Sei que vamos melhorar.. escrita por Caruliss


Capítulo 11
Capítulo X.




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Acordei e estava do lado dele, do meu namorado. Olhei ao redor e estávamos no nosso apartamento. Eu ainda não poderia acreditar...

Acordei e fiquei o olhando dormir. Toquei suavemente em seu rosto com a aliança no dedo, e sorri. Deslizei meus dedos sobre sua boca delicadamente, e o dei um selinho demorado. Ele acordou.

– Quero acordar assim todos os dias - disse olhando nos meus olhos com voz sonolenta, e sorriu.

– Eu ainda não consigo acreditar - ele me encheu de selinhos.

[...] [...]

Passou-se uma semana, e nada de ruim aconteceu... Na verdade, o Rapha tava começando a tossir muito, o tempo todo, e a minha barriga já estava crescendo. Nosso apartamento já estava todo mobiliado, eu parei de trabalhar e entrei na faculdade. Chego mais ou menos na hora em que ele chega em casa. Fui direto pro banho pois estava cansada, e o Raphael pediu pra tomar banho comigo.

Quando terminamos, coloquei um vestido e uma rasteirinha, fiz um coqui bagunçado, e sentei no chão pra ficar brincando com o Duke, nosso cachorrinho. Ele sentou na minha frente.

– Amor, me fala quais são seus sonhos? - tossiu.

– Fazer um curso de teatro. Fala um seu agora...

– Morar com você. Esse já se realizou. - ele disse.

Eu sorri - hmmmm, ter um bebê - ele me olhou meio estranho, tipo "triste" - tem um aqui, né? - alisei a barriga - mas eu quero um que eu planeje... um com você.

– Também é um dos meus sonhos ter um bebê com você - deu um beijo na minha bochecha e fez carinho no cachorrinho - Quero viajar pro Caribe.

– Um dos meus sonhos é ficar com 80 anos com você do meu lado - olhei pra ele com lágrimas nos olhos, ele me olhou decepcionado e veio me abraçar de lado.

– Dançar na rua em um dia de chuva. É, sei que não faz sentido - ele disse.

– Fazer uma tatuagem.

– Casar. - tossiu.

– Aprender a andar de bicicleta - ele me olhou e começou a rir - Não ria poxa, eu não aprendi quando era criança - ele continuava rindo, comecei a bater nele e ri junto. Ele me fez cócegas - Para, menino. PARA, RAPHA - eu falei enquanto ria, até que ele parou.

– Queria cuidar de plantas na minha própria casa.

– Fazer a faculdade.

– Por que não vamos logo te inscrever em um curso de teatro? - tossiu de novo - Quero assistir a sua primeira peça.

Eu sorri, e assim fomos me inscrever.

Chegamos em casa, eu fiz uma janta pra gente, e comemos sentados no sofá assistindo um filme de comédia. Logo após o filme, trocamos uns beijinhos mas o Duke nos atrapalhou. Nós rimos.

Liguei pro meu pai pra saber se estava tudo bem, e pra Catarina... Estou com ódio da Mávya, não sei como ela seria capaz de fazer isso. Ódio.

Me livrei de pensamentos desse tipo e subi com o Rapha pra dormir. Coloquei meu pijama e deitei com ele na cama... logo peguei no sono.

[...]

Acordei assustada com o Rapha tossindo muito.

– Meu amor, o que houve?

– Só tosses, normal, amor. - quase não conseguia falar, interrompido com tosses fortes.

Deitei e fiquei fazendo carinho no peito dele.

Raphael narrando:

Estou piorando a cada dia, e vou continuar assim. Não vou fazer quimioterapia. Apenas não quero, já decidi isso e os meus pais, depois de muito tempo, aceitaram também.

Não consegui dormir, fiquei a olhando dormir... Tive que tossir de uma maneira fraca pra não acordá-la. Mas caí no sono logo depois de um tempo.

Victória narrando:

Acordei e acordei o Rapha pra ir trabalhar. Tomei banho, fiz minhas higienes, coloquei uma camisa de manga média, uma calça e um all star pra ir pra faculdade. O Rapha fez o café da manhã pra gente, comemos juntos e fomos pros nossos respectivos destinos.

No caminho pra faculdade, eu vi alguém me seguindo... tentei pegar caminhos alheios pra ver se paravam, mas não, estavam realmente seguindo. Parei na faculdade e fui basicamente correndo pra dentro dela, olhei pra trás pra procurar a pessoa que estava me seguindo, mas não encontrei.

Vinícius narrando:

– Agora sei onde você mora e onde estuda, princesinha - eu disse a olhando entrar dentro da faculdade.

Victória narrando:

Saindo da faculdade, liguei pro Rapha pra avisar que já estava indo pro curso de teatro, meu primeiro dia. Ele foi comigo, claro.

Enquanto estava ensaiando, ele estava assistindo, tossindo até demais. Estava muito preocupada mas tentei manter a atenção na peça, sei que ele não iria querer que eu me desconcentrasse por causa dele...

No fim do dia, fomos pra praia. Estava fazendo um friozinho, mas foda-se, fomos mesmo assim. No carro dele ele colocou uma camisa de frio pra mim e uma pra ele, e a minha touquinha que tanto amo. Ficamos andando calados, até que eu vi ele olhando pro céu.

– Que foi?

– Me promete uma coisa? - parou de andar e olhou pra mim.

– Claro... mas, o que?

– Depois que eu partir, promete que sempre que ver a estrela mais brilhante do céu, vai lembrar de mim? E vai saber que estarei olhando por você?

Morri quando ele disse isso, tentei segurar as lágrimas. - Sim, meu amor... prometo - eu disse olhando nos olhos dele, e ele me beijou. Continuamos andando deixando a água bater em nossos pés, depois fomos pra casa.

Senti de novo que estávamos sendo seguidos, mas não falei ao Rapha.


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