Uma nova princesa para uma nova Illéa escrita por Snow Girl


Capítulo 27
Presentes


Notas iniciais do capítulo

Bom dia! Não tenho nada a dizer no momento, então... divirtam-se!



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Na manhã de Natal havia um pequeno monte aos pés da cama. Reconheci a letra de Jay em um pacote identificado como "família Steelway" dentro havia um porta-retratos esculpido em forma de uma guitarra com uma foto da família Steelway, eu e Patrick. Eu lembrava vagamente daquela foto, foi tirada no meu aniversário de dezesseis anos, mas como nós não tínhamos dinheiro para pagar a revelação ela ficou com o fotógrafo. Quase chorei com o gesto deles.

Havia também presentes das Selecionadas e um que estava identificado como sendo de Georgie. Se aquela letra rebuscada fosse de uma criança de cinco anos de idade eu ia me matar. Dentro havia um pequeno globo de neve com a miniatura de uma cidade com um relógio enorme no primeiro plano, Londres, reconheci.

Eu estava terminando de abrir a pilha de presentes quando minhas criadas entraram.

— Bom dia, senhorita — disseram em uníssono.

— Bom dia, moças. Feliz Natal.

Elas retribuíram com sorrisos.

— Gabe, abre o armário e pega três embrulhinhos prateados aí. Não é muita coisa, mas quis dar algo para vocês — dei de ombros.

— Muito obrigada, senhorita! — exclamou Marcie encantada.

Eu ri.

— Disponham. Agora vamos me arrumar porque apesar de eu sempre me atrasar hoje é um dia especial e não quero estragar tudo.

Elas riram enquanto íamos para o banheiro gigantesco.

— Paige disse que o príncipe Georgie e seu irmão se deram muito bem, senhorita — comentou Diana massageando meu couro cabeludo.

— Imaginei que iam. Eles são muito parecidos — sorri.

As criadas falaram sobre alguns assuntos triviais enquanto me vestiam. Marcie era a única que não tinha muito contato com a família e não parecia triste por não poder vê-los.

Desci até o Grande Salão tremendo, eu não queria encontrar Caleb, não depois do que havia acontecido na torre.

Sentei-me ao lado de Jay e beijei sua testa.

— Feliz Natal, Lexi — desejou-me.

— Feliz Natal. Ei, obrigada pelo presente. Eu amei.

Ele deu de ombros e sorriu.

— Foi ideia da minha mãe. Ela vai ficar feliz por você ter gostado.

— Como não amar? — olhei ao redor. — Cadê o meu irmão?

Jay riu e cobriu a boca com a mão.

— Está com o seu mais novo melhor amigo — apontou para a mesa da família real onde Patrick conversava animadamente com Georgie, bem ao lado de Caleb.

Ah, mereço.

— Vou lá arrastar ele. Faz mais de um mês que esse menino não me vê e age como se eu não existisse!

Jay riu abertamente.

— Quanto ciúme, meu Deus.

Mostrei a língua enquanto me levantava.

Fui cumprimentada por algumas famílias de Selecionadas antes de chegar até onde queria.

— Feliz Natal para todos — desejei com os olhos baixos. — Só vim sequestrar essa criança que se esqueceu que tem irmã mais velha e arrastá-lo até lá. Oi Georgie, amei o presente, à propósito.

Os dois menininhos ergueram os olhos.

— Você gostou do meu presente? — Georgie pareceu duvidar.

Baguncei seu cabelo.

— Claro que sim, é lindo. Patrick, não me faça dizer outra vez.

Ele fez bico.

— Não quero, Lexi — se queixou. — Quero ficar aqui com o George, ele é meu amigo. Meu primeiro amigo de verdade.

— Ei, magoou agora! O que eu e Jay somos?

Ele riu.

— Mas você é velha. O George tem a minha idade — argumentou.

— E eu sou sua irmã — beijei seu pescoço. — É feio atrapalhar os outros. Vem com a mana.

Caleb resolveu se manifestar.

