Where have you been all my life? One-Shot escrita por one less lonely girl


Capítulo 1
The Only One


Notas iniciais do capítulo

Aloha meus loves! Aqui estou eu com uma one-shot especial de dia dos namorados (dia esse que eu não tenho com quem comemorar mas enfim)!
Escrevi essa mini história com muito carinho e coisas do tipo, e espero que gostem!
Beijocas no ar ♥



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"where have you been, cause I never see you out, are you hiding from me, yeah? Somewhere in the crowd?"

E lá estava ele, o dia mais odiado do ano.

Pelo menos pra mim.

É meio complicado, existe uma série de fatores que me fazem odiar o dia doze de junho. Eu poderia ser legal e fazer uma lista resumida, explicando os meus inúmeros motivos pra detestar aquela data, mas sou chata demais pra isso.

Acho que o fato de o capitalismo consumir completamente o verdadeiro significado do dia dos namorados deveria ser o suficiente, mas na verdade, aquilo passava longe de ser a causa do meu pavor por corações vermelhos e "feliz dia dos namorados". Afinal, que tipo de casal deseja ser feliz só naquele dia? Ridículo, não?

Certo, tudo bem, até que é legal ganhar um buquê de rosas vermelhas, ou um anel de brilhante, mas precisava ser naquela data? Por que não "feliz dia normal, mas não importa porque eu te amo"? Muito mais original, não é? Eu, particularmente, acho. E novamente, isso não tem nada a ver com o fato de eu odiar o dia dos namorados.

Na verdade tem, mas só um pouquinho, um pouquinho mesmo, quase nada.

Mas, venhamos e convenhamos, se você tivesse descoberto que foi traída, e pior, que essa bomba tenha explodido justo no dia dos namorados, você concordaria comigo. Mas já que, noventa e nove vírgula nove por cento das estatísticas apontam que você provavelmente não descobriu ser a maior chifruda do pedaço e, você continua uma garota iludida que ainda acredita no amor, não me critique por não o perdoar.

Se fosse você, o que faria se recebesse, no dia dos namorados, do seu lindo e gostoso namorado loiro um belíssimo anel de brilhante? Mas, e se no cartão, a dedicatória que você encontrasse não fosse para você? E sim para uma tal de Rachel?

Bem, acho que agora você entendeu o ponto.

"Para a minha ruiva mais gostosa. Feliz dia dos namorados, Rachel! Do seu eterno amor, Luke"

A dedicatória por si só já era terrível, mas então, me ocorreu o fato de que eu não era ruiva, e muito menos me chamava Rachel. Eu mal podia acreditar na sua cara de pau, ele havia me dito que iria visitar a mãe, que morava no Texas, pois era o seu aniversário, e devido a isso não poderia passar o "nosso dia" comigo, e por isso mandou o presente por correio.

Mas agora eu sabia que não tinha mãe nenhuma, ele deveria estar naquele dia com a sua "ruiva gostosa", dando para ela sabe se lá o que, que na verdade seria o meu presente.

Compreende melhor, agora, o meu ódio mortal pelo dia dos namorados?

-Você sabe que eu odeio dia dos namorados!

-Mas isso já faz dois anos Annabeth! Você não pode ficar se corroendo por uma coisa que aconteceu dois anos atrás! -minha melhor amiga, Silena, tentava argumentar

-Tanto posso, como vou -digo, dando de ombros e aumentando o volume da minha televisão tela plana de 36 polegadas

-Mas não devia! Sinceramente, Annabeth, me admira que uma garota tão decidida como você continue dando importância para uma besteira como essa!

-Eu não estou dando importância, Silena, apenas me recuso a fazer qualquer coisa no dia da morte de algo tão importante para mim!

-E eu posso saber o que seria?

-O amor, o amor morreu pra mim

-Você só pode estar de brincadeira! Francamente, você mais parece uma daquelas velhas amarguradas que ficaram pra titia!

-Eu não sou uma velha amargurada!

-Mas é claro que não é! Você é uma garota de vinte e um anos, decidida, inteligente e linda! Qualquer garota nesse campus morreria pra ter ou ser um terço do que você é...

-Tecnicamente, se ela morresse, não poderia ser...

-Você me entendeu! E não mude de assunto!

-Eu não estou mudando de assunto, até porque esse assunto já está decido, eu não vou e ponto final.

-Não está decidido não! Vamos lá, você sabe o quanto isso é importante para a nossa fraternidade! Você, melhor do que ninguém, deveria saber que são festas como essa que mais chamam patrocinadores! E todo mundo sabe que nós realmente precisamos de patrocinadores...

