Em busca da vingança escrita por Bia


Capítulo 39
039 - (2° Temp)




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PDV Edward

É incrível como um momento de poucos segundos pode mudar sua vida toda.

Aqueles segundos em que aquela mulher ficou parada ali na porta, com certeza mudou toda a minha vida.

Encaro aquele rosto que eu não via à anos.

— Charlotte? O que faz aqui? - pergunto abismado e a Bella ainda está parada na porta sem entender nada.

— Vim trazer a Abby para conhecer o pai. - ela diz na cara mais lavada.

— Pai? Edward o que é isso tudo? - Bella pergunta me encarando com a fúria contida.

— Eu não sei - digo perdido - Charlotte eu não ...

— Vamos conversar Edward. Mas me convide para entrar primeiro. - ela diz cínica e logo entra sem esperar o convite e se senta no sofá com a criança ao seu lado.

Eu me sento de frente para ela encarando a Bella que estreita os olhos para a ousadia da Charlotte e sei que ela está se controlando para não fazer uma besteira.

— O que significa tudo isso? - pergunto voltando a olhar para a Charlotte. - Você some por uns 6anos e volta desse jeito? Bagunçando tudo?

— Eu vou te explicar o que houve. Eu sumi da sua vida porque engravidei. Fiquei com medo de você querer que eu abortasse porque eu já amava demais meu bebê. E o meu pai, bom, você o conhece, ele me colocaria pra fora de casa de qualquer jeito. Sem ter pra onde ir, eu fugi. - ela suspira.

— Nós estávamos noivos, Charlotte. Iríamos casar, eu tinha o direito de saber. - digo sentindo meu coração acelerado.

— Você estava tão envolvido em entrar no serviço secreto e eu não quis atrapalhar sua vida. - ela fala olhando em meus olhos. Eu passo as mãos nos meus cabelos e olho para Bella que ainda está parada ao lado da porta que permanece aberta, e seus olhos estão arregalados.

Volto meu olhar para a criança que está me encarando com curiosidade e me assusto ao ver o mesmo tom de verde dos meus olhos, nos olhos dela.

— Porque veio me procurar só agora? - pergunto voltando a encarar a Charlotte.

Ela abaixa a cabeça e com a voz trêmula diz:

— A Abby está doente. Tumor no cérebro, a mesma doença da ...

— Jane. - falamos ao mesmo tempo e meu coração perde uma batida. No mesmo instante olho para a Abby e meu coração volta a bater furiosamente em meu peito.

— Eu não tenho mais como bancar todos os tratamentos que ela precisa. Eu te juro que tentei de tudo e evitei o máximo vir te procurar, Edward. - eu ainda continuo olhando para a pequena que agora está encarando a Bella. - Mas você é o único a quem eu podia recorrer e só fiz por ela, só por ela. - a voz de Charlotte se quebra e a Abby segura a mão da mãe, como se fosse pra dizer que estava tudo bem.

Eu olho para ela e só consigo enxergar a Jane. Minha doce irmã Jane, e meu peito dói, dói de saudades.

Não sei quanto tempo se passou enquanto eu encarava a menina, até que a voz da Charlotte interrompe o silêncio.

— É melhor eu ir embora e deixar vocês assimilarem tudo isso. - olho pra Charlotte que encara a Bella com o cenho franzido. — Você pode me encontrar nesse endereço. - ela me entrega um cartão com um endereço e se levanta com a Abby e vai em direção a porta.

Eu sigo meu olhar até elas sumirem das minhas vistas.

E vejo que a Bella ainda está no mesmo lugar e nem conseguiu fechar a porta.

Suspiro e me levanto, fecho a porta e paro em frente à ela que tem um olhar perdido que transmite confusão, medo, incerteza e dor.

— Amor ... - suspendo minha mão para tocar seu rosto mas ela se afasta. - Bella!

— Quando conversamos sobre nossos ex's , e você me contou que uma ex sua havia sumido do mapa, você não me contou que Léa estava grávida. - ela sussurra em tom acusatório.

— Você estava aqui, Bella? - pergunto incrédulo - Eu não sabia que ela estava grávida e eu ... eu nem sei se a menina é mesmo minha ... filha! - sussurro a última palavra.

