Forgive Me. escrita por MartaTata


Capítulo 24
24. Arceus, o Deus dos Pokémon! Os sentimentos unidos de Zekrom e White!


Notas iniciais do capítulo

mwahahha, dois caps hoje porque sim u.u
Bem, muitos de vocês acertaram sim: Arceus, com certeza, vai aparecer no cap.



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Tentei falar, mas era inútil. A dor acabou por possuír todo o meu corpo. White ficou mais confusa, mas só entendeu quando alguém tirou a faca que me havia espetado nas costas.

–Se eu morrer... VOCÊ VEM JUNTO! -Berrou N atrás de mim, deixando White em lágrimas.

Tudo o que vi, nos últimos momentos, foi Kyurem e N serem engolidos por uma explosão, levando as suas almas para Arceus, e White a chorar.

****

E pronto. Fim do jogo. Game Over.

E aqui estou eu, na sala gelada, acompanhada de Zekrom e do corpo de Reshiram, implorando a Arceus para Black abrir os olhos.

–POR FAVOR!!! -Berrei em lágrimas. A dor que estava no meu coração era impssível de descrever no momento.- ACORDE BLACK!! BLAACK!!

Eu estava a implorar a alguém, ou até mesmo a ele, para Black abrir os olhos. Zekrom estava paralisado ainda, ao ver o corpo de Reshiram em seus pés.

–POR FAVOR ACORDA BLAAAACK!! -Berrei com toda a dor junta dentro de mim. Era impossível impedir as lágrimas de caírem dos meus olhos.

Pelo amor de Deus, leve todo mundo, menos ele!! Arceus, Keldeo, Virizion ou algum lendário que me possa ajudar agora, façam- no acordar, agora!!

–P- Por favor… -Murmurei, perdendo a voz de tantos berros que havia dado. Aquela dor era… Horrível. Uma parte de mim havia morrido naquele local: Sem Black, a minha vida não fazia mais sentido.

–Re… Shiram… -Murmurou Zekrom, observando o corpo branco do dragão lendário do fogo. Não… Isto não está a acontecer!!

–PELO AMOR DE ARCEUS, ACORDE BLACK!! -Berrei com todas as minhas forças. Toquei, soluçando, no rosto delicado dele, com uma mão. Estava frio, porém, não estava muito branco. Tentei sentir a respiração e a pulsação dele, que eram nulas.- N- Não…

Não. Não acredito.

Black Hilbert jamais iria morrer. Ele prometeu que ganharia- mos isto juntos!!

–BLACK!!! -Berrei uma vez mais. Eu não conseguia controlar os meus pensamentos, as minhas lágrimas, muito menos a minha dor. Eu estava completamente a elouquecer de tanta dor e sofrimento que estava a sentir- EU AMO- TE!! ACORDE AGORA!! VOCÊ PROMETEU QUE VIVERIA ATÉ AO FIM, AO MEU LADO!!

–... -Zekrom ficou em silêncio, observando, ainda paralisado, o corpo de Reshiram. Uns instantes depois, ele moveu ligeiramente a sua cabeça, ao meu encontro- Xiu.

Encarei- o com raiva.

–NÃO EM MANDE CALA-

–Sério… Fique calada.–Disse o mesmo novamente, e eu obedeci. Ambos ficá- mos em silêncio, enquanto consegui escutar passos, porém, ninguém estava na sala.

Arrepiei. Quem será que era? Só estava eu e Zekrom na sala, mais ninguém.

–Muito bem… -Murmurou uma voz masculina, porém, menos grave que a de Zekrom, mais ou menos do tom de Kyurem.- Parece que, finalmente, existe o grande vencedor desta guerra.

E, num piscar de olho, apareceu um Pokémon branco, com uma espécie de anel em volta do seu corpo. Nunca havia visto aquele pokémon, porém, sabia que já tinha escutado aquela voz em algum lugar.

–... Quem é você? -Perguntei, colocando o corpo de Black mais perto do meu, mostrando que não queria que este se aproxima- se de nós. Zekrom ficou encarando o Pokémon com um olhar paralisado.

–...Pai. -Afirmou o mesmo. Paralisei totalmente, ao encarar novamente o novo Pokémon que surgira na sala. Ele era o pai de Zekrom?

–...Você é Arceus não é? -Perguntei. Ele ficou me encarando intensamente.

