Em busca da vingança escrita por Bia


Capítulo 6
006




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/510944/chapter/6

PDV Edward

É verdade que eu não gostei de ver a Bella abraçada ao Jasper. Ela havia me falado muito dele, seu melhor amigo que viajou dias antes de eu chegar aqui em Forks. Mas caramba, não foi agradavel ver minha namorada agarrada a um cara que até então eu não sabia quem era. Mas sei também que não deveria ter sido grosso daquela forma com ela e é por isso que estou aqui me desculpando com ela. Ficamos horas conversando e quando finalmente nos resolvemos já era tarde, mais de 00:00 hrs e ela disse para dormi lá com ela. E assim o fiz, dormindo muito bem.

–--*---*---*---

Ouvi meu celular tocando e me apressei em atender e fui pra sala pra não acordar a Bella, e quão grande foi minha surpresa ao ouvir a voz de Aro:

– Oi Edward, é o Aro. Eu não quis te encomodar, mas você disse que qualquer coisa que envolsse a Jane era pra te avisar e bom, ela passou mal.

– Como assim a Jane passou mal ? - falei já me alterando. Era minha Jane.

– Ela piorou, mas não conseguimos leva-la para o.hospital porque ela não quis.

– Eu não quero saber o que ela quer, leve-a para o hospital imediatamente. - Tentei falar sussurrando porque tudo dentro de mim me impelia a gritar.

– Eu não posso fazer nada, Edward.

– Você prometeu que cuidaria dela enquanto eu estivesse nessa missão, Aro.

– Concentre-se ai.

– Se você não leva-la ao hospital, eu abandono a missão.

– Não faça nada estúpido. Isso pode trazer consequencias catastróficas.

– Que se dane as consequencia, Aro. A única coisa que me importa agora é a vida da Jane. Eu a quero bem e viva, entendeu? - falei já morrendo de raiva por dentro.

– Tudo bem, tudo bem. Se acalme, irei resolver tudo por aqui e você se concentra ai.

– Ok, qualquer coisa me ligue. Tchau. - Desliguei o telefone com a cabeça cheia de coisas.

Suspirei passando a mão em meus cabelos enquanto retorna ao quarto para me despedir da Bella, porque eu já tinha decidido que iria para Los Angeles. Percebi que ela ficou preocupada comigo, mas eu não pude contar a verdade para ela. Contei uma meia verdade, já que realmente havia tido um problema na construção.

Naquele momento senti o peso de não ter seguido a regra que fiz para mim mesmo de nunca me envolver com ninguém romanticamente durante as missões. Eu não podia colocar a vida dela em risco e também talvez ela não entendesse esse meu outro lado de agente do FBI.

Me despedi dela com o coração apertado por estar mentindo. Eu não terminaria meu namoro com ela, já estava envolvido demais para terminar. Eu daria um jeito nisso depois, porque agora eu precisava saber como a minha Jane estava.

–--*---*---*---

Assim que cheguei em meu apartamento, tomei um banho, peguei meus documentos e fui pro aeroporto. Seria rápido, a Bella não iria perceber. Eu voltaria durante a madrugada já que amanhã pela tarde eu teria uma reunião com Billy Black e Sam Uley.

–--*---*---*---

Cheguei em Los Angeles e dui direto para minha antiga casa. E assim que cheguei lá fui em direção ao quarto da Jane, encontrando ela conversando com Aro.

– Achei que tinha dito para leva-la ao hospital e que você tivesse dito que tomaria conta da situação - falei entrando no quarto e indo em direção a cama que Jane estava deitada.

– Ed ? - exclamou Jane surpresa. - Não sabia que viria.

– Oi minha linda, estava com saudades - falei dando um beijo em sua testa.

– Edward? O que faz aqui? - perguntou Aro.

– Você achou mesmo que eu não viria vê-la? - falei irritado com Aro. - Como ela está Kate ? - perguntei para a enfermeira que acabou de entrar com uma bandeja de alimentos, ignorando Aro.

– Oh, senhor Cullen. Ela está bem. Foi só uma crise que já está controlada, mas acho que seria bom um médico avalia-la para ter uma noção de como estamos.

– Ótimo, vamos ao hospital !

–--*---*---*---

Estava sentado na sala de espera do hospital, enquanto Jane passava por exames. Eu havia acabado de receber uma ligação da Bella e realmente fiquei mais irritado por ter que mentir novamente para ela.

