Em busca da vingança escrita por Bia


Capítulo 4
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PDV Edward

Mas que merda. Eu devia ter encontrado um lugar um pouco mais acessível para colocar esse rádio.

Suspirei enquanto analisava os equipamentos para a escalada. Sim, eu estou no telhado do prédio, prestes a escalar para pegar o maldito rádio que eu roubei do Emmet e tive a brilhante idéia de deixar no ar-condicionado. Depois de analisar tudo, comecei a descer com a ajuda dos equipamentos. Assim que peguei o rádio, vi pela janela do quarto do Emmet a luz se acender e ele falar

– Rose, você viu o meu rádio? Vou sair amanhã cedo e não sei onde coloquei.

– Não sei Em, você sabe que eu não mexo em suas coisas do trabalho.

– Deus, meu supervisor vai me matar.

Suspirei, odiando ter feito aquilo. Eu realmente gostava do Emmet. Ele estava sendo um bom amigo. Mas era por uma causa justa. Quando eu terminar essa missão, farei questão de falar com Aro para ele promover o Em. Passei a mão em meus cabelos, logo voltando para o telhado com o rádio.

Assim que cheguei no meu apartamento, fui em direção a sala secreta que eu mandei fazer para guardar todos os equipamentos que eu precisaria durante a missão. Lá guardei tudo o que usei na escalada e sentei em uma cadeira que tinha uma mesa a frente, para olhar o rádio. A primeira coisa que fiz foi quebrar o GPS que tinha para que os policiais não conseguissem rastrear. Passei alguns minutos mexendo no rádio, ou foram algumas horas, não sei ao certo quanto tempo foi, até que ele ficasse do jeito que eu queria.

No dia seguinte, logo cedo fui até a reserva me encontrar com o sócio de Billy Black, Sam Uley. Conversamos sobre como eu estava pensando em fazer a planta e ele me dizia as poucas exigências do Sr. Black. Quando terminamos nossa pequena reunião, já eram 11:30 horas e fui em direção da casa de Bella busca-la para almoçarmos. Me peguei sorrindo enquanto lembrava dela.

Estava encostado em meu carro, em frente a casa de Bella, esperando-a. E quando ela saiu, com um vestido florido e com uma sapatilha, me peguei adorando esse jeito simples dela.

–Oi – falei enquanto beijava sua bochecha.

– Oi Edward – me respondeu timidamente.

– Então, vamos?

– Claro.

Durante o caminho, conversamos amenidades, percebi que ela estava mais receptiva hoje mais sorridente e amei ve-la assim.

Já no restaurante, pedi a mesa mais reservada que eles tinham e após acomodados fizemos nossos pedidos e resolvi tentar conhece-la um pouco mais.

– Então Bella, você sempre morou aqui? – falei olhando que instantaneamente ficou um pouco incomodada.

– Ah, é ... não. Vim para cá a mais ao menos 1 ano.

– De onde você veio ? – ela pareceu pensar um pouco sobre isso e então respondeu:

– Espanha.

– Ual – ela sorriu mais ainda –Você tem irmãos? E os seus pais? Vieram com você?

– Não, não tenho irmãos e meus pais, bom eles faleceram. – falou baixinho, quase um sussurro. A expressão dela era quase como se ela não aceitasse isso.

– Eu ... sinto muito Bella.- falei lembrando de quando perdi meus pais a 2 anos. É uma dor que dura até hoje. – Eu sei como se sente. Eu te entendo.

– Não - ela deu um sorriso. Só que dessa vez, era um riso irônico. - Não Edward. Você não sabe como é. Todo mundo diz que entende, mas você não entende, não sabe a dor que é. Não foi você que perdeu os pais injustamente. – falou ela com uma amargura que eu nunca tinha visto, desde que a conheci e com os olhos cheios de água. Mas nem sequer uma lágrima desceu de seus olhos.

–Na verdade entendo sim, Bella. – falei desviando o olhar de seus olhos e respirando fundo – Faz dois anos que eu também perdi meus pais. Eles também faleceram injustamente.

Então um silêncio se instalou no local e quando voltei a olha-la, ela estava me encarando já recomposta e então ela falou arrependida:

– Edward, me desculpe eu ...

– Não Bella, tudo bem. Não precisa se desculpar. Você não sabia.

– Eu não sou assim. Me perdoe, por favor.

– Tudo bem. Vamos mudar de assunto certo? – assim que falei a garçonete chegou com nossos pedidos.

– Certo.

Depois disso eu resolvi ficar nas coisas superficiais, e assim passamos o resto do almoço. Assim que acabamos, fomos andar um pouco pela pequena praça que Forks tinha. Andavamos lado a lado conversando amenidades.

