Realizações escrita por amandammeirelles


Capítulo 13
Uma flor em nosso jardim


Notas iniciais do capítulo

ai, esse capitulo é meio emocional para mim.... espero que gostem!



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A noite foi terrível para Clara e Marina, Marina não conseguiu dormir com encomodos na coluna e Flor que não se acalmava por nada, quando ela dormir era um cochilo de no máximo uma hora, antes de acordar, não havia posição que a fizesse se sentir bem, sentada, deitada de lado, deitada com a barriga para cima, deitada no colo de Clara, nada servia... ambas ficaram felizes ao saber que Ivan estava na casa do pai, porque não teriam pique para acompanha-lo naquele dia..
–Amor a flor ainda ta se mexendo? - Clara dizia sentada observando Marina que estava sentada com as mãos que rondavam toda sua barriga
–Sim, ela está incontrolavel hoje - Marina dizia com a respiração profunda e os olhos fechados
–Meu deus, filha você tem que parar um pouco poxa, já são nove horas da manhã, daqui a pouco a Vanessa chega - Clara dizia preocupada - Mas hoje não adianta, você pode falar o que quiser, você não vai tirar uma foto
–Como quiser meu amor, como quiser, eu vou até a cozinha - Marina disse abrindo os olhos devagar e se preparando para ir
–Não, deixa que eu vou, o que você quer? - Clara disse já indo levantar
–Não, deixa que eu vou, preciso andar um pouco, minhas pernas já estão dormentes, pode deixar - Marina disse indo em direção a cozinha e quando lá chegou avistou Vanessa e Flavinha que tinham acabado de chegar
–Bom dia flor do dia, que cara é essa? ta tudo bem? - Vanessa dizia indo até a fotógrafa
–Não dormi nada essa noite, cochilei no sofá por menos de uma hora de tarde e foi o necessário para minha coluna me matar, Flor não parou a noite toda, mal dormi e a Clara ficou preocupada dormiu menos que eu tadinha - Marina dizia bebendo sua água
–Poxa Marina, vai deitar, eu e a Vanessa só vamos dar uma arrumada nas fotos que precisamos separar e vamos lá.. você deve estar exausta - Flavinha dizia preocupada
–Sim, estou, mas faz parte não é mesmo, subam sim, pelo menos a gente bate um papo... - Marina disse andando em direção as escadas e começou a subi-las devagar, quando chegou na metade sentiu uma forte dor e quando olhou para baixo se viu toda molhada e ficou parada esperando a dor passar, mas Vanessa que adentrava a sala viu e correu até ela
–Marina, você ta bem? o que aconteceu? - Vanessa dizia preocupada - CLARA, CORRE AQUI!
–A bolsa estourou, acho que eu devo ir pro hospital - Marina dizia respirando fundo e lentamente
–que foi? ai meu deus marina, o que aconteceu? - Clara dizia ajudando Marina a ficar em pé
–a bolsa dela estourou, vamos pro hospital - Vanessa dizia do outro lado de Marina a ajudando a descer as escadas - FLAVINHA, VAI INDO PARA O CARRO, POR FAVOR - Vanessa gritava da escada
– Vanessa enquanto eu vou com ela para o carro você pode pegar a bolsa dela e da flor por favor? estão as duas na primeira porta do armario da Flor.. - Clara dizia calma
–Como você consegue estar tão calma? - Vanessa dizia impressionada
–estresse só piora as coisas - Clara dizia acompanhando Marina até o carro e entrando na parte traseira com ela
Ao chegarem no hospital Clara deu entrada enquanto Marina era preparada, Vanessa ficou de avisar a todos enquanto
–Amor, doi muito, me ajuda - Marina chorava e apertada os olhos quando as contrações vinham
–Calma meu amor eu sei, mas falta pouco - Clara tentava passar-lhe calma
– Clara eu quero cesarea, eu não vou conseguir parto normal, me desculpa amor, não consigo, não posso - Marina dizia chorando
–Tudo bem meu amor, tudo bem, a Dra. Alexia jajá chega - Clara disse quando ouviu uma voz feminina adentrar o quarto
–Já cheguei - Dra. Alexia disse sorrindo - Então quer dizer que chegou o dia, e então Marina, o que vai ser?? - Dra. Alexia perguntava enquanto a examinava - Você conseguiu dilatação de 8cm, mais 2cm e você pode ter parto normal, ou podemos optar por uma cesarea, é sua escolha
–Nós vamos escolher cesarea - Clara disse apertando a mão de Marina lhe dando suporte
–Ok então, vou me preparar e pedir para o anestesista vir para começarmos - Dra. Alexia disse indo em direção a porte e seguindo para a sala de cirurgia
O anestesista chegou e pos Marina sentada com as costas nuas enquanto ele aplicava a pelidural..