Suspirei, querendo que tudo fosse diferente.

– Sabe Edward, ela está bem - falou Aro que estava sentado ao meu lado - Não precisava ter colocado a missão em risco. - falou ele sussurrando a última parte.

– Parece que você anda mais preocupado com a missão do que com ela. - suspirei e desencostei minha cabeça que até então estava apoiada na parede e o encarei - Ou foi fachada toda a preocupação que você demonstrou quando meus pais morreram?

– Não diga absurdos Edward.

– Desculpe, é muita coisa acontecendo - suspirei e encostei a cabeça novamente , encarando o teto branco do hospital - Enfim, eu não iria simplesmente ficar lá de braços cruzados sem saber como ela realmente estava.

– Entendi. Bom, já que você está aqui, me conte como anda a operação.

– Hum - franzi o cenho mas não desviei o olhar. Aro está muito interessado em como as coisas estão indo. Dei de ombros, ele era meu superior, era normal ele estar preocupado, certo? - Está devagar. Eu a encontrei apenas uma vez e não conseguir um contato direto. Creio que eu precise de mais tempo.

– Tudo bem. Só não esqueça que preciso dela viva.

Vi o doutor chegando e logo esquecir dessa minha conversa com Aro, me levantei e fui em direção do doutor.

– Então doutor, como ela está? - perguntei ansioso.

– Bom, agora ela está bem. Super estável, ma verdade. - falou ele , mas franziu o cenho e então percebi algo em sua fala.

– Que bom, mas o que o senhor quis dizer com " AGORA ela está bem? " - perguntei temendo sua resposta.

Ele suspirou e disse :

– Me acompanhe até minha sala, Edward.

Eu o seguir com meu coração martelando dentro de mim. Eu sabia que algo não estava indo bem, eu sabia.

Entrei em sua sala, ele me pediu para sentar e Aro ficou em pé, perto da porta.

– Seja direto, doutor. Por favor.

– Tudo bem - falou ele que foi andando até ficar em frente a um painel iluminado e colocando empendurado lá dois papeis de um raio X - Vê isso aqui? - perguntou apontando para um lugar.

– Sim. O que isso significa? - perguntei

– Vê que nesse segundo raio X, essa mancha está maior do que no primeiro? - falou o doutor.

Respirei fundo e perguntei:

– Isso é ... é uma raio X do cerebro dela?

– Sim, Edward. O tumor está crescendo e temo que os remédios não vá mais adiantar. Chegamos em um momento que ela precisa fazer a cirurgia. - Naquele momento senti que desmaiaria, respirei fundo levantando e comecei a andar de um lado pro outro na frente do médico.

– Ela precisa da cirurgia, Edward. - exclamou Aro para mim.

– Eu sei, mas ela não quer. Ela quer qualidade de vida e não quantidade.

– E até quando você vai continuar fazendo as vontades dela? Quando é pra ir de encontro com as vontades dela você não vai. Ela não sabe a gravidade da situação. Temo que quando ela morrer, você nunca se recupere. Depois que seus pais morreram você se agarrou a ela como uma droga que te ajudava a não pirar com a perda. Então sim, ela vai fazer a cirurgia.

– Não haja como se fosse meu pai. - o olhei muito magoado pelas palavras duras. Não sou de me machucar com o que dizem para mim, mas era algo relacionado a Jane - Lembre que você é só o amigo do meu falecido pai e meu supervisor dentro do trabalho. Na minha vida pessoal, mando eu. Obrigada Doutor. - Falei e sair dali desnorteado.

Eu sabia que esse dia um dia chegaria. Mas nunca imaginei que fosse antes de eu completar essa missão. Eu acreditava que quando resolvesse esse caso, eu voltaria para casa e curtiria todos os dias ao lado da Jane. Aproveitaria seus últimos dias. Mas parece que não seria assim.

– Oi - falei entrando no quarto do hospital que ela estava e parei em frente a sua cama - Como você está se sentindo?

Ela me analisou por uns instante e então suspirou falando:

– Ele já te falou não é?

– Falou. - me aproximei da cama , sentando na beirada e ficamos num profundo silêncio. Até que ela pegou uma das minhas mãos e falou quebrando o silêncio.

– Nós sabíamos que esse dia chegaria, Ed.

