Clonagem escrita por Thelef


Capítulo 3
A batalha final / Surpresas




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/5107/chapter/3

Capitulo 3 – A batalha final / Surpresas

– O que foi, Professor? – pergunta o mutante azul ao ver que Charles Xavier

parece preocupado com algo. – Algum problema? Posso ajudar?

            O telepata encontra-se com a cabeça baixa e tem a mão direita colocada à frente da boca. Ao ouvir o mutante ao seu lado, ele vira-se e, com um sorriso no rosto, responde:

–        Não há nada errado, Noturno. Estou em contato telepático com Jean e eles estão

se virando muito bem. – Xavier movimenta sua cadeira um pouco à frente antes de completar. – Agradeço sua disposição para ajudar, mas você ainda não está totalmente recuperado.

–        Mas professor... eu... eu já estou bem. – responde Noturno ficando novamente

de frente para Xavier. – É só me dizer onde eles estão e me teletransporto para lá.

–        Não, Noturno. – diz Xavier com uma expressão mais séria. – Sinto que esta

batalha está apenas começando. Você precisa se recuperar para ajuda-los no próximo round.

–        Tudo bem, professor. – diz Noturno um pouco contrariado. –  Estarei preparado.

A luta entre os mutantes e seus clones parece não ter fim. Quanto mais clones são

derrotados, mais aparecem. Kitty torna-se intangível e o clone de Mercúrio choca-se com a parede ao tentar acerta-la com uma voadora. Ciclope derruba dois clones, em seqüência, que iam em direção a Jean e esta joga um clone de Tempestade, que ia usar seus poderes, contra outro de Kitty, mas o clone se torna intangível e é atravessado. A Tempestade falsa ergue-se no ar e joga um relâmpago na direção de Jean. Ela percebe que não conseguirá desviar a tempo e só consegue se abaixar e fechar os olhos, só que, no instante em que o raio a atinge, ela não sente nada. Jean abre os olhos e vê que Kitty a está segurando e as duas estão intangíveis.

–        Obrigada, amiga. – agradece Jean sorrindo. – Essa foi por pouco.

–        Foi mesmo. – respondeu Kitty soltando a amiga. – Ciclope também percebeu o

disparo e a acertou antes que ela pudesse atacar de novo.

            Vampira está de frente para um clone de Ciclope, esperando a reação dele.

            – Vamos ver se seu poder é tão bom quanto o original. – ela diz antes de agarrar seu adversário. – AAAAAAAAAAAHH!

            A mutante, depois de absorver um pouco do poder do clone, arremessa-o para cima e, no reflexo, Fera pula acertando-lhe um chute que o leva ao chão novamente. Vampira olha para ele e faz sinal de positivo. Ao virar-se ela dispara raios dos olhos em um clone seu que ia atacar Ciclope por trás. Ciclope vira-se e vê Vampira disparando em outro clone.

–        Até que o poder do meu clone é bom. – brinca ele.

–        O seu é muito melhor. – responde Vampira com um sorriso. – Pode ter certeza.

Wolverine desvia do golpe de um clone do Fera e, sem perder tempo, derruba dois

de seus clones com um só golpe. O clone do Fera tenta ataca-lo por trás, mas é surpreendido pelo seu alvo, o qual, sem virar, acerta-o bem no peito com as garras da mão direita.

            Todos os mutantes já estão muito cansados de tanto lutar e não para de aparecer clones. À medida que eles vão derrotando-os vários outros entram pelas duas portas abertas na sala. Magneto corre até uma das portas e, depois de fecha-la, grita:

–        Alguém  feche a outra porta! Assim eles param de entrar.

No mesmo instante, Dentes de Sabre corre em direção à outra porta

derrubando alguns clones pelo caminho. Consegue chegar na porta a tempo de evitar que um novo grupo de clones entre, mas eles parecem querer entrar de qualquer jeito, pois começam a atacar a porta assim que esta é fechada. Dentes fica de costas encostado na porta e vai sentindo todos os golpes que são dados: socos, chutes, disparos de energia de todos os tipos. Cada golpe faz a porta quase se dobrar pra frente, parecendo que vai arrebentar a qualquer momento. Até que, de repente, Dentes sente que algo atravessou a porta e, no mesmo instante, olha para baixo vendo que um par de garras atravessou o peito dele também. As garras não ficaram na mesma posição por muito tempo, logo elas voltaram e o mutante caiu para frente inconsciente.