-Mas todas as outras garotas da fraternidade já vão! Por que eu preciso ir?!

-Será que é porque você é a presidente? Vamos lá, você sabe que o nosso orçamento não anda...

-Tudo bem -eu me rendo- Mas isso não quer dizer que eu vá ficar...

Silena estava certa, precisávamos de patrocinadores, e são eventos como esses que mais chamam atenção. Não custava muito eu passar gloriosas duas horas do meu sábado a noite numa festa, custava? Aliás, o que eu não faria pela minha fraternidade?

-Eu sabia! Thalia me deve vinte pratas!

-Você realmente apostou...?

-Isso não vem ao caso. Agora vamos! Já são oito horas, e a festa começa as dez. Agora, escolhe uma roupa decente que eu vou tomar banho. -é tudo o que ela diz, antes de pegar a toalha e entrar no banheiro do quarto que dividimos

É isso aí Annabeth. Você realmente foi convencida a ir para essa festa ridícula de dia dos namorados pra quem não tem namorado. Sim, as fraternidades da minha faculdade faziam esse tipo de festa. Centenas de adolescentes e adultos solteiros, em uma festa de dia dos namorados, irônico não é?

Me arrasto até a minha metade do closet, procurando por algo para usar. Acho que a falta de animo afetava no meu senso de estilo, porque eu simplesmente não conseguia pensar em nada. Por fim, acabo escolhendo um vestido preto de gola redonda colado e com as costas nuas, um salto básico cor da pele e fim.

Apesar de não estar com a mínima vontade de ir, deixo Silena passar o que quer que seja nos meus cabelos e a deixo fazer o que quiser na maquiagem. Não pretendia passar muito tempo lá mesmo.

Ao fim de noventa minutos, eu estou com os cachos loiros devidamente controlados, os olhos delineados de preto e o lábios marcados por um batom rosa claro.

O problema era que Silena passou tanto tempo me arrumando, que se esqueceu de si arrumar. Ela ainda estava de roupão e coque, e faltavam pouco mais de vinte minutos. Em tempo recorde ela vestiu o seu conjunto de saia e blusa dourados, se maquiou e fez chapinha.

Era pouco mais de vinte e duas horas quando descemos e encontramos o resto das garotas da nossa fraternidade. Nenhuma delas parecia acreditar que eu realmente ia.

-Como...mas...como...Você vai? -Thalia pergunta, meio boquiaberta

-Eu disse que ia convence-la. E você me deve vinte pratas! -Silena diz, empinando o nariz

-Nunca pensei que veria Annabeth Chase em uma festa de dia dos namorados -Clarisse fala

-Também não me imagino em uma festa de dia dos namorados, mas tudo pela nossa fraternidade!

A festa seria realizada na área central do campus, e como Silena havia me explicado milhares de vezes, havia uma enorme tenda cor de rosa que cobria quase a toda a praça principal, um palco com dj, além de um bar e um painel de fotos, onde você podia escolher uma pessoa e mandar uma "mensagem secreta", e se ela lhe achasse interessante, mandaria de volta. Quase o mesmo que o tal do correio elegante.

A sede da minha fraternidade ficava na área mais bem localizada de toda a universidade, então nós podíamos ir a pé para praticamente qualquer lugar, inclusive para aquela festa sinistra.

Eu ainda não acreditava que em pleno século vinte ainda existia aquele tipo de festa, fala sério, aquilo é tão anos setenta!

-Se você ficar com essa cara de "eu não queria estar aqui" vai acabar afastando os patrocinadores! Qual é Chase? Só um sorrisinho... -Silena insiste

-Eu realmente não queria estar aqui...-é tudo o que digo ao colocar os meus pés na calçada de paralelepípedos da praça onde a festa era realizada

-Vamos lá...um sorriso não vai te matar!

Estico os meus lábios em um sorriso meio forçado. A verdade é que eu me sentia totalmente deslocada naquele ambiente, mas, e aí? Isso era para ser uma festa para solteiros, mas mais parecia um encontro conjunto de casais. Eu avistava mais pessoas se agarrando do que podia contar!

-No fim das contas você vai ver, isso aqui vai ser melhor do que você podia imaginar! -Silena diz antes de se perder em meio as centenas de pessoas ali presentes

-Iupi! -solto um grito de falsa animação

Tudo bem Annabeth, você pode suportar duas horas no meio desse fluxo enorme de testosterona e suor. Vai dar tudo certo. Aliás, eu até parecia conhecer a maioria das pessoas ali presentes, e se eles não estivessem tão ocupados beijando outras pessoas, poderiam até vir falar comigo. Além de que eu até gostava daquela música...