– Então Bella, do que você trabalha ?

– Hum, eu não tenho um emprego fixo. – falou e vi que ela estava mordendo os lábios, constrangida – Eu ...ham, levo cães para passear.

–Dog Walker ? – ela me olhou levantando uma sobrancelha

– É. Dog Walker. Eu não sou uma engenheira como você. – percebi que ela estava envergonhada e fiz questão de deixar claro para ela que eu não me importava com posição social.

– Bella, - falei parando em sua frente e pegando sua mão - Eu já falei que eu realmente não me importo com essas coisas, com classe social. Já disse que gostei de você pelo que é.

– Mas não se importa que muitas pessoas vão ficar sem ter onde morar não é? – falou puxando sua mão, desviando seu olhar do meu para logo voltar a me encarar falando – Sabe o que é mais engraçado Edward? É que o cara que eu estou interessada, vai ajudar para que eu fique desabrigada.

Fiquei surpreso com o que ela disse . E olhando-a naquele momento, em minha frente, me olhando, eu decidir. Eu a queria. E eu a teria.

– Você está interessada em mim, Bella?

– Edward, você ouviu o que acabei de falar?

– Sim, ouvir. Mas eu preciso que você me diga isso. Porque você parece estar sempre indecisa quanto a se aproximar ou não de mim. Quero que você decida agora o que você quer. Você está ou não interessada em mim?

PDV Bella

Eu não podia acreditar no que eu estava fazendo. No meio do jantar na casa do Emmet, por um momento eu me deixei criar uma esperançazinha de que talvez eu pudesse ter algo com Edward. Mas quando ele foi me levar em casa, a realidade bateu novamente e percebi que não podíamos ter algo. O meu passado não permitiria isso. Mesmo sabendo disso, eu aceitei o pedido dele para almoçarmos. Eu não devia, mas aceitei.

E prova de que eu não podia ter aceitado seu pedido, foi quando durante o almoço ele começou a fazer perguntas demais sobre mim. Tentei evitar dar respostas que me comprometeriam, mas ao mesmo tempo procurei dar resposta mais perto o possível da verdade. E em uma dessas perguntas acabei sendo indelicada com ele.

– Não, não tenho irmãos e meus pais, bom eles faleceram. – falei tão baixinho que achei que ele não tivesse escutado. Mas falar sobre isso ainda me machucava muito. Eu não aceito até hoje o fato de meus pais terem morrido.

– Eu ... sinto muito Bella.- ele falou me encarando – Eu sei como se sente. Eu te entendo.

– Não – dei um sorriso amargo, eu odiava quando as pessoas diziam que entendiam, porque ninguém sabe o quanto dói - Não Edward. Você não sabe como é. Todo mundo diz que entende, mas você não entende, não sabe a dor que é. Não foi você que perdeu os pais injustamente. – falei sentindo meus olhos marejados, mas como sempre não deixei que uma lágrima caísse.

–Na verdade entendo sim, Bella. – falou desviando os olhos de mim, respirando fundo antes de dizer as palavras. – Faz dois anos que eu também perdi meus pais. Eles também faleceram injustamente.

Então um silêncio se instalou no local e foi tempo o suficiente para eu me recompor e me arrepender amargamente do que eu falei. Sim, ele entendia o que sentia. E quando ele me olhou novamente eu disse :

– Edward, me desculpe eu ...

– Não Bella, tudo bem. Não precisa se desculpar. Você não sabia.

– Eu não sou assim. Me perdoe, por favor.

– Tudo bem. Vamos mudar de assunto certo?

Eu nunca fui desse jeito. Indelicada, rude. Mas esse realmente era um assunto que era muito mais complexo do que ele poderia entender. Então agradeci mentalmente quando ele mudou de assunto. Eu realmente não devia estar fazendo isso. Não devia estar permitindo que ele se aproximasse tanto. Era perigoso. Mas tinha algo nele, algo que me fascinava, que me fazia querer essa proximidade. Não sei se era a forma como ele me olhava, ou aquele sorriso lindo, ou a forma como ele passava as mãos em seus cabelos. Não sei direito o que era, mas eu me sentia atraída a tê-lo por perto.

Após o almoço, fomos caminhar um pouco na praça. Então ele novamente perguntou a respeito de mim. Sobre do que eu trabalhava e novamente resolvi dar uma meia verdade, falei que trabalha como dog walker, que era levar cães para passear. E a realidade veio novamente me atormentar, mostrando a diferença que existia entre nós. Ele levava uma vida que não poderia participar.

– Eu não sou uma engenheira como você.

– Bella, - ele falou parando em minha frente e pegando minha mão - Eu já falei que eu realmente não me importo com essas coisas, com classe social. Já disse que gostei de você pelo que é.

