Feriado Entre Amigos, ou Quase Isso escrita por Anwar Pike


Capítulo 14
Verdades


Notas iniciais do capítulo

Meus deuses que demora para postar, eu sei. Por favor nao me matem, mas com as provas e outras coisas eu nao pude, me desculpem mesmo. E tambem um aviso, eu vou viajar esse fim de ano, e pra onde estou indo nao tem computador em casa :( por isso pode ser que eu demore mais uma eternidade. Sem mais delongas, espero que aproveitem o capitulo!



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Verdades

– SOLUÇO! – Astrid gritava, segurando um machado e correndo pelos gramados da propriedade. – Volte aqui, seu cachorro comedor de ratos!!

Rapunzel e Jack acharam melhor esperar a garota se acalmar protegidos pelas arvores.

Soluço por sua vez corria como se sua vida dependesse disso. Os cabelos castanhos estavam encharcados de suor, assim como seu rosto.

Logo a frente ele viu a casa e suspirou aliviado. Quase lá.

Entrou tempestuosamente na cozinha, assustando Merida que estava comendo uvas sentada na bancada. Ela desceu com um pulo e começou a questionar o garoto sobre o por que de toda aquela afobação quando o grito de Astrid penetrou seus ouvidos.

Imediatamente, os pelos de seu braço se eriçaram com medo.

– Resumindo. Eu disse a ela que queria terminar. Que estava confuso no momento e ela, bem, ela não gostou nada.

A ruiva mal conseguiu controlar a explosão de felicidade que aconteceu em seu coração. Agarrou o garoto pela camisa e o empurrou dentro da despensa.

– Esconda-se ai ate que ela vá embora. – Ela começou a falar, mas ele a interrompeu:

– Não, ela vai querer te matar também. – Dizendo isso, ela a puxou para dentro e trancou a porta.

Atraídos pelo barulho, ambos, Elsa e Flynn desceram, expressões preocupados em suas faces.

– O que esta acontecendo? – O rapaz perguntou para a cozinha vazia. Mas não por muito tempo.

Astrid entrou pisando duramente nos ladrilhos, rosto vermelho e suado e machado em riste ao lado do corpo.

– Onde ele esta? – Ela exigiu, se esquecendo das boas maneiras. Elsa franziu as sobrancelhas, considerando se deveria trata-la com educação ou não. – SOLUÇO!

Raiva se traduzia em cada silaba que deixava seus lábios e, não podendo mais conter a curiosidade, Flynn pediu a ela que se explicasse.

Enquanto Elsa preparava um copo com açúcar, a loira sentou-se, menos agressiva, em uma das cadeiras.

Soluço e Merida, que estavam com as orelhas grudadas na porta, ouviam as palavras da garota atentamente.

Astrid então começou a contar que Soluço aparecera á sua porta e, nas palavras dela, se embolara completamente com desculpas e bobagens ate que ela o forçou a ir direto ao ponto.

E foi ai que ele deixou tudo sair. Falou que estava confuso e que queria terminar. Na cabeça dele, a frase deveria ter saído educada, continuava a loira, mas para ela foi como um tapa na cara.

– E eu disse que não aceitaria o termino a não ser que ele me desse uma boa razão.

– E o que ele disse? – Elsa perguntou, ajoelhando-se á frente da garota e olhando em seus olhos molhados de lagrimas.

Astrid tomou um longo suspiro indignado antes de responder, despejando veneno e desprezo e magoa em suas palavras:

– Ele disse que... Disse que, ah! – Ela jogou as mãos para o alto. - Disse que descobrira sentimentos a muito esquecidos pela ruivinha.

Houve um silencio constrangedor no qual ninguém parecia capaz de pensar em algo para consolar a garota, que agarrava o cabo do machado violentamente.

Enquanto isso, Merida tinha parado petrificada ao lado da porta, sentindo o coração martelar e os pelos de seu braço se arrepiarem toda vez que roçavam com os de Soluço.

Ele por sua vez tinha a boca seca. Sem conseguir olha-la nos olhos, ele fixava os olhos verdes em um ponto qualquer da despensa, como se o pacote de farinha de repente tivesse se tornado a coisa mais interessante do cômodo.

