Uma nova princesa para uma nova Illéa escrita por Snow Girl


Capítulo 10
Mantenha seus amigos por perto


Notas iniciais do capítulo

Hey! Minha mãe não cortou a internet (graças à Odin!) mas escondeu o maldito modem, felizmente minha irmã descobriu onde tava e agora eu sou uma clandestina. Nada demais.
Tipo, eu tinha mesmo feito as postagens automáticas e tinha ficado bastante engraçado as minhas notas mas eu achei melhor postar por mim mesma pq eu sou muito ansiosa e o cap ia ser postado só à noite.

Outra coisa que vale a pena ressaltar: a Aline Bass comentou isso e eu acho que talvez tenha dado mesmo um nó na cabeça foi o negócio de os rebeldes ainda estarem invadindo o palácio se *spoiler de A Escolha* o Maxon virou amiguinho dos rebeldes nortistas e fez pow na cara dos sulistas durante a escolha. No meu ponto de vista eu acho que os sulistas ficaram mais na deles e começaram a fazer investidas mais do tipo atacar os governadores, protestos bárbaros etc. Tipo, se eu fosse uma líder rebelde não mandaria todos os soldados atacarem o palácio pq sempre tem a chance de a gente se ferrar e ficar sem contingente depois para destruir a porra toda.

Acho que enrolei mais ainda, mas se vocês quiserem compreender minha cabeça só mandar um PM ou deixar no review que eu tento ser mais clara.



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Quando saímos do abrigo, pudemos ver a extensão dos danos. Haviam muitas coisas quebradas e manchas vermelhas do que me pareceu sangue no chão. Meu estômago se embrulhou.

— Isso acontece com que frequência? — perguntou Katie Lager tremendo.

— Os ataques, minha querida? — questionou o rei com bondade.

Ela assentiu.

— Isso varia muito, geralmente duas vezes por ano, às vezes mais. Sendo esse ano de Seleção, imagino que mais.

Katie assentiu. Até suas sardas estavam brancas.

Ela desistiria, todo mundo podia ver isso.

Aos poucos a ação foi tomando conta das pessoas: o rei meio que arrastou Caleb para o escritório, a rainha levou George até o quarto dele e as meninas da Seleção foram para seus quartos, imaginei que tal como eu elas deveriam querer descansar.

Infelizmente eu havia esquecido que elas já tinham dormido um pouco.

Pietra e Beatrice entraram no segundo em que minhas criadas haviam terminado de me vestir para dormir.

— Ninguém mais bate na porta hoje em dia? — reclamei puxando as cobertas até o queixo. Elas sentaram na cama a meu lado. Pietra falou primeiro

— Desembucha, amiga! O que vocês estavam fazendo?

— Conversando. E não faça essa cara para mim — disse para ela franzindo o rosto.

As sobrancelhas elegantes de Beatrice se ergueram.

— Vocês estavam de mãos dadas.

— Ele estava me puxando. Eu não conheço o caminho.

Nenhuma das duas pareceu feliz com minha resposta.

— Meninas, eu estou exausta. Me deixem dormir. Amanhã eu falo tudo que vocês quiserem.

— Você só pode estar brincando! Eu preciso de detalhes — guinchou Pietra.

Gemi e virei para o outro lado.

— Amanhã.

Ela bufou.

— A primeira coisa que você vai fazer!

— A segunda. Primeiro vou tomar café. Não, antes eu tenho que tomar banho. E me arrumar. E também…

— Você entendeu o que eu quis dizer.

— Certo… Agora, tchau — murmurei enquanto elas saíam emburradas do meu lado.

Minhas criadas, que ainda estavam no quarto, ergueram as sobrancelhas.

— Nem comecem — avisei com um sorriso.

Dando gargalhadas, Marcie, Gabe e Diana me deixaram para dormir.

No dia seguinte eu estava terrivelmente cansada.

Sempre me virei bem dormindo pouco porque não confiava o suficiente em meu pai para dormir enquanto ele estivesse acordado, mas ficar horas acordada e sob tensão de ser morta por rebeldes me fez sentir péssima. Eu não queria sair da cama e Gabe teve praticamente que me arrastar até o banheiro.

Percebendo meu cansaço elas trabalharam o mais rápido possível e me vestiram com a coisa mais leve do guarda-roupas: um vestido creme acinturado que tinham separado na véspera e um par de sapatos combinando.

Estava quase animada para sair do quarto quando senti uma dor excruciante no pé esquerdo.

Chutei o sapato de tipo bonequinha que estava completamente manchado de vermelho.

— Mas que…?

Olhei para os pequenos cacos de vidro na sola do meu pé.

As criadas ofegaram.

— Alguém tentou sabotá-la.

Arregalei os olhos.

— Mas por que?

— A senhorita teve dois encontros com o príncipe — lembrou-me Diana com suavidade. Embora não fosse muito mais velha que eu, ela agia como eu imaginava que uma mãe faria: com razão e emoção. — A maioria não teve sequer um. Elas estão com ciúme.

Elas, eu sabia, significava Kayla e Emily. Não conseguia imaginar que elas fossem tão baixas.

