Made In NY escrita por Vinneys


Capítulo 13
Terror na fazenda


Notas iniciais do capítulo

Como prometido ai está mais um capitulo prontinho pra vcs!

Espero que gostem.

Boa Leitura!!!!



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Pov. Nicolas

—Vamos assistir a um filme? - Sugeriu Vick zapeando pelos canais da TV.

Além dela, estava eu, Chad e Lucy na sala.

—É, não tem nada melhor pra fazer aqui! - Disse Chad se esparramando no sofá. A maioria do pessoal já tinha ido deitar e eu não estava nem um pouco cansado pra ir dormir.

—Então tem que ser um filme de terror. - Falei

—Terror não! - Lucy disse e eu ri da cara dela - O que foi imbecil?

—Tem medo? - Perguntei. Ela fechou a cara cruzando os braços. Eu podia jurar que ela estava planejando como me matar naquele momento.

—Não. Eu não tenho medo. – Disse e encarou a janela. Estava tudo escura lá fora e tinha acabado de começar uma tempestade daquelas, com trovões e tudo. - Só acho que... Não é uma boa ideia agora. Sabe de noite e nessa chuva.

—Hum... – disse observando o medo evidente dela - Tá vão lá fazer pipoca enquanto a gente escolhe o filme.

—Mas não é pra escolher terror! - Lucy apontou o dedo pra mim enquanto era arrastada pra cozinha pela Vick.

 Chad e eu fomos até a prateleira de filmes e ficamos um tempo debatendo que filme veríamos, até eu ver uma luz no fim do túnel. Peguei o filme entre outros e entreguei a Chad ele encarou a capa e me olhou incrédulo.

—Porque você faz isso com ela? - Perguntou ele rindo.

—Não sei – Dei de ombros - Só sinto uma enorme vontade de irrita-la sempre que me é conveniente.

—Sei. - Sorriu encarando o filme - Ela vai matar você.

 Sim eu sabia disso e era exatamente o que eu queria.

—Já escolheram o filme? - Vick entrou na sala com a Lucy segurando dois enormes baldes de pipoca.

—Escolhemos. - Chad disse.

 Fiz o favor de me sentar bem longe dela pra evitar qualquer ataque surpresa. O filme começou a passar e quando ela se deu conta de que filme era me fuzilou por minutos intermináveis. Se levantou vindo à minha direção.

—Seu filho da puta desgraçado... - Tacou uma almofada em mim - "Terror na fazenda"? Foi esse o filme incrível que você escolheu pra gente assistir? - Gritou e eu já não me contia em meio a risos. Ela estava tendo a reação que eu queria - Se você não sabe estamos NUMA FAZENDA! Seu idiota!

—Hey, para de dar Showzinho! Tem pessoas dormindo na casa! – Sussurrei

—Eu quero esfregar a sua cara nessa televisão. - Trincou os dentes. Vick levantou e puxou ela pra se sentar ao seu lado no sofá.

—Senta ai e assiste o filme. - Pedi rindo e ela me mostrou o dedo.

—Lucy, esquece ele! – Implorou Vick - Vamos assistir ao filme. Não deve ser tão ruim assim.

 Essa frase de "Não deve ser tão ruim assim" fez efeito apenas nos primeiros minutos do filme porque do resto adiante eu fui terrivelmente agredido toda vez que ela se assustava. Ela escondia o rosto nas mãos e depois a sala era preenchida por gritos dela e da Vick. Ela me atirou almofadas, pipoca, o balde de pipoca, o controle, um chinelo e por fim me estapeou quando o filme acabou. Limpamos a sala para a Sra. Sluter não reclamar de manha e finalmente apagamos as luzes quando fomos dormir.

 Como um cara bom que sou me senti no dever de finalizar essa noite em grande estilo.

 Eu tinha acabado de tomar banho e Lucy estava no banheiro do corredor. Esperei escondido atrás da cortina da janela para que eu lhe desse um susto quando ela saísse. O que ela fez? Um escândalo, provavelmente até os porcos ouviram seus gritos.

 Tapei sua boca a prendendo contra a parede.

—Qual o seu problema? - Sussurrou batendo no meu peito - Quase me mata do coração!

—Só queria que passasse a noite pensando em mim. – Disse soltando um riso. Ela ergue uma sobrancelha me encarando.

—Pode ter certeza que é exatamente o que vou fazer – ela sorriu - Vou passar a noite inteira pensando em varia formas diferentes de te matar. - colocou a mão no queixo fingindo pensar - Qual será a mais dolorosa? Te matar afogado ou queimado? Talvez eletrocutado, ou um tiro no meio da sua testa, eu poderia fazer você engasgar com um chiclete e morrer asfiquiciado...

—Epa! Não precisa se declarar pra mim a essa hora da noite.

—Nicolas vai dormir que o seu mal é sono. - Tentou se afastar de mim, mas eu não sei por que diabos eu segurei seu braço a puxando pra perto de mim, ela me encarou confusa. - O que você quer agora?

 O que eu queria agora? Eu não faço ideia, só sei que por algum impulso maluco da minha mente eu quis ficar mais um tempinho sozinho no escuro com aquela maluca. Eu não posso ta normal, droga, eu não sou normal.

—Antes de ir dormir, olha debaixo da sua cama, vai que tem um espantalho lá - Sussurrei perto de seu rosto e a vi trincar os dentes.

 Ela me encarou como se fosse dizer algo, mas não disse. Ela só me olhava com aqueles olhos de quem queria me matar. Soltei seu braço com mais relutância do que eu imaginava e ela suspirou.

—Boa noite Drew – Ela disse irritada.