— Pelo amor de Deus Edward... a menina é a sua cara.

Ficamos nos encarando e me vejo sem saber o que dizer. Eu não quero brigar com a Bella, eu só estou assustado.

— Isso é demais para mim. Eu vou pra casa do Carlisle. - ela respira fundo e parece se lembrar de que o pai dela não está falando com ela. - No Toca, vou dormi no Toca. Eu preciso espairecer a mente.

Ela se afasta de mim e eu seguro seu braço ...

— Bella ...

— Amanhã, Edward. Amanhã! - ela se solta e vai embora e eu fico ali, perdido.


—--*---*---

PDV Bella

Eu não fui direto pro Toca, fui para a praia.

Caminhei pela beira, sentindo a água do mar bater em meus pés e aquilo me acalmou.

Eu estava passando por uma grande pressão, e saber que Edward tinha uma filha com outra mulher, mexeu completamente comigo. Ele não tinha culpa, ele não havia me traído e eu entendia perfeitamente isso. Tudo foi antes de eu aparecer. Mas ainda assim mexeu comigo.

Suspirei e me sentei na areia de frente para o mar, era incrível como me acalmava lugares assim.

E era também lugares assim que a falta do Jasper apertava.

— Eu tô precisando de você amigo. - sussurrei para o nada.

Meus olhos se encheram de lágrimas e tentei a todo custo não deixar que elas caíssem.

Passos suaves estavam vindo em minha direção. Primeiro achei que fosse só uma pessoa passando por ali, mas eu sentia que os passos se aproximava de mim. Anos de treino me alertava agora.

Quando a pessoa estava perto o suficiente, me levantei virando-me bruscamente e pronta para atacar.

— Uool, calma aí. - ele disse com aquele sorriso torto de cafajeste.

Respirei fundo e estranhei ele ali uma hora dessas.

— Quase que eu te ataco.

— E você seria capaz de me acertar? Sou um agente da CIA. - ele falou ainda com aquele sorriso.

— Eu sei me virar, Klaus.

— E ela lembra o meu nome. - diz e dá um passo a frente.

— Como me achou? - pergunto franzindo o cenho.

— Não te achei. Eu costumo andar aqui nesse horário, pra não enlouquecer com a Alice. - ele diz é seus olhos brilham um pouco mais ao tocar no nome dela.

— Entendi. - digo e volto a me sentar o ignorando.

Ele prontamente se senta ao meu lado e viro meu rosto para encara-lo e ele está lá olhando o mar com os sorriso de cafajeste.

— Quem te convidou? A intenção era ficar só aqui.

— Eu sei, mas não me importo. Você parece estar precisando de uma companhia. - ele diz sem me olhar.

Eu bufo e volto a encarar o mar.

Ficamos lá, só olhando o mar. Vez ou outra eu suspiro até que sinto que ele está me olhando.

— Seja o que for, Bella. Tem uma solução.

— O quê? - pergunto o olhando e para minha surpresa, ele está sério.

— Algo aconteceu pra você estar aqui desse jeito, á uma hora dessas. E eu tô dizendo que seja o que for, você vai conseguir resolver.

— E você? Porque não se resolveu com a Alice? - os olhos deles brilha novamente ao ouvir o nome dela.

— O quê? - ele estreita a testa.

— Você não me engana. Você está apaixonado por ela, ela sabe?

Ele fica uns minutos me encarando até que suspira volta a olhar o mar.

— Você é boa. - ele me espia de canto. - Ela está muito focada em se vingar do Jasper para notar qualquer outra coisa. Ela tem que entender que ele morreu, acabou.

Arfo com suas palavras. Duras. Foram palavras muito duras.

— Ah droga, me esqueci que ela falou que vocês eram melhores amigos. - ele diz se virando para mim. - Me desculpa Bella.

Eu desvio meu olhar e com dificuldade digo:

— Ele era mais que o meu melhor amigo, ele era meu irmão. Uma parte de mim que se foi, Klaus. - minha voz não passa de um sussurro.

— Me perdoe, não quis ser rude. Eu só quis dizer que a Alice precisa seguir em frente.

