Alguns dias se passaram, Carole e Finn estavam de volta, e Blaine continuava no mesmo estado. Não melhorava nem piorava. Para Kurt, isso era bom, mas o moreno parecia impaciente.

Os dois estavam deitados na cama em uma tarde entediante e chuvosa. Eles estavam abraçados, e Kurt estava quase caindo no sono.

– Kurtsie? - O moreno o chacoalhou carinhosamente.

– Mhm... - Murmurou o castanho em resposta.

– Não dorme. Fica comigo, eu estou entediado!

– Não tem nada que eu possa fazer. Se você está entediado... Me abrace. Ou vá catar coquinho no meio do asfalto. - O garoto fechou os olhos novamente, deixando o namorado um pouco surpreso.

– Oh... Tá legal. Eu te amo. - Falou Blaine, tentando manter uma voz triste.

– Argh, Blaine. Eu sinto muito, tudo bem? - Kurt se virou, ficando de frente para o namorado. - Eu também te amo. E você é muito chato.

– Eu sei. - Ele colocou os braços envolta do mais velho.

– Podemos nos casar? - Disse contra o peito do namorado, e continuou antes que o mesmo respondesse: - Quero dizer... Viver nossa própria vida, sozinhos. Eu quero cuidar de você e quero que você cuide de mim. Isso não é um pedido oficial, eu apenas te amo muito, e quero aproveitar cada segundo da minha vida ao seu lado.

– Isso é lindo, Kurt. E é claro que podemos. Quando você estiver pronto. - Ele beijou a testa do garoto em seus braços, e fechou os olhos, tentando processar tudo o que tinha escutado.

O casal passou o resto da tarde dormindo e sonhando com o futuro casamento. Porque não? Eles eram jovens e deveriam aproveitar a vida. Mas não era muito bem por esse motivo que Kurt queria apressar as coisas.

Desde que Blaine descobriu a doença, Kurt pensava em casamento. Ele não queria que o amor da vida dele morresse sem casar-se com ele primeiro. O sonho dele sempre (bem, desde o dia em que se conheceram) fora ter uma vida perfeita com Blaine.

E se o moreno morresse precocemente, ele pelo menos teria lembranças boas sobre os anos casado com o seu amor. Isso pode parecer meio negativo, ou até mesmo egoísta, mas era assim que ele pensava.

Kurt tentava muito lutar contra os pensamentos negativos, mas era meio difícil quando seu namorado tem a doença considerada o mal do século.

...

– Acorda, meu bebê dorminhoco. - Kurt beijou o namorado carinhosamente, tentando acordar o mesmo.

– O que aconteceu? Que horas são?

– Já é de madrugada. A gente dormiu por 10 horas seguidas, e mesmo que dormir ajude na cura do câncer, 10 horas já é suficiente. - Os dois sorriram e Kurt sentou "em cima" de Blaine, colocando as pernas envolta dos quadris do mesmo.

– Agora nós não vamos conseguir dormir.

– Eu sei. Você acredita que eles não nos chamaram para o jantar? - O castanho fez beicinho.

– Eu não estou com fome. Você está? Posso preparar algo para você se você quiser...

– Não se preocupe, bebê. Eu estou bem. - Kurt sorriu e se inclinou para a frente, beijando os lábios do namorado. - Você tem um gosto muito bom.

– Você diz isso pois nunca sentiu o gosto dos seus lábios. Ou do seu... - O menino de olhos azuis interrompeu o namorado rapidamente, corando.

– Eu entendi, Blaine. - Blaine soltou um sorriso bobo e acariciou a bochecha do amado.

– Você é tão tímido e fofo. Porém, não precisa ser tímido comigo. Você sabe disso.

– Eu sei, principalmente depois de todas as coisas que já fizemos juntos. - Kurt riu, corando mais ainda.

– Eu te amo mais que tudo. - Disse o moreno, mordendo o lábio.

– Você é tão sexy...

– E você perdeu a timidez rapidamente, certo?

Continua...