Fiquei observando ela entrar no seu quart o e bater a porta com força. Ótimo, ela descontaria a raiva dela em mim amanha e eu como sempre, ia amar irrita-la mais ainda.

...

Pov. Vick

Eu estava me revirando na cama parecendo um peixe fora D'agua. Depois daquele filme de terror tava muito difícil dormir e a chuva forte lá fora não tava ajudando muito. Um trovão rasgou o céu fazendo um barulho desnecessário e quase me matando do coração.

 Sim. Eu tenho medo de trovoes, e não é pouco. Meu medo chega a ser uma coisa meio infantil, já cheguei ao ponto de me esconder em baixo das cobertas. Tipo agora, nesse exato momento.

 Minha noite já estava arruinada mesmo então me levantei. Abri a porta do quarto e desci as escadas e fui até a cozinha. Pelo menos tentei chegar lá, estava tudo muito escuro, não enxergava um palmo à frente da minha mão.

—Ai droga. - Resmunguei quando bati o pé na mesinha do sofá.

 Continuei andando até chegar à cozinha em modo Saci Pererê. Sim meu pé ainda estava doendo. Para a minha sorte eu não consegui achar o interruptor e demorei quase metade da noite pra chegar até a geladeira.

 Peguei um copo e o enchi com agua, a luz da geladeira iluminava pouca coisa. Comecei a ouvir passos até a cozinha e quase engasguei com a agua de medo.

 A primeira reação que eu tive foi pegar a faca em cima da mesa e fechar os olhos.

 Certo. Eu nunca mais vou assistir filmes de terror antes de ir dormir.

—Ta maluca!? - Ouvi uma voz rouca vindo da porta.

 Abri os olhos devagar e Chad me encarava de braços cruzados. Ele trocou olhares da faca na minha mão pro meu rosto e ergueu as sobrancelhas. Coloquei a faca em cima da mesa suspirando aliviada.

 Ele passou por mim sem dizer nada e abriu a geladeira. Pegou a garrafa de agua e encheu um copo.

—Eu sempre achei que no fundo você sempre quis me matar mesmo - Me encarou - Só que agora eu tive certeza.

 Eu ri. Deveria estar de todos os tons avermelhados possíveis.

—Aquele filme mexeu com a minha cabeça, desculpa.

 Ele se sentou na bancada me observando curioso.

—Ta sem sono? – Perguntou.

—Mais ou menos – disse suspirando - Não consigo dormir quando ta chovendo assim.

—Hum... Você tem medo de chuva?

—Não é bem medo da chuva ta... - Bati o pé no chão tentando me defender.

 No mesmo segundo outro trovão rasgou novamente o céu fazendo eu me encolher e proferir alguns palavrões. Ele riu.

—Tem medo de trovão! – Concluiu.

—Só um pouquinho... - Ele desceu da bancada guardando a garrafa na geladeira - E você, esta acordado por quê?

—Insônia. –Suspirou.

 Ouvimos passos até a cozinha e meu coração foi na boca de medo. Droga, agora era um fantasma, certeza. E novamente o impulso que eu tive foi igual a quando Chad apareceu na cozinha...

—Nem ouse tocar nessa faca - Sussurrou Chad segurando meu braço antes que eu chegasse à mesa.

 A figura que apareceu na porta da cozinha era bem bizarra. Jason estava com um pijama branco de bolinhas azuis e usava uma pantufa de elefantinho fofo.

—Jason? - Chamou Chad e ele não respondeu.

  Passou por nos e foi até o armário pegando um pote de biscoito com os olhos ainda fechados.

—Acho que ele é sonambulo - Sussurrei me agarrando ao braço do Chad. Ele me olhou surpreso, mas que se dane eu estava com medo. - O que agente faz agora?

—É melhor voltarmos para o quarto antes que ele tenha um surto de violência.

—O que? – Perguntei espantada. - O que é um "surto de violência"?

—Alguns sonâmbulos são assim, vai saber com o que ele esta sonhando. – Disse o encarando.

 Meu deus do céu. O garoto foi pra debaixo da mesa e começou a comer os biscoitos e vez ou outra dava risada sozinho.

— Vamos sair daqui agora, por favor – Supliquei.

 Saímos da cozinha deixando o Jason em seu momento debaixo da mesa comendo os seus biscoitos enquanto sonhava com sabe Deus o que. Assim que chegamos a frente do meu quarto Chad soltou um riso baixo.

—É melhor você trancar a porta depois que entrar. – Sussurrou

—Por quê?

—Ah vai saber que ele é um tarado também. Não custa nada prevenir. - Riu, mas eu não achei graça. Muito pelo contrario eu tava morrendo de medo e acho pela minha cara ele percebeu. – Eu to brincado relaxa. Melhor você ir dormir mesmo.

—Se eu conseguir – Suspirei.

—Boa noite Vick.

—Boa noite - Imaginei que ele fosse para o seu quarto, mas ele continuou lá, parado, me encarando - O que foi? Você não vai ir dormir?

—Meu braço – Ele sorriu - Você precisa solta-lo pra eu poder ir.

 Olhei para a minha mão e eu ainda o segurava o braço dele. Sorri envergonhada.

—Ah claro. – O soltei - Pode ir agora.

—Ta, boa noite. - disse e escutamos um barulho vindo da cozinha.

 Eu nem esperei ele ir pro seu quarto e entrei no meu correndo. Vai saber o que Jason estava fazendo agora lá embaixo? Eu me joguei na cama.

Será que agora eu consigo dormir meu Deus?


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Notas finais do capítulo

E ai galera o que acharam? Gostaram?
Por favor comentem não custa nada né!

Bom é isso e continuem acompanhando que logo logo tem mais.

Beijos meus amores.



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