— O que você quer dizer com isso?

— Toda a vida dela gira em torno dessa vingança. Ela acredita piamente que a culpada é a viúva negra. - ele suspira passando as mãos pelos cabelos - Eu só vim pra cá, por ela. Pra cuidar dela. As vezes Alice se perde, e eu ... - ele para de falar. - Eu não posso falar sobre isso. É a vida dela e eu acredito que no momento certo ela vá conversar com você. - ele continua falando com seu sotaque francês - O que posso dizer, Bella, é que eu realmente sou apaixonado pela Alice. E não, ela não sabe. Estou esperando pelo momento certo para me declarar.

— Então porque deu em cima de mim no dia que me conheceu? - pergunto olhando no fundo dos seus olhos.

Ele se desata a rir.

— Primeiro porque você realmente é linda. Mas na verdade eu quis perturbar o seu namorado. - e se acabou de rir. E eu me limitei a revirar os olhos. - Ele é bem ciumento.

— É, o Edward tem os momentos dele. - franzo o cenho me lembrando de tudo o que aconteceu mais cedo.

— Acabei de te contar minha vida toda praticamente. Porque não me conta o que houve pra você estar aqui na praia, uma hora dessa e sozinha? Acertei se eu dizer que tem haver com o Edward? — ele pergunta com a voz aveludada.

— Acertou em cheio. — respiro fundo decidindo se conto a ele ou não. Ligo o foda-se e começo a falar — Uma ex dele voltou depois de 6 anos alegando que tem uma filha com ele. Eu não consegui lidar direito e sair para espairecer.

Klaus nada diz por uns minutos, sinto que ele está me observando.

— Ele te traiu?

— O quê? Não, não. Isso foi antes de mim. A menina já tem uns 5 anos. — eu exclamo.

— Então porque você não está lá com ele?

Eu o encaro franzindo a testa.

— Ele tem uma filha, Klaus. Uma filha de outra mulher que caiu nas nossas vidas de paraquedas. Eu não sei se quero ser madrasta.

— Bella, se você está assim perdida, imagina ele? Que do nada ganhou uma filha de 5 anos?

— Eu sei que devia estar lá com ele, mas eu precisava de um tempo.

— Então dê esse tempo, mas não demore. Não deixe que isso afaste você do homem que ama.

Eu olho para Klaus conseguindo ver que debaixo de todo aquele jeito cafajeste, há um homem, um homem de verdade.

— Porque você não deixa as pessoas verem quem você realmente é? Não deixa que vejam a sua bondade? — eu o encaro como se pudesse ver sua alma.

Ele se remexe desconfortável e fala:

— Quando as pessoas vêem bondade, elas esperam bondade. E eu não quero conviver com as expectativas de ninguém. — ele baixa a cabeça suspirando e volta a me olhar. — Volte pro Edward.

— Fale para Alice. — ele dá aquele sorriso torto e nada diz. — Eu preciso ir embora.

— Eu te acompanho. — ele diz enquanto nos levantamos.

— Não precisa Klaus. Vou passar em outro lugar antes. — digo disfarçando.

— Tudo bem. Foi bom te encontrar. Bella.

— Obrigada por me ouvir Klaus. Você é uma boa pessoa.

Ele sorri e se despede.

— Boa noite, Bella.

— Boa noite, Klaus.

E então saio andando, e vou para o Toca. Ainda preciso de um tempo longe do Edward.

Antes de entrar no Toca, visto o disfarce de Viúva Negra, por causa da Day.

Ela estranha o fato de eu ter ido dormi lá, assim como a Rosalie. Mas nenhuma das duas diz nada.


No dia seguinte Rosalie diz que quer tomar café comigo, pois quer conversar.

Vou para casa tomar um banho e trocar de roupa na hora que eu sei que o Edward já saiu para trabalhar.

Me encontro com a Rose 1 hora depois, e ela continua calada após eu lhe contar tudo o que aconteceu ontem com o Edward e com o Klaus.

— E o que você vai fazer? — ela pergunta mexendo seu café.

Eu volto meu olhar para o movimento na Starbucks e suspiro.

