Uma nova princesa para uma nova Illéa escrita por Snow Girl


Capítulo 19
Confusão


Notas iniciais do capítulo

Hoje eu tô muito feliz tuts-tuts porque a) tenho uma nova recomedação linda e diva da Tih, sá linda b) meu Cidade do Fogo Celestial chegou *-* e c) o primo mais fofo do universo que a personificação do Georgie está aqui em casa



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Nos dias seguintes Caleb estava me evitando. Ele ainda passava no meu quarto só para desejar boa noite, porém não tínhamos nenhum outro contato e ele parecia distante.

Nos dois dias ele chamou Beatrice para sair. O rosto de porcelana dela quase se partiu de tanta alegria.

Eu também quase me parti em duas, dividida. Eu estava feliz por Beatrice mas ao mesmo tempo zangada com Caleb por me dar o que eu pedi. Confuso, não é?

Novamente passei a maior parte do tempo com Georgie.

Pensei sobre o que eu havia dito a Caleb sobre me mandar embora. Parte da minha alma estava ali no palácio com ele e também Georgie, mesmo que meus sentimentos por ele não fossem mais do que amizade eu havia confiado uma coisa que cinco pessoas sabiam a alguém que eu conhecia a menos de um mês. Isso significava alguma coisa, apesar de nem eu mesma saber o quê.

— Você e o Caleb brigaram? — perguntou Georgie olhando-me de forma franca enquanto fazíamos um piquenique no jardim.

— Não. Quero dizer, sim — olhei para ele, que estava confuso. — Mais ou menos.

— Por que? — às vezes ele não parecia ter cinco anos, era muito maduro para a idade. De vez em quando até demais.

— Por que ele vai me mandar embora e é melhor que não fiquemos muito juntos para quando isso acontecer não nos magoarmos. Eu também deveria ficar longe de você, mas eu não consigo! — disse atacando-o com beijos em todo seu rosto e pescoço.

Georgie riu tentando fugir de mim.

— O Caleb não vai te mandar embora. Eu não vou deixar!

— Você não tem que deixar, querido. A escolha é dele.

Os olhos azuis de Georgie, tão parecidos com os de Patrick, me fitaram assustados.

— Mas… você vai me deixar?

Beijei seu cabelo claro, aninhando-o no lado do meu corpo.

— Eu sempre vou estar com você — toquei seu peito por cima do casaco engomado. — Bem aqui.

— Eu amo você, Lexi! Não pode me deixar — seus lábios tremiam.

— Mesmo que eu fiquei a até o último dia querido... Uma hora eu vou ter que ir embora, não é?

Ele assentiu, vendo o problema.

— Mas até lá… vamos ficar aqui, juntinhos. Como irmãos.

Ele concordou sorrindo, feliz.

Vi com o canto do olho alguns guardas correndo e então um barulho alto. Uma sirene.

Peguei Georgie, colocando-o em pé e corri com toda a graça de um peixe morrendo sem ar.

— Sapatos estúpidos — reclamei quando caí de cara no chão.

Não havia tempo para tirá-los, levantei para correr, arrastando Georgie pelo braço sem muita gentileza.

Não sei exatamente o que aconteceu, mas senti uma pancada forte na minha testa e uma coisa melada.

Olhei em volta mas não havia absolutamente ninguém além de nós dois ali. Eu estava vendo tudo dobrado e meio desfocado.

— Vamos Georgie, continue — minha voz estava meio leve demais. Eu parecia estar flutuando.

Dois guardas chegaram a nós ao mesmo tempo de direções diferentes.

— Leve o príncipe — ordenou o mais velho deles, que deveria ter uns vinte e três, vinte e quatro anos.

— E a senhorita? — o outro perguntou nervoso. — Ela faz parte da família real.

— Ela parece em choque. Vou levá-la ao abrigo do médico.

O guarda mais novo assentiu e pegou Georgie nos braços.

— Lexi! — gritou Georgie se debatendo nos braços do guarda. — Fica comigo.

Acho que eu estava meio alta. Abri um sorriso empastado.

— Vá com o guarda. Eu te vejo no jantar. — Olhei para o cara a meu lado. — Vamos nessa.

Ele sorriu, pegou uma bandana azul no bolso do casaco e amarrou no rosto.

— Sim, vamos — disse pegando-me nos braços fortes e correndo pela propriedade.

— Não precisa me levar no colo. Eu sei andar.

Não deu para ver com clareza pela bandana e dos meus olhos desfocados, mas pensei que ele tinha sorrido.

— Você não corre tão rápido quanto eu, ainda mais de salto.

Ele me levou no colo, mas não estávamos indo em direção a nenhum abrigo, ele estava me levando para a floresta.

— Henry pegou uma delas! — gritou alguém.

Ouvi gritos de comemoração.

Hein?

O guarda parou de correr, ele me olhava com atenção como se procurasse algo em meu rosto.

Alguns outros guardas de bandana azul nos cercaram, uns dois apontaram armas para mim.

O que está acontecendo? quis perguntar, mas alguma parte do meu cérebro entorpecido dizia que era uma ideia ruim.

— O que você está esperando Henry? — perguntou com rudeza um homem mais velho. — Um convite impresso? Acabe com ela!

Acabe com ela… acabe... acabe comigo?

O tal Henry lançou um olhar gelado a ele.

— Não vamos acabar com ninguém. Não é assim que agimos. E saiam de perto dela — ele ordenou para dois garotos provavelmente mais novos que eu.

— Ah não? E o que você vai fazer? Ficar com ela como seu bichinho da necessidade? — a voz do velho escorria sarcasmo. — Não acho que Lynn vá gostar.

— Ninguém vai tocar nessa garota. Ela é minha irmã.

Foi a última coisa que eu ouvi antes de a escuridão se apoderar de mim.


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Notas finais do capítulo

Alguém me explica como funciona uma fic interativa? Eu sempre esqueço de perguntar isso.
O que acontece depois que as vagas são preenchidas? Vira tipo um role play?