— Não tem problema, seu irmãozinho é tão adorável quanto a senhorita. Se quiser, você e o senhor Steelway podem se juntar a nós.

Sem absolutamente nenhuma razão eu fiquei vermelha.

— Obrigada, príncipe Caleb, mas não queremos abusar da hospitalidade alheia. — Toquei o queixo de Patrick que sorria. — Comporte-se.

— Acho que a missão falhou. Ou você mentiu para mim e só foi lá para falar com o príncipe — Jay ergueu as sobrancelhas.

— Pare de falar dele. Vamos conversar como melhores amigos porque, cara, eu senti a sua falta — falei conspiratoriamente.

— Eu sei. Foi horrível ficar sem você. Ethan e Kim ficavam namorando e eu lá de vela.

Eu ri.

— Te disse que era esquisito! Hein, falando de Ethan e Kim, eles estão irritados comigo? Não tenho notícias deles desde que essa loucura começou — gesticulei para o ar indicando sobre o que me referia, desnecessariamente.

— Irritados? Sim. Com você? Não. Eles meio que juntaram os trapos, se casaram, sei lá. Tudo na surdina. Os pais de Kim tiveram um bom ataque de raiva por ela ter casado com um pobre baterista de uma banda em ascensão e deserdaram ela. Foi uma briga horrível e todo mundo só falou nisso nos últimos tempos.

Ok, era uma questão de tempo até que aquilo acontecesse, mas ainda assim cobri a mão com a boca.

— E você não me disse nada? — exclamei. — O pai da Kim deve ter surtado.

— "Surtado" é eufemismo. O homem ficou doido, possesso — Jay torceu o nariz. — As castas caíram mas o paradigma não.

Aquele assunto me lembrava outra conversa. Uma conversa em uma pequena academia escondida.

— Enfim... vamos para fora? As paredes tem ouvidos por aqui.

Jay sorriu como se eu tivesse lido sua mente.

— Demorou! — disse pegando uma rosquinha e puxando a cadeira que eu estava sentada.

Sorri pegando o braço que ele me estendia.

— Você deve ter sido um príncipe em outra vida — comentei enquanto passávamos pelo corredor leste rumo aos jardins. — Só isso explica você ser tão… assim.

— Seria melhor se fosse nessa vida, assim não teria problemas para conquistar a princesa.

Lancei-lhe um olhar de lado.

— Você quer me trocar por alguma princesa, Jay?

Jay ficou vermelho como sangue.

— Não foi isso que eu disse.

— Bom mesmo, sou ciumenta.

— Eu sei perfeitamente. — Ele retribuiu o sorriso. — Lembra quando você se recusou a falar comigo durante uma semana porque eu chamei Addison Smith para sair?

— Não fiquei brava por você ter chamado aquela piranha oxigenada para sair! Eu estava ocupada! — Amaldiçoei-me mentalmente por ter ficado vermelha. Ele não iria acreditar em mim. Não que eu realmente estivesse sem tempo naquela época, Addison era uma garota peituda, bunduda e vagabunda três anos mais velha que estava sempre se insinuando para o Jay então eu dei opções a ele: eu ou ela. Ele não estava ali com Addison, não é?

— Sei, parecia que você ia soltar laser pelos olhos toda vez que nos via juntos.

— Você é o meu melhor amigo. Addison não esteve com você quando você quase morreu de hipotermia porque era burro o bastante para ceder seu casaco para mim — bufei.

Logo estávamos relembrando nossas histórias, todas as vezes em que nos metemos em confusão juntos.

Jay estava apoiando a minha cabeça em seu ombro e lembrando-se de todas as nossas histórias juntos, tantos as belas e engraçadas quanto as tristes, quando o alarme soou.

— Inferno, inferno, inferno — murmurei levantando de um salto e puxando-o pela mão. — Temos que ir, Jay. Corre.

— Por que? — ele parecia assustado.

— Ataque rebelde. Precisamos de algum guarda para nos gui…


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Notas finais do capítulo

Sim, eu sei que sou má e que esse capítulo fico bobo, mas... sexta vai ser legal, prometo.



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