A porta é aberta e um clone do Wolverine entra seguido de clones de vários

outros mutantes. Ciclope, vendo-os entrar, retira seus óculos e manda uma enorme rajada de energia acabando com todos eles de uma só vez. Dentes de Sabre levantou-se e viu todos os clones caídos atrás dele e, olhando para frente viu Ciclope colocando os óculos e fazendo sinal de positivo para ele. Logo depois ele viu seu rival, Wolverine, lutando com um clone seu e, antes mesmo de pensar em partir para cima de sua cópia, ela é arremessada em sua direção. Ele não perde tempo e agarra o clone no ar jogando-o com todas as suas forças contra o solo.

–        Vamos nos dividir e entrar cada grupo por uma porta. – sugeriu Tempestade. –

Não podemos perder mais tempo.

–        Concordo plenamente, minha cara. – respondeu Magneto. – Assim poderemos

nos separar novamente  e acabar com a trégua...

–        Ainda não, Magneto. – disse Jean, que estava atrás dele. – Nós não vamos deixar

você sozinho com seu grupinho neste momento. Estamos lutando juntos, mas não confiamos em vocês.

–        Assim você nos ofende, Jean. – falou Mercúrio depois de derrubar um clone seu.

– Não tenho nada contra você.

            A telepata não respondeu e acertou um belo chute giratório num oponente, que vinha ataca-la, jogando-o em cima de Mercúrio, e este, não percebendo a intenção dela, não teve tempo de desviar e caiu junto com o clone. Jean apenas olhou para ele no chão e sorriu, ele tinha levado o que merecia sem parecer que ela estava quebrando a trégua.

            Os grupos foram feitos. Pela porta da direita foram Wolverine, Mercúrio, Mística, Vampira, Jean e Fera e, pela porta da esquerda foram Magneto, Dentes de Sabre, Tempestade, Ciclope, Cable e Kitty. Os dois grupos se olharam desejando boa sorte uns para os outros e seguiram seu caminho.

Pelo lado direito, Wolverine ia à frente já preparado para atacar algum clone que aparecesse. Eles andavam por um corredor, um pouco mais largo que aquele da entrada, pois podiam ir três lado a lado e, depois de andaram alguns metros o caminho fazia uma curva para a esquerda e terminava em outra porta. Wolverine tentou abri-la, mas estava trancada.

O grupo da esquerda andou um pouco e, ao passarem por uma porta do lado direito, a mesma foi destruída pelo lado de dentro e saíram alguns clones.

–        Seria bom demais se não tivesse mais. – comentou Ciclope.

–        Espero que não sejam muitos. – disse Cable tentando se aproximar da porta

aberta pelos clones. – Kitty venha comigo. – chamou ele após conseguir chegar na porta.

A mutante, apenas concordando com a cabeça, tornou intangível e atravessou os clones chegando com facilidade ao lado de Cable. Os dois entraram e viram uma sala pequena com uma estante na parede em frente a eles e não havia mais nenhum clone lá dentro. Todos tinham saído e estavam lutando com os outros mutantes.

Cable e Kitty estavam no meio da sala olhando para a estante: tinha muitos livros de várias cores e tamanhos e, num canto, um espaço aparentemente vazio.

–        Garota, você pode ver se tem algo atrás dessa estante? – perguntou Cable

sorrindo para ela.

–        Sim. – respondeu ela olhando para ele. “Achei que o Cable não gostava de mim,

mas, parece que isso não é verdade”. – pensou ela se tornando intangível e indo em direção à estante.

            Ela atravessou o móvel e, após algum tempo, estava de volta.

–        Só há uma parede lá atrás. – disse ela.