– Mas não se importa que muitas pessoas vão ficar sem ter onde morar não é? – falei puxando minha mão, pois logo lembrei-me do que consistia o trabalho dele, desviei meu olhar do seu para logo voltar a encara-lo falando – Sabe o que é mais engraçado Edward? É que o cara que eu estou interessada, vai ajudar para que eu fique desabrigada.

– Você está interessada em mim, Bella?

– Edward, você ouviu o que acabei de falar?

– Sim, ouvir. Mas eu preciso que você me diga isso. Porque você parece estar sempre indecisa quanto a se aproximar ou não de mim. Quero que você decida agora o que você quer.

E quando ele disse isso eu continuei calada encarando-o sem saber o que dizer. Então ele falou novamente

– Eu preciso saber Bella, se eu devo ou não insistir nisso. Se eu devo continuar querendo-a para mim, ou se devo desisti agora.

Ouvir ele dizer aquela coisas para mim, olhando-me daquela forma eu decidi. Eu o queria e o teria. Eu daria um jeito de mantê-lo afastado do meu passado. Eu faria isso dar certo. Então eu simplesmente me aproximei mais a ele, envolvendo meus braços em seu pescoço beijando-o. No inicio ele não retribuiu e quando eu estava preste a larga-lo, seus braços envolveram minha cintura puxando-me mais perto dele e retribuindo o beijo. Depois de um tempo, nos afastamos um pouco e ele encostou sua testa a minha com os olhos ainda fechados e disse sorrindo levemente.

– Vou considerar isso como um sim. – nós rimos e ele abriu os olhos e me olhou.

– Edward, vamos tentar ok? Eu também quero muito me aproximar mais de você, mas eu vou pedir que você tenha só um pouco de calma, ta? Vamos devagar, não quero precipitar nada.

–Tudo bem, tudo bem. Como você quiser – ele falou me olhando e colocando uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha.

PDV Edward

Eu precisava que ela me dissesse o que ela queria.

– Eu preciso saber Bella, se eu devo ou não insistir nisso. Se eu devo continuar querendo-a para mim, ou se devo desisti agora.

Falei e esperei sua resposta. Quase dava para eu ouvi a batalha interna que ela estava tendo. E quando pensei que ela iria me mandar procurar o que fazer, ela me beijou. Fiquei tão surpreso que no inicio eu nem retribuir, só um tempo depois a envolvi em meus braços e a beijei também. Foi surreal, sentir seus lábios macios sobre os meus. Depois de um tempo nos separamos buscando ar. Encostei minha testa na sua e ainda com os olhos fechados falei:

– Vou considerar isso como um sim. – Nós rimos e abrir os olhos encarando-a.

– Edward, vamos tentar ok? Eu também quero muito me aproximar mais de você, mas eu vou pedir que você tenha só um pouco de calma, ta? Vamos devagar, não quero precipitar nada.

–Tudo bem, tudo bem. Como você quiser – falei olhando-a e colocando uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha.

Nós voltamos a caminhar e segurei sua mão, entrelaçando nossos dedos e ela retribuiu me olhando e me dando um lindo sorriso. E assim passamos o resto da tarde, entre conversas, sorrisos e brincadeiras.

Já estava anoitecendo quando fui deixa-la em casa.

–Então, eu te chamaria para sairmos mais tarde, só que eu preciso trabalhar – falei para ela parados na porta de sua.

–Tudo bem, acho que tive o suficiente de você hoje. – ela falou sorrindo.

– Então agora eu poderia ter seu número? – perguntei enquanto me aproximava dela, envolvendo meus braços em sua cintura.

– Hum, vou pensar no seu caso - ela me respondeu sorrindo enquanto envolvia seus braços em meu pescoço e eu baixei minha cabeça para beijá-la. Depois de um tempo nos afastamos, dei um beijo em sua testa lhe dei boa noite, esperei ela entrar e fui embora.

Á noite, já em casa, depois de tomar um banho e comer algo fui para o escritório trabalhar na planta da construção e deixando o rádio ao meu lado. Estava tão concentrado que tomei um susto quando ouvir uma voz vindo do rádio:

– Aqui é o capitão McCarty, estamos nos dirigindo á Port Angeles, recebemos um chamado de um sequestro. Parece que o sequestrador está mantendo a vítima presa numa loja. Quero reforços indo para lá agora.

Não pensei duas vezes antes de pegar o rádio e sair correndo para pegar minha arma em minha sala secreta e pegar as chaves do meu carro indo em direção a garagem. Isso era um caso dos grandes, com certeza aquela vadia da viúva negra vai estar lá.


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