Always in My Head escrita por Kizimachi


Capítulo 4
Capítulo IV - Follow Me


Notas iniciais do capítulo

Obrigado ado ado ado a todos vocês que acompanham!! beijo do tio Kizi :*
O título é em referência à uma música do Muse.



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P.O.V Nico

A semana correu bem, o que é bastante estranho. Normalmente, tentavam fazer bullying comigo ainda por aqueles boatos todos os dias, mas essa semana foi bastante calma. Até mesmo a Grace não me importunou. A última vez que eu tinha dialogado com ela, foi no fim da noite do trabalho sobre Tolstoi, quando perguntei pra ela qual era o ano da moto, e ela respondeu "o ano da sua mãe". Quanta maturidade.

Bem, de terça até hoje, sexta, as conversas nos corredores sobre A festa cresciam exponencialmente. Até mesmo alguns nerds falavam sobre. Destaque para o grande cartaz, ocupando o mural inteiro, com a frase: "Culto de adoração aos Stoll - Vagas abertas. Assinado: os Stoll". Esses dois não têm jeito mesmo. Rio com isso, até que...

P.O.V Thalia

Não aguento mais todas essas conversas sobre essa festa. Tomara que ela passe logo. Mas que seja bastante... intensa. Adentro a escola, observando minha playlist. Bato em alguém, e, quando levanto a cabeça, já preparada para xingar o idiota, vejo que é O idiota.

– Grace... parece que você tem um fetiche por mim e por corredores. - Falou o idiota, sorrindo de lado.

– Ha, ha, ha, di Angelo. Circo di Angelo, apresentando o palhaço Nicolas di Angelo. Já pensou nisso, di Angelo?

– Meu sobrenome é doce, ou o quê, Grace? Acho que você está apaixonada por mim.

– Tadinho de você, autista tão novo... - ponho a mão na bochecha dele, com uma falsa cara de tristeza. Feito isso, sigo meu caminho para a sala de aula.

Tudo correu como sempre: extremamente chato e pontual. Saí da escola às 14h. Marquei de ir pra casa da Annie às 19h... Acho que vou praticar algum exercício essa tarde, estou sedentária! Chego em casa, guardo a moto, falo com meus pais e já vou direto pro chuveiro. Tomo um banho rápido, ao som de Muse, e decido o exercício: uma corrida básica. Ponho uma legging preta, e uma regata do LMFAO, além de meus queridos tênis da Under Armour, é claro. Antes de sair de casa, vejo meu casaco esportivo também da Under Armour jogado num canto de parede. Decido usá-lo, já que não me lembro desde quando ele está ali. Vou direto pro central park, já que minha casa não ficava longe. Passo uma hora correndo ao som de muse (óbvio que não corri uma hora direto, dur. Não sou o Cristiano Ronaldo, aquele deus grego). Caminhando, vou apreciando a vista. Olhando umas lojas que eu nunca tinha percebido, crianças brincando, casais se engolindo, velhinhos jogando baralho, o di Angelo descendo do seu carro... espere aí. Esse idiota só pode me seguir. Parece que ele não percebeu que eu estou por aqui, então decido aprontar... chego próximo dele, que está olhando o celular, encostado no carro, e falo, com a voz mais maldosa que conseguia:

– Perdeu, playboy. - Ele para de digitar, e levanta a vista calmamente.

– Isso foi uma tentativa de me assustar, idiota? E agora virou atleta? - Ele pergunta a volta a digitar.

– Foi sim. Você é muito sem graça, além de imbecil. Você parece ter todos os defeitos do mundo. Só o seu bom gosto musical salva. - Ele dá de ombros. - Mas não, só quis correr em paz. Posso, ou é proibido? - Novamente, ele dá de ombros. Isso já está me irritando. - O que fazes aqui? - Ele dá de ombros de novo.

Odeio esse menino. Aaaaargh.

P.O.V NICO

De repente, a idiota arranca meu celular das minhas mãos.

– Vou contar até três pra você me devolver. 3... - Falo friamente e levanto a mão, fazendo a contagem.

– Você não pode...

– 2...

– Me ignorar. - Paro os dedos no 1 e levanto a vista para ela.

– Me dê um bom motivo para isso. - Enquanto ela parecia pensar, pego meu celular de volta.