–Exatamente. Os humanos não conhecem a minha verdadeira forma, pois nunca ninguém me viu. Sinta- se bastante grata por me mostrar a você, mera mortal. -Afirmou Arceus, enquanto eu continuei encarando- o intensamente.

–... E posso saber porqe se mostrou apenas a mim? -Perguntei uma vez mais, e ele olho para Zekrom.

–Pois você é o discípulo do único vencedor da grande guerra de Unova. -Falou Arceus, com uma voz meia alegre- E tenho o prazer de poder, finalmente, atribuir a você o verdadeiro destino que merece.

–... Verdadeiro destino? -Estava cada vez mais confusa. Nunca ninguém me falou de tal coisa.

–O seu verdadeiro destino White. -Disse uma vez mais Arceus- Graças a esta vitória, você foi leal ao seu lendário, ou seja, o Pokémon que escolheu você. Agora, a sua função perante ele é protegê- lo de tudo o que estiver ao seu alcance.

–... Mas esta porcaria ainda não terminou!? -Perguntei brava, enquanto Zekrom me olhou meio surpreso por dizer tais palavras- Ouça lá, Arceus- não- sei- das- quantas, eu fiz tal e qual o que me disseram: Fui leal a Zekrom, fiquei bastante amiga dele, e protegi todos os que amava!! E já estou a sofrer por causa desta merda toda!! -Apontei para Black- Por isso, não quero saber de mais nada: EU NÃO VOU FAZER MAIS PORRA NENHUMA!!

Um silêncio bastante tenso se fez. Zekrom estava paralisado, por ter falado assim com “Deus”. Eu estava pouco me lixando se iria morrer, pois como a guerra está ganha, Zekrom e eu ficá- mos cada um por sua conta, ou seja, ele pode bem me matar, que Zekrom ficará vivo.

–Gosto da sua maneira de encarar as coisas.–Afirmou Arceus, para grande surpresa minha e de Zekrom- Aparentemente, você tem rasão: Foi uma falha minha não falar o que iria acontecer daqui em diante.

–Uma grande falha. -Corrigi o mesmo, fazendo ele me olhar feio.

–Bem… -Ele ajeitou a voz- Poder que me é concebido, declaro que os verdadeiros vencedores que venceram a guerra divina de todo o poder de Unova, é o grandioso dragão dos raios, Zekrom, e o seu discípulo Whi-

–HEY!! -Berrei, interrompendo o mesmo, antes de ele dizer algo mais- Antes de me declarar vencedora, o que vai acontecer?

–... Você morrerá.–Afirmou. Gelei totalmente, e Zekrom ficou sem palavras.

–Impossível!! -Berrou Zekrom- Você nunca me disse isso! Falou que tudo voltaria ao normal!!

–E tudo vai voltar ao normal. Mas White morrerá. -Afirmou com voz fria.

–M- Mas isso não é voltar ao normal!! Se Unova ficaria tal e qual como estava, e se White não estiver lá, é menos um habitante, ou seja, White devia estar viva para tal coisa acontecer!! Sem menos um habitante, não voltará tudo ao normal.

–Muito bem, permita- me corrigir. Voltará quase tudo ao normal.- Corrigiu Arceus, mas Zekrom continuou a olhá- lo friamente.

–Não voltará não!! Jamais deixarei isso acontec-

Arceus olhou de lado Zekrom. Ele levanto uma pata, formando um pequeno raio de energia, que eclodiu com Zekrom, e o jogou na parede, interrompendo o mesmo. Novamente, senti a maior dor da minha vida, pois eu ainda não fora declarada vencedora, ou seja, eu ainda era a mesma que Zekrom.

–Está dizendo que eu não posso fazer o que quero?–Perguntou com voz fria, enquanto eu ficava paralisada. Como o Deus podia ser tão cruel ao ponto de quase matar o seu filho?!

–... P- Peço desculpa.. -Murmurou Zekrom, tentando- se levantar. Corri ao encontro do mesmo.

–A White, assim que morrer aqui, todos se esquecerão da sua existência, assim como a de Black: Como se nunca tivessem existido.

–Você está bem?! -Perguntei preocupada para o lendário que, imediatamente, sorriu, ignorando o que Arceus acabava de dizer. Embora ignora- se, aquilo me havia afetado bastante.

–Estou sim… -Ele finalmente se levantou.- Desculpe preocupar você.