— Eu vou apoia-lo Rose, eu o amo. Eu só precisava aceitar que ele tem uma filha e que não é comigo. Mas não vou deixa-lo se é o que você está pensando.

— Ele também te ama, Bella. Não se esqueça disso. — ela diz me repreendendo, como se ela achasse que eu não acreditava no amor dele.

— Eu sei que ele me ama Rose. Mas a menina tem a mesma doença da Jane, e ele se culpa até hoje por não ter estado mais presente pela Jane. E eu tenho medo, de ele me deixar pra cuidar da filha dele. E os que eu vou falar? Eu não posso culpar ele e deixar ele pior.

Rose se inclina sobre a mesa e pega minhas mãos.

— Amiga, ele te ama. — ela diz me olhando nos olhos. — Vai dar tudo certo, você vai ver.

Ela sorri pra mim e eu retribuo o sorriso esperando que realmente ficasse tudo bem.

Naquele dia, decido não ir para o FBI. É um tempo a mais para mim, para o Edward. A noite conversaremos e ficará tudo bem.

O dia se arrasta e me pego ansiando a hora em que ele chegará em casa. Mas passa do horário dele chegar e ele não chega.

Passa duas horas de seu horário normal e vou tomar um banho, decidida a ir atrás dele.

Eu estava saindo do banho quando Edward entra no quarto, todo sério. Mais sério do que eu já o tinha visto em todo o tempo em que estamos juntos. Paro na porta ainda de toalha e o encaro. Ele mal consegue me encarar, e vejo dor nos breves instantes em que ele olha nos meus olhos. Meu coração acelera.

— Você demorou pra chegar. — sussurro apertando os dedos na toalha.

— Eu estava com a Charlotte. — sua voz é um sussurro trêmulo.

— Edward ...

— Põe uma roupa, preciso conversar com você. — ele diz olhando o chão e sai do quarto.

Respiro fundo tentando não pensar o pior e vou me vestir.

Sigo para a sala e vejo Edward sentado no sofá com os cotovelos apoiados na perna e as mãos na cabeça.

Ando em sua direção e me ajoelho em sua frente, pego seu rosto em minhas mãos e o faço me olhar.

Seus olhos estão banhados em lágrimas e me dói vê-lo desse jeito.

— Me desculpa ter saído ontem daquele jeito. Eu ... eu fiquei fora de mim por saber que o homem que eu amo tem uma filha de outra mulher. Mas olha ... — ele abaixa a cabeça negando. — Eu tô aqui. Ei, eu tô aqui agora e não vou embora. Amor, eu ...

— Bella, Bella. Para! — ele tira minhas mãos do seu rosto. — Olha, eu estive conversando com a Charlotte. Ela me mostrou os exames da Abby e o que ela tem é exatamente a mesma coisa da Jane. Bella, você sabe que eu te amo. Meu Deus, mulher eu realmente te amo loucamente. E eu sempre vou estar presente pra você. — ele acaricia meu rosto e eu não sei se quero saber onde ele quer chegar com isso. — Eu vou cumprir minha promessa de estar aqui sempre que você precisar. Mas eu não vou cometer o mesmo erro com a Abby que cometi com a Jane. É a minha chance de me redimir com a Jane.

Eu o olho sem entender.

— Onde você quer chegar com isso?

Ele respira fundo, passa as mãos no cabelo e me olha atormentado.

— Eu prometi a Jane que passaria mais tempo com ela e não consegui cumprir essa promessa. E eu vou passar mais tempo com a Abby e dar a ela tudo que ela precisa, Bells. E no momento ela precisa de estabilidade emocional. Ela passou tanto tempo sem o pai e ela precisa de mim. E então eu decidi ... — ele respira fundo — Eu, eu não sei como te falar isso... eu...

— Você vai voltar pra Charlotte? — sussurro com a voz embargada.

Ele me olha ternamente e seus olhos transmitem dor.

— Bella...

Eu me levanto para ir em direção ao quarto, mas ele vem atrás de mim e puxa meu braço antes de eu chegar ao corredor.

— Bella, por favor. Tente entender...

— Entender Edward? Entender o que? Que você está me deixando? Eu já entendi isso muito bem. — digo e luto para segurar as lágrimas.