Procuro algum lugar em que eu possa me sentar. Não haviam poltronas em lugar nenhum, e o único lugar que possuía banquetas era o bar.

Tento me equilibrar sobre os finíssimos saltos de dez centímetros enquanto atravesso os cem metros que me separam do paraíso em forma de banco. Tinha tanta gente ao meu redor que eu não sei como podia respirar.

Ao longo do percurso aceno para alguns conhecidos e cumprimento outros amigos, aí, só porque eu não gosto de dia dos namorados não quer dizer que eu não tenha amigos! Na verdade, eu sou uma pessoa muito extrovertida e interessante, que tem muitos amigos viu?!

Agora, que eu estava a cinco míseros passos de distância do bar me dou conta de que, preciso arranjar um lugar vago. Aquela festa devia ter algumas bem mil pessoas, e aquele bar só tinha uns dez bancos! Viro e reviro todo o perímetro do balcão sem encontrar um único cidadão que disponibilize seu acento para uma dama exausta e indefesa. Suspiro e peço um drink qualquer.

Dois minutos depois eu já tenho a minha preciosa bebida dourada em mãos e começo a ziguezaguear por aí. Passo em frente ao palco nada improvisado montado na área frontal da estrutura, e chego ao "painel do amor". Sem nada pra fazer começo a analisar foto por foto, perfil por perfil. Aquilo mais parece um facebook a céu aberto.

Constato, sem surpresa, que Silena tem dezesseis mensagens secretas. Nada que realmente surpreenda, afinal ela é incrivelmente linda, delicada e divertida, e qualquer pessoa com o mínimo de inteligência sabia disso. Até mesmo Clarisse tem lá suas mensagens. Felizmente, não encontro nenhuma foto minha e nenhuma mensagem dirigida a Annabeth Chase, provavelmente sabiam que eu não iria e não se deram o trabalho de colocar o meu nome. Ponto pra mim!

Já estava saindo quando uma foto me chama atenção. Era impossível de negar, os cabelos loiros, o nariz afilado e os olhos cinzas. Era eu. Me lembro exatamente do dia que havia tirado aquela foto e do vestido rosa que usava, pelo sorriso em meu rosto dava para saber que havia sido antes daquele dia. Eu posso me lembrar bem da sensação de estar apaixonada, não era algo que eu sentisse falta.

Retiro o adesivo com meu nome, e coloco na pequena bolsa de mão que carregava. Não queria saber se havia recebido mensagens secretas, e muito menos quantas. O envelope ocupa bastante espaço da minha pequena carteira de mão, e pelo peso, alguém deve ter colocado uma pedra ali dentro!

Contorno a enorme praça central e finalmente encontro uma área tranquila, na frente do prédio da faculdade de medicina. Havia um pequeno jardim na frente, com um banco e alguns canteiros de flores. Me sento e começo a analisar os estragos causados pelo meu lindíssimo sapato. Nada que um curativo e algumas pedras de gelo não arrumassem.

-Annabeth Chase -uma voz grave e rouca fala a minha frente

Levanto os olhos, cruzando as pernas para não dar vista a minha maravilhosa calcinha preta, e dando de cara com uma silhueta.

-Finalmente, passei horas lhe procurando! -a figura completa

-Me procurando?

O garoto se aproxima, e agora posso o ver melhor. Seus ombros são largos, sua pele bronzeada e seus músculos levemente definidos, mas o que mais me chamou atenção foram seus olhos. Verdes como esmeralda. Eram tão vibrantes que eu acho que poderia me afogar neles, como em um oceano...

Ele se senta ao meu lado.

-Sim -diz, simplesmente

-Mas como você pode estar me procurando se eu nem ao menos te conheço... Aliás, como sabe o meu nome?

-Vi no painel de mensagens secretas -ele diz e da de ombros- Além de que, eu vim aqui especialmente atrás de você

-Antes de tudo, eu posso ao menos saber o seu nome?

-Ah, sim, como pude me esquecer. Bela Annabeth, sou Percy Jackson, a seu dispor.

Rio da forma formal como se apresenta.

-Oh, Percy Jackson, a que devo a honra de estar me procurando?

-Estou interessado em você

Arregalo os olhos, surpresa. O que ele quis dizer com isso?

-Ah, desculpe. Me expressei mal, deixe me começar de novo. Sou Percy Jackson, e estou interessado em patrocinar a sua fraternidade.

Solto o ar que estava prendendo sem nem ao menos perceber.

-Patrocinar a minha fraternidade...?