–... Você deixa o seu discípulo se aproximar de você? -Perguntou, deixando- me a mim e a Zekrom confusos- Ela é uma mera mortal. Ela é uma inútil, e você só precisou dela para a guerra, porque agora, você não precisa mais. Ela merece morrer depois de tudo, pois não foi fiel o suficiente ao ponto de ter respeito com você, e manter distância entre você, Dragão dos raios.

Fiquei em silêncio, sem acreditar.

–Então… -Murmurei, encarando Zekrom- ...Este tempo todo, fui apenas um peão para você?

Zekrom permaneceu em silêncio, e Arceus continuou o seu “lindo” discurso.

–Além do mais, nunca imaginei que um discípulo pudesse dizer tais palavras ao pai do seu lendário; Deus dos Pokémons. Você nunca mereceu ser chamada de White; Você nunca mereceu ter vivido essa vida. Se soubesse o que sei hoje, teria impedido Zekrom de ter escolhido voc-

Nesse momento, mal Arceus foi interrompido, pensei que os meus olhos estavam mentindo para mim, pois apenas vi Zekrom atingir Arceus com um Bolt Strike em cheio.

–A White não é apenas um discípulo para mim!! -Afirmou alto Zekrom, encarando Arceus deitado no chão- Ela é uma amiga. Uma amiga leal e fiel. Com ela, aprendi bastante do que sei hoje, e devo a ela toda a minha vida e todo o meu poder, porque foi graças a ela que eu venci esta guerra; Foi graças a ela que cheguei a onde cheguei hoje.

Arceus ficou em silêncio, sem se mexer.

–Zekrom… -Murmurei, encarando o lendário dragão.

–POR ISSO!! -Berrou em lágrimas- EU IREI PROTEGÊ- LA DE VOCÊ! JAMAIS IREI DEIXAR QUE A MATE!! POIS EU PERDI O MEU MELHOR AMIGO E QUEM AMAVA! IREI PROTEGER A ÚNICA AMIGA QUE TENHO, NEM QUE TENHA DE DAR A MINHA VIDA POR ISSO!!

E um longo silêncio se fez. Arceus começou a rir um pouco, e levantou- se rapidamente, sem um único arranhão, o que me deixou a mim e a Zekrom sem acreditar.

–Seu inútil. -Falou friamente- Eu criei você: Um dragão perfeito, sem coração, para fazer tudo o que eu manda- se sem piedade. E olhe agora no que se tornou: Um dragão totalmente inútil, que pensa que me pode derrotar só para proteger uma mera mortal.

Fiquei em silêncio, encarando os dois monstros à minha frente.

–Como já disse: Ela não é uma mera mortal.–Disse friamente Zekrom, encarando Arceus com raiva- Ela é a minha melhor amiga. Reshiram, o meu grande amor… Perdeu a luta, assim como o me melhor amigo Kyurem. Por isso, irei proteger a White, pois ela não é apenas uma mera mortal e um discípulo que posso comandar: Ela é alguém que se deve proteger com a vida.

–Zekrom… -Murmurei, embora ambos trocassem ainda olhares mortais- J- Já chega… Não quero ninguém machucado….

–Ninguém machucado…?! -Arceus começou a rir alto- O seu amigo Black morreu sua idiota!! Aquele inútil que não serve para nada!! Se soubesse o que sei hoje, jamais havia criado vocês dois neste mundo, e sim numa outra galáxia, em que vocês fossem os seres mais inúteis de todo o universo! -Ele continuava a rir, olhando- me- Nem acredito que Reshiram e Zekrom escolheram os dois humanos mais fracos de todos, principalmente Black. Ele é apenas um mero mortal desprezível que nem sobreviver conseguiu. Um treinador totalmente fraco, que apenas é campeão graças à sua força de vontade e aos fortes Pokémons que tem, pois ele mesmo é totalmente inútil.

–...- Fique em silêncio, encarando o chão.

–O que foi? -Ele riu novamente- Custa admitir a verdade?

–Retire imediatamente... O que disse sobre o Black.–Falei num tom sério, ainda olhando para o chão, olhando- o friamente. Nesse momento, Zekrom me olhou, e não sei porque, pareceu que sorria, mas não liguei.

–E acha que eu, Deus de todo o Universo, vou obedecer a uma pequena mortal? -Perguntou em tom de deboche. Nesse momento, formou- se uma aura totalmente negra em minha volta, e eu perdi totalmente o controlo sob mim mesma. Senti- me, do nada, bem mais forte para qualquer situação que me enfrenta- sem.