— Bella, ela é... ela é minha filha. Ela é ...

— EU SEI QUE ELA É SUA FILHA. E EU NÃO TE PEDI PRA ESCOLHER ENTRE MIM E ELA. — eu grito perdendo o controle e ele para me encarando de olhos arregalados. — Você... você podia muito bem ficar comigo e ser o pai dela, dar toda assistência que ela precisa. Você... — eu paro e respiro fundo sentindo o choro entalado na garganta.

— Eu ainda vou estar aqui pra você Bella. Sempre vou estar do seu lado. Não quero decepcionar você, te prometo que sempre vai poder contar comigo. Eu não quero nunca te magoar.

— Acontece Edward, que você está me magoando agora. E muito.

Eu o olho nos olhos mais uma vez e meu coração dói. Porque sei que o medo se concretizou, ele me deixaria por causa da filha.

Então me lembro de quando ele me deixou no passado, quando descobriu que eu era a Viúva Negra.

Flashback On

Ficamos um tempo sem falar nada. Eu esperei pacientemente ele absorver tudo o que eu lhe contei. Não sei quanto tempo se passou até ele respirar fundo e ir em direção a porta.

— Onde você vai, Edward?

— É muita coisa pra assimilar. Muita coisa mesmo - ele falou parando na porta, mas ainda de costas para mim - Eu preciso de tempo para pensar e preciso ficar sozinho. Eu vou sair para você ficar a vontade e arrumar suas coisas.

— Edward ...

— Vá para casa do Emmet, ele vai te acolher lá.

— Não faz isso, eu ...

— Eu não sei no que acreditar. Em Aro ou em você. Nenhum dos dois me deu provas de que está certo. Então não vou te julgar, nem te entregar a ele.

— Não faça isso comigo. Eu não estou em posição de perder mais alguém.

Ele se virou e me olhou colérico.

— Isabela, isso não é algo que você pode curar com uma palavra ou duas e alguns abraços ou algo assim.

Então ele me dá as costas e eu o vejo ir embora. Eu sinto como se um vazio fosse aberto dentro de mim, expandido tão rápido que pode me quebrar em pedaços.

Flashback OFF

Encaro seu lindo rosto e o conheço muito bem para saber que ele acredita com toda a força de seu ser que essa é a coisa certa a se fazer. E não há nada que eu possa fazer para que ele mude de ideia.

— Sabe Edward, eu achei que você estivesse curando o buraco que havia em mim ou pelo menos cobrindo, impedindo que doesse tanto. Mas eu estava errada. — minha voz se quebra e o choro irrompe. Ele tenta me abraçar, mas dou um passo para trás e sei que ele também está sofrendo. — Eu estava errada, Edward. Porque você estava apenas cavando um buraco só seu e agora eu estou furada como queijo suíço. E eu não sei como ainda não me desfiz em pedaços. — começo a soluçar mas encontro forças para dizer tudo o que preciso. — Eu te disse que eu tinha medo de desabar e que eu não sabia se seria capaz de suportar e você disse que estaria comigo Edward.

— E eu ainda estou. Eu não quero cavar um buraco em você, eu só...

Ele perde a fala e eu dou uma risada sem graça em meio ao choro. O encaro e ele está atormentado, dividido. E no fundo eu sei que ele precisa fazer isso para se sentir em paz com a Jane.

Então eu simplesmente lhe dou as costas e caminho em direção ao quarto.

— Espera Bella. Para onde você está indo? — sua voz é puro luto.

Paro uns instantes e sem me virar lhe digo:

— Uma vez você me deu as costas e foi embora e doeu como o inferno. Eu sou a viúva negra, mas ainda sou humana. Eu não vou ficar e ver você me dar as costas mais uma vez. Então ... Só vai, Edward. — mais um soluço irrompe. — Só vai, porque eu não aguento mais isso.

E volto a andar, entro no quarto e me deito na cama, apoiando a cabeça em seu travesseiro sentindo o cheiro dele e soluço mais ainda ao ouvir a porta da frente batendo. Aperto mais o travesseiro como se ali fosse o Edward e choro até pegar no sono.


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