"A vida é nossa, nós a vivemos da nossa maneira"

– Metallica

Dei uma risada falsa, totalmente sem humor, e a olhei.

– Esta brincando, não é mesmo? -Falei do meu jeito. Seca. Já era mais do que acostumada a falar assim.

– Porquê estaria? -Perguntou claramente confusa. Suspirei e tirei a carta de dentro de minha bolsa, e a devolvi.- Porquê esta me devolvendo?

– Acho que não vou precisar.

– Srta. Riddle, provavelmente não esta entendendo nada.

– Já entendi! É apenas mais uma brincadeira de mal gosto! -Falei já ficando com raiva de tudo isso.

– Srta. Riddle...-A interrompi.

– Não me chame assim!

– Desculpe...mas isto não é uma brincadeira.

– E como vou acreditar nisso?

Ela segurou em minha mão, fechou os olhos, e pra mim, logo tudo ficou turvo. Depois de uns quinze segundos, tudo voltou a ser como era. Com isso tudo, acabei por ficar tonta e a fechar meus olhos com força.

Os abri lentamente, com medo do que eu iria ver. E fiquei surpresa, e até com um pouco de medo, se é que posso dizer isso. Eu e Minerva estávamos paradas no centro da sala. Estávamos em minha casa. Isso é possível? se bem que...nada é impossível.

– Como viemos parar aqui? -Perguntei.

– Desculpe-me. Mas será que agora pode acreditar que isso não é uma brincadeira de mal gosto?

– Depois disso é impossível não acreditar! Por favor, né!?

– Pois bem...Faça suas malas até dia primeiro de Setembro, que é quando eu virei busca-la.

– Vim me buscar? E pra onde iremos, afinal?

– Hogwarts, claro.

– Oque é isso?

– Escola de magia e bruxaria.

– E porquê eu iria pra lá?

– Pra controlar seus poderes.

– Eu não tenho poderes. -Falei enquanto me sentava no sofá.

– Sim, tem sim. - Ri sarcástica, e ela continuou - pois bem, Srta...Diga-me, alguma coisa que não sabe explicar já aconteceu com você? que nenhuma outra pessoa sabe oque é? ou melhor, que ninguém tem igual? -Assim que percebeu meu silêncio, prosseguiu - como disse, você é uma bruxa mais poderosa do que imagina.

XxX

Dia primeiro de Setembro amanheceu gélido, porém, ainda fazia um pouco de calor.

Me sentei na minha cama, e olhei em volta, ainda confusa. Era assim todas as manhãs, eu só estava tentando acordar totalmente. Minha visão estava turva, e sim, ela fica um pouco turva assim que eu acordo, mas logo ela fica normal novamente.

Me levantei da cama e fui tomar banho. Logo após, pus minha roupa: Uma calça jeans rasgada na região das coxas, uma blusa regata preta, por cima meu casaco branco da "HOLLISTER". Passei um gloss em meus lábios, deixei meu cabelo solto, oque o deixou um pouco mais cacheado do que o normal. Por último, mas não menos importante (hahaha amu u.u), calcei meu salto branco (roupa aqui)

Depois, desci para poder tomar café, falei com meus pais adotivos, que só murmuraram um "bom dia" em resposta, de tão ocupados que estavam com a empresa deles. Apenas baguncei de leve os cabelos do meu irmão mais novo, e o mesmo me fuzilou pelos olhos, o olhei rindo enquanto me servia de torrada e café.

Comi enquanto conversava com ele, até que não era tão ruim assim. Depois de comer, fui para o meu quarto, onde, assim que o adentrei, me joguei na cama e fiquei olhando para o teto. Super interessante, não?

– Srta. Riddle? -Ouvi uma voz conhecida falar, e virei minha atenção para ela.

– Já vamos? -Perguntei enquanto me levantava.

– Sim, esta pronta?

– Sim, estou. Meus pais adotivos não irão se lembrar de nada?

– Tenho certeza que com o Obliviate, eles não irão se lembrar de nada. Agora vamos?

– Ahm...claro.