– Eu sei Jane, mas em outras circunstâncias. Porque você acha que pedi para ser transferido para a academia?

– Eu sei, Ed. Mas aconteceu e vamos ter que lidar com isso.

– Vou abandonar a missão, Jane. Eu ... - e então parei de falar lembrando de tudo que eu teria que abrir mão caso fizesse isso a Rose, o Emmet e ela ... a Bella e até o Bolota.

– Não Edward. Não faça isso.

– Jane ...

– Volte para onde você estava. Termine logo a missão e volte para mim. Volte antes que eu vá.

– Não fale desse jeito - murmurei amargamente.

– É um incentivo a mais. - ela riu e então parou me encarando e falou seriamente - Termine essa missão, Ed. Por mim!

E então, fiquei com ela até quando pude. Saindo do hospital e indo direto para o aeroporto, sem falar nada com Aro, pois eu sabia que a Jane contaria tudo a ele. Embarquei pensando no pedido da Jane e tentando encontrar um jeito de como eu faria para conciliar minha vida com a Bella e a Jane.

–--*---*---*---

Cheguei em Forks 06:00 hrs da manhã e fui direto para meu apartamento dormi. Pela tarde eu teria a reunião com Billy Black e o Sam Uley, eu tinha que estar descansado e faria o possivel para me focar na missão.

Estava numa sala improvisada lá na construção, resolvendo como consertariamos o erro de um dos operários, quando alguns papéis que estavam com Billy Black caiu no chão e se espalharam. Me abaixei para ajuda-lo a recolher, mas um papel chamou me atenção. A quantidade de números que haviam ali e o símbolo logo no topo da folha. Eu conhecia aquele símbolo de algum lugar e sem que ele percebesse peguei o papel enfiando em meu paletó para analisa-lo depois com mais calma. Lhe enteeguei os restos dos papéis.

– Obrigada Masen. Então está tudo certo. Refaremos desse modo e não se preocupe, arcarei com os prejuízos.

– Tudo bem senhor Black. Até mais .

Me despedi dele e fui para o carro. Enquanto dirigia para casa liguei para Bella.

– Oi amor - falei assim que ela atendeu - Tudo bem contigo?

– Hum, oi Ed, estou bem sim. Você nem sequer me mandou uma mensagem ontem pra saber se você estava bem.

– É, eu .. eu me enrolei em casa com o trabalho - trinquei os dentes por novamente estar mentindo e resolvi mudar de assunto - Então, to morrendo de saudades de você. Queria te ver.

– Hum, o jantar na casa do Em e da Rose é hoje. Ta lembrado?

– Claro. Estou sim. Liguei pra saber disso. Você vai né?

– Vou sim. Eu te encontro lá, certo? Vou desligar agora porque estou entregando os cães.

– Ta, tudo bem. Te vejo mais tarde.

Desliguei e fiquei com um peso na consciência. Não sei se é porque to mentindo e me sentindo mal por isso, mas sentir que a Bella estava estranha comigo no telefone.

–--*---*---*---

– Cara, ta difícil - Falou Emmet.

Estavamos jantando em sua casa e depois que acabamos ficamos conversando até ele começar a falar de seu trabalho.

– A viúva negra desapareceu e resolver os crimes ou evita-los está complicado. - percebi que a Bella ficou um pouco tensa ao meu lado, estavamos na mesa. Ela do meu lado e Rose e Em na nossa frente - Nós realmente precisamos dela.

Devo dizer que depois de ficar sem ver a Bella por mais de 24 hrs , me fez imaginar que eu teria uma receptividade maior quando ela me visse. Mas o que recebi foi apenas um " Oi Ed" e um selinho. Ela realmente estava estranha e eu queria evitar ficar pensando que a culpa era minha.

– É, eu fiquei sabendo disso. O que será que aconteceu? - perguntei me fazendo de desentendido. Mas a verdade era que eu estava louco para saber onde a diaba se enfiou que nunca mais deu as caras..

– Não sabemos. Que tal sobremesa? Não quero falar dessa tal de viúva negra. - falou Rose indo para a cozinha pegar a sobremesa.

– Ela tem ciúmes da viúva negra - disse Emmet rindo e me juntei a ele rindo também.

– Eu ouvi isso McCarty - gritou Rose da cozinha, e rimos mais ainda. Dessa vez a Bella também riu.