Merida não podia acreditar.

Soluço sentia algo por ela. Realmente sentia, não era apenas impressão sua.

Mas então, por que ela se sentia tão mal e ao mesmo tempo tão bem?

Os cachos ruivos deslizaram de suas costas para pender ao lado de seu rosto.

O moreno desviou seus olhos da farinha e a observou, encantado. Como não tinha notado antes o que sentia?

A pausa silenciosa foi rompida por Elsa, que estava, um tanto irritada, dando conselhos para a adolescente.

– Escute Astrid, você tem que seguir em frente. É uma garota esperta e aposto que já tinha notado o comportamento estranho de seu namorado á muito tempo, certo?

A loira concordou, olhando para o chão. Flynn, seguindo o raciocínio da namorada, disse:

– Olha, ameaça-lo com um machado certamente não é a melhor maneira de reatar.

Os três do lado de fora riram, quebrando um pouco a tensão.

– Mas, - Flynn continuou, rindo e secando uma lagrima de um dos olhos. – Você realmente quer reatar?

Soluço pressionou a orelha ainda mais contra a madeira, sua respiração curta e rápida.

Silencio. Por tanto tempo que o garoto achou que eles tinham se levantado e ido para outro lugar quando a voz baixa e insegura de Astrid disse:

– Bem... Eu, olha, não é que eu deixei de gostar do Soluço, mas, eu tenho notado, mesmo antes de vir para as férias, que ele não é exatamente meu tipo.

– Espera, o que? – Elsa falou e Merida podia quase ver a expressão confusa em seu rosto.

– Eu achei que um tempo relaxante com ele ia resolver, mas... Não resolveu. Ele é fofo e um namorado incrível, eu só...

– Não o ama. – Flynn e Elsa completaram por ela, fazendo com que mais uma vez um silêncio constrangedor caísse sobre a sala.

Soluço estava zangado. Sabia que era a mais completa maluquice e que ele não tinha o direito de estar, mas ele não pode evitar.

Mesmo antes de vir para as férias, as palavras ecoaram na cabeça dele, como um alarme de carro.

Merida tocou o ombro dele suavemente. Ele virou-se e encarou os olhos azuis envolvidos em sombras. Um pouco da raiva desapareceu de dentro de seu peito.

A conversa prosseguira e uma Astrid, parecendo muito mais calma saiu da casa, o som de seu machado causando arrepios nos dois dentro do armário.

Flynn parecia alarmado.

– Isso foi, uau! – E acrescentou, veloz. – E por favor Elsa, nunca me ameace desse jeito.

A jovem respondeu que o jeito dela seria muito pior se algum dia isso acontecesse entre eles.

Soluço e Merida finalmente abriram a porta, notando que o sol já afundava no horizonte.

– Então... – O garoto começou, incomodado que a escuridão da despensa não estivesse acobertando seu rosto vermelho.

Merida abriu a boca para dizer algo, mas nesse momento, Jack e Rapunzel entraram na cozinha. Ambos estavam ligeiramente rosados no rosto, mas estranhamente sorridentes.

– O que aconteceu com vocês? – Elsa perguntou, não especificando exatamente a qual dos casais esta se referindo.

– Nós, ahn, é... – Você estava esperando respostas coerentes? Bem, nenhum dos quatro tinham. Talvez a historia de Jack e Rapunzel fosse menos constrangedora que a da ruiva e do moreno, mas eles tampouco explicaram.

– Ok, chega. Rapunzel, Picolé, subam. Eu quero ter uma conversa seria com Soluço. E você também Merida. – A jovem mais velha acrescentou, vendo que a garota tentava escorregar para longe da cena.

Flynn observou a namorada no momento assustadoramente autoritário e um tanto maternal. Seu coração se aqueceu um pouco ao pensar em Elsa como mãe. Mas então as palavras severas dela chegaram a seus ouvidos e ele afastou os pensamentos para longe.

– Pode começar. O que é que aconteceu entre vocês?

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Notas finais do capítulo

E entao, me digam o que acharam, comentem pessoal! :D