-Sim, meu pai é dono de uma empresa e tal...e ele me mandou aqui para encontrar uma tal de Annabeth, que segundo ele era um gênio da arquitetura e blá blá blá. A minha surpresa foi descobrir que você era a Annabeth.

-Descobrir que eu era a Annabeth?

-Você sabe... Você é gata demais pra ser um gênio...

-Está duvidando da minha inteligência? Desde quando estereótipos como beleza podem interferir na mentalidade e inteligência de alguém?

-Não, não...eu não quis...Me desculpe, de novo, é só que eu não esperava encontrar uma deusa grega como você...

-Vou considerar isso como um elogio. Agora, pode por favor, voltar para a parte em que você me explica sobre o patrocínio?

-Ah, claro -ele diz e coça a cabeça- Será que eu posso, você sabe, me sentar do seu lado?

-Tudo bem, contanto que você não me toque e nem tente me agarrar a força

Ele ri, sem graça, e se senta ao meu lado.

-Certo, é...sobre o que eu ia falar mesmo? -pergunta

-Sobre o patrocínio

-Você parece muito interessada nisso, não é?

-Pareço, e você parece meio lerdo, não é?

Me arrependo de ter dito aquilo meio segundo depois de as palavras terem saído da minha boca. Aquele cara podia salvar financeiramente os estudos de dezenas de garotas e eu o chamava de lerdo. Francamente, Annabeth Chase, você já foi mais inteligente.

Mas para a minha surpresa ele solta uma gargalhada. Sim, uma gargalhada. Espero que isso seja um bom sinal...

-Já me disseram isso também, juntamente com o fato de que eu sou sexy. O que acha, devo acreditar? -ele pergunta com a sobrancelha erguida

-Não posso dizer isso com convicção, afinal eu mal posso enxergar, mas posso dizer que é bem convencido.

-Tem razão, problemas de auto estima nunca foram o meu forte

Não posso deixar de rir. Eu não me sentia a vontade assim com um cara desde...desde Luke. Não que eu me sentisse a vontade com ele, é só que, ele me proibia de manter relações de amizade com outros homens. Possessivo, eu sei, mas na época eu achava fofo.

-Convencido, lerdo e sexy

-Além de ter um ótimo senso de humor -completo

-Se isso não fosse realmente verdade, eu poderia achar que você está me babando só para conseguir o patrocínio. Mas, o que eu posso fazer se sou irresistível?

Rio de novo

-Ótimo, acho que já me redimi pelo ato meio machista de minutos atrás. Não foi?

-Considere-se perdoado.

-Ótimo, é... onde eu estava mesmo?

-Na parte em que você vai me falar sobre o patrocínio...

-Ah sim, me desculpe, sou meio esquecido, além de lerdo -solto uma risadinha- Vamos aos negócios. Bem, meu pai é um homem muito influente no mundo dos negócios, e ele está pronto pra abrir novas sedes de sua empresa, por todo os e
Estados Unidos.

-Certo, mas o que isso tem...

-Me deixe terminar. Acontece que, ele precisa de pessoas qualificadas para administrarem e pesquisarem mais sobre essas novas sedes, e é aí que vocês entram. Patrocinaríamos o estudo de vocês, com a condição de que, fariam tudo isso pra nós. Além do patrocínio, claro, ele faria de tudo para que todas vocês já saíssem daqui empregadas. O sonho de qualquer universitária, eu sei.

-Espera, deixa eu ver se entendi. Seu pai, que eu ainda não sei quem é, oferece patrocínio e emprego, em troca de que façamos estudos e pesquisas a respeito da repercussão dessas novas sedes?

-Basicamente, sim.

-E eu poderia, por favor, saber quem é o seu pai?

-Poseidon Jackson

Engasgo com a bebida, ou quase, porque eu não tinha bebida, então foi só com saliva mesmo.

-Você quer dizer...Poseidon. Poseidon mesmo? -pergunto

-Bem, acho que meu pai é o único cara que se chama Poseidon Jackson e tem um filho gostoso como eu, mas sim, ele mesmo.

-Mas isso é... Isso é...Inacreditável!

-Então...O que me diz?

-Eu...não sei. Claro, é uma proposta irrecusável, a melhor que eu já recebi, mas não posso dar um resposta de imediato. Você sabe, tenho que falar com o restante da minha fraternidade...não posso fazer nada sem que elas concordem.

Ele abre a boca como se fosse falar algo, e então a fecha.

-Sabe, essa noite está sendo mais inusitada do que eu esperava.