–Vai doer um pouquinho e você vai sentir uma pressão, mas depois disso não sentirá mais nada - o anestesista dizia enquanto Marina apertava a mão de clara que a abraçava
–Calma - Clara sentiu Marina estremecer de dor e apertar sua mão mais ainda - Calma, já foi, passou, agora não vai mais doer meu amor - Clara beijou sua cabeça e a ajudou a deitar
Pouco mais de trinta minutos depois as duas estavam na sala de parto, Marina completamente acordada e nervosa enquanto Clara estava calma e tentava lhe acalmar..
–Vamos começar meninas, Marina você quer que eu te fale o que estou fazendo ou não?? - Dra. Alexia perguntava se preocupando o que fez Marina adora-la ainda mais
–Não, eu to bem... - Marina dizia meio insegura, nervosa com medo
–Então, vamos começar - Dra. Alexia disse dando o primeiro corte
–Não fica com medo meu amor, vai dar tudo certo e quando você menos esperar nossa flor vai estar aqui pertinho de nós - Clara dizia colando seu rosto ao de Marina
–Será que ela vai parecer comigo? - Marina perguntava emocionada só de pensar que em menos de alguns minutos responderia sua pergunta
–Acho que ela vai ser perfeita do jeito que for, idependente de com quem pareça - Clara dizia rindo baixinho mas sendo interrompida pela voz da Dra. Alexia
–Aqui vem ela ein... - E antes que pudessem pensar em algo um choro agudo e forte encheu a sala, fazendo ambas mães cairem no choro - Nossa que bebê gordinha, olha aqui mamães sua Flor - A doutora disse pondo a menina no colo de Clara que a levou até Marina
–Olha nossa filha meu amor - Clara dizia entre lagrimas
–Ela é perfeita, eu te amo tanto clara, ela é tão linda, oi minha princesa - Clara pós o rosto da menina bem colado ao de Marina e olhou para o enfermeiro que tirou uma foto desse momento tão lindo e especial
–Vamos leva-la agora para pesagem, testes básicos e jajá nos vemos mamãe - Dra. Alexia dizia enquanto entregava a menina para a enfermeira ao seu lado - Marina, agora nós vamos terminar e jajá você irá para o quarto
–Clarinha vai com ela, fica pertinho dela, fala para todo mundo e depois te encontro - Marina dizia meio grogue
–Não eu vou ficar aqui com você - Clara segurando sua mão
–Não, vai com ela, eu to bem, jajá terminam aqui, vai com nossa flor - Marina disse e Clara se deu por vencida...