XxX

Após uma manhã exaustiva, em que ficamos comprando tudo que era necessário, varinha, e até consegui uma gata, que acabei a por seu nome de Dakota (link de uma foto dela nas notas finais). Compramos todos os matérias, e sinceramente, eu estava exausta.

Minerva agora iria me levar até a plataforma, onde disse que nos encontraríamos em Hogwarts. Assenti e fui procurar uma cabine vazia, e achei uma no fim do corredor.

Me sentei e fiquei olhando para a janela, estava chovendo, oque permitia uma leve nevoa que permitia embaçar o vidro. Dakota ficou no meu colo enquanto eu acariciava seus leves pelos brancos.

A porta da cabine abriu, e eu me virei para a pessoa que me encarava.

– Ah, será que eu poderia ficar nessa cabine? todas as outras estão cheias...-O garoto falou.

– Claro. -Falei sem dar muita atenção.

– Qual o seu nome? é nova, não é? nunca te vi em Hogwarts.

– Sou Dianna, e você? sim, sou nova.

– Ahm...sou Scorpius, Scorpius Malfoy.

– Ah, sim. Qual sua casa? -Minerva havia me contado sobre as casas hoje enquanto comprávamos meus materiais no Beco Diagonal.

– Sonserina.

– Ah, sim. -Falei novamente sem interesse algum.

O resto da viagem, eu não falei com ele, e muito menos ele comigo. Ele estava lendo um livro, enquanto eu acariciava a Dakota.

Após algumas horas que me pareceram anos, um monitor falou para colocarmos as vestes que já estávamos chegando. Scorpius saiu da cabine por uns segundos, e quando eu estava pronta, ele voltou. Minutos depois o trem parou em "Hogsmead"-segundo Scorpius. Saímos do trem, e um gigante estava andando por ali, chamando os alunos do primeiro ano. Mas eu não faria o primeiro ano, e sim o quarto. Mesmo assim, Minerva disse que seguisse com o primeiro ano.

– ALUNOS DO PRIMEIRO ANO, POR AQUI! SIGAM-ME! -O gigante gritava em meio a multidão de alunos.- Ah, Dianna, não é mesmo? -Perguntou se virando para mim, e assenti sem hesitar. Ele arregalou os olhos, mas logo se recompôs.- Venha comigo com a turma do primeiro ano, por favor.

Os segui, e fomos entrando em pequenos barcos que só tinham espaço para umas quatro pessoas. Ao chegarmos no castelo, deixei a minha Dakota com uma elfa, que em prometeu leva-la ao meu dormitório (assim que eu fosse selecionada) e que ela ficaria sã e salva. Ao adentrarmos o Salão Principal, a professora/diretora Minerva fez um discurso -totalmente entediante se posso dizer- e logo começaram a seleção das casas.

– Riddle, Dianna. -Ouvi alguém me chamar.

Murmúrios e mais murmúrios percorreram o Salão. Sem ligar para isso, caminhei lentamente até o banco e me sentei nele. O chapéu mal tocou na minha cabeça, e já gritou:

– SONSERINA! -Me levantei e andei até a mesa da Sonserina.

Me sentei ao lado de uma garota que tinham cabelos loiros, e olhos verdes. Ela tinha um olhar frio, um olhar gélido. Igual o meu, se é que posso dizer assim. É que muitas pessoas me dizem isso.

Ao terminar a seleção de casas, tinham ido: um garoto e uma garota para a Grifinória, três garotas para a Lufa-Lufa e sete garotos para a Corvinal. Minerva deu, dessa vez, um discurso de boas vindas, e de como a escola era segura, e de como era proibido ir a Floresta Negra, e blá blá blá, essas coisas de começo de ano.

Logo depois, fez com que a comida aparecesse magicamente na mesa. Me servi, e senti que alguém me encarava. Quer dizer, um grupo me encarava. Um grupo na mesa da Grifinória me encarava. Fiquei olhando para eles, mas logo eles voltaram a realidade, e continuaram conversando como se nada tivesse acontecido.