Meu Incrível Ultimo Outono escrita por Ed Petrova


Capítulo 11
Novo Kevin




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O Dia amanheceu tão rápido, era incrível como as horas passavam quando aqueles garotos estavam juntos. Katerina tentou levantar várias vezes mas a preguiça a consumia, o mesmo aconteceu com Mary, as duas riram uma para a outra e ficavam esperando quem levantaria primeiro. Já Charlie e Nick acordaram um pouco mais cedo, ficaram abraçados em baixo daquele cobertor, aproveitando aquele momento gostoso da manhã.

– Tão bom acordar e ficar abraçado com você, assim juntinho – Disse Nick alisando o cabelo de Charlie, ele sempre fazia isso

– Perfeito, eu amo isso – Ele respondeu sorrindo se canto

– Você gostou da noite passada? – Nick sussurrou no ouvido de Charlie, que se arrepiou e virou o rosto para ele, ficando frente a frente

– Foi uma das melhores noites da minha vida – Ele respondeu alisando o rosto do garoto e o beijando delicadamente

Os dois poderiam ficar ali o dia todo, mas o sol já estava saindo, e logo ficaria muito quente ali dentro das barracas, e os garotos tinham que ir pro colégio. Depois de virar muito de um lado para o outro Mary e Katerina se levantaram, elas começaram a guardar suas coisas e depois foram tentar desarmar a barraca.

– Bom Agora deve ser fácil desmontar não é? – Disse Mary a si mesma puxando a corda que amarrava a barraca.

A Barraca desabou no chão

– Aiii socorro – Gritou Katerina que tinha voltado pra dentro da barraca procurar um anel e não tinha saído.

– Kat, cadê você minha filha – Perguntava Mary rindo da situação, e procurando a abertura da barraca para que Katerina pudesse sair

– Aqui, ai enfim, meu Deus não faça mais isso – Disse Katerina rindo mais ainda, dando tapas no braço da amiga

– Mas que gritaria é essa logo de manhã – Perguntou Nick saindo de sua barraca.

– Senti autoridade agora em – Brincou Katerina que ainda estava se levantando do chão com a ajuda de Mary

– Estou brincando – Nick sorriu – Mas é sério o que houve?

– Bom Resumindo Kat estava dentro da barraca, eu derrubei a barraca com ela lá dentro – Contou Mary tentando resumir a história

Os Tres riram. Charlie saiu da barraca, parecia estar bem disposto, seu sorriso era o que mais dava pra notar em seu rosto, além das marcas do travesseiro. Eles juntaram suas coisas e foram para dentro de casa, a senhora Haskel já havia deixado um lugar para cada um na mesa para o café. Mary começou a contar sobre o desastre na barraca, e a senhora Haskel morria de rir com as histórias. Depois que eles terminaram o café, a senhora Haskel pediu para que Charlie fosse buscar um caderno que estava em seu quarto, Charlie foi deixando os amigos ali na cozinha.

– Que caderno é esse? – Perguntou Nick

– Eu só disse isso para tirar Charlie daqui por um momento – Ela respondeu

– O que aconteceu – Perguntou Katerina e Mary ao mesmo tempo

– Ontem a noite, e agora de pouco, a mãe de Kevin ligou desesperada atrás dele, parece que Kevin não volta pra casa dês de ontem a tarde.

– Estou com medo por ele – Disse Mary

– Porque? Perguntou a senhora Haskel com um tom de preocupação

– Acho que ele se envolveu com drogas – ela respondeu

– Você era amiga dele, vai falar com ele

– Não ela não vai, ele já a agrediu no hospital – Murmurou Katerina

Mary segurou a mão da amiga

– Mas eu vou fazer alguma coisa, não vou ficar parada olhando ele se destruir – Disse Mary decidida

Todos disfarçaram quando Charlie voltou a cozinha.

– Não tem nenhum caderno lá – Ele disse

– Tudo bem, eu procuro depois, bom agora seus amigos tem que ir pra escola, e você vai ficar em casa, o médico deu mais um dia de folga pra você – Falou a senhora Haskel levando os pratos para a pia.

– Está bem

– Bom depois da aula eu passo por aqui – Disse Nick dando um beijo no garoto

– Bom Char, te vejo depois – Disse Mary e saiu

– Até mais Charlie – Disse Katerina saindo logo atrás de Mary

Eles foram direto para a escola, já estavam com roupa pronta ali, deixaram o resto das coisas na casa de Charlie e depois quando a aula terminasse passariam por ali buscar. Eles foram conversando na rua fazendo a maior palhaçada. Quando chegaram no colégio, Katerina se despediu ali na porta, pois sua sala não era a mesma que a dos amigos. Nick e Mary foram juntos pra sala, os alunos ao verem Nick não tiraram sarro, ao contrário mostraram respeito por alguém ter tanta coragem de fazer o que ele fez, e ainda ficar ao lado da pessoa que ama.