-O que você quer dizer com isso...? -pergunto

-Eu vim para cá, tendo a certeza de que iria encontrar uma nerd de aparelho nos dentes e óculos, e encontro...bem, você. Depois, eu faço uma proposta como essa, certo de que você diria sim sem hesitar, e você diz que precisa falar com o resto da sua fraternidade.

Coloco a cabeça entre as mãos e bufo.

-Eu sei, sou uma idiota. É que, eu realmente não posso tomar uma decisão dessas sem falar com...

-Não, você é incrível.

Me viro, o olhando.

Seus cabelos são castanho escuro, e estão completamente despenteados, o deixando com certo ar geek. Ele tem um queixo largo e másculo, e seus traços são de homem. Seus braços fortes fazem parecer que sua camisa social pode explodir a qualquer momento. E seus olhos, de perto, são ainda mais incríveis.

Fico presa em seu olhar por um tempo indeterminado. Eu poderia me afogar naquela imensidão verde sem pestanejar. Eu me sentia afogando.

-Desde o momento em que encontrei o seu cartão, naquele painel idiota, eu não conseguia parar de pensar em você. No começo eu odiei essa tarefa idiota, por que eu tinha que vir atrás disso? Por que ele não mandava algum de seus assessores?

Ele suspira.

-E então, eu decidi que, já tinha que vir, eu iria pegar alguma universitária. Algumas. Sabe, eu sentia falta da vida aqui. E já que, eu teria que vir mesmo, por que não? Eu só tinha que falar com essa tal Annabeth e pronto, estaria livre.

-Me sinto lisonjeada pela primeira impressão que causei em você -digo

-E então, eu te vi naquele painel. O seu cartão foi o que mais me chamou atenção. De longe, os seus olhos me puxavam. Como se fossem um enigma que eu precisava, preciso, desvendar. Você tinha tantos cartões que eu precisei tirar alguns pra colocar o meu. E foi aí que eu me toquei. Você era Annabeth Chase, e Annabeth Chase era a garota do patrocínio.

Franzo as sobrancelhas no momento em que ele fala "você tinha tantos cartões que eu precisei tirar alguns para colocar o meu".

-No começo fiquei surpreso, e depois impressionado. Qualquer um ficaria. Você é...incrível.

-Percy -o interrompo- Você está me deixando envergonhada.

-E você, Annabeth, está me deixando louco.

Sorrio. Eu gostava do modo como ele falava meu nome. E gostava do efeito que causava nele. Gostava de o ouvir falar aquilo, tudo isso soava como melodia para os meus ouvidos.

Desde "o meu grande acidente amoroso", como Silena gostava de chamar, eu havia me fechado por tempo indeterminado para assuntos amorosos. Recebia convites e cantadas, e ignorava. Nunca significou nada pra mim, mas ouvir isso saindo da boca dele fazia o meu estômago revirar.

-Eu tinha mensagens? -pergunto incrédula- Digo, mensagens de verdade?

-Você realmente não faz do efeito que causa -ele revira os olhos- Eram tantos cartões que eu tirei praticamente metade para conseguir colocar o meu, como já disse.

-E porque você quis colocar um?

Ele parece não acreditar na minha pergunta, como se eu falasse algum tipo de língua alienígena.

-Não é óbvio? -ele pergunta

-Na verdade, é. Mas eu queria ouvir você falar.

Umedeço os lábios com a língua, e depois passo o dedo ao redor da boca, retirando o excesso de batom.

-Você só pode estar querendo me provocar

Ergo as sobrancelhas e mordo o lábio.

-O que você acha? -pergunto

-Espero que sim -é tudo o que ele diz antes de selar os nossos lábios

Sua boca é salgada e ele tem cheiro de maresia, misturado com perfume masculino. Ele segura o meu pescoço com delicadeza e aperta a minha cintura com força. Nossos lábios parecem se encaixar.

Quando nos falta ar, ele passa o nariz por meu pescoço, e sussurra ao meu ouvido.

-Meu pai disse que devo ficar o tempo necessário para te convencer. Então, você tem todo o tempo do mundo.

Sorrio, antes de o puxar para outro beijo.

Um dia atrás eu riria se alguém dissesse que eu iria a uma festa de dia dos namorados, que beijaria um garoto que conhecia a uma hora e que adiaria uma proposta de patrocínio.

Mas agora, quanto mais tempo eu levasse pra decidir, melhor.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?!
Me dêem a real opinião de vocês, ok? Estou ansiosa para saber o que acharam!

Se você, não conhece as minhas histórias e coisas do tipo... Eu escrevo uma long fic, também percabeth, chamada Exchange Girl. Clicar lá no meu perfil pra dar uma conferida!

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XoXo