–Retire… Imediatamente… O que disse… Sobre o BLACK!!–Berrei, correndo para ele. Não me lembro de nada do que aconteceu, mas, não se bem como, fiz algo que fez com que Arceus fosse arrastado, totalmente para a parede, furando a mesma. Quando retornei à realidade, pois a minha visão havia ficado completamente negra, observei este cenário.

–E finalmente, White encontrou a sua verdadeira força. -Afirmou Zekrom com um sorriso, e Arceus se levantou, com cara de poucos amigos.

–Desafiando o Deus…? -Perguntou sério- Você é louca?

–Não.–Respondi, ainda com a aura em minha volta, porém, já me conseguia controlar- Eu apenas quero fazer um duelo contra você.

–...E posso saber o motivo? -Perguntou um pouco surpreso.

–Se eu ganhar. -Afirmei- Quero que reviva o Black.

–B- Bem… -Ele me olhou surpreso, porém, com um sorriso malicioso- E se eu ganhar, eu irei matar vocês os dois.

–N- NÓS OS DOIS?! -Berrei sem acreditar, ao mesmo tempo que Zekrom. Como assim nós dois?! - Assim não vai existir nenhum lendário para proteger Uno-

–Calma. -Disse, rindo maliciosamente- Eu tenho uma solução perfeita.

–...Podemos saber qual é? -Perguntou Zekrom, encarando friamente Arceus.

–Irei reviver Kyurem e N, assim que vos vencer. -Falou o mesmo, deixando- me totalmente sem palavras.

–M- MAS ELES VÃO DESTRUIR TODA A UNOVA E-

–Não quero saber.–Afirmou, interrompendo- me- Sempre estive do lado deles, e eu apoio as causas de N.

Cara… Esse Deus tomou drogas?

–MAS VOCÊ NÃO ENTENDE?! -Berrei- N VAI LEVAR UNOVA PARA O SOFRIMENTO!! KYUREM TERÁ DE IR ATRÁS DELE, INFELIZMENTE, POR TER ESCOLHIDO O DISCÍPULO ERRADO!!

–...Existe um pequeno pormenor que vocês não sabem. -Murmurou o mesmo.

–Que pormenor pai? -Perguntou Zekrom, com medo da resposta.

–...Fui eu que escolhi o discípulo de Kyurem.

Tá okay, não preciso de dizer que eu estava completamente chocada.

–Fui eu que o escolhi. Kyurem nunca admitiu que fora eu que errei, pois sempre protegeu o seu pai. Mas sim, fui eu que criei N: Fui eu que criei toda a vida dele, decidi o destino e todos os caminhos dele.

–Espera… Está me dizendo que foi você que criou N, escolheu o discípulo de Kyurem, e fez com que ele escolhe- se o caminho do mal?! -Perguntei, paralisada.

–Exatamente. -Respondeu Arceus uma vez mais- Fui eu que decidi esta guerra. Infelizmente, devia ter feito Zekrom e Reshiram escolherem discípulos mais inúteis que vocês. Fui eu que vos criei quando crianças, mas não tracei o vosso destino, pois sempre pensei que fossem inúteis. Infelizmente, estava errado, pois o vosso destino foi mais forte que o de N.

–...Foi você… Que fez o sofrimento de Kyurem…?–Zekrom pareceu bastante bravo naquela hora, pois mesmo antes de Arceus responder, levou um Dragon Pulse bem na cara, que esquivou por pouco.

–Vamos fazer assim… A verdadeira batalha final vai começar. -Afirmou Arceus com um sorriso malicioso- Zekrom e White vs Arceus.

–Pronto Zekrom? -Perguntei, colocando- me em posição de ataque.

–Ah… -Arceus me olhou- Antes de começar- mos… Reshiram e Black estão a ver a nossa luta.

–E- ESTÃO?! -Berrei sem acreditar, assim como Zekrom.

–Convoquei os espírito deles a comparecer no local, para observarem o que os seus amados fazem por eles. -Afirmou ainda sorrindo.

–Parece- me bem… -Murmurei, sorrindo- Black, veja como eu consigo ser forte, e consigo salvar você, sozinha!

Era naquele momento. Era naquele momento que mostraria que não era inútil: Que eu podia fazer tudo pelos que amava.

Seria naquele momento, que eu iria mostrar o que o meu amor pelo Black valia!




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Notas finais do capítulo

E, agora sim, vai haver muita treta