–        Obrigado. – agradeceu o telepata aproximando-se da estante.

Ele analisou a capa de alguns livros e, com certeza de que estava certo, puxou um de

capa vermelha. No mesmo instante, no local aparentemente sem nada, surgiu uma tela que estava invisível. Era uma câmera que mostrava o corredor do lado de fora e eles podiam ver que os mutantes ainda lutavam. Cable olhou para Kitty e, sorrindo, comentou:

–        Assim que eles ficaram sabendo da nossa chegada. Muito interessante este

truque.

–        É. – respondeu a mutante. – Mas como que eu não pude ver esta tela?

–        Nós só vemos o que estamos procurando ou imaginando que exista. – explicou

ele. – Você nem fazia idéia da existência desse sistema. Eu já tinha visto algo parecido uma vez.

A batalha não estava difícil para os mutantes, o maior problema deles era a falta de espaço para lutar, pois se esbarravam constantemente. Depois de um tempo, eles conseguiram derrotar todos os clones e nem precisaram ir até a sala aberta por eles, pois os dois já estavam de volta no corredor.

–        Encontraram algo lá? – perguntou Tempestade.

–        Nada de mais. – respondeu Kitty. – Só uma câmera de vigilância deste corredor.

–  Quer ter a honra, meu amigo peludo? – disse Wolverine sorrindo para Fera.

–  Com prazer, obrigado. – respondeu Fera se aproximando da porta.

Ele deu uma cotovelada com toda a sua força e a porta caiu pra frente. Depois do

golpe o mutante azul sorriu para o colega dando-lhe passagem. Wolverine entrou numa sala quadrada, não muito grande, que parecia ser um laboratório. Os outros mutantes entraram logo atrás dele.

–        Achamos onde ele fez nossos clones. – falou Vampira analisando o local.

Na sala haviam prateleiras nas paredes com vários frascos contendo os mais

diversos líquidos e pós. No centro havia uma mesa com alguns papéis jogados de qualquer jeito, parecendo que foram deixados às pressas. Em um dos cantos tinha uma máquina estranha que, deduziram todos, foi usada para criar os clones e, na parede oposta uma porta de ferro com um botão ao lado dela.

            Jean aproximou-se da mesa e pegou os papéis com a intenção de descobrir algo, mas estava escrito de uma forma que ela não entendia, parecia ser algum código.

–        Fera! – chamou ela. – Talvez você consiga entender isto aqui.

–        Vamos ver. – respondeu o mutante pegando as folhas das mãos dela. – Uhm...

é... isso é bem estranho. – ele analisava o texto com muita calma.

            Depois de um tempo, Fera jogou os papéis de volta na mesa desapontado.

–        Realmente isso aí deve ser algum código secreto criado pelo nosso inimigo. –

falou ele olhando para os outros mutantes. – E é um código muito bem criado e diferente de todos que conheço, pois não pude entender nada.

–        Tudo bem, amigo. – falou Wolverine colocando a mão sobre o ombro dele. –

Pelo menos você tentou.

            Mercúrio aproximou-se da porta de ferro e apertou o botão, sem se preocupar com o que podia acontecer. No mesmo instante, a porta abriu-se revelando um elevador. Ele olhou para os outros e todos estavam parados olhando-o.

–        Não saberíamos o que aconteceria sem apertar, não é? – disse ele sorrindo.

Jean passou por ele balançando negativamente a cabeça e entrou no elevador. Lá

dentro havia apenas dois botões: um com uma seta pra cima e outro com uma seta pra baixo. Ela fez sinal para os outros entrarem e, depois que todos já estavam lá, ela apertou o botão para subir. Logo a porta se fechou e o elevador movimentou-se rapidamente para cima e, ao chegarem, para a surpresa de todos, eles estavam do lado de fora do galpão, mais precisamente nos fundos. Logo que eles saíram do elevador a porta se fechou e eles viram que era a parede que fechava a passagem do elevador.

–        Bem  interessante. – observou Mística. – Ninguém desconfiaria desta passagem.

