Block escrita por Shianny


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Para meus outros leitores: ;W; Eu sei que atrasei as fics. De novo. EU SEEEEI!Mas, eu estou com um maldito impasse pra escrever. Bem, já reorganizei minhas coisas e vou tentar postar os capítulos ainda esse mês, não me matem, plz. ;3;



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Grafite. Lápis. Borracha.

De novo, de novo! Um suspiro frustrado com mais um borrado que se expande até a próxima linha. Encaro a criatura maléfica que bateu em meu cotovelo e desviou o foco da ponta do instrumento e faço uma careta... Pra ser ignorada. Mancho a folha com pedaços de borracha e respiro fundo para assoprar os resquícios do material.

Erro, desfaço, canso: Recomeço se há luz. Sempre foi assim, não é verdade?

Pena. Tinteiro. Vela.

O líquido provindo do polvo vira tempestade; tomba e se derrama pela metade. Mancho com aguaceiro negro e corrompido a pele que me embala. Mela-me as roupas. Enraivecida, urro e abandono o trabalho. A chama incandescente se esvai num sopro e encaro a sujeira os papéis maculados, a escuridão. Reacendo o pavio: É importante, não posso parar.

Mesmo que leve a noite inteira.

Escrivaninha. Lampião. Máquina datilográfica.

Com os dedos, esmago as letrinhas tingidas na ferramenta em evidente monotonia. O silêncio é rompido apenas pelas teclas se impactando com as engrenagens da máquina, pelos estalos aqui e ali que simulam um invasor que me vigia em silêncio na estrutura de madeira e pelos assovios do vento oportunista que desliza por brechas inevitáveis no material da residência. Num deslize, o mindinho escorrega e fixa a tecla B no papel. Encaro-o. Silêncio. Releio a frase com um tique aflorando-se em meu olho esquerdo, que começa a erguer e baixar a pálpebra inferior. "Embarquei logo ao amanhecer. Joguei carbão..."...

Meus orbes deslizam pelos cinco parágrafos que já haviam se impresso no papel. Cerro a mão lentamente e, num gesto de fúria, soco o teclado da ferramenta e letras avulsas se imprimem insistentemente no material branco. Apoio os cotovelos na mesa e escondo a face entre as palmas tremidas. Tomo coragem; Arranco o papel inutilizado graças aos estúpidos erros finais. O amasso e atiro contra a lixeira, substituo-o.

Deveria ser um sinal que a página não estava boa.

Papel. Caneta. Corretivo.

Apoiando o queixo na palma de uma das mãos semi-aberta, observo o deslizar da ponta esferográfica sob a textura branca e demarcando palavras curvas de tom azulado. Uma música qualquer escapando de um aparelho eletrônico próximo e a lâmpada destacando-se em luz quase prateada sob minha cabeça. Então, uma curva extra em falso e um "n" vira "m". Pisco algumas vezes e suspiro, abandonando a caneta e girando a tampa do corretivo. A tinta branca espessa se espalha pelo erro com auxílio do pincel minúsculo, até com ele desaparecer. Assopro-a, e fecho o corretivo novamente. Cruzo os braços sob a mesa e balanço as pernas, aguardando que o líquido seque e permita-me prosseguir com a escritura.

Isso se não acabar me distraindo com um livro ou um canal qualquer da televisão.

Computador.

Encaro friamente a página virtual em branco. Os dedos tamborilam na mesa enquanto uma linha no início da "folha" pisca insistentemente, indicando onde as letras começarão a aparecer - isso quando começar a digitar. Respiro fundo. Reviro músicas em busca de inspiração para iniciar aquela droga de promessa de impor continuação ao enredo que há tanto comecei a liberar, porém, parei no meio: E leitores que me conhecem já estão tentando arrancar meu fígado. Aperto minhas próprias mechas entre os dedos, emitindo um grunhido e batendo a testa contra o móvel liso. Cerro as pálpebras; Inspiro e expiro. Ergo-me novamente e deslizo a seta no monitor até o X avermelhado no canto da tela, pressionando-o e abandonando a página sem uma única letra estampada. Dali, fujo para qualquer outro meio de diversão que me interesse no momento. Afinal, aquilo poderia ser adiado para outra hora, não é verdade? Não era tão importante assim!

...

A culpa é do bloqueio criativo, uhn?


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Notas finais do capítulo

;3; Sugestões/Críticas/Não sei?



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