A aula toda Mary ficava olhando para o lugar vazio na mesa de Kevin, e imaginando o que o amigo poderia estar fazendo nesse momento. No intervalo, Katerina se sentou ao lado dos amigos Nick e Mary, eles estavam comentando sobre a noite passada, e planejando algo para o fim de semana. Vitamy que estava na mesa ao lado ouvindo tudo começou a rir, para provocar a ex amiga.

– Então é isso que você faz agora – Disse Vitamy de voz alta para irritar Katerina – Você está acampando com a nerd e o casal gay, coisa mais fofa

– Me poupe dos seus comentários Vitamy, o que eu faço não é de sua conta, a vida é de quem? – Respondeu Katerina friamente

– Idiota – Vitamy insistia em provocar

Katerina se levantou, mas Nick a segurou pelo braço

– Deixe ela falar, não vale a pena nem discutir – Ele falou calmamente

Katerina se sentou, suspirando e contando até dez para não pular no pescoço de Vitamy, Mary ao contrário não suportou mais as atitudes da garota. Ela se levantou disfarçadamente, e caminhou com seu copo de suco, e ao se aproximar de Vitamy, fingiu que tropeçou e jogou o copo em cima da cabeça da garota.

– Sua Nerd maldita, olha o que você fez – ela disse se levantando olhando para sua roupa que ficou toda suja

– Ops, foi sem querer – ela disse rindo da situação – nós nerds somos desastradas sabe

Vitamy saiu soltando fogo, ela ficou vermelha de raiva, o refeitório todo começou a rir, Katerina bateu na mão da amiga, sorrindo. Nick apenas sorriu de canto balançando a cabeça.

– Que bom que alguém calou a boca dessa menina – Disse Tify não suportando mais as atitudes da amiga

– Alguém precisava fazer isso – Falou Mary

Depois de toda confusão e de todos voltarem para a sala, na última aula alguém bate na porta, a professora abre e lá está ele. Kevin, diferente, completamente mudado, já não estava paranóico como da ultima vez, mas estava diferente, seu olhar suas atitudes. A professora não quis deixar ele entrar, pois já era ultima aula e ele já havia perdido o dia. Mas Kevin ficou ali no portão do colégio.

Mary, Nick e Katerina o viram em baixo de uma árvore com um garoto, e Mary precisando falar com o amigo foi até ele. Katerina e Nick foram atrás.

– Olá Ke – Disse Mary olhando para o amigo que estava próximo a outro garoto

– Ola Mary – Disse o garoto

– O que houve com você? O que você está fazendo com sua vida? – Perguntou Mary preocupada

– Estou bem, agora melhor do que nunca, eu realmente não estava, mas agora vou voltar pro colégio, voltar a minha vida de antes, vou ser eu de novo não precisa se preocupar.

– Voltar pro colégio? Chegando atrasado?

– Eu não iria voltar, foi ele quem me convenceu a vir – Disse Kevin mostrando Jason, o garoto que ele conheceu naquela sala de bate papo.

– Não te reconheço mais – Mary falou desapontada

– Eu acho que nunca nos conhecemos direito não é? Bom ao menos agora eu sei quem é cada um de vocês, O Garotão que se faz de macho mas é gay também, a menina que se monta de nerd para esconder do mundo a confusão que é sua casa, e a ex patricinha do colégio, que tenta pagar seus pecados bancando a boazinha, me poupem vocês seus hipócritas – Falou Kevin em alto e bom som.

– Deixe Mary, não podemos ajudar mais – Sussurrou Nick

– Eu não vou desistir de trazer você de volta Kevin – disse Mary com a voz fraca, soltando uma lágrima no canto dos olhos.

– Pois eu já desisti de vocês – Fala Kevin olhando friamente para Mary

Nick segura a garota, com o apoio de Katerina. Os dois saem pela rua, Mary começa a chorar ao ver o estado daquele que foi seu amigo por tantos anos. E ao ver que ele agora não se importa com os outros e muito menos com ele mesmo. Mary não sabia o que fazer, mas precisava parar de chorar, ela não podia chegar assim na casa de Charlie, ainda não era o momento dele saber o que estava acontecendo.


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