Sacudi a cabeça em descrença.

Quase chutei o rosto de Marcie quando ela começou a tirar as cacos de vidro com uma pinça.

— Fique parada, senhorita.

Cerrei os dentes mas cada picada no meu pé era uma vontade de chutar nova. Ela trabalhou com velocidade e em menos de cinco minutos o vidro tinha todo saído. Fiquei chocada com a quantidade.

— Argh. Odeio aquelas duas.

— Nós sabemos, senhorita — disse Gabe passando um braço ao redor meus ombros — Também não somos fãs delas.

— Você não vai falar nada ao príncipe, não é? — Diana questionou com sagacidade.

— Não sou do tipo que choraminga, em especial para homens. E não tenho como provar que foram elas. Ainda tem outras 20 outras meninas que poderiam tentar me ferrar.

— Ah, senhorita! O príncipe iria querer saber do que houve.

— Não quero que ele saiba, então façam-me o favor de deixar esse incidente entre nós.

Apesar de claramente insatisfeitas, elas assentiram.

Gabe pegou outro par de sapatos para mim, checando para ver se havia vidro dentro dele. Não tinha.

Depois de enrolarem alguns esparadrapos, elas me deixaram calçá-lo e descer. Incomodava um pouco.

Cheguei muito atrasada para o café outra vez. Estava quase criando um recorde, imaginei.

— Desculpem-me o atraso, Majestades. Tive um pequeno… contratempo.

Os olhos de rei Maxon brilhavam para mim. De raiva? Ele estava furioso por eu sempre me atrasar?

Deslizei para o lugar entre duas meninas que eu não conhecia além do nome. Kathlen Mighs e Hannah Barbe.

— O que foi? — Perguntou Pietra, do outro lado da mesa, ao lado de Caleb.

Oh-oh. Eu não tinha nenhuma resposta para isso então inventei na hora rezando para meu rosto não ficar vermelho e me entregar.

— Acho que estou ficando meio gorda, o vestido ficou um pouco apertado e as garotas tiveram que arrumar. Bom, elas não têm culpa de os cozinheiros daqui serem incríveis.

Todos deram risadinhas e vi o rei e a rainha trocando um olhar.

Olhei para Caleb, ele estava conversando com Pietra. Considerando o ar radiante dela, ele a estava chamando para sair.

Sorri para a mesa. Será que ele ia usar suas recém-descobertas habilidades de beijador? Esperava que, com o convite de Caleb, Pietra esquecesse o que tinha acontecido no dia anterior, mas não tive essa sorte.

Assim que entramos no Salão das Mulheres ela e Beatrice me encurralaram em um canto.

— Fala!

— Ouch. Já falei. Nós estávamos conversando, vimos outra vez o pôr do sol, esse tipo de coisa.

— Você tem que me ajudar, amiga — desabafou Pietra. — Ele me chamou para sair e eu não tenho ideia do que fazer.

— Caleb te chamou para sair? — estranhou Beatrice.

— Sim, por quê?

— Ele me chamou para sair também. Hoje à noite.

— Acho que ele quer conhecer todas vocês para chegar aos verdadeiros nomes — opinei querendo desviar o foco de mim. — Vocês sabem, por causa dos rebeldes a Seleção tem que andar bem depressinha.

— Isso não é justo. Caleb teve dois encontros com você em menos de uma semana.

Eu não podia dizer “Ah, relaxa. Ele botou na cabeça que eu sou a melhor pessoa para ensiná-lo a beijar porque ele nunca fez isso antes”, então apenas dei de ombros.

— Nosso primeiro encontro foi… interrompido. Acho que esse segundo foi meio que para completá-lo, entende?

As duas ficaram ávidas pela fofoca então eu meio que descrevi quando o misterioso Peter entrou na torre para levá-lo ao treino.

— Isso é bom — falou Beatrice quando eu terminei meu relato. — Eu luto karatê, temos ao menos uma coisa em comum.

— Ele faz muay thai — lembrei-a.

— Grande diferença. Talvez ele possa me ensinar alguns golpes... De preferência segurando a minha cintura — ela riu.

Pietra estava mordendo uma unha.

— Eu não sei lutar nada. Ai meu Deus.

— Calma, tenho certeza que vocês tem alguma coisa em comum. Seja você mesma e ele vai te amar.

— Tomara.

Mais ou menos às dez da manhã, Kayla saiu alardeando que tinha um encontro com o príncipe.

— Espero que ela saia — murmurou Beatrice, fazendo um gesto com a cabeça para indicar Kayla.

— Você, eu e todo mundo.

— Ela me assusta — sussurrou Pietra.

— Sim, eu vi isso quando vocês quase caíram no tapa no outro dia — disse-lhe com um sorriso. — Foi imprudente da sua parte.

— Mas valeu a pena.

Nós rimos um pouco.

Apesar de as duas terem encontros com Caleb naquele dia, eu estava muito feliz por elas. Era uma sensação boa de sentir por alguns momentos que não estávamos mais em uma competição, éramos apenas garotas fofocando.


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Notas finais do capítulo

E eu por ser legal (mentira, sou não) hoje vai ter dois capítulos o/.



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