o lado, visualizando a mulher. — Achei você contido hoje.
— Só vim pegar um ar fresco. - escondeu as mãos nos bolsos do jeans. — E talvez fosse impressão sua. Achei você bastante reservada com o Aomine. - desviou o olhar para o céus e entortou um sorriso triste. — Começaram a sair quando?
— Como? - será que ela era capaz de dissimular tanto assim?
— Aomine e você... Sabe? Estão juntos? - a risada dela parecia soar como deboche a ele e não deixou de ficar levemente irritado.
— É claro que não! Que ideia! - exclamou, ainda rindo, atraindo a atenção de Kagami. — Só por causa do selinho? Dai-chan sempre faz isso quando não me dá o que eu quero. Como se isso fosse me convencer!
— Mas as conversas...
— Oras, Kagami, Dai-chan é meu melhor amigo e nós gostamos de conversar assim. - tocou o braço dele, fazendo-o fitar os olhos dela. — Se a pessoa deixar, Kagami-kun, eu me torno carinhosa e gentil com ela. Eu sei que não é um costume japonês, mas eu aprendi isso no tempo que vivi fora. Eu acho que torna a amizade tão gostosa. - sorriu para ele, de tal maneira que Kagami sentiu um calafrio delicioso percorrer a coluna. Ficou encarando-a longamente e vice-versa e, talvez, se ele quisesse tentar algo, ela não se importaria. Mas se conteve, abrindo um sorriso. — Satisfeito com a minha explicação? - não disse nada para não se enrolar. — E aquela loira que te deu o telefone? Qual a explicação?
— Esbarrei nela e ela começou a puxar assunto comigo. - Sakura soltou um muxoxo de impaciência, arrancando uma gargalhada dele. — Com ciúmes? - questionou, depois de vê-la resmungando por cinco minutos.
— Posso te levar para casa? - ele arregalou os olhos, porém sorriu.
— Pode. Só vou lá dentro pagar... - ela o interrompeu.
— Já está tudo pago. Hoje o dia foi de comemoração por eu não ter tentado matar meu antigo chefe. E também porque... - olhou o relógio. — Já passou da meia-noite e é meu aniversário e eu não vou fazer nada. - o ruivo franziu o cenho. — Vou lá dentro cumprimentar os rapazes, se quiser ir comigo. - voltaram para a boate, onde Aomine e Imayoshi brincavam de virar cervejas no menor tempo possível.
Sakura se despediu de Midorima e sussurrou qualquer coisa no ouvido de Takao, que soltou uma grande gargalhada bêbada, levando um sério esporro de Shintarou. Deu um beijo no rosto de Imayoshi, que segurou em seu braço, gesto que não passou despercebido a Kagami. Num movimento rápido, ele a colocou no colo e começou a enchê-la de beijos e Sakura tentou se afastar. A raiva de Kagami subiu
rapidamente e quando menos viu, já tinha jogado Sakura para perto de Midorima e Takao e segurava o colarinho da blusa de Imayoshi. Aomine também havia se projetado sobre a mesa, ameaçando o colega de secundário.
— Não toque nela assim. - sussurrou Taiga, a voz rouca de raiva. — Ou não respondo por mim. - um toque macia em suas costas o fez olhar para trás e encontrar Sakura, olhando-o com orbes doces.
— Pode soltar ele. Imayoshi não vai fazer mais isso e vai parar de beber por essa noite. Certo, Imayoshi? - o de óculos respondeu qualquer coisa inteligível antes de ser jogado na cadeira. — Dai-chan, cuide dele, por favor. - pediu ao moreno que assentiu. Se despediu dele com um beijo no rosto e um abraço e foi embora, guiando Kagami pelas costas. O ruivo estava enfurecido pela calma que ela
apresentava e inspirava fundo para relaxar, o que os fez permanecer em silêncio até entrarem no táxi. — Mais calmo, Kagami-kun?
— Por que você ainda pediu que cuidassem dele? - resmungou, apertando as mãos em punho. Sakura pousou as mãos sobre as dele.
— Eu saí com Imayoshi algum tempo durante a faculdade, mas não terminou muito bem.
— Por?
— Porque ele me traiu com uma garota que fazia Letras e eu peguei no flagra.
— E você ainda convida ele para sua comemoração?!
— Ainda somos amigos. Ele me pediu desculpas depois de tudo e eu aceitei. - Kagami continuou pasmo. — Eu tento não guardar ressentimento das coisas, Kagami-kun. Não ajuda muito. Até porque, na época, apenas era um bom divertimento. Eu nunca... Sabe? Não por ele. - finalizou a frase e se afastou do rapaz, olhando a janela distraidamente. Não levou muito tempo até chegarem ao endereço dele.
Depois de pagar ao motorista, ele olhou Sakura e torceu os lábios. Em teoria, já era aniversário dela e não sabia o que dizer.
— Você ainda vai estar na cidade hoje?
— Acho que sim, não tenho o que fazer em casa mesmo. Por que?
— Vem a noite para cá. Vou te ensinar algo legal como presente. - o sorriso aberto dela fez Kagami ofegar.
— Sério? Obrigada! - deu um abraço apertado nele e se despediram. Ele viu o carro se afastar e tinha uma única certeza. E não queria acreditar naquilo.


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Notas finais do capítulo

Oláá! Então, ciúmes rolando solto, mas ninguém se apresenta para jogo. Tsc. Mas isso vai acabar logo, hoho. Vou tentar postar outro capítulo hoje, mas ele precisa ser escrito, então provavelmente seja durante a madrugada!
Obrigada a Ruki mais uma vez que vive ali na caixinha de comentários. Acredite, garota, cê que me motiva a continuar escrevendo essa história com seus comentários super fofos!
E você aí que tá lendo e tá com vergonha... Fica não. Se quiser, vem cá dar um cheiro na autora(?), eu não mordo!



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