Ficamos lá conversando, rindo das palhaçadas do Emmet. A Bella continuava estranha, mais quieta do que o normal. No fim da noite chamei a Bella pra ir dormi em meu apartamento e ela disse que estava cansada que iria para casa. Levei-a em casa e durante o caminho, fomos em um completo silêncio. Fiquei o tempo todo imaginando se ela tinha descoberto se eu havia mentido e quando chegamos não deixei ela sair sem perguntar:

– Bella, espera - falei antes dela abrir a porta, ela me olhou - Ta acontecendo alguma coisa? Você está distante, fria, estranha. Eu to preocupado, aconteceu algo?

– Não sei Edward - ela falou depois de um tempo - Me diz você, ta acontecendo alguma coisa? - disse ela me olhando intensamente.

– É, não. Acho que não está acontecendo nada - falei desistindo de saber o porque ela estar agindo estranhamente. Ela riu, mas foi uma risada irônica. Me deu boa noite e saiu do carro e eu fiquei ali sem entender nada.

Não fui para casa. Eu precisava de ar puro, precisava pensar e então fui pra orla, onde conheci a Bella andar um pouco e espairecer.

Já fazia umas boas duas horas desde que eu havia deixado a Bella em casa e vindo andar. Eu pensava em tudo e em nada ao mesmo tempo. Minha vida estava um verdadeiro caos.

Eu já estava voltando quando percebi que eu estava perto da mansão dos Blacks. Mas não foi isso que chamou minha atenção, mas sim um movimento estranho no lado deserto e escuro do muro da mansão. E como todo agente desconfiado, fui verificar o que era.

Burrrice eu sei, afinal eu estava desarmado, mas eu ainda teria vantagem, visto que eu lutava muito bem. E fiquei surpreso ao notar que se tratava da vadia. Ela deu as caras novamente afinal.

Ela já estava pronta para pular o muro da mansão, quando resolvi deixar meu lado 'agente do FBI' falar mais alto. Conseguir chegar perto o suficiente para puxa-la pelo pé antes que ela pulasse e assim que ela caiu em cima de mim, tratei de me levantar e imobiliza-la. Só que ela foi mais rápida e me imobilizou, girando meu braço em minhas costas e enfiando minha cara no muro da mansão.

E agora eu penso, como ela conseguiu fazer isso com um agente do FBI? Ela é mais misteriosa do que eu imaginava.

– Até que enfim conseguir te encontrar novamente vagabunda - falei e ela pressionou mais ainda meu rosto contra a parede e gemi de dor. Ela por outro lado parecia uma mistura de surpresa, confusão e receio.

– Sé quién soy?- ( Sabe quem sou?) ela perguntou

– Ta brincando comigo né? Viúva negra? - faleu e rir disso - Me mostra seu rosto, mostra sua verdadeira identidade sua vadia.

– Te podría matar en cuestión de segundos. - ( Eu poderia te matar em segundos) ela falou - Fue usted quien estaba siguiendo me estaré unos días, en un callejón? - (Foi você aue estava me seguindo á uns dias atrás, num beco?)

– Olha só, ela se lembra disso. - falei tentando me soltar. Quanto mais eu tentava, mais ela me apertava contra o muro.

– ¿Por qué me sigues? - (Porque está me seguindo? )

– Me solta e a gente conversa direito.

– Nadie me dice qué hacer. - (Ninguém me diz o que fazer) ela bateu minha cabeça de novo contra o muro e eu gemi de dor novamente. - Respóndeme - (Me responda) ela falou proximo ao meu ouvido e sentir seu cheiro, que me deixou inebriado. Mas logo lembrei de que ela era a assassina dos meus pais.

– Vingança. Você matou meus pais e agora eu vim te matar. Tenha cuidado, porque isso é uma promessa. E eu costumo cumprir todas as minhas promessas. - Falei amargamente.

– No sé de qué estás hablando. No quiero hacerte daño. Entonces escúchame, deja de seguirme, ¿sabes? - ( Eu não sei do que você está falando. Não quero te machucar. Então me escute, deixe de me seguir, entendeu? ) ela falou e então me virou, ela parecia assustada e não entendi bem o porque. Ela me olhou por uns instantes então falou - Lo siento por eso (Eu sinto muito por isso) . Então só vi seu punho vindo de encontro ao meu rosto e vi tudo escurecer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Em busca da vingança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.