Enquanto a enfermeira arrumava Flor, Clara foi até seus famíliares
– E ai? - Helena perguntava
–Foi tudo ótimo, ela é linda, gordinha, com os cabelos pretinhos - Clara dizia emocionada
–E quando a gente pode ve-la? - Chica
–Então ela vai agora para o berçario e vocês podem ir lá... eu vou encontrar a Marina e depois vocês podem entrar
Logo após Clara deixar os famíliares no berçario seguiu para o quarto onde Marina estava sonolenta
–Oi meu amor, ta tudo bem com você? - Clara perguntava se aproximando de Marina
–Tudo sim, to meio cansada, só, quero ver nossa flor direito - Marina dizia fazendo bico
Derrepente elas ouvem alguém bater na porta e quando veem estão todos os familiares entrando no quarto silenciosamente
–Oi, oi, é aqui que reside a mais nova mamãe? - Vanessa dizia rindo e entrando no quarto com balões cor de rosa, em formatos de corações e várias com formato de diferentes flores
– Oi gente, que bom que vocês vieram - Marina dizia com um sorriso meio fraco, estava muito cansada, afinal, tinha ficado uma noite sem dormir e até agora em trabalho de parto
–Marina ela é tão linda, ela realmente é a mistura de vocês duas, tem seus olhos mas as feições da Clara, ela parece ser quietinha, era a única do berçario que dormia - Chica
–Verdade, e nem estava de chupeta - Helena
–Ai tia, ela é uma graça, foi franzir o rosto e ficou identica a você quando ta brigando com o Ivan - Luiza
–Isso eu tenho que concordar, mistura das duas, muito fofa - Giselle
–Muitos dias procurando o doador certo, que fosse assim, minha versão masculina, aparentemente deu certo - Clara ria
–Vocês estão ai falando mas eu ainda não consegui olhar direitinho para ela poxa, os olhinhos, ela já abriu? - Marina perguntava entusiasmada
–Não, ainda não... bom, não que eu tenha visto - Flavinha
–Mas olha, que bochechas, não me assusta que você ficou tão cansada, ela é bem gordinha, assim, nada absurdo, mas bem cheinha para recém nascido - Juliana
–E ela não tem cara de joelho! - Ricardo dizia rindo
–Obvio que não né, minha filha é linda, perfeita, e eu não aguento mais quero segura-la - Marina terminou de falar e a enfermeira adentrou o quarto com a menina no colo, um pequeno embrulho cor de rosa..
–Olha quem chegou - A enfermeira muito simpática pos a menina no colo de sua mãe que não escondia a emoção
–E deu tudo certo os exames?? você sabe dizer? - Clara dizia preocupada
–Sim, sim, tudo perfeito, o peso então, mais que perfeito - Todos riram enquanto chica fazia menção para abaixarem o tom, Marina parecia estar num mundo só dela em que só existia as duas, ela e sua filha
–Graças a deus, muito obrigada! - Clara dizia sem tirar os olhos da filha
–Ela é tão lindinha - Marina dizia observando a pequena
–Ela deu uma choramingadas lá no berçario e parecia estar com fome, eu ia dar uma mamadeira mas como me disessam que a senhoa já estava no quarto, resolvi traze-la - A enfermeira muito sorridente dizia a Clara e Marina que pareciam engolir toda informaçao
–Pode deixar, nós já estamos indo e então você pode dar de mamar pra essa princesa que deve estar cheia de fome - Helena dizia pegando a bolsa
–Ai gente, mas voltem, mãe, você sabe se o Ivan já sabe que a Flor nasceu? ele ta vindo? - Clara perguntou preocupada
–Eu vou pega-lo no Cadu e traze-lo no fim da tarde, depois ele dorme lá em casa, tudo bem? - Chica
–Muito obrigada Chica de verdade, você tem sido uma mãe pra mim, de verdade - Marina dizia emocionada
–Ah Marina, não precisa agradecer, eu te amo mais do que como nora, te amo como filha mesmo, você trouxe a Clara um brilho que eu não via há muito tempo, você trouxe a Clara de volta, foi e é tão mãe do Ivan quanto a Clara e e ainda me deu uma neta, que é a coisa mais fofa desse mundo, eu que te agradeço - Chica dizia abraçando-a e acariciando a cabeça da neta - Agora eu vou indo mas volto jajá com seu outro filhote, tchau meus amores
Chica saiu do quarto e deixou Clara e Marina com a filha
–Eu estou encantada, ela é tão linda, como isso estava dentro de mim - Marina dizia completamente pasma
–pois é.. - Clara dizia observando a filha ficar inquieta - acho que ela ta começando a reclamar de fome amor, é melhor você dar de mama pra ela logo tadinha
Clara pegou a menina dos braços de sua amada que agora abria sua camisola e pegava a filha de volta
–Ela tem que ficar meio sentadinha né - Marina perguntava olhando para Clara com um olhar de insegurança
