O Vampiro da Minha Vida escrita por konan facinelli


Capítulo 15
Capítulo 15 - Não poderia ter sido ele


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas.
Me descupem pela demora.
espero que jostem desse capitulo.



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Após Helena ir embora, eu e Raquel fomos almoçar. Eu não conseguia tirar a estoria que Helena me contou da cabeça. Será que o doidão era o Marcos? E é no par-ou-impar que eles decidem quem fica com o jantar? Que modo simples – simples até de mais – de escolher quem irá matar.

- Clara?

Olhei para Raquel. Ela não me olhava estava prestando a atenção na comida. Depois de engolir continuou.

- Você está esquisita.

- A é? - dei uma garfada num pedaço de carne e botei pra dentro.

- Sim.

- Oh. Que bom, ne?

Raquel revirou os olhos.

- O que você acha que podemos fazer amanhã? Comprar o que?

- O que tem de tão especial amanhã?

Ela fez sinal negativo com a cabeça.

- Esquece, Clara.

Depois disso não falamos mas nada.

 

 

 

Fui para meu quarto. Depois do almoço me deu uma canseira!

Eu queria dormir um pouco, ficar um pouco sozinha. Mas por que será que estou com um palpite que isso não será possível?

Parei na frente da porta com a mão na maçaneta. Respirei junto e a abri.

- Eu sabia. - resmunguei.

E lá estava aquela coisa feliz, sentada na cadeira da mesa do meu computador. Com um enorme sorriso na cara, balançando as pernas pra frente e pra traz.

- Oi.

Eu bufei.

- Suponho que esteja se achando muito esperta.

Ela riu.

- A sua comida não me interessa.

Deu pra notar o duplo sentido da frase, mas deixei passar essa.

- Você não disse que iria embora?

- Julian arrancaria a minha cabeça se eu te deixasse sozinha.

Bufei.

- Afinal, de que ele quer me proteger?! - entrei no quarto e fechei a porta, antei ate minha cama e me joguei lá, dando de cara com meu travesseiro novo, o que minha mãe tinha comprado para mim, depois que o meu antigo sumira misteriosamente. - Que francamente! Ele botou o Nick pra tomar conta de mim, ele não caga de medo dele?!

Ela abafou uma risada com a mão.

- Em primeiro lugar: vampiros não cagam. Em segundo: Julian sabe que Nick é o que mais se controla entre nós. Em terceiro: eu é que sugeri Nick para o cargo. - disse, pra variar, feliz da vida.

Tirei a cara do travesseiro e a fuzilei com os olhos. Ah!, então foi ela que colocou o aquele de cara de que “comeu-e-não-gostou” pra me perseguir, contra a minha vontade, por aí!

Essa é a 67ª vez, e a mais forte de todas as outras vezes, que estou com vontade de esmurrar alguem. Pode ser contada também como 1ª vez que quero esmurrar uma vampira.

- Nick não tinha ficado muito satisfeito com a ideia – deu de ombros. - Juan queria vigiar você. Disse que iria ser interessante ter que aguentar o seu cheiro.

- Não me diga! – disse trincando os dentes.

Ela olhou para mim e riu.

Não gostei.

- Por que diabos você está rindo?

- Sua cara ta engraçada. - disse rindo.

Abri a boca pra falar, mas desisti, voltei a cara para o travesseiro.

AFFs³²¹³¹²!!

- Oh Clara – disse amimada – eu acho que vou dar umas ideias pra Gina. Tipo: fazer uma marca de mão com sangue na parede, o sangue eu arranjo fácil. Essa é boa, não é? E também tenho outras ideias! Tipo soutar galinhas na sala dos professores e também... - resolvi ignora-la, esta falando besteira de mais. Decidi deixar Helena falando sozinha e dormi.

 

 

Eu corria no meio da noite, por uma rua deserta. Eu estava desesperada correndo de uma sombra de alguma coisa. Entrei em uma rua e acabei me deparando com uma parede. Olhei para traz, eu sabia o que vinha agora, Nick apareceria com uma cara assustadora.

Mas, não.