Enquanto isso o grupo da esquerda continuava pelo corredor. Seguiram mais alguns

metros em frente e logo depois veio uma curva para a direita. Logo que viraram se depararam com uma porta de ferro fechada. Ciclope retirou os óculos e disparou, mas nem arranhou a porta.

–        Eu faço o serviço, meu caro. – disse Magneto colocando-se ao lado do mutante.

O senhor do magnetismo esticou as mãos para frente e, no mesmo instante a porta

começou a se mexer. Ele encolheu os braços e os esticou rapidamente, fazendo a porta sair totalmente do lugar, mas ela não foi muito longe, pois havia uma escada para cima.

            Sem perder tempo eles subiram e, como já imaginavam alguns deles, chegaram do lado de fora do galpão.

–        É... perdemos o nosso inimigo. – disse Cable desapontado.

–        Uma pena mesmo. – comentou Magneto. – Queria saber mais sobre os clones.

Ao dizer isso ele ficou pensativo e fez uma expressão de que tinha tido uma grande

idéia.

–        O que foi, Magneto? – perguntou Tempestade com desconfiança.

–        Não é nada, minha cara. – respondeu ele sorrindo para ela. – Só pensamentos

sobre outros assuntos.

            Neste instante o outro grupo vinha chegando de trás da construção. Depois de se encontrarem e dizerem uns para os outros o que encontraram. Eles ouviram um barulho e, não muito longe, viram uma pequena nave afastando rapidamente.

            –    Ele acaba de fugir. – comenta Kitty.

           

–    Qual é a situação? – pergunta Cable em seu comunicador portátil logo que este toca.

–    O que descobriram?

–    Nenhum sinal de atividades recentes por aqui, senhor. – responde o mutante que

ligou para Cable. – Mas tem uma coisa que achamos muito estranha.

–    Diga, Beto.

–    Nós investigamos a região e não encontramos nada e, quando estávamos indo

embora, ouvimos um barulho. Então apareceram os X-Men e, para nossa surpresa, começaram a lutar conosco.

–    Vocês estão lutando com eles agora? – pergunta Cable.

–    Sim senhor.

–    Beto, eu sei que é difícil de acreditar, mas não são os verdadeiros X-Men.

–    Não são verdadeiros? – pergunta o outro surpreso.

–    Não. Os verdadeiros ainda estão comigo.

–    Então quem são esses que estamos enfrentando?

–    São clones.

–    Clones?

–    Isso mesmo. Eu e os X-Men enfrentamos um exército desses clones e, com suas

informações, desconfio que esta guerra está apenas começando. Depois que vocês derrotarem esses clones, partam para a mansão de Xavier e me esperem lá.

–    Como quiser, senhor. Logo estaremos lá. – responde o mutante e encerra a

comunicação.

–        Parece que isto está apenas começando. – disse Cable para Tempestade, ao ver

que ela o observava. – O X-Factor também encontrou clones bem longe daqui.

            –    Então vamos voltar logo para a mansão e falar com o professor. – disse a mutante.

            Finalmente a trégua estava terminada e cada grupo seguiria seu caminho.

–        Digam ao Charles que mandei lembranças. – disse Magneto se afastando com a

Irmandade.

–        Logo nos encontraremos, xará. – fala Wolverine para seu inimigo. – Fica

esperto!

            Os X-Men chegaram até a nave e partiram imediatamente para a mansão e, depois que eles estavam bem longe, Magneto dá um sorriso de satisfação.

–    Conseguiu captura-los, Mercúrio?. – pergunta Magneto ao entrar em sua nave.

–    Sim, pai. – responde o mutante. – capturamos uma cópia de cada X-Men. Estão

amarrados no compartimento de carga.

–    Ótimo! – diz Magneto, com um sorriso no rosto. – Vamos descobrir como eles

foram criados e usa-los para acabar com os X-Men.

FIM. Será?

Aqui termina esta fic. Vai demorar um pouco, mas aguardem a segunda parte.

Espero que tenham gostado e, por favor, comentem.

Até mais. Thelef


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!