– Você é tão sem graça, cara.

– Você já disse isso.

– E o que me impede de continuar dizendo? - Dou de ombros, sabendo que ela odeia isso. Ela bufa e vem para cima de mim. Quando ela levanta a mão para me dar um tapa, eu acho, ponho o indicador na testa dela. E ela para. Isso sempre funciona.

– Não me bata, isso é chato. Mas ouça - empurro ela com o mesmo dedo e depois o retiro da sua testa - Tenho que ir comprar algumas... coisas para a festa naquele mercado. - Aponto com o polegar para trás. - Quer me acompanhar?

– Não é algo muito prazeroso andar com você, di Angelo, mas não tenho nada para fazer mesmo. - Dou de ombros e me viro, ouvindo um dicionário inteiro de palavrões vindo da Grace. Não pude deixar de perceber quando ela tirou o casaco quando entramos no mercado. Tá, uma coisa tenho que admitir, ela é muito bonita. Gostosa.

– Bem, só por curiosidade, esse mercado parece pequeno, mas ele é famoso por sua sessão de bebidas, que é... - levo ela até umas escadas que desciam para o subsolo - aqui.

– Nem à pau que vou com você para um subterrâneo, di Angelo. Vai que você me ataca e... - enquanto ela falava, fui descendo. E ela me seguiu, ainda tagarelando. O subterrâneo era pouco iluminado, dando um ar medieval, que era a intenção do dono do mercado. Umas 12 pessoas estavam lá, inclusive, aquele idiota que me chamou de gay na volta às aulas. Ele passou por mim, mancando, com o olhar baixo. Que bom. Sorrio para mim mesmo com isso.

– Grace, pare de tagarelar por um instante. Obrigado. Veja bem, não sei você, mas eu amo tequila. Vai comprar o quê?

– Garoto, você também tem bom gosto por bebidas. Também vou de tequila. Façamos o seguinte, compre uma garrafa para nós.

– Também vai me pedir em casamento, Grace?

– Vai tomar no... - Botei a mão na boca dela.

– Bons modos, Grace, bons modos.

Subimos com a garrafa em mãos e pagamos no caixa.

– Quer carona? Parece que você não veio na sua moto do ano da minha mãe.

– Pois é, idiota. Mas sim, por pena, eu aceito.

– Por pena? mas eu é que deveria ter pena... ah, vocês mulheres não têm lógica...

– Como é, di Angelo? - Ela fala e olha para mim com uma expressão que eu tinha certeza que, se fosse uma doença, seria uma ebola da vida.

– Não estou mais aqui. - E abro a porta do carro para ela. - A volontà, signorina.

Antes de entrar no carro, ela para e me encara, semicerrando os olhos.

– E agora fala espanhol, di Angelo?

– Isso é italiano, stupida. E parece um pouco óbvio que falo, não é? - sorrio vitorioso. Ela bufa e entra no carro. Fecho a porta e entro pela minha.

– Tá, tem muuuuuuitas bandas aí, escolhe uma. - Aponto para o Player do carro. Mas vejo que ela já estava mexendo lá.

– Já estou trabalhando nisso, di Angelo. Hoje estou para Muse. Hm, você tem Follow Me. Pode ser. - Ela dá Play no som. É uma música muuuuito boa. Matt Bellamy fez pro filho dele. Dou partida no carro, mas, antes de sair, pergunto.

– Onde é sua casa?

– Não te interessa. - Dou um tapa na testa.

– Grace, te entregarei o diploma de imbecilidade. - Levanto os braços, quase desesperado com a estupidez dela - Como vou te deixar? - Ela olha no relógio e diz calmamente.

– São quase 5 horas. Combinei de ir pra casa da Annie de 7. Mas pode me deixar lá. Sabe onde é? - ela fala, olhando as unhas.

– Claro, já fui deixar o Percy várias veze...

– Obrigado pela resposta, não perguntei o resto. - Ela sorri vitoriosa. Ela ainda me paga. Durante o caminho, nós alternávamos nas músicas. Cada um cantava uma parte de cada música. Ela até que canta bem.


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Notas finais do capítulo

Bem, foi um capítulo bem rápido, apenas para introduzir a festa. Deem o feedback!



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