Quem apareceu foi Julian, com a cara suja de sangue. Segurando em uma das mãos a cabeça de Marcos pelos cabelos.

Eu gritei.

 

 

Acordei. Olhei para janela. O céu estava começando a ficar escuro. Depois virei a cabeça pra olhar Helena. Ela estava com cara de indignada.

Eu ri.

- O que foi? - rosnou.

- Sua cara ta engraçada – disse virando a cara pro travesseiro novamente.

- E eu na maior boa vontade contando minhas ideias pro ce! Depois quando olho, lá ta você roncando!!

- Eu não ronco! - protestei. Virando a cara pra olha-la.

Ela mostrou linguá pra mim. Eu ri.

- Onde esta Raquel?

- Ela saiu mais ou menos duas horas atras.

Escutei o som da janela abrindo, olhei pra ela. Juan estava sentado nela. De braços cruzados, com uma das pernas pra dentro do quarto e a outra no meio da janela. Ele olhava para mim, seus olhos estavam vermelhos, isso me deixou aliviada. O vento balançava seus cabelos azulados. Sera que aquela cor é mesmo natural?

- Ola – disse ele.

- Oi. - disse Helena, ainda emburrada.

Ele olhou para ela curioso. Eu ri.

Ele olhou para mim, descruzou os braços, e apontou para Helena com o polegar.

- Que bicho mordeu ela?

- Deixa ela falando sozinha que ela fica assim – ele sorriu pra mim.

- O que você quer aqui, em? - disse a emburrada.

- Nick voltou. Eu só vim te avisar.

Ela deu um enorme sorriso.

- Nick quer ver você.

Ela ficou de pé em um pulo.

- Você fica com ela? - ela perguntou indo em direção a janela.

- É para isso que estou aqui – deu de ombros. Acho que ele já sabia da reação de Helena.

Ele saiu da janela para deixar Helena passar, ela desapareceu depois disso. Ele fechou a janela, sem vento, seus cabelos pararam de balançar. Ele encostou na parede, ao lado da janela.

Juan bufou.

- Ela é muito feliz. Isso as vezes me irrita. - ele coçou a cabeça.

Aquela cor do cabelo dele é muito linda, será que o cabelo dele é assim mesmo? Por que um vampiro pintaria o cabelo?

- Juan?

- Sim?

- O seu cabelo a assim mesmo? - me sentei no meio da cama, virada para Juan.

- A cor?

Assenti com a cabeça.

Ele sorriu.

- A cor é essa mesmo. Esquisito, não? - ele passou a mão pelos cabelos. - Todos me perguntam isso. Principalmente minhas namoradas.

- O que? Namoradas? Eu achava que vampiros só tinham um companheiro para toda a eternidade. - disse meio surpresa.

- Não. Namoradas humanas.

Meu queijo caiu.

- O que? Como assim?

Ele me olhou curioso, depois deu uma risadinha.

- Você achou que você é o Julian eram os primeiros a ter uma relação entre as especies?

Isso me fez corar.

- Bom... - cocei minha cabeça – É que... - eu ri, embaraçada – na verdade, sim – admiti.

Ele sorriu.

- Mas como assim, Juan? Como você pode...

- É que – ele me interrompeu - eu prefiro as humanas que as vampiras. Me atraem mais... você entende? Vampiras todas são iguais: frias, pele clara, e olhos vermelhos. E as humanas cada uma é de um jeito, olhos castanhos, azuis, pretos, pele clara, bronzeada, os cheiros. Ah!, cada uma tem um cheiro melhor que a outro. – seus olhos vermelhos brilhavam enquanto ele falava das humanas. - Enfim, amo humanas.

Eu estava meio buba.

- E todas acabam morrendo misteriosamente, não é?

- Não! Nunca matei nenhuma! - disse como o que eu falei fosse um absurdo – Quer dizer, as quatro primeiras eu matei – ele admitiu, meio triste. - mas depois disso mais nada de ruim ocorreu.

- Quantas você já namorou?

Ele pensou por uns estantes.

- Já até perdi a conta – deu de ombros.

Computei a informação em minha mente.

- Para mim, esse é o cumulo de absurdo! - exclamei.