–isso, você consegue amor, calma - Clara observava Marina segurando sua filha que mal esperou e ja começou a sugar sozinha como se tivesse feito aquilo a vida inteira - Viu, não é difícil
–Ela é tão lindinha meu amor, eu estou apaixonada, quero muito ver a reação do Ivan com ela, como será que ele vai reagir? - Marina perguntava preocupada
–Ele vai ama-la meu amor não tenho dúvidas - Clara ria enquanto Marina usava sua mão livre para abrir a manta que enrolava a filha para poder tocar seus pézinhos
–Da para acreditar que esses pézinhos são os mesmos que ficavam me chutando? - Marina ria - que pézinho mais gostoso meu deus
–Muito gordinha, lembro quando o Ivan nasceu, era tão magrinho, sempre foi, eu era muito nova, não queria ser mãe naquela epoca, neguei até o dia em que senti ele chutar, ai então não consegui mais, vi que era real, que realmente tinha aquele ser dentro de mim - Clara dizia observando a filha por a mãozinha sobre a mão de Marina que segurava seu seio na boca da menina e tentar se afastar
–Acho que ela não quer mais, nossa que marrentinha - Marina ria da reação da filha
–Isso ai é da convivencia com a Vanessa, não é culpa nossa - Clara dizia e ambas riram
–Amor me ajuda, não sei botar para arrotar, acho que ela vai quebrar - Marina dizia passando a filha para Clara que de prontidão pos a menina em seu peito e deu-lhe leves tapinhas nas costas, não demorou muito para a menina dar um arroto e alíviar as mães que ficaram preocupadas, Clara a deitou em seu colo e a ninou
–Você é uma mãe nata né - Marina dizia encantada com a maneira que Clara fazia tudo com tanta facilidade
–Ah, é que com o segundo a gente já fica com mais prática - Clara dizia rindo sem conseguir parar de encarar a filha - vamos dormir meu amor, para sua mãe também dormir, ela esta exausta, e eu também - Clara observava a filha que abria os olhos - ai meu deus, filha de onde veio isso??
–Que foi?? aconteceu alguma coisa? - Marina dizia toda preocupada
–amor olha a cor desses olhos - Clara dizia encantada
–São iguais os da minha mãe - Marina dizia chorando pegando a filha do colo de Clara - verdes azeitona, ela sempre dizia que eu gosto tanto de azeitona porque ela ficava me encarando com aqueles olhões verdes o dia todo, nunca fez sentido, mas eu sempre amava quando ela dizia, sinto tanta falta dela amor - Marina dizia deixando uma lagrima escorrer de seus olhos
–Agora a gente pode dormir e acordar olhando para esses olhos azeitonas encatadores que a Flor puxou da avó que a ama tanto e que com certeza está agora vendo essa cena, ela deve estar muito orgulhosa de você, eu não tenho duvidas, olha para você meu amor, você se tornou uma mãe maravilhosa - Clara dizia emocionada com aquele momento, Marina poderia ser MARINA MEIRELLES a fotografa mais renomada, mas alí dentro ela era apenas Marina, a mulher de seus olhos, a dona de seu sorriso, a mãe de seus dois filhos que lhes traziam as maiores felicidades de suas vidas
–Ela esta sim, eu sinto isso, eu estou feliz, como nunca estive, estou realizada, e só isso pra ela bastava - Marina não tirava os olhos da filha que agora dormia tranquilamente
–Não só é feliz como faz feliz a todos a sua volta - Clara dizia beijando sua cabeça - nós te amamos muito, né minha filha linda, bochechuda da mamãe... - Clara dizia passando o dedo levemente pelas bochechas gordas da filha enquanto a botava no berço ao lado da cama de Marina e voltava ao seu lado para lhe dar um beijo
–eu te amo, te amo, te amo - Clara dizia baixinho para apenas Marina escutar
–te amo mais, muito mais - Marina ria baixinho sabendo que aquilo nunca dava certo
–não ama não, e eu até discutiria com você mas estou cansada demais, vamos aproveitar que nossa flor dormiu e vamos dormir também meu amor, merecemos, você mais que eu - Clara dizia indo em direção ao sofá ao lado da cama
–Aonde você vai? deita comigo - Marina
–Não posso meu amor - Clara olhava e ficava com pena de Marina que fazia olhos pidões
–Como assim? eu passei esses quase 9 messes dormindo com você, flor e Ivan ai do nada tenho que dormir sozinha?? não me obrigue a sair dessa cama e ir até o sofá - Marina disse sendo marrenta
–eu vou, mas antes, saiba que eu estava errada - Clara dizia deitando ao lado de marina e apoiando a cabeça dela em seu peito
–em que? - Marina franzia a testa em dúvida e olhava para sua mulher
–Ela aprendeu essa arte de ser marrenta com você...


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Notas finais do capítulo

não esqueçam de comentar, beijos!