- Como assim?

- Um vampiro galinha.

Ele sorriu.

- Trato todas com muito respeito e carinho, viu?!

Eu ri.

Foi ai que a ficha caiu.

- Você esta aqui, Juan.

- Bem observado!

- Não! Não é isso. - comecei a ficar nervosa - Se você esta aqui em BH, então você e Julian voltaram de São Paulo, não é?

- É, nós voltamos juntos.

- Onde ele ta?

- Em casa, provavelmente.

Assenti com a cabeça.

- Pode chamar ele pra mim?

- Eu não sou entregador de recadinhos românticos não, ouviu?! - ficou meio nervoso. - primeiro Nick, agora você!

- Aff! Por favor! Só dessa vez!

Ele me olhou meio bobo, por eu estar tão desesperada.

- Esta bem. Só dessa vez - ele abriu a janela e desapareceu.

Suspirei fundo. Sera que o Julian iria demorar muito? Espero que não... ou eu quero? Nem sei!

Tudo que quero é tirar essa divida da minha cabeça.

Marcos odiava esportes, não e? - assenti para mim mesma - E também ele não gosta, quer dizer, gostava de passar vexame. Isso! - dei um sorriso - Há muitos homens de cabelo escuro no mundo viciados, por que justo aquele seria o meu viciado?

- Pensar positivo – sussurrei.

Escutei batidas na porta.

- Entre.

A porta se abriu.

- Oi, cheguei – disse Isabel.

- Oi.

- Cade a sua mãe?

Pensei por uns estantes.

- Ela saiu. Por que?

- Acho que ela está tramando alguma – me olhou com os semi-fechados – você sabe de algo?

Eu ri.

- Raquel está tramando alguma coisa? Por que estaria?

Ele me fuzilou com os olhos.

- Obrigada por não saber – ela ficou nervosa? Não, desapontada..

Por que? Sera que... Ah! é.

Eu ri.

- Amanha e seu aniversario.

Ela deu um sorriso.

- Achei que tinha esquecido.

- Eu só tava brincando – menti.

- Eu acredito – disse a frase bem da falsa.

Eu, pra variar, ri.

- Quantos anos? - ela me desafiou.

Examinei ela por uns estantes, tentando lembrar pelo menos isso.

- Vinte sete. - supus.

- Dos bem vividos!

Eu sorri.

- Até mais – ela saiu do meu quarto, deixando a porta aberta.

Eta raiva! Ela não encontrou a droga da porta fechada? Por que não poderia quando sair fechar?

Gemi de raiva.

Pulei da cama e fui fechar a porta. Só de raiva, eu fechei batendo.

Quando olhei para minha cama, lá estava ele. Sentado na beira da minha cama, me olhando com aqueles olhos vermelhos, com um sorriso angelical nos lábios.

- Oi – disse ele.

Engoli em seco.

Não é possível que foi ele, como poderia uma criatura com um sorriso desse pode ser um assassino. Não podia, qualquer um, menos ele. Por favor meu Deus, qualquer um, menos ele – rezava eu.

Corri e o abracei, o mais forte que meus músculos aguentaram.

- Oi – falei em meio do abraço.

- Juan disse que você estava nervos...

- Precisamos conversar – o interrompi com uma voz agitada.

Ele desfez o abraço - que pela primeira fez, o soltei também – para olhar meu rosto, que estava com uma expressão apreensiva. As sobrancelhas dele se uniram.

- O que aconteceu? - ele colocou a mão em meu rosto. Colocando atras da minha orelha uma mexa rebelde de meu cabelo que caia em meu rosto.

Coloquei as duas mãos eu cima da dele, a pressionando contra meu rosto. Fechando os olhos com força.

- Clara, o que aconteceu? - ele começara a ficar preocupado.

Mordi meu lábio inferior.

- Clara?

- Por favor diga não – supliquei.

- O que?

- Julian foi você que matou o Marcos?

 


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Notas finais do capítulo

gostaram?
Sera que foi mesmo o Julian?
pobre Clara. está sofrendo.

obrigada por lerem minha fic.
bjs.
até o procimo capitulo.



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